Você está na página 1de 14

1

CURSO SUPERIOR DE ENFERMAGEM

KATHELEN ROSIMEIRE DA SILVA

DEFINIÇÕES EM SAÚDE

RIBEIRÃO PRETO-SP

2023

KATHELEN ROSIMEIRE DA SILVA/ RA: G777C0

DEFINIÇÕES EM SAÚDE

Trabalho de conceitos importantes para a compreensão da disciplina noções básicas


de primeiros socorros, Universidade Paulista- Ribeirão Preto SP Enfermagem 1°
Semestre
PROFESSOR: SILVAL A. SANTOS

RIBEIRÃO PRETO-SP

2023

1
2

SAÚDE

Nesse contexto, o segundo

capítulo, com o título Fenômeno, aponta que tal conceito é

visto como um fato, um atributo, uma

função orgânica ou uma situação social,

envolvendo determinados juízos de

valor na medida em que pode ser

definido negativa ou positivamente.

Negativamente, a saúde significaria

ausência de doenças, riscos, agravos e

incapacidades; positivamente,

denotaria desempenho,

funcionalidades, capacidades e

percepções.

FONTE: ALMEIDA FILHO, N. O que é saúde? Rio de Janeiro: Editora

Fiocruz, 2011

DOENÇA

2
3

doença é um tipo de estado interno que bloqueia a saúde, significando isso que reduz uma ou mais capacidades

(habilidades), levando-as a níveis situados abaixo dos índices de eficiência típica (Cf. o artigo de 1977). Segundo Boorse, a idéia de função

equipara-se à idéia de contribuição para alcançar um alvo.

FONTE: HEGENBERG, L. Doença: um estudo filosófico [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ,1998.137 p. ISBN: 85-85676-

44-2. Available from SciELO Books

REABIILITAÇÃO EM SAÚDE

O conceito de reabilitar inclui diagnós-

tico, intervenção precoce, uso adequado

de recursos tecnológicos, continuidade

de atenção e diversidade de modalida-

des de atendimentos visando à compen-

sação da perda da funcionalidade do in-

divíduo, à melhoria ou manutenção da

qualidade de vida e à inclusão social.

FONTE: Ribeiro CTM, Ribeiro MG, Araújo AP, Mello LR, Rubim LC, Ferreira JES. O sistema público de saúde

e as ações de reabilitação no Brasil. Rev Panam Salud Publica. 2010;28(1):43–8.

3
4

PROMOÇÃO EM SAÚDE

Promoção da saúde é o nome dado ao processo de

capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua

qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação

no controle deste processo. Para atingir um estado de completo

bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem

saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar

favoravelmente o meio ambiente. A saúde deve ser vista como

um recurso para a vida, e não como objetivo de viver. sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos

sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a

promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor

saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção

de um bem-estar global

FONTE: In Ministério da Saúde/FIOCRUZ 1996. Promoção

da Saúde: Cartas de Ottawa, Adelaide, Sundsvall e

Santa Fé de Bogotá. Ministério da Saúde/IEC, Bra-sília

4
5

QUALIDADE DE VIDA

Os especialistas no assunto diferem ao conceituar QV. 10-14 Não existe um

consenso sobre o que constitui QV; uma tentativa de definição engloba desde estado de saúde,

assim como uma variedade de domínios, como meio-ambiente, recursos econômicos,

relacionamentos, tempo para trabalho e lazer. 10,15 São identificadas duas tendências na

conceituação do termo QV: um conceito genérico e outro ligado à saúde. No primeiro caso, QV

apresenta uma acepção mais ampla, aparentemente influenciada por estudos sociológicos, sem

fazer referência a disfunções ou agravos. Entretanto, quando a QV é relacionado à saúde

engloba dimensões específicas do estado de saúde.

Na conceituação recente adotada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)16:1405

, a

QV foi definida como “[...] a percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da

cultura e dos sistemas de valores nos quais ele vive, e em relação a seus objetivos, expectativas,

padrões e preocupações”. Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma

definição genérica do termo QV é que as amostras estudadas incluem pessoas saudáveis da

população, nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos específicos. Um outro conceito é qualidade de vida ligada à

saúde (QVLS), é o “[...] valor

atribuído à vida, ponderado pelas deteriorações funcionais; as percepções e condições sociais que

são induzidas pela doença, agravos, tratamentos; e a organização política e econômica do sistema

assistencial”.17:14 A versão inglesa do conceito de health related quality of life (HRQL), exposto por

Gianchello18:14

, é similar: “[...] é o valor atribuído à duração da vida quando modificada pela

percepção de limitações físicas, psicológicas, funções sociais e oportunidades influenciadas pela

doença, tratamento e outros agravos.” É o principal indicador para a pesquisa avaliativa sobre o

resultado de intervenções. Para Auquier, Simeoni e Mendizabal17 e também Gianchello18

, os

conceitos fundamentais de HRQL seriam igualmente a percepção da saúde, as funções sociais,

psicológicas e físicas, bem como os danos a elas relacionados.

5
6

A Política Nacional de PS tem como objetivo promover a qualidade de vida e reduzir a

vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados a seus determinantes e condicionantes — modos de viver,

condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços

essenciais.28 Proporcionar saúde significa, além de evitar doenças e prolongar a vida, assegurar meios e

situações que ampliem a QV “vivida”. Ou seja, ampliem a capacidade de autonomia e o padrão de

bem-estar que, por sua vez, são valores socialmente definidos, importando em valores e escolhas.6,7

FONTE: Minayo MCS, Hartz ZMA, Buss PM. Qualidade de vida e saúde: um debate

necessário. Ciência & Saúde Coletiva 2000;5(1):7-18.

DE QUALIDADE EXEMPLO DE VIDA

Diferentes aspectos que definem a qualidade

de vida são apresentados na literatura, como, por

exemplo, poder aproveitar as possibilidades da vida,

de escolher, de decidir e ter controle de sua vida

(RENWICK & BROWN, 1996). Cita-se como exemplo

o modelo ilustrado na FIGURA 1:

Considerando o modelo apresentado, o “ser” é

entendido como o que o ser humano é, resultado de

sua nutrição, aptidão física, habilidades individuais,

inteligência, valores, experiências de vida, etc. Quanto

6
7

ao “pertencer” trata-se das ligações que a pessoa tem em

seu meio, casa, trabalho, comunidade, possibilidade de escolha pessoal de privacidade, assim como da participação

de grupos, inclusão em programas recreativos, serviços

sociais, etc. O “tornar-se” remete à prática de atividades

como trabalho voluntário, programas educacionais,

participação em atividades relaxantes, oportunidade de

desenvolvimento das habilidades em estudos formais e não

formais, dentre outros. Esses componentes apresentam

uma organização dinâmica entre si, consideram tanto a

pessoa, como o ambiente, assim como as oportunidades

e os obstáculos como ilustrado na FIGURA 2.

FONTE: PEREIRA, E.F.; TEIXEIRA, C.S. & SANTOS, A. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.26, n.2, p.241-50, abr./jun.

2012 • 243

7
8

PREVENÇÃO EM SAÚDE

Prevenção e promoção de saúde Figueira TR et al

A prevenção de doenças foi definida por Leavell &

Clark 5 (1976) como uma “ação antecipada, baseada

no conhecimento da história natural a fim de tornar

improvável o progresso posterior da doença”.

Portanto, as intervenções preventivas teriam o obje-

tivo de evitar a manifestação de agravos específicos

(prevenção primária), de promover a cura, limitan-

do-se os danos (prevenção secundária), e de reabilitar

o indivíduo (prevenção terciária). 5 A promoção da

saúde é um dos componentes da prevenção primária,

um conjunto de medidas para aumentar a saúde e

o bem-estar geral, com enfoque no indivíduo, seu

ambiente físico e estilo de vida. 2 Os programas

de promoção de saúde baseados nessa concepção

utilizam a lógica da racionalidade individual, na qual

o indivíduo devidamente informado será capaz de

escolher, entre muitas opções de ações, aquela que

não lhe trará danos ou que contribuirá para obtenção

de um estado ótimo de saúde.

Para ampliar e qualificar as ações de prevenção e

promoção da saúde nos serviços e na gestão do Sistema

Único de Saúde, o Ministério da Saúde estabeleceu dire-

trizes e estratégias de organização por meio da Política

Nacional de Atenção Básicaa e da Política Nacional de

Promoção da Saúde.b A primeira propõe a organização da

atenção básica a partir da Estratégia da Saúde da Família,

permitindo a reorientação do modelo biomédico, ao

valorizar diferentes saberes e criar co-responsabilidades

entre usuários, profissionais e gestores.

8
9

FONTE: a Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Básica. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de atenção

básica. Brasília; 2006.

[Série E. Legislação de Saúde. Série Pactos pela Saúde 2006, 4]

b Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Política nacional de promoção da saúde. Brasília; 2006. (Série B. Textos Básicos de

Saúde)

ATIVIDADE NA FUNÇÃO DO ENFERMEIRO

Daí infere-se que o enfermeiro é melhor

preparado quando comparado às demais classes da enfermagem, garantindo a

unidade e a organização desse trabalho coletivo, dando também a capacidade de

planejar e desenvolver novos processos, métodos e instrumentos dentro da

enfermagem. Da mesma forma, o mercado profissional espera que o enfermeiro seja

mais capacitado para trabalhar diretamente com o gerenciamento, atuando na solução 173

ALMEIDA, M. C.; LOPES, M. B. L. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE. Revista

de Saúde Dom Alberto, v. 4, n. 1, p. 169-186, 15 jun. 2019.

de conflitos, enfrentando problemas complexos, negociando, dialogando,

argumentando, propondo e alcançando mudanças, sempre com base em estratégias

que o aproximem da equipe e do cliente, contribuindo para a qualidade do cuidado.

Atualmente pode-se dividir a gerência que o enfermeiro executa em duas

categorias: a gerência de unidade: e a gerência do cuidado. Quando falamos da

9
10

gerência de unidade estamos nos referindo a tarefas administrativas, tais como: a

previsão, a provisão, a manutenção e o controle de recursos materiais e humanos

para o funcionamento dos serviços. Já quando falamos da gerência do cuidado

estamos nos referindo a atividades que consistem no diagnóstico, no planejamento,

na execução e avaliação da assistência, na delegação das atividades, na supervisão

e na orientação da equipe (GRECO, 2004, p. 506)

Sendo mais específica, Witt (2005) agrupou 32 competências do profissional

de enfermagem em duas categorias distintas: 1 – competências gerais; 2 –

competências específicas. A autora define as 21 competências gerais como aquelas

comuns a todos os profissionais das diversas áreas da saúde. Já as 11 competências

específicas são aquelas diretamente relacionadas às atividades do profissional de

enfermagem.

Fonte: Adaptado de Witt (2005).

10
11

Witt (2005) em sua tese de doutorado recomenda estas competências sejam

consideradas como um referencial. Assim, poderão gerar um debate em toda a

sociedade e também nos grupos das equipes de saúde e de enfermagem. Tais

debates irão discutir acerca: dos ideais de saúde que se têm; dos principais desafios utilizado apenas para a construção de normas e legislações

e sim para apoiar ou

11
12

direcionar os diversos entes envolvidos na gestão de saúde no alcance do

desenvolvimento contínuo/cotidiano do profissional de enfermagem.

a se enfrentar; dos grandes campos de atuação; e das responsabilidades

correspondentes aos diversos autores. Ela salienta que este referencial não deve ser

FONTE WITT, R. R. Competências da enfermeira na atenção básica: contribuição à

construção das fundações essenciais de saúde Pública [Tese Doutorado

Enfermagem em Saúde Pública. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto -USP;

Ribeirão Preto SP. Defesa: 03 de outubro.2005.2005.

BIBLIORAFIAS

CONCLUSÃO

12
13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

13
14

ANEXOS

(FOTOS, GRÁFICOS, PLANILHAS, ILUSTRAÇÕES SE HOUVER)

14

Você também pode gostar