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Discentes:
Adrieni Brasil
Fernanda Dovale
Gilmara Borges Ferreira
Helio Carneiro Silva Filho
Ivania Vitória
Jediael Araujo
Lucas Rangel
Lucas Brasil
Naiane Souza
Otávio Carneiro
Dito isso, podemos observar que apesar de termos um Direito estruturalmente positivado no
Brasil, em que se segue os preceitos estabelecidos em lei, podemos observar que existem interpretações
jurídicas que possuem uma natureza diferente daquilo que é comumente visto no sistema jurídico,
interpretações estas que, formada por maioria nos tribunais, sentenciam casos que escapam do cotidiano.
Essa interpretação é dada como a norma, que é aquilo que é entendido pelos operadores do Direito
envolvidos nas diversas ações que acontecem diariamente no território brasileiro.
2°
Os animais têm os seus direitos protegidos pela nossa CF e são enquadrados no nosso Código
Civil no artigo 82° como “Coisas móveis semoventes” (ou seja que possuem movimento próprio) só tendo
seu “direito garantido” se devidamente representado por um terceiro, a CF diz que os animais são sujeitos
de direito desde que estejam assistidos por uma pessoa capaz – representante, ONG, Ministério Público ou
Defensoria Pública. Eles podem estar como parte de um processo, no entanto há uma divergência entre
alguns juristas se os animais podem ou não ser autores (e não apenas tutelados por alguém) de um
processo, já que teoricamente só humanos poderiam fazer,
O principal argumento de que os animais são sujeitos de direito se dá conforme a norma
constitucional no artigo 2º, §3º do Decreto 24.645/1934 onde diz que os animais têm direito fundamental à
existência digna e podem ir a juízo, podendo assim defender um direito próprio e ser autor de um processo
no poder judiciário, na prática se um animal for o autor do processo todo o dinheiro e outros
acompanhamentos serão destinados exclusivamente ao animal de forma que o tutor/dono deverá prestar
contas sobre o uso destes, caso o animal for apenas representado o dinheiro terá como destino o seu tutor
onde não se teria a certeza se o uso do dinheiro foi ou não em benefício do animal.
Baseado na norma constitucional e no texto da lei, animais são sujeitos de direito, como caso
concreto ocorrido em 2021 que confirma tal entendimento temos o Tribunal de Justiça do Paraná publicou a
primeira decisão que reconheceu os animais como sujeitos de direito no país. Na ocasião, o órgão votou a
favor dos cães Spike e Rambo – vítimas de maus tratos por parte de antigos donos – representados pela
ONG Sou Amigo, da cidade de Cascavel. Na petição, relatou-se que os cães estavam sozinhos há 29 dias
em um imóvel e que alguns vizinhos, preocupados com a situação, chamaram a ONG e a Polícia Militar
para verificar o caso.
Os dois cachorros foram resgatados e levados a uma clínica veterinária, onde foi constatado que
Spike apresentava lesões e feridas. Diante dos fatos, a ONG solicitou que os cães fossem reconhecidos
como parte autora do processo. Pediram, também, o ressarcimento dos valores gastos, além da condenação
dos réus ao pagamento de indenização por danos morais e uma pensão mensal aos animais até que eles
passassem para a guarda definitiva da organização.
REFERÊNCIA UTILIZADA:
https://www.ufsm.br/midias/arco/animais-sujeitos-de-direito-legislacao-brasileira