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Tout ce que l'homme est et fait

est lié à l'experience de


l'espace. (F.Hall - La dimension
cachée)

Obsessão cartográfica ou
Aproximações a um mapa
de Montalegre

1. Ao viver no noroeste, este estimulante início de século, os seus lugares de


encontro e de confronto e os seus desertos de paisagem - futuro, somos por vezes
tentados a pensar o passado como um espaço e/ou um tempo de viagens, de
sonhos perdidos, florestas escuras, prados húmidos, nevoeiros sem fim, de
antiguidades sobreviventes que parecem dormir, ruínas desfiguradas ou restos de
histórias irremediavelmente naufragadas.

Alguns acontecimentos, imagens ou objectos dormindo nas profundas dos nossos


museus, sacudidos de outros tempos por nomes célebres ainda que desconhecidos
e esquecidos no marasmo frágil da pós-modernidade, fazem-nos sorrir com
ternura. Bocejamos facilmente com enfado e alguma desrespeitosa se bem que
saudável má criação, na leitura dos estudos sérios, fundamentados e fundamentais
para a compreensão global do passado deste nosso território, agora elaborados
por jovens eruditos, ébrios de estatística rigorosamente informatizada.
De qualquer forma, hoje, mais do que nunca, as questões relativas ao espaço,
estão na moda nos meios científicos ou tecnocráticos e sentimos também que a
gestão cultural da memória vai calmamente reduzindo o passado a um
interminável e aborrecido presente.

Entretanto, este canto noroestino vai-se modificando aqui à nossa volta, vestindo
hoje as ruínas de uma paisagem quase desconhecida, por vezes estranha. Cada
vez mais protegido por associações de fieis, este nosso nicho verde, vai criando
efeitos de exotismo no seu interior, seduzindo a nostalgia que se apega a um
mundo em vias de extinção.

Nos meados do século passado, o célebre poeta Baudelaire escreveu o seguinte:


"La forme d'une ville change plus vite, hélas, que le coeur d'un mortel". Hoje, e
para além das cidades, também as paisagens rurais e os mais inóspitos lugares,
sofrem transformações irreversíveis a um ritmo muito acelerado. É frase gasta
mas não será demais proclama-la:"os espaços rural e urbano estão em crise".

Assim, como se daí dependesse a nossa felicidade e numa estratégia aceitável de


recuperação das antigas cicatrizes do território que nos cerca, dos lugares
perdidos da nossa infância ou dos traços-trajectos que ainda permanecem
reconhecíveis ao virar da curva ou nas encruzilhadas dos caminhos, vamo-nos
agarrando dramática e romanticamente à memória, mas também às técnicas de
recuperação arqueológica, aos textos, a toda a espécie de documentos e, porque
não, aos mapas.

Os mapas, são obcecantes na sua maneira ao mesmo tempo estática e estética de


representar o real porque são, antes de mais uma forma de expressão gráfica. A
beleza das cartas antigas, por exemplo, reside na harmoniosa simbiose entre os
trabalhos do sábio que selecciona e analisa um determinado espaço no tempo, e
do artista gravador ou pintor que o fixa para o futuro. As representações
cartográficas abrem-nos assim os horizontes, novos percursos ou introduzem-nos
noções rigorosas de limite. Marcas rasgadas/desenhadas no território e no papel
tentam produzir imutabilidade contra a velocidade do tempo, criando rugas sãs
sobre as utopias lisas e cinzentas das nossas quase esgotadas recordações.

La Carte...ont peut la dessiner


sur un mur, la concevoir comme
une oeuvre d'art, la construire
comme une action politique ou
comme une meditation.
(Gilles Deleuze, Rhizome)

2. Elaborar mapas, cartas, desenhos e toda a espécie de representações do mundo,


parece ser uma aptidão inata da humanidade. A História começou assim, no
momento em que o Homem adquiriu a possibilidade de se libertar da ordem
imposta pela Natureza, e com ela, iniciar também a organização do seu espaço
geográfico. Tentaremos em seguida, e numa rápida digressão ao passado,
deambular na sinuosa via da génese e maturação do espírito geográfico
retraçando a aventura cartográfica.

Desde os mais arcaicos tempos, o Homem, vivendo em grupos nómadas -


procurando continuamente meios de subsistência - e guerreiros - lutando pela
sobrevivência num mundo hostil -, sentiu necessidade de conservar a memória
dos trajectos, dos trilhos percorridos e das suas direcções, e de transmitir essas
informações preciosas aos vindouros.

Desta necessidade, teriam surgido os primeiros esboços incipientes,


representando a superfície da terra ou parcelas de uma região, isto é, traçavam os
primeiros mapas, fazendo apelo à sua intuição, ao seu conhecimento directo do
terreno onde habitavam.

Realizavam uma primeira apropriação do seu território fundado numa herança


ancestral, por vezes sagrada, legitimada por um consenso social que recusaria a
intrusão de estrangeiros. As primeiras delimitações, apoiar-se-iam segundo
concluem antropólogos e arqueólogos, sobre fronteiras naturais, ou em limites
sacralizados por marcas misteriosas que uma transmissão oral reservaria aos
iniciados.

Há cerca de 15000 anos, beneficiando das novas condições ambientais que se


vinham gradualmente impondo na Europa - recuo dos glaciares, temperaturas
mais amenas -, desenvolveram-se as primeiras comunidades de pastores/
/agricultores, responsáveis pelo relevante salto qualitativo efectuado na
embrionária sociedade humana.

O Homem sedentarizou-se. Este facto, condicionando e originando profundas


alterações na ordem demográfica e na humanização da paisagem, permitiria a
expansão lenta mas progressiva de uma agricultura rudimentar.

Esta viragem "neolítica", caracterizada assim pelo estabelecimento de novas


relações entre o Homem e o meio-ambiente, - mais entendida aqui como
evolução complexa ao longo de extensa diacronia do que como mudança radical
-, criou, uma nova mentalidade.

Desta mentalidade, e na confluência dos problemas suscitados pela sua


transformação com o evoluir de uma nova consciência de adaptação a espaços
fixos, surgiriam diferentes e mais complexas noções de território e limite.

Assim, no fim do Neolítico, as relações de vizinhança, estruturalmente mais


estáveis, seriam representadas simbolicamente sob a forma de gravações e
inscrições geometrizantes nas paredes de abrigos ou simplesmente em
afloramentos rochosos. Seriam já esboços de mapas, pré-cadastros, memórias de
propriedade ou apenas projecções estéticas de um novo espaço-tempo social ?

Data de 2500 a.C. a célebre placa de argila descoberta nas ruínas da cidade de Ga
Sur na Babilónia que, representando o vale de um rio, provavelmente o Eufrates,
será um dos mais antigos mapas conhecidos. Também os agrimensores egípcios
teriam elaborado desenhos e cartas, resultantes das medições feitas no vale do
Nilo durante o reinado de Ramsés (1333-1300 a.C.). A noção de itinerário e de
limite, constituiriam pois um dos primeiros degraus da cartografia.

A expansão política, comercial e marítima dos povos do Mediterrâneo na


Antiguidade, irá desenvolver e alargar consideravelmente as noções de espaço e a
sua representação.

Com os Gregos, surgiu um verdadeiro pensamento geográfico sistematizado.


Caberia aqui referir entre os mais relevantes exemplos da produção cartográfica
da Antiguidade, o mapa de Anaximandro de Mileto (650-615 a.C.) e o de
Hecaton de Mileto (560-480 a.C.). Agora, o acto de desenhar, articulava-se já
com uma necessidade de descrever, conhecer e possuir o Mundo.

Mais tarde, com o advento no Ocidente da ordem romana, surge a prática de


medir, projectar e dividir enormes áreas ou de criar fronteiras artificiais - o limes
-, que, num esforço de normalização do espaço irá aprofundar o conceito de
mapa.

Para um conquistador romano, o mapa, antes mesmo de descrever - de constatar -


um determinado espaço real -terra, cidade, colónia ou campo de batalha -,
pronunciava a sua posse. Desenhavam pois utilizando tramas uniformes com os
quais cobriam progressivamente os territórios ocupados ou colonizados pelo seu
império, criando com régua e esquadro, dezenas de realidades jurídicas
complexas e diferentes. Estes parcelamentos - as centuriações - eram acima de
tudo um utensílio de contabilidade, um cadastro que se afirmava como a única
imagem possível da intervenção do poder sobre o espaço quotidiano.

No século II d.C., surgiria ainda um último geógrafo da Antiguidade, Ptolomeu


de Alexandria (90 - 168 d.C.) que além de ter escrito uma geografia em 8
volumes, criou o processo da projecção cónica da superfície da Terra num plano,
revelando nos seus trabalhos, preocupações de ordem científica, filosófica e até
estética, menos evidentes nas simples mas praticas elaborações romanas.

Depois do largo e relativamente obscuro período medieval, o movimento das


cruzadas - não convém esquecer o contributo muçulmano, promotor da geografia,
astronomia e matemática, traduzindo e imortalizando obras clássicas -, mas
fundamentalmente a expansão do ocidente e os Descobrimentos, com especial
destaque para a acção portuguesa, vão relançar os estudos cartográficos,
acentuando a sua elaboração progressiva.

Antes, faltavam, com efeito, aos viajantes terrestres, os elementos científicos


indispensáveis à elaboração de mapas rigorosos - os documentos sobre itinerários
como os dos Caminhos de S. Tiago, são raros. Os navegadores iriam de
seguida, colmatar essa lacuna.

Os instrumentos de navegação marítima -relevo especial para a bússola -,


desenvolvidos em Veneza, Portugal e Espanha, iriam dar aos exploradores, meios
para riscar as primeiras cartas e mapas de rios e determinar assim, os contornos
aproximados dos continentes.

A invenção da Imprensa em 1440, deu a estes trabalhos de exploração os meios


de difusão necessária.

Esse "milagre", incluído no momento da História Ocidental que vulgarmente


denominamos por Renascimento, rompeu com a anterior forma de estar medieva
e fez emergir um novo conceito de espaço, abstracto, homogéneo e com
pretensões universalistas. Como que a confirma-lo e logo no séc. XVI, após a
descoberta da América, serão produzidas as primeiras cartas naúticas com escalas
de latitude e longitude, introduzindo e alargando novos e abstractos conceitos de
coordenadas geográficas. O conhecimento e a representação do Mundo, entrariam
assim no período Moderno.
Em breve, as maravilhas da trigonometria permitirão um maior rigor nos
levantamentos cartográficos, e se o Império romano utilizava a grelha quadrada, o
Estado moderno irá triangular o espaço num esforço de submeter à geometria a
unidade dos seus territórios.

Assim, decorativas ou funcionais, as imagens da Terra, dos países ou das cidades,


vão rapidamente multiplicar-se, revestindo-se com as roupagens e com a
variedade das modas da representação gráfica: planos, tábuas, diagramas, mapas,
alegorias, emblemas, esquemas, descrições ou simples esboços.

Nos meados do século XVIII, todos os países europeus iniciavam planos de


levantamento topográfico, a cargo dos serviços geográficos dos exércitos o que
permitia uma boa e rigorosa representação dos territórios, servindo de base às
necessidades da administração política, da guerra e dos trabalhos de engenharia
do mundo Moderno.

Daí até aos nossos dias da informatização do espaço em grande escala, através do
recurso a satélites e à parafernália sofisticada da tecnologia, distará apenas o curto
passo representado pelo liberal e colonial século XIX.

Quem vendo a nossa Monarquia tão agradável


nesta topografia, haverá que mais por regalo, que
por obediência, não venha a
render o colo a tão deleitoso jugo ?
(Gaspar L. da Fonseca - Sentimento sobre
a topografia portuguesa, séc. XVIII).

3. "É da Geografia, mostrar na sua unidade e na sua continuidade toda a terra


conhecida" dizia-nos há muito Ptolomeu. Esta visão global do mundo não seria
dada apenas pela escrita, mas também pelo desenho cartográfico.
Paralelamente a esta geografia cartográfica, Ptolomeu definiria o campo de uma
geografia descritiva, a corografia. Segundo ele, o geógrafo, considera o conjunto
do oikouméne para dar uma visão global, enquanto o corógrafo, corta, selecciona
uma determinada região limitada e, enumera, descrevendo em pormenor, todas as
suas particularidades.

Nestas águas navegava também o nosso ilustre oitocentista José Baptista de


Castro, ao escrever na Primeira Parte do seu célebre Mappa de Portugal que
"...entendida a configuração dos mapas ou cartas geográficas universais,
facilmente se entendem as particulares; as quais se forem de um reino se chamam
corográficas e se representarem uma só província ou cidade se chamam
topográficas."

O saber do corógrafo, implica sempre um saber e um conhecimento de todas as


pequenas parcelas de uma dada região e acreditamos que com esse saber estariam
os autores dos vários ensaios e descrições topográficas que ao longo de todo o
século XIX irão aparecer, um pouco por todo o nosso país, numa ânsia de
descrever o meio regional no seu pormenor, no seu particular.

É nesta linha que se inscreve o " Ensaio topographico statístico do Julgado de


Montealegre pelo Bacharel José dos Santos Dias," publicado no Porto na
imprensa de Alvares Ribeiro em 1836, opúsculo in 4º de 30 páginas com uma
carta topográfica que nas nossas andanças bibliófilas, encontramos esquecido na
livraria do Parque Nacional da Peneda-Gerês e que passaremos a apresentar não
em análise rigorosa mas somente em débil e subjectiva deambulação, perdidos
que ficamos nos labirintos gráficos e textuais e no irresistível charme das suas
amarelecidas folhas.

Mas, para não nos perdermos em demasia, convém identificar o autor da obra, e
para tal, socorremo-nos do sempre fiel Inocêncio F. da Silva e do seu não menos
fiel Dicionário que nas páginas 119 do Tomo V nos diz ter nascido José dos
Santos Dias, na aldeia de Cortiço, termo de Montalegre em 26 de Dezembro de
1778 e falecido na mesma vila a 19 de Setembro de 1846.

Foi J. S. Dias bacharel formado em medicina pela Universidade de Coimbra,


médico do partido da Câmara do concelho de Montalegre desde 1810 até 1846 e
das Caldas do Gerês nos anos de 1811 a 1819.

Correspondente da Instituiçäo Vaccinica, da qual recebeu a medalha de prata, que


esta usava conferir em prémio aos seus membros mais beneméritos, teve ainda
uma honrosa menção no Essai Statistique de Balbi pelos seus trabalhos.

Este interessante opúsculo foi omitido na Bibliografia Histórica de Figaniere e


está descrito no nosso Inocencio
sob o nº 4707, que considera que a parte publicada seria resumo de obra mais
extensa, intitulada "Memória ou descripçäo phisica e economica da Villa e termo
de Montealegre ou terras do Barroso" manuscrito in 4º de 200 páginas segundo
esclarecimentos que lhe foram fornecidos pelo filho do autor nos finais do século
passado, o Revº José Adäo dos Santos Moura, na época Abade de S. Vicente da
Chä.

Teria ainda publicado, o autor do "Ensaio topográfico", vários artigos no Jornal


de Coimbra, deixando também inédita uma " Memória sobre as Caldas do
Gerês", publicada em 1942 por Tude M. de Sousa que lhe acrescentou uma
Introducçäo e Notas explicativas.

Estamos em crer que o mérito deste simpático livrinho e do seu notável mapa é
hoje, com certeza, muito superior ao do tempo em que via pela primeira vez a
luz, já que, se perdeu em actualidade, foi amplamente compensado pela visão
dinâmica e sinóptica que deixou da região de Montalegre nos inícios de
oitocentos.

A descrição geográfica e corográfica aliadas ao desenho do seu mapa, além de


transmitir um certo "saber" de bom gosto clássico, conseguem dar ao leitor uma
imagem bem clara da realidade passada.

Convida este opúsculo, à viagem pelas brumas do Barroso, traça itinerários e


caminhos e rios e pontes já perdidas. J. S. Dias descreve e baliza áreas, solos,
relevos, paisagens ( páginas 6 a 8 ) mas também casas, castelos e pontes ( páginas
16, 18 a 21 ), com uma minúcia tal, que se diria obcecado pela verdade do seu
saber racional na fuga aos caprichos e aos fantasmas do imaginário e da lenda que
ainda hoje povoam aqueles sacros planaltos.

Assim, quem quiser conhecer Montalegre há cento e cinquenta anos, os costumes


e o génio dos seus habitantes, a sua alimentação e as suas doenças ( páginas 27 a
29 ), a agricultura e o seu artesanato ( página 25 ) ou a Divisão Eclesiástica, Civil
e Militar ( página 23 ), encontrará aqui interessantes notícias, soma de
informações de História, Arqueologia, Demografia e até Arquitectura, numa
composição geral de texto agradável e facilmente assimilável.

Parece-nos pois que o nosso médico de Montalegre cumpriu bem o prometido no


seu pequeno preâmbulo dedicado "ao leitor" ( página 3 ), ao declarar que
"...Demonstrar a grande utilidade dos escriptos topographicos statisticos a todos
os respeitos seria superfluo quando ninguem desconhece a summa necessidade
delles, principalmente agora que as Cortes da Nação Portuguesa projectão nova
divisão Civil, e Ecclesiastica do seu território. Forcejei por dar a este trabalho
toda a exactidão possível. "

Está portanto bem patente neste discurso de J. S. Dias, a ideia de que o seu texto
como descrição e definição e o seu exacto mapa como representação, funcionam
como simulacro, quase figura jurídica que permitirá ao poder coevo, a
apropriação da terra de Montalegre na sua totalidade.

Deste modo, a descrição do geógrafo, relato textual rigoroso, conseguido com


alguma mestria por J. S. Dias, confunde-se e funda a sua autoridade/
legitimidade, na cartografia que lhe fornece topónimos, distancias, alinhamentos
e orientações.

Travam-se aqui novas relações entre a escrita e o desenho, entre a linearidade


aparente do texto e a imagem porque, à leitura do texto escrito, sucede para nosso
enorme gáudio, a visão sintética de um espaço representado, polvilhado de
símbolos, traços abertos ao percurso errático do olhar. Aqui, poderemos falar
então, de uma autêntica leitura de prazer.

O "Ensaio topographico statistico do Julgado de Montealegre ", não sendo um


esforço desmesurado no seu âmbito "menor" de descrição geográfica, condensa
entretanto um conhecimento e uma visão globalizante da região. Também não
nos parece essencial saber, se ele se impõe como contributo importante para a
História local. Se mover em nós uma aproximação cúmplice, estética, ou mesmo
científica à área exposta, um olhar mais analítico ou apenas lúdico e obsessivo ao
mapa, então parece-nos que esse bom médico de Montalegre, conseguiu sem
grande custo uma interpretação interessante deste nosso pequeno e verde mundo.

A quem se quiser extasiar com o livrinho, faz-se saber que este tem a Cota A.372
da Biblioteca do Parque Nacional da Peneda-Gerês .

Henrique Jorge Regalo

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