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Curitiba / 2007
SENAI PR
2006. SENAI – Departamento Regional do Paraná
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte
FICHA CATALOGRÁFICA
Este material foi elaborado por uma equipe, cujos nomes encontram-se relacionados na
folha de créditos.
SENAI SENAI
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Apresentação ......................................................................................................................................................................................... 05
Sistemas de medidas......................................................................................................................................................................... 07
Régua graduada......................................................................................................................................................................................17
Metro articulado....................................................................................................................................................................................27
Trena.............................................................................................................................................................................................................29
Paquímetro................................................................................................................................................................................................31
Micrômetro...............................................................................................................................................................................................57
Goniômetro...............................................................................................................................................................................................75
Conversões de medidas....................................................................................................................................................................81
Relógio comparador...........................................................................................................................................................................85
A notações
Apresentação
A apostila de metrologia foi preparada para que você estude os principais instrumentos e procedimentos de medição. Dessa
forma, você vai saber como um profissional da área mecânica trabalha.
A apostila apresenta uma introdução relatando o processo de evolução da metrologia na indústria, baseado em normas nacionais
e internacionais.
As aulas apresentam informações sobre diversos instrumentos de medição, como régua graduada, metro, trena, paquímetro,
micrômetro, relógio comparador, etc. Ao mesmo tempo são apresentados exercícios de leitura de medida e conversões, para
você fixar bem as noções básicas.
Vai também conhecer conversões, tendo como base o sistema inglês (polegada), ou seja, como converter milímetros em
polegadas e vice versa.
SENAI - PR
A notações
Metrologia
Sistemas de medidas
METROLOGIA E INDÚSTRIA
Tanto os equipamentos de fabricação como os instrumentos de medida são imperfeitos. Por esse motivo, é impossível produzir
objetos com total precisão. O erro pode ser diminuído, mas não eliminado completamente, pois as imperfeições são inevitáveis,
até mesmo pelo desgaste dos equipamentos utilizados.
O controle de medidas consiste, pois, na aplicação de processos que permitam manter os erros de fabricação dentro de limites
aceitáveis, previamente estabelecidos.
O controle dimensional não tem por fim apenas reter ou rejeitar os produtos dentro ou fora das normas de qualidade. Seu
objetivo principal consiste em orientar a fabricação, evitando, assim, erros inaceitáveis. Segue-se daí uma redução de perdas
nas empresas, devido à diminuição da quantidade de peças produzidas fora de padrão.
Toda medição é feita comparando-se uma grandeza com outra de mesma espécie, considerada como unidade.
Por exemplo, se o comprimento de um corredor é igual a três metros, é porque nele a unidade de comprimento metro cabe três
vezes.
Seguindo o mesmo procedimento, para medir uma superfície temos de usar unidade de área (cm2, m2, etc.); por sua vez, o
volume de um corpo é determinado pelas unidades de volume (m3, cm3, litros, etc.)... e assim por diante. Cada grandeza é
medida com unidades apropriadas dessa mesma grandeza. Não é possível, por exemplo, medir comprimento de litros.
SENAI - PR
UNIDADES
As unidades estabelecidas para medir uma determinada grandeza são fixadas por definição. Não dependem, portanto, de
quaisquer condições físicas, como temperartura, pressão, grau de umidade, etc.
Atualmente, prevalecem na prática as unidades do S.I. (Sistema Internacional): metro, quilograma, newton, segundo, etc.
PADRÃO
Como vimos, as unidades de medida têm uma definição absoluta. Entretanto, apresentam-se, na prática, materializadas em
objetos que estão sujeitos a variações provocadas pelas mudanças de condições físicas.
Por isso, os padrões só expressam, com rigor, a unidade que representam, se estiverem dentro das condições específicas.
Até 1960, por exemplo, o metro padrão era constituído por uma barra de platina e irídio, que sofria uma dilatação muito pequena
com a variação de temperatura. Nesse protótipo, conservado em Sèvres, na França, o metro é determinado pela distância entre
dois traços nessa barra, na temperatura de zero grau Celsius.
Atualmente o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), orgão brasileiro de normalização,
estipula outro padrão para o metro.
O sucessivo aumento de produção e a melhoria de qualidade requerem um desenvolvimento e um aperfeiçoamento contínuo das
técnicas de medição. Quanto maiores as exigências de qualidade e rendimento, maiores serão as necessidades de aparatos,
ferramentas de medição e profissionais habilitados.
Quando efetuamos uma medida qualquer, é preciso considerar três elementos fundamentais: o método, o instrumento e o operador.
MÉTODO
Metrologia
Emprega-se a medição direta, por exemplo, na confecção de peças protótipos, isto é, peças originais que se utilizam como
referência; ou ainda em produção de pequena quantidade de peças.
A medida indireta por comparação consiste em confrontar a peça que se quer medir, com aquela de padrão ou dimensão
aproximada. Por exemplo, um eixo pode ser controlado, por medida indireta, usando-se um calibrador para eixos.
Um calibrador para eixos, tipo boca fixa, possui duas bocas. Vamos, agora, medir um de seus eixos. O eixo escolhido deve
passar pela boca maior, ou seja, pelo lado “passa”, mas não pode passar pelo lado menor que é o lado “não passa”, pintado de
vermelho.
Outro calibrador do tipo “passa/não passa” é o tampão para furos, em que o lado “não passa” é o mais curto. Seu funcionamento
é semelhante ao do calibrador fixo para eixos.
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
Para dar uma medida precisa, é indispensável que o instrumento esteja aferido, ou seja, corresponda ao padrão adotado. É
necessário, também, que ele nos possibilite executar a medida com precisão exigida. Em suma, a boa medida depende da
qualidade do instrumento empregado.
SENAI - PR
A notações
10 Metrologia
Medidas lineares
PADRÃO
Podemos afirmar que a necessidade de medir nasceu com o homem. Desde os primeiros tempos, foi preciso avaliar o
tamanho da árvore vista, do animal abatido, da distância percorrida, etc.
Com o desenvolvimento industrial, a necessidade de medir foi aumentando e exigindo, ao mesmo tempo, maior precisão
nas avaliações. Em primeiro lugar, adotaram-se como medidas as unidades naturais: pé, braço, passo etc. Depois foram
estabelecidos padrões completamente arbitrários. Na Idade Média, por exemplo, cada senhor feudal estabelecia seus
próprios padrões.
No século XVII, na França, tivemos um avanço importante na questão das medidas. A “toesa” – unidade de medição
linear- foi, então, dividida em seis pés: cada pé, em 12 polegadas; e cada polegada em 12 linhas. Media aproximadamente
1,95m. Sua polegada era equivalente a mais ou menos 27 mm.
Primeiramente a toesa foi materializada numa barra de ferro com dois pinos na extremidade. Em seguida, foi chumbada
na parede externa do Grand Chatelet, nas proximidades de Paris. Assim, cada interessado poderia aferir os próprios
instrumentos. Essa unidade, naturalmente, foi se desgastando com o tempo e teve de ser refeita. Surgiu, então, um
movimento no sentido de estabelecer uma unidade natural. Essa unidade natural deveria ser facilmente reproduzida
e seus submúltiplos estabelecidos segundo o sistema decimal. Apresentando por Talleyrond, na França, esse projeto
transformou-se em lei, aprovada em 8 de maio de 1790.
Estabeleceu-se então que a nova unidade deveria ser igual a décima milionésima parte do quarto do meridiano
terrestre.
Esta nova unidade passou a ser chamada “metro”. O termo grego “metron” significa “medir”.
SENAI - PR 11
Os astrônomos Delambre e Mechain foram incumbidos de medir o meridiano. Utilizando a toesa como unidade, mediram a
distância entre metrologia Dunkerque e Montjuich, perto de Barcelona. Feitos os cálculos, chegou-se a uma distância que foi
materializada numa barra de platina de secção retangular de 25 x 4,05mm. O comprimento dessa barra era equivalente ao
comprimento de unidade padrão metro, que assim foi definido:
Foi esse metro materializado que passou a chamar-se Metro dos Arquivos.
Com o desenvolvimento da ciência, verificou-se que uma medição do meridiano fatalmente daria um “metro” um pouco diferente.
Assim a primeira definição foi substituída pela segunda definição:
“Metro é a distância entre os dois extremos da barra de platina depositada nos arquivos da França, apoiada nos pontos de
mínima flexão na temperatura de zero grau Celsius”.
Escolheu-se a temperatura de zero grau Celsius por ser, na época, a mais facilmente obtida, mediante o gelo fundente.
No Brasil, o sistema métrico foi implantado em força da Lei Imperial nº 1157 de 26 de junho de 1862. Estabeleceu-se, então, um
prazo de dez anos para que os padrões antigos fossem inteiramente substituídos.
À medida que a ciência foi avançando, notou-se que o Metro dos Arquivos apresentava certos inconvenientes. Por exemplo, o
paralelismo das faces não era assim tão perfeito. O material, relativamente mole, poderia se desgastar, e a barra também não
era suficientemente rígida.
12 Metrologia
Assim, em 1889, surgiu a terceira definição:
“O metro é a distância entre os eixos de dois traços principais marcados na superfície neutra do padrão internacional depositado
no B.I.P.M. (Bureau International des Poids et Mésures), na temperatura de zero grau Celsius e sob uma pressão atmosférica
de 760mmHg e apoiado sobre seus pontos de mínima flexão”.
Atualmente a temperatura de aferição é de 20o C. O calibre de um metro a 20o C tem o mesmo comprimento do padrão que se
encontra em Sèvres, na temperatura de zero grau Celsius.
Ocorreram, ainda, outras modificações. Hoje o padrão do metro em vigor no Brasil é o recomendado pelo INMETRO, baseado
na velocidade da luz. O INMETRO, em sua resolução 3/84, assim definiu o metro:
“Metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo, durante o intervalo de tempo de 1/299.792.458 do segundo.
É importante observar que, apesar de todas essas definições, o valor do metro não se alterou. Ao contrário, serviram para
melhorar a sua precisão.
O metro padrão que existe no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo possui uma secção transversal reta
em forma de H e está devidamente aferido.
O I.N.T (Instituto Nacional de Tecnologia) possui também dois exemplares de metros padrões de alta qualidade. Um dos
exemplares é de liga, com 36% de níquel (Invar), e dilatação por volta de 1 . 10-6; o outro, também de liga, contém 58% de níquel
e possui uma dilatação de 11,5 . 10-6.
SENAI - PR 13
A notações
14 Metrologia
Técnicas de medição e controle
Para conseguir uma boa medição, é necessário conhecer o instrumento de medida mais adequado.
Régua graduada
Metro, trena
Paquímetro
Goniômetro
Procure conhecer, também, o que se deve fazer para que cada instrumento se mantenha em bom estado de conservação
e em perfeitas condições de uso.
SENAI - PR 15
A notações
16 Metrologia
Régua graduada
INTRODUÇÃO
Nessa lâmina estão assinaladas as medidas em centímetros (cm) e milímetros, conforme o sistema métrico. Ela pode conter, também,
graduação no sistema inglês. Nesse caso, ao invés de centímetros e milímetros, teremos polegadas e frações de polegada.
Na maioria das vezes, a régua graduada apresenta uma escala no sistema métrico e outra no sistema inglês.
SISTEMA MÉTRICO
SISTEMA MÉTRICO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
32 1 2 3 16 4 5 6
SISTEMA INGLÊS
SENAI - PR 17
SISTEMA INGLÊS
As réguas graduadas apresentam-se em diversas dimensões. Temos, por exemplo, réguas de 150, 200, 250, 300, 500, 600,
1000, 1500, 2000 e 3000 mm. As mais usadas na oficina, entretanto, são as de 150 mm (6”) e 300 mm (12”).
TIPOS E USOS
Régua de encosto interno: serve para medição com face interna de referência.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Régua sem encosto: nesse caso, devemos subtrair do resultado o valor do ponto de referência.
76mm
10mm
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 2 3 4
leitura = 76 - 10 = 66mm
Régua com encosto: serve para medição de comprimento a partir da face externa do encosto de uma peça.
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
18 Metrologia
Régua de profundidade: utilizada nas medições de canais ou rebaixos internos.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Régua rígida de aço-carbono com seção retangular: serve para medir deslocamentos em máquinas geratrizes.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
CARACTERÍSTICAS
De modo geral, uma escala de boa qualidade deve apresentar: bom acabamento, bordas retas e bem definidas e faces polidas.
As réguas de manuseio constante devem ser de aço inoxidável e temperado. É necessário que os traços da escala sejam gravados,
bem definidos, uniformes e finos. As distâncias entre os traços devem ser iguais.
Cada centímetro na escala encontra-se dividido em 10 partes iguais e cada parte equivale a 1 mm.
Assim, a leitura pode ser feita em milímetro. A ilustração a seguir mostra, de forma ampliada, como se faz isso.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 25 26 27 28 29 30
0 1cm
1mm 13mm
SENAI - PR 19
RÉGUA GRADUADA
A tividades
L m
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
a b c d
e f g h
i j k l
m n
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
o p q
20 Metrologia
A tividades
2.Complete:
E
D
C
B
A
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
A mm cm
B mm cm
C mm cm
D mm cm
E mm cm
Nesse sistema, a polegada dividi-se em 2, 4, 8, 16... partes iguais. As escalas de precisão chegam a apresentar 32 divisões por
polegada, enquanto as demais só apresentam frações de 1/16”.
SENAI - PR 21
Observe que, na ilustração anterior, estão indicadas somente frações de numerador ímpar. Isso acontece porque, sempre que
houver numeradores pares, a fração é simplificada.
EXEMPLO:
1" 1"
16 " 16 "
1 1 1 1 1 1 6 3
+ + + + + =
16 " 16 " 16 " 16 " 16 " 16 " 16 " 8"
A leitura na escala consiste em observar qual traço coincide com a extremidade do objeto. Na leitura, deve-se observar sempre
a altura do traço, porque ele facilita a identificação das partes em que a polegada foi dividida.
1”
0 1” 3” 1”
2
1” 4 5” 4 7” 1”
3”
1” 8 3” 5” 8 7” 9” 8 11” 13” 8 15” 1” 8 3”
16 16 16 16 16 16 16 16 16 16
Assim, o objeto na ilustração acima tem 1 1/8” (uma polegada e um oitavo de polegada) de comprimento.
CONSERVAÇÃO
Evitar que a régua caia ou a escala fique em contato com as ferramentas comuns de trabalho.
Limpá-la após o uso, removendo a sujeira. Aplicar uma leve camada de óleo fino, antes de guardar a régua graduada.
22 Metrologia
A tividades
R g R
1 2 3
16
h R L R
SENAI - PR 23
A notações
24 Metrologia
Metro articulado
SENAI - PR 25
A leitura das escalas de um metro articulado é bastante simples: faz-se coincidir o zero da escala, isto é, o topo do instrumento,
com uma das extremidades do comprimento a medir. O traço da escala que coincidir com a outra extremidade indicará a
medida.
EXEMPLO:
CONSERVAÇÃO
26 Metrologia
Trena
Trata-se de um instrumento de medição constituído por uma fita de aço, fibra ou tecido, graduada em uma
ou em ambas as faces, no sistema métrico e/ou no sistema inglês, ao longo de seu comprimento, com traços
transversais.
Em geral, a fita está acoplada a um estojo ou suporte dotado de um mecanismo que permite recolher a fita de
modo manual ou automático. Tal mecanismo, por sua vez, pode ou não ser dotado de trava.
A fita das trenas de bolso são de aço fosfatizado ou esmaltado e apresentam largura de 12,7 mm e comprimento entre 2
m e 5 m.
SENAI - PR 27
Quanto à geometria, as fitas das trenas podem ser planas ou curvas. As de geometria plana permitem medir perímetros de
cilindros, por exemplo.
Não se recomenda medir perímetros com trenas de bolso cujas fitas sejam curvas.
As trenas apresentam, na extremidade livre, uma pequenina chapa metálica dobrada em ângulo de 90°. Essa chapa é chamada
encosto de referência ou gancho de zero absoluto.
28 Metrologia
Paquímetro
INTRODUÇÃO
O paquímetro é um instrumento usado para medir dimensões lineares: internas, externas e de profundidade.
Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, na qual desliza uma garra móvel. Abaixo, mostramos um paquímetro de
uso geral; daí, seu nome: paquímetro universal.
SENAI - PR 29
O cursor ajusta-se à régua de modo a permitir sua livre movimentação, com um mínimo de folga. Ele é dotado de uma escala
auxiliar, chamada de nônio ou vernier. Essa escala permite que se alcance uma maior precisão nas medidas.
O paquímetro universal é usado, especialmente, quando a quantidade de peças que se quer medir é pequena e a precisão não
é inferior a 0,02 mm, 1/128” ou .001.
As superfícies do paquímetro são planas e polidas, geralmente de aço inoxidável. Suas graduações são aferidas a 20°, podendo
ser, também, em milímetros e polegadas.
C uriosidades
Nônio: designação dado pelos portugueses em homenagem a Pedro Nunes, a quem é atribuída sua invenção.
Vernier: denominação dada pelos franceses em homenagem a Pierre Vernier, que eles afirmam ser o inventor.
Vejamos, agora, quais os tipos de paquímetros mais conhecidos, bem como as características e os usos de cada um:
Paquímetro universal: é utilizado em medições externas, internas e de profundidade. Entre todos os outros, é o tipo mais usado.
Paquímetro universal com relógio indicador: utilizado quando se necessita executar um grande número de medições.
30 Metrologia
Paquímetro de profundidade: serve para medir profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos, etc.
SENAI - PR 31
Paquímetro eletrônico digital 150mm/ 6”
LEGIBILIDADE
32 Metrologia
PRINCÍPIO DO NÔNIO
A escala do cursor é chamada de nônio ou vernier, em homenagem a Pedro Nunes e Pierre Vernier, considerados seus inventores.
Como podemos ver na figura a seguir, o nônio possui uma divisão a mais que a unidade usada na escala fixa.
No sistema métrico, existem paquímetros em que o nônio possui dez divisões equivalentes a nove milímetros. É o que nos
mostra o detalhe da figura acima.
Há, portanto, uma diferença de 0,1 mm entre o primeiro traço da escala fixa e o primeiro traço da escala móvel. Como mostra
a figura a seguir.
Essa diferença é de 0,2 mm entre o segundo traço de cada escala; de 0,3 mm entre
os terceiros; e assim por diante...
SENAI - PR 33
Vimos acima que há diferenças entre a escala fixa e a escala móvel de um paquímetro. Daí a necessidade de se calcular essa
aproximação ou diferença. Veja, portanto, como se faz o cálculo da aproximação.
EXEMPLOS:
1 mm
Aproximação = = 0,1 mm
10 divisões
1 mm
Aproximação = = 0,05 mm
20 divisões
Verificar qual a indicação da escala fixa que está mais próxima do zero da escala móvel;
À medida, dada pela escala fixa, devemos adicionar a que é obtida com a escala móvel. Para isso, multipliquemos a aproximação
do paquímetro pelo número do traço do nônio que coincide com um traço da escala fixa, após o zero da escala móvel.
34 Metrologia
A tividades
a) Leitura = mm
b) Leitura = mm
Verifique se acertou:
a) 3,65 mm
b) 17,45 mm
Leitura
SENAI - PR 35
A tividades
a) Leitura = mm
b) Leitura = mm
a) Leitura = mm
b) Leitura = mm
c) Leitura = mm
36 Metrologia
A tividades
d) Leitura = mm
e) Leitura = mm
f) Leitura = mm
g) Leitura = mm
h) Leitura = mm
i) Leitura = mm
SENAI - PR 37
A tividades
j) Leitura = mm
k) Leitura = mm
l) Leitura = mm
m) Leitura = mm
n) Leitura = mm
o) Leitura = mm
38 Metrologia
A tividades
p) Leitura = mm
q) Leitura = mm
r) Leitura = mm
s) Leitura = mm
t) Leitura = mm
u) Leitura = mm
SENAI - PR 39
LEITURA NO SISTEMA INGLÊS – FRAÇÃO ORDINÁRIA
Dividido em 8 partes iguais, cada parte do nônio medirá portanto: 1/16” : 8 = 1/16” x 1/8” ou 1/128”.
Se cada divisão da escala fixa for 1/16” (ou seja, 8/128”), sua diferença referente a cada divisão do nônio é: 8/128” – 7/128” = 1/128”.
A partir daí vale a explicação dada no item anterior: adicionar à leitura da escala fixa a aproximação (1/128”) multiplicada pelo
número do traço do nônio que coincidir com a escala fixa.
EXEMPLO:
Na figura a seguir, podemos ler ¾” na escala fixa e 3/128” no nônio. A medida total equivale à soma desse duas leituras,
conforme podemos observar abaixo.
Vejamos, também, como se procede para abrir um paquímetro em uma medida que se apresenta em fração de polegada.
Tomemos, por exemplo, a medida 25/128”:
25 | 8
1 3
resto quociente
40 Metrologia
2. O quociente indica a medida na escala fixa e o resto por sua vez, mostra o número do traço do nônio que coincide com a
escala fixa.
OUTRO EXEMPLO:
99 | 8
19 12
3 quociente
resto
O 12º traço corresponde a 3/4”, como pode ser observado na figura acima.
SENAI - PR 41
A tividades
Leia cada uma das medidas em polegadas fracionária e escreva a medida na linha abaixo de cada desenho:
a) Leitura =
b) Leitura =
c) Leitura =
d) Leitura =
e) Leitura =
f) Leitura =
g) Leitura =
42 Metrologia
A tividades
h) Leitura =
i) Leitura =
j) Leitura =
k) Leitura =
l) Leitura =
m) Leitura =
n) Leitura =
SENAI - PR 43
LEITURA NO SISTEMA INGLÊS – FRAÇÃO DECIMAL
No paquímetro em que se adota esse sistema, cada polegada da escala fixa dividi-se em 40 partes iguais. Dessa maneira, cada
uma dessas divisões vale 1”/40 ou .025” (que é o resultado de 1 dividido por 40).
Como .600 dividido por .025 é igual a . 024”, conclui-se que a diferença entre as graduações das escalas fixa e móvel equivale a
.025” - .024” ou .001”. Esse valor (.001”) é a aproximação do paquímetro, o que permite calcular a medida tomada. Para tanto,
procede-se como nos itens anteriores.
EXEMPLO:
= 450” + .021”
= .471”
A tividades
02. Escreva a medida lida em cada uma das linhas abaixo de cada desenho.
a) Leitura =
b) Leitura =
44 Metrologia
A tividades
c) Leitura =
03. Leia cada uma das medidas em polegada milesimal e escreva a medida na linha abaixo de cada desenho.
a) Leitura =
b) Leitura =
c) Leitura =
d) Leitura =
e) Leitura =
SENAI - PR 45
A tividades
f) Leitura =
g) Leitura =
h) Leitura =
i) Leitura =
j) Leitura =
k) Leitura =
46 Metrologia
PAQUÍMETRO (CONSERVAÇÃO, TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO)
ERROS DE LEITURA
Além da falta de habilidade do operador, outros fatores podem provocar erros de leitura no paquímetro, como por exemplo, a
paralaxe e a pressão de medição.
PARALAXE
Dependendo do ângulo de visão do operador, pode ocorrer o erro por paralaxe, pois devido a esse ângulo, aparentemente há
coincidência entre um traço da escala fixa com outro da móvel.
O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas de construção normalmente tem uma espessura mínima (a), e é posicionado
sobre a escala principal. Assim, os traços do nônio (TN) são mais elevados que os traços da escala fixa (TM) .
Colocando o instrumento em posição não perpendicular à vista e estando sobrepostos os traços TN e TM, cada um dos olhos
projeta o traço TN em posição oposta, o que ocasiona um erro de leitura.
Para não cometer o erro de paralaxe, é aconselhável que se faça a leitura situando o paquímetro em uma posição perpendicular
aos olhos.
SENAI - PR 47
PRESSÃO DE MEDIÇÃO
Já o erro de pressão de medição origina-se no jogo do cursor, controlado por uma mola. Pode ocorrer uma inclinação do cursor
em relação à régua, o que altera a medida.
Para se deslocar com facilidade sobre a régua, o cursor deve estar bem
regulado: nem muito preso, nem muito solto. o operador deve, portanto, regular
a mola, adaptando o instrumento à sua mão. Caso exista uma folga anormal, os
parafusos de regulagem da mola devem ser ajustados, girando-os até encostar
no fundo e, em seguida, retornando 1/8 de volta aproximadamente. Após esse
ajuste, o movimento do cursor deve ser suave, porém sem folga.
É importante abrir o paquímetro com uma distância maior que a dimensão do objeto a ser medido.
O centro do encosto fixo deve ser encostado em uma das extremidades da peça.
48 Metrologia
Convém que o paquímetro seja fechado suavemente até que o encosto móvel toque a outra extremidade.
PAQUÍMETRO
Feita a leitura da medida, o paquímetro deve ser aberto a peça retirada, sem que os encostos a toquem.
Externas;
Internas;
De profundidade;
De ressaltos.
Nas medidas externas, a peça a ser medida deve ser colocada o mais profundamente possível entre os bicos de medição para
evitar qualquer desgaste na ponta dos bicos:
Para maior segurança nas medições, as superfícies de medição dos bicos e da peça devem estar bem apoiadas.
SENAI - PR 49
Nas medidas internas, as orelhas precisam ser colocadas o mais profundamente possível. O paquímetro deve estar sempre
paralelo à peça que está sendo medida:
Para maior segurança nas medições de diâmetros internos, as superfícies da medição das orelhas devem coincidir com a linha
de centro do furo.
Toma-se, então, a máxima leitura para diâmetros internos e mínima leitura para faces planas internas.
No caso de medidas de profundidade, apoia-se o paquímetro corretamente sobre a peça, evitando que ele fique inclinado.
Errado Certo
50 Metrologia
Nas medidas de ressaltos, coloca-se a parte do paquímetro apropriada para ressaltos perpendicularmente à superfície de
referência da peça. Não se deve usar haste de profundidade para esse tipo de medição, porque ela não permite um apoio
firme.
CONSERVAÇÃO
Não deixar o paquímetro em contato com outras ferramentas, o que pode lhe causar danos.
SENAI - PR 51
A notações
52 Metrologia
Micrômetro
INTRODUÇÃO
O micrômetro é um instrumento de medição de comprimentos. Sua precisão é maior do que a do paquímetro, permitindo medir,
por leitura direta, dimensões com aproximação de 0,01 mm ou mesmo de 0,001 mm (um mícron). Daí, esse instrumento ser
chamado de “micrômetro”.
O micrômetro permite a medição de comprimento de 0 a 25mm, de 25 a 50 mm... 2000 mm. Seu funcionamento baseia-se no
avanço de um parafuso micrométrico. O passo do parafuso é de 0,5 mm, e cada volta dividi-se em aproximadamente 50 partes
iguais, podendo, ainda, conter um nônio.
CONSTITUIÇÃO
SENAI - PR 53
TIPOS E CARACTERÍSTICAS
É importante saber, também, que os micrômetros se caracterizam pela capacidade e pela aproximação da leitura:
No micrômetro de 0 a 25 mm, quando as faces das pontas estão juntas, a borda do tambor coincide com o traço zero da bainha.
A linha longitudinal, gravada na bainha, coincide com “zero” da escala centesimal do tambor.
Os micrômetros podem ser ainda externos ou internos, dependendo da medida que se quer fazer: externa ou interna.
Existem até micrômetros com leitura digital direta. Seu visor indica a medida obtida em milímetros e centésimos de milímetros.
54 Metrologia
MICRÔMETROS DE PROFUNDIDADE
Existem também com leitura digital com base e hastes temperadas, retificadas e lapidadas; trava, catraca e hastes intercambiáveis.
SENAI - PR 55
Pontas de medição de metal duro
Os micrômetros com capacidade de 50 mm ou 2” e superiores são fornecidos com barra padrão para aferição
Os micrômetros com capacidade de 50 mm ou 2” são fornecidos com barra padrão para aferição.
56 Metrologia
MICRÔMETROS EXTERNOS (COM BATENTE EM “V”)
Os micrômetros maiores de 50mm (2”) são fornecidos com padrão de rosca de 60°
Os micrômetros com arco de 300mm (12”) e 600mm (24”) possuem apoio para arco
SENAI - PR 57
MICRÔMETROS INTERNOS
INTRODUÇÃO
Os micrômetros internos são utilizados exclusivamente para medidas cilíndricas internas. Há dois tipos principais: o micrômetro
interno de três contatos e o micrômetro interno de dois contatos.
TRI-O-BOR
Esse tipo de micrômetro possui três contatos intercambiáveis, para furos roscados, canais e furos sem saída.
IMICRO
IMICRO caracteriza-se por três contatos fixos, eqüidistantes de 120° entre si.
58 Metrologia
A leitura em micrômetro tubular e micrômetro tipo paquímetro é igual à leitura em micrômetro externo.
Observações: a calibração dos micrômetros internos tipo paquímetro e tubular é feita por meio de anéis de referência,
dispositivos com blocos padrão ou com micrômetro externo. Os micrômetros internos de três contatos são calibrados com anéis
de referência.
A tividades
a) Leitura: b) Leitura:
c) Leitura: d) Leitura:
e) Leitura: f) Leitura:
SENAI - PR 59
CÁLCULO DE APROXIMAÇÃO
A cada volta do tambor do micrômetro, seu parafuso avança uma distância chamada passo.
A aproximação de uma medida tomada, em um micrômetro, corresponde ao menor deslocamento do seu parafuso. Ela é
determinada dividindo-se o passo pelo número de divisões do tambor.
EXEMPLO:
Se o passo da rosca é de 0,5 mm e o tambor tem 50 divisões, a aproximação será:
0,5 mm
= 0,01 mm
50
Assim, girando o tambor, cada divisão do mesmo provocará um deslocamento de 0,01mm no encosto móvel.
Verifica-se qual o traço das divisões do tambor que coincide com a reta de referência da bainha.
EXEMPLO:
bainha = 2,50 mm
+ tambor = 0,24 mm
60 Metrologia
Quando houver nônio, deve acrescentar-se à indicação por ele fornecida o valor calculado anteriormente. A parcela da medida
fornecida pelo nônio é igual à aproximação do tambor, dividida pelo número de divisões de Se o nônio tiver cinco divisões
marcadas no cilindro, sua aproximação será, então:
0,01
a = = 0,002 mm
5
EXEMPLO:
A figura abaixo mostra um micrômetro “desenrolado” de tal forma que podemos ver “no plano” as marcações feitas em seu
cilindro.
A = 10,000 mm
B = 0,500 mm
C = 0,090 mm
D = 0,008 mm
Observação: D corresponde ao traço do nônio que coincide com um do tambor (no caso, é o de número 8).
A tividades
Leia as medidas seguintes e escreva seu valor nas linhas abaixo de cada desenho.
a) Leitura:
SENAI - PR 61
A tividades
b) Leitura:
c) Leitura:
d) Leitura:
e) Leitura:
f) Leitura:
g) Leitura:
62 Metrologia
A tividades
h) Leitura:
i) Leitura:
j) Leitura:
k) Leitura:
l) Leitura:
m) Leitura:
SENAI - PR 63
LEITURA NO SISTEMA INGLÊS
Apesar de o sistema métrico estar oficializado no Brasil, muitas firmas trabalham com o sistema inglês decimal. Daí a existência
de instrumentos de medida nesse sistema, inclusive micrômetros.
Na bainha está gravado um comprimento de uma polegada, dividido em 40 partes iguais. Desta forma, cada divisão equivale
à 1” ÷ 40 = .025”;
Para medir com micrômetro de .001”, lê-se primeiro a indicação da bainha. Soma-se, então, essa medida à leitura do tambor que
coincide com o traço de referência da bainha.
bainha = .675”
+ tambor = .019”
64 Metrologia
LEITURA NO MICRÔMETRO DE .001”
Na bainha, além das graduações normais (40 divisões), há um nônio com dez divisões. O tambor dividi-se, então, em 25 partes
iguais.
A aproximação do micrômetro é:
passo da rosca
a) sem o nônio : = .025/25 = .001”
número de divisão do tambor
.001”
b) com o nônio de 10 divisões : = .001/10 = .0001”
número de divisão do tambor
.001”
c) com nônio de 5 divisões : = .0002”
5
bainha = .375”
tambor = .005”
+ nônio = .0004”
a) Leitura:
SENAI - PR 65
A tividades
b) Leitura:
c) Leitura:
d) Leitura:
e) Leitura:
f) Leitura:
g) Leitura:
66 Metrologia
A tividades
h) Leitura:
AFERIÇÃO DO MICRÔMETRO
Antes de iniciar a medição de uma peça, devemos aferir cada instrumento, de acordo com seu tipo:
MICRÔMETROS DE 0 A 1” E 0 A 25MM
limpar os contatos e fechar o micrômetro com a catraca, até sentir o funcionamento desta;
2) Após limpar cuidadosamente toda a sujeira ou partículas abrasivas das pontas de contato do encosto e do fuso, junte-as e
coloque a chave do ajuste no pequeno rasgo do cilindro. Em seguida, gire o cilindro até que a linha coincida com a linha zero
do tambor, como mostra a ilustração.
SENAI - PR 67
MICRÔMETROS DE 25 A 50MM, DE 50 A 75MM ETC.
MICRÔMETROS DE 1” A 2”, DE 2” A 3” ETC.
Se não houver concordância perfeita do micrômetro com a barra-padrão, faz-se a regulagem, através de uma chave
especial. Dependendo do modelo do micrômetro, essa chave permite o deslocamento da bainha ou do tambor.
CONSERVAÇÃO
O micrômetro não deve ficar exposto à sujeira e à umidade. Por isso, é preciso guardá-lo em armário ou em estojo apropriado.
Recomenda-se, pois, limpá-lo, secando-o com uma flanela; depois, com um pincel, untá-lo com vaselina líquida.
Evitar, enfim, contatos e quedas que possam riscar ou danificar o aparelho e sua escala.
68 Metrologia
Goniômetro
INTRODUÇÃO
MEDINDO ÂNGULO OBTUSO MEDINDO ÂNGULO AGUDO
SENAI - PR 69
Já, o goniômetro com nônio permite fazer uma medição de até 5’ (cinco minutos).
Além disso, possui outros recursos como, por exemplo, régua e esquadro.
LEITURA DO GONIÔMETRO
Os graus inteiros são lidos na graduação do disco com o traço zero do nônio. Na escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no
sentido horário como no sentido anti-horário.
A leitura dos minutos, por sua vez, realizada a partir do zero no nônio, seguindo, entretanto, a mesma direção da leitura dos
graus.
70 Metrologia
CÁLCULO DE APROXIMAÇÃO
Na leitura do nônio, como fizemos anteriormente, utilizamos o valor de 5’ para cada traço do nônio. Dessa forma, se é o
2° traço no nônio que coincide com um traço da escala fixa; adicionamos 10’ aos graus lidos na escala fixa; se é o 3°,
adicionamos 15’; se o 4°, 20’ etc.
A aproximação do nônio é dada pela fórmula geral, a mesma utilizada em outros instrumentos de medida com nônio; ou
seja: divide-se a menor medida do disco graduado pelo número de divisões do nônio.
Ou seja:
CONSERVAÇÃO
Devemos conservar os goniômetros sempre em bom estado. Por isso recomendamos:
a) Leitura = b) Leitura =
c) Leitura = d) Leitura =
SENAI - PR 71
Atividades
10 20
0
30
30 15 0 15 30
45 45 60
60
75 75
a) Leitura = b) Leitura =
c) Leitura = d) Leitura =
e) Leitura = f) Leitura =
g) Leitura = h) Leitura =
72 Metrologia
Conversões de medidas
POLEGADA EM MILÍMETRO
Para converter polegada em milímetro, basta multiplicar o valor em polegada por 25,4.
EXEMPLO:
2” = 2 x 25,4 = 50,8 mm
MILÍMETRO EM POLEGADA
Para converter milímetro em polegada, basta multiplicar o valor em milímetro por 5,04 e dividir o resultado por 128.
EXEMPLO:
5mm
25 "
5 x 5,04/ 128 = 25,2”/ 128 que se deve arredondar para
128
Outra maneira consiste em dividir por 25,4 e multiplicar o numerador e o denominador por 128:
SENAI - PR 73
MILÉSIMO DE POLEGADA EM FRAÇÃO DE POLEGADA
Para converter milésimo da polegada em fração de polegada, basta multiplicar o valor em milésimo por uma das divisões da
polegada, dando para denominador a mesma divisão tomada, formando a fração.
EXEMPLO:
Converter em fração .125”
16 " 8 " 4 " 2 " 1"
(.125” x 128)/ 128 = = = = =
128 64 32 16 8
Para converter milímetro em milésimo de polegada, basta dividir o valor em milímetro por 25,4.
EXEMPLO:
Transformar 25mm em milésimos de polegada:
MILÉSIMO EM MILÍMETRO
Para converter milésimo em milímetro, basta multiplicar o valor em milésimo por 25,4.
EXEMPLO:
Converter .375” em milímetro:
Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado é inferior a 5, o último algarismo a ser
conservado permanecerá sem modificação.
EXEMPLO:
Se arredondarmos 1, 346 25 à 3ª decimal, teremos: 1,346.
Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado é um 5, seguido de zeros, deverá ser
arredondado o algarismo a ser conservado, para o algarismo mais próximo. Conseqüentemente, o último algarismo a ser retido,
se for impar, aumenta-se uma unidade.
74 Metrologia
EXEMPLO:
Se arredondarmos 4,735 500 à 3ª decimal, teremos: 4,736.
Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último a ser conservado é um 5, seguido de zeros, se for par o algarismo a ser
conservado, ele permanecerá sem modificações.
EXEMPLO:
Se arredondarmos 7, 834 500 à 3ª decimal, teremos: 7,834.
Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado é superior a 5, ou sendo 5, for seguido de no
mínimo um algarismo diferente de zero, o último algarismo a ser conservado deverá ser aumentado de uma unidade.
EXEMPLO:
Se arredondarmos 2,983 600 à 3ª decimal, teremos: 2,984; 6,434 503, arredondado a 3ª decimal, é igual à 6,435.
SENAI - PR 75
A notações
76 Metrologia
Relógio comparador
O relógio comparador é um instrumento de medição por comparação dotado de uma escala e um ponteiro, ligados por
mecanismos diversos a uma ponta de contato.
O comparador centesimal é um instrumento comum de medição por comparação. As diferenças percebidas nele pela ponta de
contato são amplificadas mecanicamente e irão movimentar o ponteiro rotativo diante da escala.
Quando a ponta de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido horário, a diferença é positiva. Isso significa que a
peça apresenta maior dimensão que a estabelecida. Se o ponteiro girar em sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou
seja, a peça apresenta menor dimensão que a estabelecida.
SENAI - PR 77
Em alguns modelos, a escala dos relógios se apresenta perpendicularmente em relação a ponta de contato (vertical). E, caso
apresentem um curso que implique mais de uma volta, os relógios comparadores possuem, além do ponteiro normal, outro
menor, denominado contador de voltas do ponteiro principal.
Alguns relógios trazem limitadores de tolerância. Esses limitadores são móveis, podendo ser ajustados nos valores máximo e
mínimo permitidos para a peça que será medida.
Existem ainda os acessórios especiais que se adaptam aos relógios comparadores. Sua finalidade é possibilitar controle em
série de peças, medições especiais de superfícies verticais, de profundidade, de espessuras de chapas, etc.
As próximas figuras mostram esses dispositivos destinados à medição de profundidade e de espessuras de chapas.
MEDIDORES DE PROFUNDIDADE MEDIDORES DE ESPESSURA
78 Metrologia
Consiste basicamente num mecanismo que transforma o deslocamento
radial de uma ponta de contato em movimento axial transmitido a um relógio
comparador, no qual pode-se obter a leitura da dimensão. O instrumento deve
ser previamente calibrado em relação a uma medida padrão de referência.
Esse dispositivo é conhecido como medidor interno com relógio comparador ou súbito.
MECANISMOS DE AMPLIFICAÇÃO
Os sistemas usados nos mecanismos de amplificação são por engrenagem, por alavanca e mista.
Os instrumentos mais comuns para medição por comparação possuem sistema de amplificação por engrenagens.
A ponta de contato move o fuso que possui uma cremalheira, que aciona um trem de engrenagens que, por sua vez, aciona um
ponteiro indicador no mostrador.
SENAI - PR 79
Nos comparadores mais utilizados, uma volta completa do ponteiro corresponde a um deslocamento de 1 mm da ponta de
contato. Como o mostrador contém 100 divisões, cada divisão equivale a 0,01 mm.
O princípio da alavanca aplica-se a aparelhos simples, chamados indicadores com alavancas, cuja capacidade de medição é
limitada pela pequena amplitude do sistema basculante.
Assim temos:
comprimento do ponteiro_ (a)
Relação de amplificação =
distância entre os cutelos (b)
Durante a medição, a haste que suporta o cutelo móvel desliza, a despeito do esforço em contrário produzido pela mola de
contato. O ponteiro alavanca, mantido em contato com os dois cutelos pela mola de chamada, gira em frente à graduação.
A figura abaixo representa a montagem clássica de um aparelho com capacidade de ± 0,06 mm e leitura de 0,002 mm por
divisão.
80 Metrologia
AMPLIFICAÇÃO MISTA
É o resultado da combinação entre alavanca e engrenagem. Permite levar a sensibilidade até 0,001 mm, sem reduzir a
capacidade de medição.
CONDIÇÕES DE USO
Antes de medir uma peça, devemos nos certificar de que o relógio se encontra em boas condições de uso.
A verificação de possíveis erros é feita da seguinte maneira: com o auxílio de um suporte de relógio, tomam-se as diversas
medidas nos blocos padrão.
Em seguida, deve-se observar se as medidas obtidas no relógio correspondem às dos blocos. São encontrados também
calibradores específicos para relógios comparadores.
Observação: antes de tocar na peça, o ponteiro do relógio comparador fica em uma posição anterior a zero. Assim, ao iniciar
uma medida, deve-se dar uma pré-carga para o ajuste do zero.
Colocar o relógio sempre numa posição perpendicular em relação à peça, para não incorrer em erros de medida.
VERIFICAÇÃO DO PARALELISMO
SENAI - PR 81
VERIFICAÇÃO DE EXCENTRICIDADE DE PEÇA MONTADA NA PLACA DO TORNO
VERIFICAÇÃO DE CONCENTRICIDADE
82 Metrologia
VERIFICAÇÃO DE SUPERFÍCIES PLANAS
CONSERVAÇÃO
É um dos relógios mais versáteis que se usa na mecânica. Seu corpo monobloco possui três
guias que facilitam a fixação em diversas posições.
Um deles possui reversão automática do movimento da ponta de medição; outro tem alavanca
inversora, a qual seleciona a direção do movimento de medição ascendente ou descendente.
O mostrador é giratório com resolução de 0,01 mm, 0.002 mm, .001” ou .0001”.
Por sua enorme versatilidade, pode ser usado para grande variedade de aplicações, tanto na
produção como na inspeção final.
EXEMPLOS:
Excentricidade de peças.
Medições internas.
SENAI - PR 83
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
VERIFICAÇÃO DE DIFÍCIL ACESSO
CONSERVAÇÃO
84 Metrologia
A tividades
OBSERVAÇÕES:
a) Leitura = b) Leitura =
c) Leitura = d) Leitura =
SENAI - PR 85
A tividades
e) Leitura = f) Leitura =
g) Leitura = h) Leitura =
i) Leitura = j) Leitura =
86 Metrologia
A tividades
k) Leitura =
SENAI - PR 87
A notações
88 Metrologia
Créditos
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SENAI - PR 89
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Produção Editorial
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90 Metrologia