MATERIAL DE APOIO

SHAKESPEARE:
O ESSENCIAL
EM SETE PEÇAS
COM JOSÉ GARCEZ GHIRARDI
Este material foi preparado pela curadoria da Casa do Saber e tem como
objetivo acompanhar você ao longo da sua jornada de aprendizagem nos
cursos e palestras da Casa do Saber +, plataforma de streaming do
conhecimento da Casa do Saber.

Procuramos trazer aqui alguns pontos importantes abordados ao longo das

aulas e também outras informações que possam complementar o
conteúdo do curso.

Incluímos algumas referências bibliográficas,

audiovisuais indicadas pelos professores e também pela
curadoria da Casa do Saber.

Conectamos aqui o universo de conteúdo produzido pela Casa do Saber:

Casa do Saber +, canal no YouTube e o
blog Quero Saber.

Esperamos que este material sirva de ferramenta para potencializar o seu

processo de aprendizagem e de educação continuada.

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O CURSO

O curso apresenta um percurso por algumas das principais obras do

dramaturgo inglês William Shakespeare.

A chave de leitura não segue uma linha cronológica, mas as diferentes

abordagens em torno de uma questão central de seu tempo: a crise entre
subjetividade e sociedade na passagem do mundo medieval para o
moderno.

Este embate teve consequências decisivas para temas como a ética, o

amor, o poder e a própria ideia de constituição de um “eu”, com seus
desejos, ambivalências e sonhos, como será possível perceber ao longo do
programa.
AULA A AULA

Aula 1 | Algo importante antes de começar

● O estatuto do desejo como ponto de partida para a compreensão da

obra de William Shakespeare (1564-1616).
● A cisão entre a verdade interior e a verdade exterior.
● A modernidade dos personagens de Shakespeare que
compreendem o desejo como parte constituinte de si mesmo.
● A questão dos sujeitos com uma sensibilidade pós-moderna presos
em estruturas jurídicas, sociais e políticas modernas.
● A força da obra de Shakespeare na constituição da nossa capacidade
de imaginar.

Aula 2 | Macbeth (1606)

● Os sacrifícios impulsionados pelo desejo.

● A questão da ambivalência.
● O encontro de dois mundos: a civilização e a charneca.
● A percepção niilista de Macbeth.
● A construção da subjetividade a partir do desejo e do afeto.

Aula 3 | Romeu e Julieta (1595)

● A problemática do amor em Romeu e Julieta (1595), noutras obras de

Shakespeare, e de forma mais ampla e geral.
 ● Julieta diz não à convenção posta à época que a impedia de se
relacionar com Romeu por ser de uma família inimiga e diz sim ao
seu desejo interno.
● A proposta de Julieta para que as categorias que constituem as
pessoas no mundo não fazem sentido, é a própria forma de
categorizar as pessoas que está em cheque.

Aula 4 | Sonho de uma Noite de Verão (1590)

● A natureza do desejo enquanto elemento de constituição de quem

nós somos.
● A belíssima narrativa sobre desejo e dever e subjetividade e
coletividade.
● Os paralelos políticos evidenciados por Shakespeare.
● A questão da insatisfação à ordem vigente.
● A loucura como ponto importante para Shakespeare e para a
compreensão das suas obras.

Aula 5 | Rei Lear (1605)

● Ascensão do homem naturale a decadência do homem político.

● O desejo ilegítimo de caminhar para a morte sem preocupações.
● O desejo cego de Lear.
● As relações entre o poder político e a atração amorosa.
● O final niilista da obra.
● A formação das pessoas baseada em desejos e interesses.

Aula 6 | Ricardo 3º (1593)

 ● Um olhar individualizado de Ricardo 3º para o mundo.
● A riqueza das falas que Shakespeare atribuiu a Ricardo 3º na peça
mostra a sua importância no legado do autor.
● O caráter (maravilhosamente) impenitente de Ricardo 3º.

Aula 7 | Hamlet (1601)

● A importância do teor da vingança no enredo da peça.

● A desconfiança de Hamlet no desejo do amor e nas instituições
políticas.
● Descontentamento, cansaço e desesperança de Hamlet emergem
da fraqueza das instituições.

Aula 8 | A Tempestade (1911)

● Shakespeare apresenta a construção de novas narrativas, novas

imaginações, novas fantasias e novas utopias de como podemos ser.
● A possibilidade de reinvenção das narrativas.
● A magia de Shakespeare: um personagem só encontra sentido na
interação com outro. O tecido da narrativa dramática é um tecido de
histórias singulares, mas só tem o seu sentido total pela ação
conjunta.
● A característica dialógica na obra de Shakespeare.
● Que não percamos a coragem de construir novas narrativas.
SOBRE O PROFESSOR

José Garcez Ghirardié professor

associado em tempo integral da
FGV Direito SP.

Doutor e mestre em estudos

linguísticos e literários pela USP,
realizou pesquisas de
pós-doutorado no Collège de
France (Chaire État Social et
mondialisation, com bolsa
FAPESP) e na Unicamp. Adjunct
Faculty da Gonzaga Law School
(WA/EUA), onde lecionou os cursos Jurisprudence and the Arts e Political
Economy of Law and Development.

Foi pesquisador visitante na Wayne State University.

É autor, entre outras obras, de “O Mundo fora de Prumo: transformação

social e teoria política em Shakespeare” (Almedina, 2011); “O Instante do
Encontro: questões fundamentais para o ensino jurídico” (FGV, 2012) e
“Narciso em sala de aula: novas formas de subjetividade e seus desafios
para o ensino” (FGV, 2016).
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