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AVALIAÇÃO BIMESTRAL (4º BIMESTRE)

COMPONENTE CURRICULAR: PROFESSOR/A:



LITERATURA Lucas Sampaio
Ano

ENSINO MÉDIO
ALUNO/A: Nº

Atenção: DATA:
# q u erm u d a rv em p ra cá 1- Leia atentamente as questõ es; 2- As questõ es devem ter respostas apenas com _____/______/2022
caneta azul ou preta;3- Questõ es objetivas rasuradas serã o desconsideradas;4- Nã o NOTA:
será permitido consulta ou comunicaçã o durante a aplicaçã o da prova;5- É vedado
o uso de equipamentos eletrô nicos na sala de aula durante a prova.

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base E havia um choro no rumor do vento...


no texto.
TEXTO Piedoso céu, que a minha dor sentiste!
A UM POETA [V.10] A áurea esfera da lua o ocaso entrava,
Longe do estéril turbilhã o da rua, Rompendo as leves nuvens transparentes;
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego, E sobre mim, silenciosa e triste,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! A via-láctea se desenrolava
Como um jorro de lágrimas ardentes.
[5] Mas que na forma se disfarce o emprego OLAVO BILAC, VIA LÁCTEA
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua, 2. Observe as afirmaçõ es sobre o texto.
Rica mas só bria, como um templo grego. I. A forma fixa soneto, utilizada por Olavo Bilac,
é um dos motivos da sua poesia ter se tornado
Nã o se mostre na fá brica o suplício um importante modelo para as geraçõ es
[10] Do mestre. E, natural, o efeito agrade, modernistas.
Sem lembrar os andaimes do edifício: II. Olavo Bilac, Alberto Oliveira e Raimundo
Correia sã o considerados os três mais
Porque a Beleza, gêmea da Verdade, representativos poetas do Parnasianismo
Arte pura, inimiga do artifício, brasileiro.
É a força e a graça na simplicidade. III. Ao longo da sua carreira poética, Bilac
OLAVO BILAC, IN “POESIAS”. recebeu reconhecimento pú blico apenas devido
ao fato da sua produçã o poética lírica ter se
1. O poema de Bilac evidencia o cuidado com a alinhado à estética parnasiana.
palavra, pró prio do estilo parnasiano, que se Assinale a alternativa correta.
associa a) A afirmaçã o I está correta.
a) A poetas como Gonçalves Dias e Á lvares b) A afirmaçã o II está correta.
de Azevedo. c) A afirmaçã o III está correta.
b) À rejeiçã o à cultura clá ssica.
c) Ao rigor estético e culto à forma. Ao coraçã o que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Texto para a questão Nã o basta o afeto simples e sagrado
XXIX Com que das desventuras me protejo.
Por tanto tempo, desvairado e aflito,
Fitei naquela noite o firmamento, Nã o me basta saber que sou amado,
Que inda hoje mesmo, quando acaso o fito, Nem só desejo o teu amor: desejo
Tudo aquilo me vem ao pensamento. Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
[V.05] Saí, no peito o derradeiro grito
Calcando a custo, sem chorar, violento... E as justas ambiçõ es que me consomem
E o céu fulgia plácido e infinito, Nã o me envergonham: pois maior baixeza

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Nã o há que a terra pelo céu trocar; b) Experimentalismo narrativo.
c) Detalhismo descritivo.
E mais eleva o coraçã o de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza, Durante dois anos o cortiço prosperou de dia
Ficar na terra e humanamente amar. para dia, ganhando forças, socando-se de gente.
OLAVO BILAC E ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com
aquela exuberâ ncia brutal de vida, aterrado
3. No poema, o eu lírico defende um amor defronte daquela floresta implacá vel que lhe
a) Recatado, que nã o revele as ambiçõ es crescia junto da casa (...).
secretamente cultivadas pelos amantes. À noite e aos domingos ainda mais recrudescia
b) Idealizado, que valorize sua pureza sem o seu azedume, quando ele, recolhendo-se
se macular na comunhã o física. fatigado do serviço, deixava-se ficar estendido
c) Terreno, que se realize nã o só em numa preguiçosa, junto à mesa da sala de
sentimento, mas também fisicamente. jantar e ouvia, a contragosto, o grosseiro rumor
que vinha da estalagem numa exalaçã o forte de
A questã o tem como texto base fragmento do animais cansados. Nã o podia chegar à janela
romance O Mulato, de Aluísio Azevedo. Leia-o sem receber no rosto aquele bafo, quente e
para responder à questã o sensual, que o embebedava com o seu fartum
de bestas no coito.
TEXTO (ALUÍSIO DE AZEVEDO, O CORTIÇO. 14. ED.
As paredes, barradas de azulejos portugueses e, SÃO PAULO: ÁTICA, 1983, P. 22.)
para o alto, cobertas de papel pintado, 5. Levando em conta o excerto, bem como o
mostravam, nos seus desenhos repetidos de texto integral do romance, é correto afirmar
assuntos de caça, alguns lugares sem tinta, que
cujas manchas brancacentas traziam à ideia a) O grosseiro rumor, a sexualidade
joelheiras de calças surradas. Ao lado, desregrada e a exalaçã o forte que provinham
dominando a mesa de jantar, aprumava-se um do cortiço decorriam, segundo Miranda, do
velho armá rio de jacarandá polido, muito bem abandono daquela populaçã o pelo governo.
tratado, com as vidraças bem limpas, expondo b) Os termos “grosseiro rumor”, “animais”,
as pratas e as porcelanas de gosto moderno; a “bestas no coito”, que fazem referência aos
um canto dormia, esquecida na sua caixa de moradores do cortiço, funcionam como
pinho envernizado, uma má quina de costura de metá foras da vida pulsante dos seus habitantes.
Wilson, das primeiras que chegaram ao c) O nivelamento socioló gico na obra O
Maranhã o; nos intervalos das portas Cortiço se dá nã o somente entre os moradores
simetrizavam-se quatro estudos de Julien, da habitaçã o coletiva e o seu senhorio, mas
representando em litografia as estaçõ es do ano; também entre eles e o vizinho Miranda.
defronte do guarda-louça, um reló gio de
corrente embalava melancolicamente a sua “E naquela terra encharcada e fumegante,
pêndula do tamanho de um prato e apontava naquela umidade quente e lodosa, começou a
para as duas horas. Duas horas da tarde. minhocar, e esfervilhar, a crescer, um mundo,
Nã o obstante, ainda permanecia sobre a mesa a uma coisa viva, uma geração, que parecia
louça que servira ao almoço. Uma garrafa brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro,
branca, com uns restos de vinho de Lisboa a multiplicar-se como larvas no esterco.”
cintilava à claridade reverberante que vinha do 6. O fragmento de “O cortiço”, romance de
quintal. De uma gaiola, dependurada entre as Aluísio Azevedo, apresenta uma característica
janelas desse lado, chilreava um sabiá . fundamental do Naturalismo. Qual?
FONTE: AZEVEDO, A. O MULATO. SÃO a) Uma compreensã o psicoló gica do
PAULO: MARTIN CLARET, 2010. Homem.
b) Uma compreensã o bioló gica do Mundo.
4. O fragmento ilustra uma característica muito c) Uma concepçã o idealista do Universo.
presente na prosa naturalista brasileira,
conhecida como 9. A negaçã o do positivismo, do materialismo e
a) Determinismo científico das estéticas neles fundamentadas, a criaçã o
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poética como fruto do inconsciente, da intuiçã o,
da sugestã o, da associaçã o de imagens e idéias;
o tom vago, impreciso, nebuloso; o uso
acentuado de sinestesias e intensa
musicalidade, sã o características do:
a) Realismo.
b) Simbolismo.
c) Naturalismo.

10. Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens


sã o poetas identificados com um movimento
artístico cujas características sã o:
a) o jogo de contrastes, o tema da fugacidade da
vida e fortes inversõ es sintá ticas.
b) a busca da transcendência, a preponderâ ncia
do simbolismo entre as figuras e o cultivo de
um vocabulá rio ligado à s sensaçõ es.
c) a espontaneidade coloquial, os temas do
cotidiano e o verso livre.

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