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Metrologia

Curitiba / 2007

SENAI PR
2006. SENAI – Departamento Regional do Paraná
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte

FICHA CATALOGRÁFICA

Este material foi elaborado por uma equipe, cujos nomes encontram-se relacionados na
folha de créditos.

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Sumário

Apresentação ......................................................................................................................................................................................... 05

Sistemas de medidas......................................................................................................................................................................... 07

Medidas lineares . .................................................................................................................................................................................11

Técnicas de medição e controle...................................................................................................................................................15

Régua graduada......................................................................................................................................................................................17

Metro articulado....................................................................................................................................................................................27

Trena.............................................................................................................................................................................................................29

Paquímetro................................................................................................................................................................................................31

Micrômetro...............................................................................................................................................................................................57

Goniômetro...............................................................................................................................................................................................75

Conversões de medidas....................................................................................................................................................................81

Relógio comparador...........................................................................................................................................................................85
A notações
Apresentação

A apostila de metrologia foi preparada para que você estude os principais instrumentos e procedimentos de medição. Dessa
forma, você vai saber como um profissional da área mecânica trabalha.

A apostila apresenta uma introdução relatando o processo de evolução da metrologia na indústria, baseado em normas nacionais
e internacionais.

As aulas apresentam informações sobre diversos instrumentos de medição, como régua graduada, metro, trena, paquímetro,
micrômetro, relógio comparador, etc. Ao mesmo tempo são apresentados exercícios de leitura de medida e conversões, para
você fixar bem as noções básicas.

Vai também conhecer conversões, tendo como base o sistema inglês (polegada), ou seja, como converter milímetros em
polegadas e vice versa.

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A notações

 Metrologia
Sistemas de medidas

METROLOGIA E INDÚSTRIA

A metrologia é a ciência que estuda as unidades de medida e de processo de medição.

Tanto os equipamentos de fabricação como os instrumentos de medida são imperfeitos. Por esse motivo, é impossível produzir
objetos com total precisão. O erro pode ser diminuído, mas não eliminado completamente, pois as imperfeições são inevitáveis,
até mesmo pelo desgaste dos equipamentos utilizados.

O controle de medidas consiste, pois, na aplicação de processos que permitam manter os erros de fabricação dentro de limites
aceitáveis, previamente estabelecidos.

O controle dimensional não tem por fim apenas reter ou rejeitar os produtos dentro ou fora das normas de qualidade. Seu
objetivo principal consiste em orientar a fabricação, evitando, assim, erros inaceitáveis. Segue-se daí uma redução de perdas
nas empresas, devido à diminuição da quantidade de peças produzidas fora de padrão.

Conseqüentemente haverá um aumento da produtividade.

MEDIÇÃO: ASPECTOS GERAIS

Toda medição é feita comparando-se uma grandeza com outra de mesma espécie, considerada como unidade.

Por exemplo, se o comprimento de um corredor é igual a três metros, é porque nele a unidade de comprimento metro cabe três
vezes.

Seguindo o mesmo procedimento, para medir uma superfície temos de usar unidade de área (cm2, m2, etc.); por sua vez, o
volume de um corpo é determinado pelas unidades de volume (m3, cm3, litros, etc.)... e assim por diante. Cada grandeza é
medida com unidades apropriadas dessa mesma grandeza. Não é possível, por exemplo, medir comprimento de litros.

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UNIDADES

As unidades estabelecidas para medir uma determinada grandeza são fixadas por definição. Não dependem, portanto, de
quaisquer condições físicas, como temperartura, pressão, grau de umidade, etc.

Atualmente, prevalecem na prática as unidades do S.I. (Sistema Internacional): metro, quilograma, newton, segundo, etc.

PADRÃO

Como vimos, as unidades de medida têm uma definição absoluta. Entretanto, apresentam-se, na prática, materializadas em
objetos que estão sujeitos a variações provocadas pelas mudanças de condições físicas.

Por isso, os padrões só expressam, com rigor, a unidade que representam, se estiverem dentro das condições específicas.

Até 1960, por exemplo, o metro padrão era constituído por uma barra de platina e irídio, que sofria uma dilatação muito pequena
com a variação de temperatura. Nesse protótipo, conservado em Sèvres, na França, o metro é determinado pela distância entre
dois traços nessa barra, na temperatura de zero grau Celsius.

Atualmente o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), orgão brasileiro de normalização,
estipula outro padrão para o metro.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE CONTROLE

O sucessivo aumento de produção e a melhoria de qualidade requerem um desenvolvimento e um aperfeiçoamento contínuo das
técnicas de medição. Quanto maiores as exigências de qualidade e rendimento, maiores serão as necessidades de aparatos,
ferramentas de medição e profissionais habilitados.

Quando efetuamos uma medida qualquer, é preciso considerar três elementos fundamentais: o método, o instrumento e o operador.

MÉTODO

A medição pode ser direta ou indireta por comparação.

A medição direta é feita mediante instrumentos, aparelhos e máquinas de medir.

 Metrologia
Emprega-se a medição direta, por exemplo, na confecção de peças protótipos, isto é, peças originais que se utilizam como
referência; ou ainda em produção de pequena quantidade de peças.

A medida indireta por comparação consiste em confrontar a peça que se quer medir, com aquela de padrão ou dimensão
aproximada. Por exemplo, um eixo pode ser controlado, por medida indireta, usando-se um calibrador para eixos.

Um calibrador para eixos, tipo boca fixa, possui duas bocas. Vamos, agora, medir um de seus eixos. O eixo escolhido deve
passar pela boca maior, ou seja, pelo lado “passa”, mas não pode passar pelo lado menor que é o lado “não passa”, pintado de
vermelho.

Outro calibrador do tipo “passa/não passa” é o tampão para furos, em que o lado “não passa” é o mais curto. Seu funcionamento
é semelhante ao do calibrador fixo para eixos.

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

Para dar uma medida precisa, é indispensável que o instrumento esteja aferido, ou seja, corresponda ao padrão adotado. É
necessário, também, que ele nos possibilite executar a medida com precisão exigida. Em suma, a boa medida depende da
qualidade do instrumento empregado.

SENAI - PR 
A notações

10 Metrologia
Medidas lineares

PADRÃO

Podemos afirmar que a necessidade de medir nasceu com o homem. Desde os primeiros tempos, foi preciso avaliar o
tamanho da árvore vista, do animal abatido, da distância percorrida, etc.

Com o desenvolvimento industrial, a necessidade de medir foi aumentando e exigindo, ao mesmo tempo, maior precisão
nas avaliações. Em primeiro lugar, adotaram-se como medidas as unidades naturais: pé, braço, passo etc. Depois foram
estabelecidos padrões completamente arbitrários. Na Idade Média, por exemplo, cada senhor feudal estabelecia seus
próprios padrões.

No século XVII, na França, tivemos um avanço importante na questão das medidas. A “toesa” – unidade de medição
linear- foi, então, dividida em seis pés: cada pé, em 12 polegadas; e cada polegada em 12 linhas. Media aproximadamente
1,95m. Sua polegada era equivalente a mais ou menos 27 mm.

Primeiramente a toesa foi materializada numa barra de ferro com dois pinos na extremidade. Em seguida, foi chumbada
na parede externa do Grand Chatelet, nas proximidades de Paris. Assim, cada interessado poderia aferir os próprios
instrumentos. Essa unidade, naturalmente, foi se desgastando com o tempo e teve de ser refeita. Surgiu, então, um
movimento no sentido de estabelecer uma unidade natural. Essa unidade natural deveria ser facilmente reproduzida
e seus submúltiplos estabelecidos segundo o sistema decimal. Apresentando por Talleyrond, na França, esse projeto
transformou-se em lei, aprovada em 8 de maio de 1790.

Estabeleceu-se então que a nova unidade deveria ser igual a décima milionésima parte do quarto do meridiano
terrestre.

Esta nova unidade passou a ser chamada “metro”. O termo grego “metron” significa “medir”.

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Os astrônomos Delambre e Mechain foram incumbidos de medir o meridiano. Utilizando a toesa como unidade, mediram a
distância entre metrologia Dunkerque e Montjuich, perto de Barcelona. Feitos os cálculos, chegou-se a uma distância que foi
materializada numa barra de platina de secção retangular de 25 x 4,05mm. O comprimento dessa barra era equivalente ao
comprimento de unidade padrão metro, que assim foi definido:

“Metro é a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre.”

Foi esse metro materializado que passou a chamar-se Metro dos Arquivos.

Com o desenvolvimento da ciência, verificou-se que uma medição do meridiano fatalmente daria um “metro” um pouco diferente.
Assim a primeira definição foi substituída pela segunda definição:

“Metro é a distância entre os dois extremos da barra de platina depositada nos arquivos da França, apoiada nos pontos de
mínima flexão na temperatura de zero grau Celsius”.

Escolheu-se a temperatura de zero grau Celsius por ser, na época, a mais facilmente obtida, mediante o gelo fundente.

No século XIX, vários países já haviam adotado o sistema métrico.

No Brasil, o sistema métrico foi implantado em força da Lei Imperial nº 1157 de 26 de junho de 1862. Estabeleceu-se, então, um
prazo de dez anos para que os padrões antigos fossem inteiramente substituídos.

À medida que a ciência foi avançando, notou-se que o Metro dos Arquivos apresentava certos inconvenientes. Por exemplo, o
paralelismo das faces não era assim tão perfeito. O material, relativamente mole, poderia se desgastar, e a barra também não
era suficientemente rígida.

Para aperfeiçoar o sistema, fez-se um outro padrão,


com o mesmo valor, porém mais perfeito.

Assim, para obter uma estabilidade maior, a


secção deveria ser em “X”. E para que o material
fosse mais durável, deveria adicionar-se nele 10%
de irídio.

A nova barra deveria ser traçada pois, dessa forma,


a sua medida seria mais perfeita.

12 Metrologia
Assim, em 1889, surgiu a terceira definição:

“O metro é a distância entre os eixos de dois traços principais marcados na superfície neutra do padrão internacional depositado
no B.I.P.M. (Bureau International des Poids et Mésures), na temperatura de zero grau Celsius e sob uma pressão atmosférica
de 760mmHg e apoiado sobre seus pontos de mínima flexão”.

Atualmente a temperatura de aferição é de 20o C. O calibre de um metro a 20o C tem o mesmo comprimento do padrão que se
encontra em Sèvres, na temperatura de zero grau Celsius.

Ocorreram, ainda, outras modificações. Hoje o padrão do metro em vigor no Brasil é o recomendado pelo INMETRO, baseado
na velocidade da luz. O INMETRO, em sua resolução 3/84, assim definiu o metro:

“Metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo, durante o intervalo de tempo de 1/299.792.458 do segundo.

É importante observar que, apesar de todas essas definições, o valor do metro não se alterou. Ao contrário, serviram para
melhorar a sua precisão.

METROS PADRÕES NO BRASIL

O metro padrão que existe no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo possui uma secção transversal reta
em forma de H e está devidamente aferido.

O I.N.T (Instituto Nacional de Tecnologia) possui também dois exemplares de metros padrões de alta qualidade. Um dos
exemplares é de liga, com 36% de níquel (Invar), e dilatação por volta de 1 . 10-6; o outro, também de liga, contém 58% de níquel
e possui uma dilatação de 11,5 . 10-6.

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A notações

14 Metrologia
Técnicas de medição e controle

Para conseguir uma boa medição, é necessário conhecer o instrumento de medida mais adequado.

Em primeiro lugar, vamos estudar os instrumentos de medidas lineares:

 Régua graduada

 Metro, trena

 Paquímetro

 Micrômetro externo e interno

 Relógio comparador e apalpador

Estudaremos, depois, os instrumentos de medidas angulares:

 Goniômetro

 Goniômetro com nônio

Procure conhecer, também, o que se deve fazer para que cada instrumento se mantenha em bom estado de conservação
e em perfeitas condições de uso.

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A notações

16 Metrologia
Régua graduada

INTRODUÇÃO

A régua graduada é o mais simples entre os instrumentos de medida linear.

Apresenta-se, em regra, em forma de lâmina de aço-carbono ou também de aço inoxidável.

Nessa lâmina estão assinaladas as medidas em centímetros (cm) e milímetros, conforme o sistema métrico. Ela pode conter, também,
graduação no sistema inglês. Nesse caso, ao invés de centímetros e milímetros, teremos polegadas e frações de polegada.

Na maioria das vezes, a régua graduada apresenta uma escala no sistema métrico e outra no sistema inglês.

SISTEMA MÉTRICO

Graduação em milímetros (mm) . 1 mm = 1 m/ 1000

SISTEMA MÉTRICO

2mm 36mm graduação taca 114mm 137mm

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

32 1 2 3 16 4 5 6

1/32” ½” 7/6” 7/16”


1/4” 1 2 BORDA 3 5

SISTEMA INGLÊS

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SISTEMA INGLÊS

Graduação em polegadas (“) . 1” = 1/ 36 jarda

As réguas graduadas apresentam-se em diversas dimensões. Temos, por exemplo, réguas de 150, 200, 250, 300, 500, 600,
1000, 1500, 2000 e 3000 mm. As mais usadas na oficina, entretanto, são as de 150 mm (6”) e 300 mm (12”).

TIPOS E USOS

As réguas graduadas são de muitos tipos e se prestam a diversos usos:

Régua de encosto interno: serve para medição com face interna de referência.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Régua sem encosto: nesse caso, devemos subtrair do resultado o valor do ponto de referência.

76mm
10mm

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 2 3 4

leitura = 76 - 10 = 66mm

Régua com encosto: serve para medição de comprimento a partir da face externa do encosto de uma peça.

2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

18 Metrologia
Régua de profundidade: utilizada nas medições de canais ou rebaixos internos.

Régua de dois encostos: usada pelo ferreiro.

encosto externo graduação na face oposta

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

encosto interno graduação interna

Régua rígida de aço-carbono com seção retangular: serve para medir deslocamentos em máquinas geratrizes.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

CARACTERÍSTICAS

De modo geral, uma escala de boa qualidade deve apresentar: bom acabamento, bordas retas e bem definidas e faces polidas.

As réguas de manuseio constante devem ser de aço inoxidável e temperado. É necessário que os traços da escala sejam gravados,
bem definidos, uniformes e finos. As distâncias entre os traços devem ser iguais.

A retilinidade e a precisão das divisões obedecem a normas internacionais.

LEITURA NO SISTEMA MÉTRICO

Cada centímetro na escala encontra-se dividido em 10 partes iguais e cada parte equivale a 1 mm.

Assim, a leitura pode ser feita em milímetro. A ilustração a seguir mostra, de forma ampliada, como se faz isso.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 25 26 27 28 29 30

0 1cm

1mm 13mm

SENAI - PR 19
RÉGUA GRADUADA
A tividades

1. Leia os espaços marcados nas réguas abaixo e escreva os valores correspondentes.

L m

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

a b c d

e f g h

i j k l

m n

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

o p q

20 Metrologia
A tividades

2.Complete:

E
D
C
B
A

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

A mm cm

B mm cm

C mm cm

D mm cm

E mm cm

LEITURA NO SISTEMA INGLÊS DE POLEGADA FRACIONÁRIA

Nesse sistema, a polegada dividi-se em 2, 4, 8, 16... partes iguais. As escalas de precisão chegam a apresentar 32 divisões por
polegada, enquanto as demais só apresentam frações de 1/16”.

A ilustração a seguir mostra essa divisão, representando a polegada em tamanho ampliado.

SENAI - PR 21
Observe que, na ilustração anterior, estão indicadas somente frações de numerador ímpar. Isso acontece porque, sempre que
houver numeradores pares, a fração é simplificada.

EXEMPLO:

1" 1"
16 " 16 "

1" 1" 2" 1"


+ =
16 " 16 " 16 " 8"

(para simplificar, basta dividir por 2)

1 1 1 1 1 1 6 3
+ + + + + =
16 " 16 " 16 " 16 " 16 " 16 " 16 " 8"

A leitura na escala consiste em observar qual traço coincide com a extremidade do objeto. Na leitura, deve-se observar sempre
a altura do traço, porque ele facilita a identificação das partes em que a polegada foi dividida.

1”
0 1” 3” 1”
2
1” 4 5” 4 7” 1”
3”
1” 8 3” 5” 8 7” 9” 8 11” 13” 8 15” 1” 8 3”
16 16 16 16 16 16 16 16 16 16

Assim, o objeto na ilustração acima tem 1 1/8” (uma polegada e um oitavo de polegada) de comprimento.

CONSERVAÇÃO

 Evitar que a régua caia ou a escala fique em contato com as ferramentas comuns de trabalho.

 Evitar riscos ou entalhes que possam prejudicar a leitura da graduação.

 Não flexionar a régua: isso pode empená-la ou quebrá-la.

 Não utilizá-la para bater em outros objetos.

 Limpá-la após o uso, removendo a sujeira. Aplicar uma leve camada de óleo fino, antes de guardar a régua graduada.

22 Metrologia
A tividades

Faça a leitura de frações de polegada em régua graduada.

R g R

1 2 3
16

h R L R

SENAI - PR 23
A notações

24 Metrologia
Metro articulado

O metro articulado é um instrumento de medição linear, fabricado de madeira, alumínio ou fibra.

No comércio o metro articulado é encontrado nas versões de 1 m e 2 m.

SENAI - PR 25
A leitura das escalas de um metro articulado é bastante simples: faz-se coincidir o zero da escala, isto é, o topo do instrumento,
com uma das extremidades do comprimento a medir. O traço da escala que coincidir com a outra extremidade indicará a
medida.

EXEMPLO:

O comprimento da rosca, segundo a ilustração, mede 2 cm, ou seja, 0,02 m.

O diâmetro do parafuso, segundo a ilustração, é de ½”.

CONSERVAÇÃO

 Abrir o metro articulado de maneira correta.

 Evitar que ele sofra quedas e choques.

 Lubrificar suas articulações.

26 Metrologia
Trena

Trata-se de um instrumento de medição constituído por uma fita de aço, fibra ou tecido, graduada em uma
ou em ambas as faces, no sistema métrico e/ou no sistema inglês, ao longo de seu comprimento, com traços
transversais.

Em geral, a fita está acoplada a um estojo ou suporte dotado de um mecanismo que permite recolher a fita de
modo manual ou automático. Tal mecanismo, por sua vez, pode ou não ser dotado de trava.

TRENAS CURTAS E LONGAS

A fita das trenas de bolso são de aço fosfatizado ou esmaltado e apresentam largura de 12,7 mm e comprimento entre 2
m e 5 m.

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Quanto à geometria, as fitas das trenas podem ser planas ou curvas. As de geometria plana permitem medir perímetros de
cilindros, por exemplo.

Não se recomenda medir perímetros com trenas de bolso cujas fitas sejam curvas.

As trenas apresentam, na extremidade livre, uma pequenina chapa metálica dobrada em ângulo de 90°. Essa chapa é chamada
encosto de referência ou gancho de zero absoluto.

28 Metrologia
Paquímetro

INTRODUÇÃO

O paquímetro é um instrumento usado para medir dimensões lineares: internas, externas e de profundidade.

Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, na qual desliza uma garra móvel. Abaixo, mostramos um paquímetro de
uso geral; daí, seu nome: paquímetro universal.

SENAI - PR 29
O cursor ajusta-se à régua de modo a permitir sua livre movimentação, com um mínimo de folga. Ele é dotado de uma escala
auxiliar, chamada de nônio ou vernier. Essa escala permite que se alcance uma maior precisão nas medidas.

O paquímetro universal é usado, especialmente, quando a quantidade de peças que se quer medir é pequena e a precisão não
é inferior a 0,02 mm, 1/128” ou .001.

As superfícies do paquímetro são planas e polidas, geralmente de aço inoxidável. Suas graduações são aferidas a 20°, podendo
ser, também, em milímetros e polegadas.
C uriosidades

Nônio: designação dado pelos portugueses em homenagem a Pedro Nunes, a quem é atribuída sua invenção.

Vernier: denominação dada pelos franceses em homenagem a Pierre Vernier, que eles afirmam ser o inventor.

TIPOS – CARACTERÍSTICAS E USOS

Vejamos, agora, quais os tipos de paquímetros mais conhecidos, bem como as características e os usos de cada um:

Paquímetro universal: é utilizado em medições externas, internas e de profundidade. Entre todos os outros, é o tipo mais usado.

Paquímetro universal com relógio indicador: utilizado quando se necessita executar um grande número de medições.

30 Metrologia
Paquímetro de profundidade: serve para medir profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos, etc.

Paquímetro de bicos alongados: medição de partes internas.

Paquímetro duplo: serve para medir dentes de engrenagens.

SENAI - PR 31
Paquímetro eletrônico digital 150mm/ 6”

LEGIBILIDADE

 Display de 10 mm de altura com números nítidos, de fácil leitura.

 A escala é graduada em centímetros e polegadas inteiras, identificados por setas.

FUNCIONAMENTO COM DOIS BOTÕES DE CONTROLE

 Para conversão milímetro / polegada.

 Para zerar em qualquer posição.

EXATIDÃO E LONGA VIDA

 De aço inoxidável e temperados, para uma vida longa, sem oxidação.

 Vareta retangular de profundidade para medições mais precisas.

 Parafuso de trava para a corrediça.

 Desligamento automático após 5 minutos sem uso.

 Bateria de 1,5 Volts N° SR44W com vida útil aproximada de um ano.

32 Metrologia
PRINCÍPIO DO NÔNIO

A escala do cursor é chamada de nônio ou vernier, em homenagem a Pedro Nunes e Pierre Vernier, considerados seus inventores.

Como podemos ver na figura a seguir, o nônio possui uma divisão a mais que a unidade usada na escala fixa.

No sistema métrico, existem paquímetros em que o nônio possui dez divisões equivalentes a nove milímetros. É o que nos
mostra o detalhe da figura acima.

Há, portanto, uma diferença de 0,1 mm entre o primeiro traço da escala fixa e o primeiro traço da escala móvel. Como mostra
a figura a seguir.

Essa diferença é de 0,2 mm entre o segundo traço de cada escala; de 0,3 mm entre
os terceiros; e assim por diante...

SENAI - PR 33
Vimos acima que há diferenças entre a escala fixa e a escala móvel de um paquímetro. Daí a necessidade de se calcular essa
aproximação ou diferença. Veja, portanto, como se faz o cálculo da aproximação.

Calcula-se a aproximação de um paquímetro, utilizando a seguinte fórmula:

valor da menor divisão da escala fixa


Aproximação =
Número de divisões da escala móvel

EXEMPLOS:
1 mm
Aproximação = = 0,1 mm
10 divisões

1 mm
Aproximação = = 0,05 mm
20 divisões

LEITURA NO SISTEMA MÉTRICO

A leitura, no sistema métrico, é feita da seguinte maneira:

 Verificar qual a indicação da escala fixa que está mais próxima do zero da escala móvel;

 À medida, dada pela escala fixa, devemos adicionar a que é obtida com a escala móvel. Para isso, multipliquemos a aproximação
do paquímetro pelo número do traço do nônio que coincide com um traço da escala fixa, após o zero da escala móvel.

34 Metrologia
A tividades

Faça a leitura e escreva as medidas nas linhas

a) Leitura = mm

b) Leitura = mm

Verifique se acertou:

a) 3,65 mm

b) 17,45 mm

Escala em milímetro e nônio com 50 divisões

Resolução = 1 mm/ 50 = 0,02 mm

Leitura

68,00 mm => escala fixa

0,32 mm => nônio

68,32 mm => total

SENAI - PR 35
A tividades

a) Leitura = mm

b) Leitura = mm

Não esqueça de calcular a resolução do paquímetro. Faça a leitura e escreva as medidas:

a) Leitura = mm

b) Leitura = mm

c) Leitura = mm

36 Metrologia
A tividades

d) Leitura = mm

e) Leitura = mm

f) Leitura = mm

g) Leitura = mm

h) Leitura = mm

i) Leitura = mm

SENAI - PR 37
A tividades

j) Leitura = mm

k) Leitura = mm

l) Leitura = mm

m) Leitura = mm

n) Leitura = mm

o) Leitura = mm

38 Metrologia
A tividades

p) Leitura = mm

q) Leitura = mm

r) Leitura = mm

s) Leitura = mm

t) Leitura = mm

u) Leitura = mm

SENAI - PR 39
LEITURA NO SISTEMA INGLÊS – FRAÇÃO ORDINÁRIA

A escala fixa é graduada em polegada com suas divisões fracionárias.

Agora, vejamos como se faz a leitura nesse sistema.

O nônio pode aproximar-se até 1/128”. Seu comprimento total é 1/16”.

Dividido em 8 partes iguais, cada parte do nônio medirá portanto: 1/16” : 8 = 1/16” x 1/8” ou 1/128”.

Se cada divisão da escala fixa for 1/16” (ou seja, 8/128”), sua diferença referente a cada divisão do nônio é: 8/128” – 7/128” = 1/128”.

A partir daí vale a explicação dada no item anterior: adicionar à leitura da escala fixa a aproximação (1/128”) multiplicada pelo
número do traço do nônio que coincidir com a escala fixa.

EXEMPLO:

Na figura a seguir, podemos ler ¾” na escala fixa e 3/128” no nônio. A medida total equivale à soma desse duas leituras,
conforme podemos observar abaixo.

Vejamos, também, como se procede para abrir um paquímetro em uma medida que se apresenta em fração de polegada.
Tomemos, por exemplo, a medida 25/128”:

1. Dividir o numerador (25”) por 8:

25 | 8

1 3

resto quociente

40 Metrologia
2. O quociente indica a medida na escala fixa e o resto por sua vez, mostra o número do traço do nônio que coincide com a
escala fixa.

OUTRO EXEMPLO:

Tomemos o valor 99”/128.

Procedendo como no exemplo anterior, teremos;

99 | 8

19 12

3 quociente

resto

Veja a figura seguinte:


O bservação

O 12º traço corresponde a 3/4”, como pode ser observado na figura acima.

SENAI - PR 41
A tividades

Leia cada uma das medidas em polegadas fracionária e escreva a medida na linha abaixo de cada desenho:

a) Leitura =

b) Leitura =

c) Leitura =

d) Leitura =

e) Leitura =

f) Leitura =

g) Leitura =

42 Metrologia
A tividades

h) Leitura =

i) Leitura =

j) Leitura =

k) Leitura =

l) Leitura =

m) Leitura =

n) Leitura =

SENAI - PR 43
LEITURA NO SISTEMA INGLÊS – FRAÇÃO DECIMAL

No paquímetro em que se adota esse sistema, cada polegada da escala fixa dividi-se em 40 partes iguais. Dessa maneira, cada
uma dessas divisões vale 1”/40 ou .025” (que é o resultado de 1 dividido por 40).

Já o nônio baseia-se na divisão de .600” da escala fixa em 25 divisões da escala móvel.

Como .600 dividido por .025 é igual a . 024”, conclui-se que a diferença entre as graduações das escalas fixa e móvel equivale a
.025” - .024” ou .001”. Esse valor (.001”) é a aproximação do paquímetro, o que permite calcular a medida tomada. Para tanto,
procede-se como nos itens anteriores.

EXEMPLO:

Escala fixa: .450”

Nônio: coincide no traço 21º traço

Medida = .450” + 21 x .001”

= 450” + .021”

= .471”
A tividades

01. Com base no exemplo, tente fazer as três leituras a seguir.

02. Escreva a medida lida em cada uma das linhas abaixo de cada desenho.

a) Leitura =

b) Leitura =

44 Metrologia
A tividades

c) Leitura =

03. Leia cada uma das medidas em polegada milesimal e escreva a medida na linha abaixo de cada desenho.

a) Leitura =

b) Leitura =

c) Leitura =

d) Leitura =

e) Leitura =

SENAI - PR 45
A tividades

f) Leitura =

g) Leitura =

h) Leitura =

i) Leitura =

j) Leitura =

k) Leitura =

46 Metrologia
PAQUÍMETRO (CONSERVAÇÃO, TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO)

ERROS DE LEITURA

Além da falta de habilidade do operador, outros fatores podem provocar erros de leitura no paquímetro, como por exemplo, a
paralaxe e a pressão de medição.

PARALAXE

Dependendo do ângulo de visão do operador, pode ocorrer o erro por paralaxe, pois devido a esse ângulo, aparentemente há
coincidência entre um traço da escala fixa com outro da móvel.

O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas de construção normalmente tem uma espessura mínima (a), e é posicionado
sobre a escala principal. Assim, os traços do nônio (TN) são mais elevados que os traços da escala fixa (TM) .

Colocando o instrumento em posição não perpendicular à vista e estando sobrepostos os traços TN e TM, cada um dos olhos
projeta o traço TN em posição oposta, o que ocasiona um erro de leitura.

Para não cometer o erro de paralaxe, é aconselhável que se faça a leitura situando o paquímetro em uma posição perpendicular
aos olhos.

SENAI - PR 47
PRESSÃO DE MEDIÇÃO

Já o erro de pressão de medição origina-se no jogo do cursor, controlado por uma mola. Pode ocorrer uma inclinação do cursor
em relação à régua, o que altera a medida.

Para se deslocar com facilidade sobre a régua, o cursor deve estar bem
regulado: nem muito preso, nem muito solto. o operador deve, portanto, regular
a mola, adaptando o instrumento à sua mão. Caso exista uma folga anormal, os
parafusos de regulagem da mola devem ser ajustados, girando-os até encostar
no fundo e, em seguida, retornando 1/8 de volta aproximadamente. Após esse
ajuste, o movimento do cursor deve ser suave, porém sem folga.

TÉCNICA DE UTILIZAÇÃO DO PAQUÍMETRO:

 Para ser usado corretamente, o paquímetro precisa ter:

 Seus encostos limpos;

A peça a ser medida deve estar posicionada corretamente entre os encostos.

É importante abrir o paquímetro com uma distância maior que a dimensão do objeto a ser medido.

O centro do encosto fixo deve ser encostado em uma das extremidades da peça.

48 Metrologia
Convém que o paquímetro seja fechado suavemente até que o encosto móvel toque a outra extremidade.

PAQUÍMETRO

Feita a leitura da medida, o paquímetro deve ser aberto a peça retirada, sem que os encostos a toquem.

As recomendações seguintes referem-se à utilização do paquímetro para determinar medidas:

 Externas;

 Internas;

 De profundidade;

 De ressaltos.

Nas medidas externas, a peça a ser medida deve ser colocada o mais profundamente possível entre os bicos de medição para
evitar qualquer desgaste na ponta dos bicos:

Para maior segurança nas medições, as superfícies de medição dos bicos e da peça devem estar bem apoiadas.

SENAI - PR 49
Nas medidas internas, as orelhas precisam ser colocadas o mais profundamente possível. O paquímetro deve estar sempre
paralelo à peça que está sendo medida:

Para maior segurança nas medições de diâmetros internos, as superfícies da medição das orelhas devem coincidir com a linha
de centro do furo.

Toma-se, então, a máxima leitura para diâmetros internos e mínima leitura para faces planas internas.

No caso de medidas de profundidade, apoia-se o paquímetro corretamente sobre a peça, evitando que ele fique inclinado.

Errado Certo

50 Metrologia
Nas medidas de ressaltos, coloca-se a parte do paquímetro apropriada para ressaltos perpendicularmente à superfície de
referência da peça. Não se deve usar haste de profundidade para esse tipo de medição, porque ela não permite um apoio
firme.

CONSERVAÇÃO

 Manejar o paquímetro sempre com todo cuidado, evitando choques.

 Não deixar o paquímetro em contato com outras ferramentas, o que pode lhe causar danos.

 Evitar arranhaduras ou entalhes, pois isso prejudica a graduação.

 Ao realizar a medição, não pressionar o cursor além do necessário.

 Limpar e guardar o paquímetro em local apropriado, após sua utilização.

SENAI - PR 51
A notações

52 Metrologia
Micrômetro

INTRODUÇÃO

O micrômetro é um instrumento de medição de comprimentos. Sua precisão é maior do que a do paquímetro, permitindo medir,
por leitura direta, dimensões com aproximação de 0,01 mm ou mesmo de 0,001 mm (um mícron). Daí, esse instrumento ser
chamado de “micrômetro”.

O micrômetro permite a medição de comprimento de 0 a 25mm, de 25 a 50 mm... 2000 mm. Seu funcionamento baseia-se no
avanço de um parafuso micrométrico. O passo do parafuso é de 0,5 mm, e cada volta dividi-se em aproximadamente 50 partes
iguais, podendo, ainda, conter um nônio.

CONSTITUIÇÃO

Vamos conhecer, então, as principais partes de um micrômetro.

SENAI - PR 53
TIPOS E CARACTERÍSTICAS

É importante saber, também, que os micrômetros se caracterizam pela capacidade e pela aproximação da leitura:

 Pela capacidade, os micrômetros variam de 0 a 25mm; de 25 a 50mm... de 1975 a 2000 mm;

 Pela aproximação de leitura, podem ser de 0,01mm e 0,001mm ou de .001” e de .0001”.

No micrômetro de 0 a 25 mm, quando as faces das pontas estão juntas, a borda do tambor coincide com o traço zero da bainha.
A linha longitudinal, gravada na bainha, coincide com “zero” da escala centesimal do tambor.

Os micrômetros podem ser ainda externos ou internos, dependendo da medida que se quer fazer: externa ou interna.

Existem até micrômetros com leitura digital direta. Seu visor indica a medida obtida em milímetros e centésimos de milímetros.

MICRÔMETROS EXTERNOS – COM BATENTES INTERCAMBIÁVEIS

54 Metrologia
MICRÔMETROS DE PROFUNDIDADE
Existem também com leitura digital com base e hastes temperadas, retificadas e lapidadas; trava, catraca e hastes intercambiáveis.

MICRÔMETROS INTERNOS – TIPO PAQUÍMETRO (TAMBOR E CILINDRO COMACABAMENTO


CROMO-ACETINADO)

MICRÔMETROS EXTERNOS (COM RELÓGIO COMPARADOR EMBUTIDO)

 Pode ser utilizado como calibrador ajustável “passa não passa”

 Possui ajuste do zero.

 Curso de retração do batente: 2 mm (.08”)

 Força de medição: 5 ~ 10N

 Fuso com diâmetro de 8 mm

SENAI - PR 55
 Pontas de medição de metal duro

 Alavanca de retração do batente com dois braços a 90°

MICRÔMETROS EXTERNOS (COM PONTAS FINAS):

 Pontas de medição de metal duro

 Leitura: 0,01 mm (.001”)

 Os micrômetros com capacidade de 50 mm ou 2” e superiores são fornecidos com barra padrão para aferição

MICRÔMETROS EXTERNOS (COM PONTAS CÔNICAS):

 Ângulos das pontas de medição: 15° ou 30° .

 Leitura: 0,01mm (0,001”).

 Os micrômetros com capacidade de 50 mm ou 2” são fornecidos com barra padrão para aferição.

56 Metrologia
MICRÔMETROS EXTERNOS (COM BATENTE EM “V”)

 Utilizados para medir diâmetro externo de ferramentas com 3 ou 5 cortes

 Fornecido com padrão de aferição

MICRÔMETROS PARA ROSCAS

 Utilizados para medição de diâmetro primitivo de roscas com indicação direta.

 Pontas de medição são opcionais

 Os micrômetros maiores de 50mm (2”) são fornecidos com padrão de rosca de 60°

 Leitura: 0,01mm ou .001”

MICRÔMETROS EXTERNOS (COMARCO PROFUNDO PARA CHAPAS)

 Os micrômetros com arco de 300mm (12”) e 600mm (24”) possuem apoio para arco

 Pontas de medição de metal duro

 Leitura: 0,01mm ou .001”

SENAI - PR 57
MICRÔMETROS INTERNOS

INTRODUÇÃO
Os micrômetros internos são utilizados exclusivamente para medidas cilíndricas internas. Há dois tipos principais: o micrômetro
interno de três contatos e o micrômetro interno de dois contatos.

MICRÔMETROS INTERNOS DE TRÊS CONTATOS


Primeiramente vamos estudar os micrômetros internos de três contatos, que são TRI-O-BOR e o IMICRO:

TRI-O-BOR
Esse tipo de micrômetro possui três contatos intercambiáveis, para furos roscados, canais e furos sem saída.

A leitura do TRI-O-BOR é feita através de um visor na bainha e no tambor graduado.

IMICRO

 IMICRO caracteriza-se por três contatos fixos, eqüidistantes de 120° entre si.

 Sua leitura é feita na escala da própria bainha graduada, no sentido contrário


ao do micrômetro externo.

58 Metrologia
A leitura em micrômetro tubular e micrômetro tipo paquímetro é igual à leitura em micrômetro externo.

Observações: a calibração dos micrômetros internos tipo paquímetro e tubular é feita por meio de anéis de referência,
dispositivos com blocos padrão ou com micrômetro externo. Os micrômetros internos de três contatos são calibrados com anéis
de referência.
A tividades

Faça a leitura e escreva a medida abaixo de cada figura:

a) Leitura: b) Leitura:

c) Leitura: d) Leitura:

e) Leitura: f) Leitura:

SENAI - PR 59
CÁLCULO DE APROXIMAÇÃO

Vejamos agora como se faz o cálculo de aproximação em um micrômetro.

A cada volta do tambor do micrômetro, seu parafuso avança uma distância chamada passo.

A aproximação de uma medida tomada, em um micrômetro, corresponde ao menor deslocamento do seu parafuso. Ela é
determinada dividindo-se o passo pelo número de divisões do tambor.

passo da rosca do parafuso micrométrico


Aproximação =
número de divisões do tambor

EXEMPLO:
Se o passo da rosca é de 0,5 mm e o tambor tem 50 divisões, a aproximação será:

0,5 mm
= 0,01 mm
50

Assim, girando o tambor, cada divisão do mesmo provocará um deslocamento de 0,01mm no encosto móvel.

LEITURA NO SISTEMA MÉTRICO

Para fazer a leitura no sistema métrico, procede-se da seguinte maneira:

 Lê-se o número de divisões entre o zero de referência da bainha e o tambor;

 Verifica-se qual o traço das divisões do tambor que coincide com a reta de referência da bainha.

EXEMPLO:
bainha = 2,50 mm

+ tambor = 0,24 mm

leitura total = 2,74 mm

60 Metrologia
Quando houver nônio, deve acrescentar-se à indicação por ele fornecida o valor calculado anteriormente. A parcela da medida
fornecida pelo nônio é igual à aproximação do tambor, dividida pelo número de divisões de Se o nônio tiver cinco divisões
marcadas no cilindro, sua aproximação será, então:
0,01
a = = 0,002 mm
5

EXEMPLO:
A figura abaixo mostra um micrômetro “desenrolado” de tal forma que podemos ver “no plano” as marcações feitas em seu
cilindro.

A = 10,000 mm

B = 0,500 mm

C = 0,090 mm

D = 0,008 mm

Leitura total = A + B + C + D = 10,598 mm

Observação: D corresponde ao traço do nônio que coincide com um do tambor (no caso, é o de número 8).
A tividades

Leia as medidas seguintes e escreva seu valor nas linhas abaixo de cada desenho.

a) Leitura:

SENAI - PR 61
A tividades

b) Leitura:

c) Leitura:

d) Leitura:

e) Leitura:

f) Leitura:

g) Leitura:

62 Metrologia
A tividades

h) Leitura:

i) Leitura:

j) Leitura:

k) Leitura:

l) Leitura:

m) Leitura:

SENAI - PR 63
LEITURA NO SISTEMA INGLÊS

Apesar de o sistema métrico estar oficializado no Brasil, muitas firmas trabalham com o sistema inglês decimal. Daí a existência
de instrumentos de medida nesse sistema, inclusive micrômetros.

No sistema inglês, o micrômetro apresenta as seguintes características:

 Na bainha está gravado um comprimento de uma polegada, dividido em 40 partes iguais. Desta forma, cada divisão equivale
à 1” ÷ 40 = .025”;

 O tambor do micrômetro, com aproximação de .001”, possui 25 divisões.

Para medir com micrômetro de .001”, lê-se primeiro a indicação da bainha. Soma-se, então, essa medida à leitura do tambor que
coincide com o traço de referência da bainha.

bainha = .675”

+ tambor = .019”

leitura total = .694”

64 Metrologia
LEITURA NO MICRÔMETRO DE .001”

Na bainha, além das graduações normais (40 divisões), há um nônio com dez divisões. O tambor dividi-se, então, em 25 partes
iguais.

A aproximação do micrômetro é:

passo da rosca
a) sem o nônio : = .025/25 = .001”
número de divisão do tambor

.001”
b) com o nônio de 10 divisões : = .001/10 = .0001”
número de divisão do tambor

.001”
c) com nônio de 5 divisões : = .0002”
5

Para fazer a medida, basta adicionar as leituras da bainha, do tambor e do nônio.

Assim na figura, temos:

bainha = .375”

tambor = .005”

+ nônio = .0004”

leitura total = .3804”


A tividades

Escreva as medidas abaixo de cada ilustração.

a) Leitura:

SENAI - PR 65
A tividades

b) Leitura:

c) Leitura:

d) Leitura:

e) Leitura:

f) Leitura:

g) Leitura:

66 Metrologia
A tividades

h) Leitura:

AFERIÇÃO DO MICRÔMETRO

Antes de iniciar a medição de uma peça, devemos aferir cada instrumento, de acordo com seu tipo:

MICRÔMETROS DE 0 A 1” E 0 A 25MM

 limpar os contatos e fechar o micrômetro com a catraca, até sentir o funcionamento desta;

 observar, então, se o zero da bainha coincide com o zero do tambor.

1) Se alguma folga aparecer na rosca do fuso, por desgaste da porca


após uso prolongado, primeiro afaste o tambor, coloque a chave de
ajuste no rasgo da porca e aperte apenas o necessário para eliminar a
folga. A ilustração mostra como isso pode ser feito com facilidade.

2) Após limpar cuidadosamente toda a sujeira ou partículas abrasivas das pontas de contato do encosto e do fuso, junte-as e
coloque a chave do ajuste no pequeno rasgo do cilindro. Em seguida, gire o cilindro até que a linha coincida com a linha zero
do tambor, como mostra a ilustração.

SENAI - PR 67
MICRÔMETROS DE 25 A 50MM, DE 50 A 75MM ETC.
MICRÔMETROS DE 1” A 2”, DE 2” A 3” ETC.

 Para aferir esse tipo de micrômetro, utiliza-se a barra padrão.

 Se não houver concordância perfeita do micrômetro com a barra-padrão, faz-se a regulagem, através de uma chave
especial. Dependendo do modelo do micrômetro, essa chave permite o deslocamento da bainha ou do tambor.

CONSERVAÇÃO
O micrômetro não deve ficar exposto à sujeira e à umidade. Por isso, é preciso guardá-lo em armário ou em estojo apropriado.
Recomenda-se, pois, limpá-lo, secando-o com uma flanela; depois, com um pincel, untá-lo com vaselina líquida.

Evitar, enfim, contatos e quedas que possam riscar ou danificar o aparelho e sua escala.

68 Metrologia
Goniômetro

INTRODUÇÃO

O goniômetro é um instrumento de medição ou de verificação de medidas angulares.


MEDINDO ÂNGULO OBTUSO MEDINDO ÂNGULO AGUDO

O goniômetro simples é conhecido também como


transferidor de grau. É utilizado em medidas
angulares, que não necessitam extremo rigor.
Sua menor divisão 1° (um grau). Há diversos
modelos de goniômetros simples. A seguir,
mostramos um tipo bastante usado, em que
podemos observar as medidas de um ângulo
agudo e um ângulo obtuso.

SENAI - PR 69
Já, o goniômetro com nônio permite fazer uma medição de até 5’ (cinco minutos).
Além disso, possui outros recursos como, por exemplo, régua e esquadro.

LEITURA DO GONIÔMETRO

Os graus inteiros são lidos na graduação do disco com o traço zero do nônio. Na escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no
sentido horário como no sentido anti-horário.

A leitura dos minutos, por sua vez, realizada a partir do zero no nônio, seguindo, entretanto, a mesma direção da leitura dos
graus.

Assim, nas figuras acima, as medidas são respectivamente:

A = 64° B = 30’ leitura completa 64° 30’

A = 42° B = 20’ leitura completa 42° 20’

A = 9° B = 15’ leitura completa 9° 15’

70 Metrologia
CÁLCULO DE APROXIMAÇÃO
Na leitura do nônio, como fizemos anteriormente, utilizamos o valor de 5’ para cada traço do nônio. Dessa forma, se é o
2° traço no nônio que coincide com um traço da escala fixa; adicionamos 10’ aos graus lidos na escala fixa; se é o 3°,
adicionamos 15’; se o 4°, 20’ etc.

A aproximação do nônio é dada pela fórmula geral, a mesma utilizada em outros instrumentos de medida com nônio; ou
seja: divide-se a menor medida do disco graduado pelo número de divisões do nônio.

menor divisão do disco graduado


Aproximação =
número de divisões do nônio

Ou seja:

Aproximação = 1°/12 = 60’/12 = 5’

CONSERVAÇÃO
Devemos conservar os goniômetros sempre em bom estado. Por isso recomendamos:

 Evitar quedas e contato com ferramentas de oficina;

 Guardar o aparelho em local apropriado, sem expô-lo ao pó ou à umidade.


A tividades

1. Leia e escreva sua leitura nas linhas:

a) Leitura = b) Leitura =

c) Leitura = d) Leitura =

SENAI - PR 71
Atividades

2. Leia e escreva as medidas abaixo dos desenhos.

10 20
0
30


30 15 0 15 30
45 45 60
60
75 75

a) Leitura = b) Leitura =

c) Leitura = d) Leitura =

e) Leitura = f) Leitura =

g) Leitura = h) Leitura =

72 Metrologia
Conversões de medidas

POLEGADA EM MILÍMETRO

Para converter polegada em milímetro, basta multiplicar o valor em polegada por 25,4.

EXEMPLO:
2” = 2 x 25,4 = 50,8 mm

MILÍMETRO EM POLEGADA

Para converter milímetro em polegada, basta multiplicar o valor em milímetro por 5,04 e dividir o resultado por 128.

EXEMPLO:
5mm
25 "
5 x 5,04/ 128 = 25,2”/ 128 que se deve arredondar para
128
Outra maneira consiste em dividir por 25,4 e multiplicar o numerador e o denominador por 128:

5/ 25,4 x 128/ 128 (observe que 128 ¸ 25,4 = 5,04)

5/ 25,4 x 128/ 128 = 5.5,04/ 128 = 25,2”/128

arredondamento = 25”/ 128

SENAI - PR 73
MILÉSIMO DE POLEGADA EM FRAÇÃO DE POLEGADA

Para converter milésimo da polegada em fração de polegada, basta multiplicar o valor em milésimo por uma das divisões da
polegada, dando para denominador a mesma divisão tomada, formando a fração.

EXEMPLO:
Converter em fração .125”
16 " 8 " 4 " 2 " 1"
(.125” x 128)/ 128 = = = = =
128 64 32 16 8

MILÍMETRO EM MILÉSIMO DE POLEGADA

Para converter milímetro em milésimo de polegada, basta dividir o valor em milímetro por 25,4.

EXEMPLO:
Transformar 25mm em milésimos de polegada:

mm/ 25,4 = 25/ 25,4 = .9842”

MILÉSIMO EM MILÍMETRO

Para converter milésimo em milímetro, basta multiplicar o valor em milésimo por 25,4.

EXEMPLO:
Converter .375” em milímetro:

.375 x 25,4 = 9,525 mm

REGRAS DE ARREDONDAMENTO (ABNT)

Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado é inferior a 5, o último algarismo a ser
conservado permanecerá sem modificação.

EXEMPLO:
Se arredondarmos 1, 346 25 à 3ª decimal, teremos: 1,346.

Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado é um 5, seguido de zeros, deverá ser
arredondado o algarismo a ser conservado, para o algarismo mais próximo. Conseqüentemente, o último algarismo a ser retido,
se for impar, aumenta-se uma unidade.

74 Metrologia
EXEMPLO:
Se arredondarmos 4,735 500 à 3ª decimal, teremos: 4,736.

Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último a ser conservado é um 5, seguido de zeros, se for par o algarismo a ser
conservado, ele permanecerá sem modificações.

EXEMPLO:
Se arredondarmos 7, 834 500 à 3ª decimal, teremos: 7,834.

Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado é superior a 5, ou sendo 5, for seguido de no
mínimo um algarismo diferente de zero, o último algarismo a ser conservado deverá ser aumentado de uma unidade.

EXEMPLO:
Se arredondarmos 2,983 600 à 3ª decimal, teremos: 2,984; 6,434 503, arredondado a 3ª decimal, é igual à 6,435.

SENAI - PR 75
A notações

76 Metrologia
Relógio comparador

O relógio comparador é um instrumento de medição por comparação dotado de uma escala e um ponteiro, ligados por
mecanismos diversos a uma ponta de contato.

O comparador centesimal é um instrumento comum de medição por comparação. As diferenças percebidas nele pela ponta de
contato são amplificadas mecanicamente e irão movimentar o ponteiro rotativo diante da escala.

Quando a ponta de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido horário, a diferença é positiva. Isso significa que a
peça apresenta maior dimensão que a estabelecida. Se o ponteiro girar em sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou
seja, a peça apresenta menor dimensão que a estabelecida.

Existem vários modelos de


relógios comparadores. Os
mais utilizados possuem
resolução de 0,01 mm. O
curso do relógio também
varia de acordo com o
modelo, porém os mais
comuns são de 1 mm, 10
mm, .250” ou 1”.

SENAI - PR 77
Em alguns modelos, a escala dos relógios se apresenta perpendicularmente em relação a ponta de contato (vertical). E, caso
apresentem um curso que implique mais de uma volta, os relógios comparadores possuem, além do ponteiro normal, outro
menor, denominado contador de voltas do ponteiro principal.

Alguns relógios trazem limitadores de tolerância. Esses limitadores são móveis, podendo ser ajustados nos valores máximo e
mínimo permitidos para a peça que será medida.

Existem ainda os acessórios especiais que se adaptam aos relógios comparadores. Sua finalidade é possibilitar controle em
série de peças, medições especiais de superfícies verticais, de profundidade, de espessuras de chapas, etc.

As próximas figuras mostram esses dispositivos destinados à medição de profundidade e de espessuras de chapas.


MEDIDORES DE PROFUNDIDADE MEDIDORES DE ESPESSURA

Os relógios comparadores também podem ser utilizados


para furos. Uma das vantagens de seu emprego é a
constatação, rápida e em qualquer ponto, da dimensão
do diâmetro ou de defeitos, como conicidade, ovalização,
etc.

78 Metrologia
Consiste basicamente num mecanismo que transforma o deslocamento
radial de uma ponta de contato em movimento axial transmitido a um relógio
comparador, no qual pode-se obter a leitura da dimensão. O instrumento deve
ser previamente calibrado em relação a uma medida padrão de referência.

Esse dispositivo é conhecido como medidor interno com relógio comparador ou súbito.

MECANISMOS DE AMPLIFICAÇÃO

Os sistemas usados nos mecanismos de amplificação são por engrenagem, por alavanca e mista.

AMPLIFICAÇÃO POR ENGRENAGEM

Os instrumentos mais comuns para medição por comparação possuem sistema de amplificação por engrenagens.

As diferenças de grandeza que acionam a ponta de contato são amplificadas mecanicamente.

A ponta de contato move o fuso que possui uma cremalheira, que aciona um trem de engrenagens que, por sua vez, aciona um
ponteiro indicador no mostrador.

SENAI - PR 79
Nos comparadores mais utilizados, uma volta completa do ponteiro corresponde a um deslocamento de 1 mm da ponta de
contato. Como o mostrador contém 100 divisões, cada divisão equivale a 0,01 mm.

AMPLIFICAÇÃO POR ALAVANCA

O princípio da alavanca aplica-se a aparelhos simples, chamados indicadores com alavancas, cuja capacidade de medição é
limitada pela pequena amplitude do sistema basculante.

Assim temos:
comprimento do ponteiro_ (a)
Relação de amplificação =
distância entre os cutelos (b)

Durante a medição, a haste que suporta o cutelo móvel desliza, a despeito do esforço em contrário produzido pela mola de
contato. O ponteiro alavanca, mantido em contato com os dois cutelos pela mola de chamada, gira em frente à graduação.

A figura abaixo representa a montagem clássica de um aparelho com capacidade de ± 0,06 mm e leitura de 0,002 mm por
divisão.

AMPLIFICAÇÃO POR ALAVANCA

80 Metrologia
AMPLIFICAÇÃO MISTA

É o resultado da combinação entre alavanca e engrenagem. Permite levar a sensibilidade até 0,001 mm, sem reduzir a
capacidade de medição.

CONDIÇÕES DE USO
Antes de medir uma peça, devemos nos certificar de que o relógio se encontra em boas condições de uso.

A verificação de possíveis erros é feita da seguinte maneira: com o auxílio de um suporte de relógio, tomam-se as diversas
medidas nos blocos padrão.

Em seguida, deve-se observar se as medidas obtidas no relógio correspondem às dos blocos. São encontrados também
calibradores específicos para relógios comparadores.

Observação: antes de tocar na peça, o ponteiro do relógio comparador fica em uma posição anterior a zero. Assim, ao iniciar
uma medida, deve-se dar uma pré-carga para o ajuste do zero.

Colocar o relógio sempre numa posição perpendicular em relação à peça, para não incorrer em erros de medida.

APLICAÇÕES DOS RELÓGIOS COMPARADORES

VERIFICAÇÃO DO PARALELISMO

SENAI - PR 81
VERIFICAÇÃO DE EXCENTRICIDADE DE PEÇA MONTADA NA PLACA DO TORNO

VERIFICAÇÃO DE CONCENTRICIDADE

VERIFICAÇÃO DO ALINHAMENTO DAS PONTAS DE UM TORNO

82 Metrologia
VERIFICAÇÃO DE SUPERFÍCIES PLANAS

CONSERVAÇÃO

 Descer suavemente a ponta de contato sobre a peça.

 Levantar um pouco a ponta de contato ao retirar a peça.

 Evitar choques, arranhões e sujeira.

 Manter o relógio guardado no seu estojo.

 Os relógios devem ser lubrificados internamente nos mancais das engrenagens.

RELÓGIO COM PONTA DE CONTATO DE ALAVANCA (APALPADOR)

É um dos relógios mais versáteis que se usa na mecânica. Seu corpo monobloco possui três
guias que facilitam a fixação em diversas posições.

Existem dois tipos de relógios apalpadores.

Um deles possui reversão automática do movimento da ponta de medição; outro tem alavanca
inversora, a qual seleciona a direção do movimento de medição ascendente ou descendente.

O mostrador é giratório com resolução de 0,01 mm, 0.002 mm, .001” ou .0001”.

Por sua enorme versatilidade, pode ser usado para grande variedade de aplicações, tanto na
produção como na inspeção final.

EXEMPLOS:

 Excentricidade de peças.

 Alinhamento e centragem de peças nas máquinas.

 Paralelismos entre faces.

 Medições internas.

 Medições de detalhes de difícil acesso.

SENAI - PR 83
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO

ALINHAMENTO E CENTRAGEM DE PEÇAS NAS MÁQUINAS


VERIFICAÇÃO DE DIFÍCIL ACESSO

PARALELISMO ENTRE FACES

CONSERVAÇÃO

 Evitar choques, arranhões e sujeira.

 Guardá-lo em estojo, apropriado.

 Montá-lo rigidamente em seu suporte.

 Descer suavemente a ponta de contato sobre a peça.

 Verificar se o relógio é anti-magnético antes de colocá-lo em contato com a mesa magnética.

84 Metrologia
A tividades

Faça a leitura e complete as linhas abaixo das figuras.

OBSERVAÇÕES:

 A posição inicial do ponteiro pequeno mostra a carga inicial ou de medição.

 Deve ser registrado se a variação é negativa ou positiva.

a) Leitura = b) Leitura =

c) Leitura = d) Leitura =

SENAI - PR 85
A tividades

e) Leitura = f) Leitura =

g) Leitura = h) Leitura =

i) Leitura = j) Leitura =

86 Metrologia
A tividades

k) Leitura =

SENAI - PR 87
A notações

88 Metrologia
Créditos

SENAI - Departamento Regional do Paraná

Diretor Regional: Carlos Sérgio Asinelli

Diretor de Operaçoes: Luiz Henrique Bucco

Coordenação de Qualificação e Aperfeiçoamento Profissional

Coordenador:

SENAI Rio Branco do Sul:

Coordenação Técnica:

Desenhos e Organização de Texto

SENAI Rio Branco do Sul

SENAI - PR 89
Elaboração

Produção Editorial

Diretoria de Tecnologia de Gestão da Informação

Pedro Carlos Carmona Gallego

Coordenação de Mídias Educacionais

Luiz Henrique Bucco

Equipe Técnica

Orientação e revisão geral – Tânia Regina Rover Virmond

Revisão – José Carlos Klocker Vasconcellos Filho

Designers – Ana Célia Souza França e Priscila Bavaresco

Organização dos textos e imagens – Elaine Przybycien

Editoração – André Dias

Tratamento de imagens – André Dias, Yuri Queiroz e Felipe Degasperi Aranega

Código de Catálogo: 0006GA0101799

Data de Elaboração: 28/02/2007

DATA DE REVISÃO: 27/05/2008

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