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Moraes M. (2012, p. 87) afirma que a Lei 4330/64 foi aprovada para
fazer frente ao grande número de greves, inclusive de cunho político, que eclodiram
em 1963, paralisando a economia, sem critério razoável.
Amauri Mascaro Nascimento (1989 apud Moraes M., 2012, p. 87)
sustenta que essa lei, na realidade, “[...] acentuou a diferença entre a norma e a
praxis, uma vez que a norma era restritiva do direito de greve, e a práxis fazia tabula
rasa dessas restrições, distanciando-se, assim, os fatos da lei”.
No mesmo sentido, Franco Filho (1992 apud Moraes M., 2012, p.
126) assevera que a lei burocratizou as condições para o exercício do direito de
greve, tornando quase impossível a sua prática.
Cássio Mesquita Barros Jr. (2003 apud Moraes M., 2012, p. 126)
afirma que a Lei 4330/64 foi “[...] considerada um lei antigreve, foi denominada por
muitos estudiosos de Lei do delito da greve e não Lei do direito de greve, porque era
quase impossível aos trabalhadores preencherem todas as exigências por ela
impostas”.
Outra crítica, anotada por Moraes M. (2012, p. 88), diz respeito ao
fato de que a contribuição sindical, que alimentava o orçamento das entidades
sindicais, era controlada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, de modo que os
dirigentes sindicais temiam que suas verbas pudessem ser retidas pelo órgão
estatal, caso deflagrassem movimentos paredistas.