Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Í O N1UNDO PELOS
I
o
o
U t0ur{ Dr 5 P{Lro
MAPAS DOS MUNDOS
IMAGINÁruOS
o tRRESISlívtl tMpULSO DE RETRATAR REALIDADES ALTERNATIVAS
Í o MUNDO PELOS
EMAPAS
gANTICOS FOTHADE S.PAUIO
óumãrro
,â,
(J
/
Introdução 4
Temperance Map 18
Tempe 26
'l
-furoíuçao
s cartógrafos sempre sentiram um desejo ir- podemos enxergá-la agora sob um novo ânguÌo' Sim,
resistível de mapear realidades aÌternativas: desde trata-se de um mapa do mundo conhecido, e, com um
a aurora dos tempos, o homem criou com a sua pouco de imaginação, podemos identificar a geogra-
imaginação um mundo metafórico diferente do reaÌ. fia; porém, como dissemos antes, eÌe também repre-
Nos primórdios da história humana, esse mundo era senta um percurso alegórico do pecado à redenção,
uma terra habitada por deuses e monstros, grandes por meio da sobreposição de um mundo religioso-
seres aÌegóricos que reveÌavam as melhclres e as -mágico artificiaÌ.
piores características do homem, incluindo as nossas AÌém de beÌos, esses mapas também eram ins-
maiores aspirações e os Ìlossos maiores teÌnores. trurnentos práticos para promover os programas e a
O mapeamento dessa realidade era uma forma de propaganda do governo e da lgreja, que em geral an-
trazê-la ao alcance da compreensão humana e, ao davam de mãos dadas. No mundo de hoje, mais rigo-
fazê-Ìo, exeïcer certo controle sobre o mundo e sobre roso, as mensagens alegóricas se perdem facilmente,
a reÌação do indivíduo com ele. mas da Idade Média ao século XIX eÌas eram entendi-
Alguns dcsses primeiros mapas estão reÌaciona- das de imediato.
dos à astrologia e às cartas celestes. As constelações Até o início do século XX, um indivíduo de instru-
observadas à noite no céu eram consideradas reflexos ção média conhecia bastante da mitoÌogia greco-ro-
de um mundo divino. Nas cuÌturas ocidentais, FIér- mana e da tradição bíbÌica, o que lhe teria permitido
cuÌes, Pégaso e Órion se divertem a noite inteira ao compreender imediatamente os inúmeros significa-
lado de Andrômeda e Cassiopeia. Nas cuÌturas não dos reÌacionados às diferentes divindades ou às re-
europeias, reinava um panteão ceÌeste diferente, n-ras ferências bíbÌicas. Por exempÌo, Luís XIV o Rei-Sol,
tematicamente similar. O mais antigo mapa esteìar de costumava ordenar que os pintores o associassem a
que se tem notícia, a Carta de Dunhuang, foi desco- Apolo utilizando a iconografla típica dessa divindade:
berto na antiga Rota da Seda, nas cavernas de Mogao, a coroa de louros, o Sol, uma carruagem dourada etc.
e data de cerca do ano 700. O panteão descrito no Com isso, o povo compreendia que seu reinado tam-
mapa deriva do sistema de crenças chinês, mas o con- bém promovia virtudes apolíneas como a música, a
ceito fundamentaÌ é o mesmo das cartas ocidentais: filosofia e a cultura.
lá fora, no espaço, existe um outro mundo no qual Portanto, não era raro que os mapas do século
podemos imprimir os nossos sonhos. XVIII (ou antes) possuíssem rico conteúdo alegóri-
Outro tipo de mapa antigo de terras imaginárias co, geralmente inserido em cartelas elaboradas que
é o aÌegórico de temática reÌigiosa. Tratamos um pou- podiam ser Ìidas com a mesma facilidade do próprio
co dele nos volumes anteriores, apresentando alguns mapa, transmitindo ao leitor a mensagem e as inten-
exemplos, como o Mappa Mundi de Hereford, no vo- ções do cartógrafo tanto em relação à carta quanto
lume 1. Examinando brevemente essa carta de novo, em reÌação à sociedade como um todo. E não demo-
Caltóglafo
Sebustiun fuliinster (1488-1552) Jòi proJessor de hebroico rm (húuersidade de Basileia, Suíça.
Fez un apeb a todas as tnrnroúdades acadêrnicas dcr Alenrutha pedindo inforntaçòes
cartogr(rf.cas cnquanto proda:icr a Cosmograpl"ria, e a precisão e a abrangência da obra não
tíueram precedentt's. O lfuro uendetL bent: teue 24 edições e.lbi reitnpresso por quase ceìn anos,
$S1s a ô *scrr, graÇas, em grande ntedída, às elaboradcts tilograau'as, Jèitas por díuersos artistas. A maior
parte da oLtra de MiinsterJòi publicada pektsflhos. O cartógrafo tnorrenìto Suíça ent 1552.
I
fufunluttTítn eí-%en
títuÌo desse mapa pubiicado em Hanôver em 7607 pode
ser traduzido
aproximadamente por "um outro mundo, e ainda assim
o mesmo". EÌe foi
desenhado para ilustrar o Ìivro distópico Mund,us
alter et id,em siue Terra
Australis antehac scmper incognita, do reÌigioso ingÌês Joseph
Har. Nessa
obra, um ingênuo jovem, Mercurius Britannicus, ávicìo por
aventuras, em-
barca numa viagem de descoberta para um continente
desconhecido no extre_
mo sul, além dos limites do mundo conhecido. Viajando no
navio l.-antasia,
Britannicus desembarca na Terra AustraÌis, o mítico continente
meridionar,
e percebe que está perdido e abandonado entre a popuÌação
moraÌmente
corrupta daqueÌa região distante.
HaÌl usa o hipotético continente meridionaÌ de Terra AustraÌis, jamais
descoberto, como cenário para sua crítica moral e reÌigiosa.
situada na peri-
feria da naior parte dos mapas contemporâneos, a Terra
Australis aparece
aqui no centro do paÌco, ocupando quase metade da página
e exibindo rios
imensos, florestas densas e montanhas assustadoras.
Está dividida em ter_
ritórios habitados por povos terríveis, entre os quais Lavernia (a
terra dos
Ìadrões), Pamphagonia (a terra dos gÌutões), Ivronia (a
pátria dos bêbados) e
Viraginia (o país das muÌheres petuÌantes).
Mundus arter et idem é uma obra de grande importância histórica.
Tendo surgido mais de cem anos antes das viagens
considerada a primeira parábola moraÌ a juntar uma
de Guiliuer, de swift, é
terra imaginária _ a da
'.t g 7L .rt, _4
geografia satírica - a uma geografia concreta
e conhecida. censurado na
IngÌaterra pelos puritanos, o Ìivro tornou-se popurar
na Europa continental,
-{ -rzlr cr.4_
sendo editado várias vezes até meados da década
de 1660. HaÌÌ sabia, certa_ ,amla ctteii
mente, que sua obra provocaria a ira daqueÌes que
LDita /! u:
eÌe criticava; portanto,
pubÌicou-a com o pseudônimo de Mercurius Britannicus,
o herór da história.
Foi só em 1674 que o inglês Thomas Hyde, um orientarista
acadêmico, atri_
buiu de maneira inquestionáveÌ a obra a Hall.
'-. odI ( ìn
,.é''\
t.' 7.c'Lautrnn'
Cartógrafo
Joseph Hall (rsz4-r6s6)foi um crérigo d.e arto posiçao, satitista, morarista e deuoto
feruoroso gue atrrctt na lnglaterra d.urante o fi.rnl d0 século xw e a pri.meira nrctade
do xwl.
É chamadofrequelltetnente d.e "sêneca ingtês", por
suo a.d.esão aos princípios do estoicismo.
Natural de Bristort; park, compretou os estudos d.e teorogia no
Dntrnanuer coilege, em
cambridqe. Em I62z,.foí nomeado bispo de Exeter e,
ma.is tarcle, bÌspo de Norwich.
--P,, r
ConJtmttinoTol"
-í.
t,,rl{tan
-4rztra
-4ly1Ti"
.4wt,e.rc-e
MEIZIDIA,Ytt 1.7
lvR,o
lfl Do"'o NIA
Ìhv t.
tl mt- ç"tr?,oNrÁ
{â Fptrx
fr-g
,-Ì. F 'Íufurony
Ë,
.-
C ulula G :í o -^(,L
hrgntta. \---'
,
Cartógrafo
Frerlerik De Wit (1629-1706) foi unt graraclor e cartógro.fo
al.uaìtte no Antsterclã cla ldade de Ouro Llolanclesa. En 1689,
.fiti-lhe outorgado o priuilégí.o, u.nto espécie de direito autoral
printiliuo. DepoÌs que ele morreu, a t.,itit:o leiloou seus mapas
e chapas de intpressão; estas últintas, adclttiridas por
l)ietr Morti.er, serliran de pottto de partida pala a enlpresa
Couens & Mortier, que se tornott uma das ntctiores edítoro.s
holotrtlt'sas de rrtopns rto srctrlo XVlll
-f,)
'"lo :
Cartógrafo
Johann Baptist Homann (1664-1724) Jòí um prolífico editor de
mapas alemdo baseado em Nuremberg. Construiu próspero ünpérict
editorial uendendo mapas por preços mais módicos que os dos
congêneres fronceses e holandeses. Após sua morte, a etnpresa
continuou a publicar como Homann Heirs [Herdeiros de Homann].
il
,','.!/^í.r,
-1 ./.: / :.r;.,: .l ,r/4.
');\).'È i'i tr"t)
Corl.esirr rla 1lìltliolcca clct I-lrtit,ersidade (;ornt'll, P. J. Mode Oollectiort of Persuosi.ue CartographU
.. T.rr.v.726.
SISTEME DE LA CIìEATION DU MONDE SUIVANT MOISE . z'?lanctu
çStttmt le /a Creafton
lufoonít
ividido em duas partes, esse mapa de 1.728 de Antoine Calmet baseia-
-se numa enigmática perspectiva religiosa-científica. Foi pubÌicado para ilustrar
o influente Dictionnaire Historique Critique, Chronologique, Géographique et
Littérdl de la Bible, de CaÌmet. Concentrada no hemisfério orientaì, a esfera
superior expõe uma teoria geofisica defendida por Francis Bacon, ironicamente
conhecido como o pai do método científico. Segundo essa hipótese, o globo era
uma grande esfera de água da qual Deus, durante a criação, fez surgir os con-
tinentes. Pensava-se que o peso dos continentes era tamanho que ele deslocou
a água do hemisfério Norte para o hemisfério Sul, submergindo assim quase
todas as terras montanhosas ao suÌ do equador.
A esfera inferior mostra uma visão pré-copernicana do cosmo, com a
Terra no centro do universo e as estreìas e a Lua girando em torno dela. 0
Sol é mostrado como um deus cuja luz divina aquece o planeta. Depois de
Copérnico, todos passaram a aceitar que era a Terra que girava em torno do
Sol,enãoocontrário.
e) C.,/
Cartógrafo
Antoíne Augustin Calmet (1672-1757) foí um monge beneditino francês e estudioso
da Bíblia. Sua abordagem acadêmica da pesquísa bíblica influenciou uma noua era da
eregese, concentrada na busca crítíca do significado. O papa Bento XIil conferiu-lhe
a dignídade epíscopal, mas ele, piedoso e humilde, recusou a honraria.
èr,
Cartógrafo
Johann Martinweis (1211-12s1) foi um artista, d,esenhista e grauad,or d.e sucesso que
desenuolueu suas atiuidades em Estrasburgo, na França,
fronteira com a Alemanha.
i*. * .
,L,a.{â,q
:ü,,t , ç;;rfrft
'lr'',. ',.t1'ijil
. ,,lir.-a .,.,,,. ,i.,,
r ..#
[R
FNÈ;ì
È\
!*o:'ur
,éi
''L
&
.=,&
À'\.i\
\i
/ 'i/"!
I
i JO
Ì)-' ... irrn{
g"_,*i w
ç
N ,,';;';,
l)tli(lDN
à
1;'',: :,t":i"ri
' t* rï hï^t';Aà,'',
{
'È4 .Ïo'.rr... 14",*"a- '4,,"t"
"e{,'"
{)I
,.,,,í .. . {- ''i! ,,,.r' -'*'1';,::t--*-'';
!',,':' .
., ,'(.oD-t;'
1fi-Sfá*\ i E,'t (,]'
,ll
*:#t*lney:]
rt'' ..r\ ."] / . ,t,.tu:( ü Áa
r)irEMPrEIÌAIVC'
t/tF.!ÈF
1z',t
t,-
.t,a;r /o*, *r,
ç
,,.i
j
;##l*õ
.. \\'f9,.,*.'*'-
.,.ì.;ì,_
z '"v._ ! \ 'n\ rfr'ú uuaì
,í|,,ffigo* " - ,,/,,,r!, ';ì i
Ì?ìitè;Gì. \"
%W-,"
,r'ã . li( .-ata.tà&.,À
-r{:r}r
* e-.rvh,{\;",,"",,'l
i
i
\
\.
..ürr '
oda"ii-^--rt- lr q "'^-*ïL1"-'"','Iix'-
ì.l,,,,,,í;,ì)ì4Y-.-
4ì\ËUlu ,'li-i "{
Sy''qr''-,,g..
/aWãHt
Í.{ti."
,,trí t' t\,
)'\jÍ,-.-. O
ü.,^.o*:9ff',,^K'ff/h,
I rï.,,rì'r' tJ
t ,\Bü\ffitry,
\-c-6í.,"
I]E E II
It t' ,,Ç=*d.^ï
-v
i,
l,a
-i*
-_ :2 <;t* \
T.Ah-E F- \,aaeáa*",tu,:,t
a =;r
n'/ L ,4 Tí T;:
.t, n''/) '11 Gü.s
/ ,*^*o7- 1ri,u.N,.ri:,,ì
i
hu'!MìF
) fÍ *WyJi
.tê.
Itdt llü
4 ! -/
v '?iFr lç
N'É-
N'T
,%or7nnntefua7,
CartógraÍb
)
John ChristittnWiltberger Jr (1766 1851) Joi um ntirtístro
l- e nüssiortario 16s1s-ç1771sricano, (IliL'ista d.a tentperança,
e s | 0b e I e c id o na Fi la cl é lJia.
\
\
\
. rC\.^ -,p
""-,7
'\s.
r:-__l/ "
sTffincierctefoa77e
lfryLnntfl',(y
Qutwutl anlfel%rtfr
.H
4-.LZt
TYS'
&.,s
5
:'. úlicado em 1918, esse Ìnapa de Bernard SÌeigh às sereias se aquecendo na praia, há muitos lugares pa-
apresenta um mundo dividido entre ìuz e sombra, oÌlde ra repousar â mente e recordar as sensações experimen-
campos verdejantes e praias ensoÌaradas estão a poucos tadas na juventude.
passos de sepulturas antigas e mares revoltos. Oferecen- O mapa foi concebido no ano em que terminou a
do vasto repertório de personagens da mitoÌogia grega, Primeira Guerra MundiaÌ, a Grande Guerra europeia que
das lendas populares e da Ìiteratura europeias, a carta provocou terríveis perdas em todo o continente. Talvez
apresenta uma visão panorâmica de um Antigo Reino das tenha ajudado a aÌiviar parte da inevitáveÌ e ansiosa sau-
Fadas: veÌejando pelo Mares dos Sonhos ou percorrendo dade dos confortos tranquilos da infância.
o arco-íris até o fim, deÌícias incrívcis esperam por nós.
Um paraíso inspirado em Tolkien, LanceÌot, Cinde-
rela, Peter Pan, o Gato de Botas, Peter Piper, João e Ma-
ria, eÌfos e dragões: tudo isso pode ser encontradcl em Cartógrafo
meio a essas montanhas e vales. O visitante pode nadar Bernard Sleigh (1872-1954) foi un ilustrador e muralistu
na Lagoa da Paz, visitar o túmuÌo do rei Artur ou ver brítârtico. Estudou rn Bírmingharn School of Art e foi ínfluenciado
Andrômeda ser saÌva por Perseu. Siga a linha verme- pekt ntouünento Arts & Crafts. l')mbora tenha publicado udrios
outros mapãs d.e diuersas regiões da Inglaterra, essa
lha para viajar do "mundo tal como é" para o Ìugar "que é
,
F$l
Ìt
Y"l
' '
''A'''[@/S*
tlt
L, rÍi;
fi' &ru{yfMrfr, B,|r,u,
tç
ï-"$
"L ubhcado em 1930, esse mapa representa a tentativa de Jaro Hess de
contextuaÌizar o universo das canções infantis inglesas e americanas num
pÌano cartográfico. EstiÌisticamente, assemeÌha-se a An Anciente Mappe oÍ
Fairy Land, Newly Discouered and Set Forth, de Bernard Sleigh, pubÌicado
doze anos antes, em 1918. Enquanto Sieigh se baseia nas Ìendas britânicas e
Cartógrafo
Jaro Hess (1889-1977), nascido em Praga coìn o notne de Jaroslau Hess, estudou
engenharia metalúrgica na Uniuersidade de Praga, ingressando, logo depois, na
Legião Estrangeira Francesa, na Argélia. Depois de ernigrar para os Estados Unidos
em 1910, mudou-se para Pittsburgh para trabalhar em usinas ntetalúrgicas, e depois
experirnentou dÌuersas outras funções em todo o Meio-Oesle, cotno as de quírnico,
grauador, horticultor e operdrio metalúrgíco. Acaltou se.fixando em Grand Rapíds,
Michígan, e durante as décadas de 1930 e 1940 se Jirmou coìno artista, tornando-se
conhecido pelas histórias fantdstícas de temdtica sobrenatural.
Ë,n ':.'Ll
i .-)ì
.t,!,,, t/.
't
-\ r_-j
*i.4
!"i
I
!t{r
,ltjr
..-,=ãë
_@
.r.HËSS.\LI,{E ?ARS.
'::': 4:t!:"r"0""
( t)rlt,\ìtt rlrr 1l ìl ìtnttIírt
f'ry'
ocalizaclo aos 1tí's clo ntonte Olintlto. o vaìe de Tempc é o paraíscl ní-
tico clos ck'Lrst's. I)r'acorcÌo colìl aÌ-ÌtÌgas ÌcncÌas gregas, Pclseidon, o deus das
áglras. cririu o lale corn Lrnt goÌpc clt' triclente.
.\ r'istit lìlostÌ'iì o Ììlont('Olirnpo a clistância e s0 con('eÌìtra no rio Pe-
Ìl('Lr. clu€ì s(,ÌliÌriÌ a lì'ssiÍlia cla \lat'ecÌônia. Iìrii ali c1r-rcArÌster-r. fiÌho cle.\poÌo c
(.irene. ltcrst'gtrlu I:ur'ÍcÌjcc a1é a Ììlort(,. l..r'a nt'sse raÌe quc os antigos grcgos
colhiartt os Ìoutos ÌlariÌ ('orotìr os r t.rìt'r'tloft's tlris -logtis Pítir:os.
\ iltlttglttt ÌÌlostriì Ltnr raìr'rllclr'.jantr'('orliìrlo Ìlor LlÌl rio clr'ágnas
rápiclits. o Ì'r,ÌllLÌ. Ìaclr,ercÌo cÌr'loLrllit'rrs r'clur,clt,stigua Ì.ìo Ìllat Egcr-r..\Ìguns
gf('gos rt,itliziln sat'r'it'ir'i,rs Ìliìs Ìlìarg('Ìts tÌo li,r. r'ììt{Lliuì1() i)lttr{}s sc clivertetl
, lrÌ'jlìr'lrìlì '
1 -tt;iì;ittt;,.. \ riistipt i;r. tttrì , irtÌtittl)" ' í,tì{lÌ1,/ it{): ( ltttes l)t'1i-
lticlos tÌo OÌintltr). (,Ìì('irÌlit(Ì, rs Ì)( )Ì' uÌlì altal dt'rÌicacÌo a Zt'rrs.
.\ gr','11';1ii11 rl ti ttlìì:,rtltlì1lo Initologictr r'r'r'aÌista. Os nsltt'ctos ntitoÌri-
irii'r l cÌr'ssl nrrtlta stìo t,straÍclos cÌas oll'as clos grancies Ì-Ìl€'stfes
gicos tÌt'ssit l
Orídio..\tlttltt. I'ÌÍnir,. ilt,r'ricloto c l:ìiauo. O-lÌ'nt1tt'cÌcscritr.i acllri ó ntítico.
llltts o \'alI iÌr''l r'rttltr'rl t'r'iìÌ: trata-s('clI unta gargaÌìta 1rroÍirncla escavacla pe-
lrrt'Ìl silttitiiir rtlL iLÌLtitì-l't's:iiliit. ('Ììtf('os ÌlìoÌÌtes Olimlto e Ossa. Na ntitoÌogia
llorlttca.'l'r'rll1r,'ì,)Ì'ÌÌorÌ-si,,,arclLrtl1ip0 c[t'un] VaÌe cÌe ertra0rcÌinária bcÌeza e
t'Ìinra irgr-irr Ìiir',r
( ) n'ri,rri' :,ri
ltultÌicrLrlo r.ro l)urcrgort 7-hecttrí, do cartógrafo holar-rdês
\lrltrÌrtrnr ortt'liLrs. unr irpi'nclit'r, r'lássico dc scu grande aÍlas Theotrunt orbis
'lì'
r rct r tt tt t.,,.r "'l liiÌr'o clo \ ILtnclo".
(ìaltóglaÍb
lhruhurtr Orlt'lius I l.i2;- Lj(),\).Íoi turt cartór1ra.fò holandês ínlhrente ent Anttterpin
t'\ÌÌÌstt't,r'. ti,.lìtrtrlo sr;r'rr1o.\'l 7..llribrti saaeleaproclução doTÌreatrumOrbis
Ì,'Ì'Ì'iÌÌ'tìÌìì. , t,Ìtsiílt'ra(lo o prirttciro allcts rttoclento do rtturtdo. Morlo ent l de.ittlho de
,l .rru,, -4^oruç pre,rTto q*,!-u,dop,l*í, Ì.it).:. ()r'lr'lìts.lrti crtlL'rrulo rtu .\baclia l)rt'ntottstrelen.sc dc 51. Michcl, ent Anluërpìct,
iÌ eJ;aü rtVpí, pri oru Ptni:ut'al'' rm,,
.:-,,: ?/,'1ì', _fpiaosij uo[íi,u, ,,,1,
.
t' ()ÌÌÌ stt(r lcrl:itlt se li t'rtt lalìnt tt ittscrìt'uo "Qttit:tís tttltor sine lítt:, tLxore, prole"
/ .\'í,i 1 l1r ertt silúrtcÌo. sertt crcrtscrç'ões. tttttllter ou.Íìlhos")
EVIN J. BROWN é proprietário da Geographicus Rare mano, atravessando a França e a Espanha, e abrindo mão de
Antique Maps (www.geographicus.com), que revende mapas todos os confortos e transportes modernos durante vários me-
raros de todos os períodos e valores. Estudou no Bennington ses. Também estudou as técnicas antigas de xilografia, impres-
ColÌege, em Vermont (EUA), onde se graduou em "Peregrina- são e desenho. Embora saiba que essas aventuras e pesquisas
ção". Defende que o ensino universitário se baseie no "aprendi- não vão transformá-lo em um especiaÌista em sobrevivência na
zado prático", e trouxe essa Íìlosofia para o comércio de mapas. selva, um mercador medieval ou um perito em água-forte, Kevin
Aborda o estudo da cartografia antiga de um ponto de vista acredita que, ao vivenciar em um níveÌ pessoaì multifacetado os
prático, completando o conhecimento histórico e o estudo das desafìos coÌocados aos antigos agrimensores, cartógrafos e via-
fontes primárias com experiências arrojadas. Por exemplo, pa- jantes, eÌe aumenta sua capacidade de avaÌiar e entender os
ra compreender melhor a aventura dos antigos viajantes e car- mapas antigos que negocia. Nas horas vagas, gosta de passear
tógrafos na Amazônia, Kevin passou um mês embrenhado com com seu cachorro, brincar com seu pássaro e estudar ninjutsu.
guias indígenas nas principais florestas tropicais do pÌanalto Também tem uma sociedade para importar mescalina artesanal
das Guianas, aprendendo técnicas tradicionais de sobrevivência do México, além de se divertir com o meticuloso trabalho de res-
na seÌva. Para reviver a experiência dos mercadores europeus tauração do sobrado histórico que possui em Bedford-Stuyve-
de sécuìos passados, percorreu a pé o antigo sistema viário ro- sant, no Brooklvn, em Nova York.
/TS*lecÍmeníos
Gostaria de estender meu agradecimento e reconhecer o apoio da- Também gostaríamos de agradecer a P. J. Mode, um coÌe-
queÌes que ajudaram a tornar este liwo reaìidade. Em primeiro lu- cionador de mapas visionário cuja magníÍica coleção de "Ma-
gar, Laura Accomazzo, a editora, cuja criatividade conduziu este pas Persuasivos" é motivo de inspiração e que também ajudou
projeto desde o primeiro dia, e que teve uma paciência infinita en- generosamente este projeto ao permitir que usássemos várias
quanto eu reunia os textos e as imagens. Também gostaria de das suas imagens cartográfìcas digitaÌizadas. P. J. doou sua co-
agladecer a Kim Hottenstein, meu colega de graduação em Ben- Ìeção para a Universidade Cornell, que digitaÌizou muitos de
nington, que fez o copidesque do texto e discutiu comigo mútas seus mapas.
das ideias por e-maiì. Gostaria igualmente de estender minha gra- Por úÌtimo, mas de maneira nenhuma menos importante,
tidão ao meu sócio Spencer Hunt, com quem troquei ideias na eta- gostaria de estender os agradecimentos aos meus bondosos e
pa finaÌ do projeto. Esta obra não teria sido possível sem o apoio generosos pais, WiÌÌard e CaroÌ Brown. E também ao meu in-
dos meus amigos negociantes de mapas raros Michael BuehÌer, da teÌigente parceiro de vida, Yuan Ji, cuja pÌumagem briÌhante
Boston Rare Maps, Barry Ruderman, da Barry Ruderman Rare sempre me deixa aÌegre.
Maps, e Sebastian Hidalgo Sola, da H. S. Books, que gentiÌrnente E, flnalmente, ao meu meÌhor amigo, meu cachorro Shumi,
autorizaram o uso de imagens de mapas de suas coleções. que conserva a sua autenticidade.
I
'"'.ï.'i#ï,i:'ffi lH',ll"ffi:;iH:i,ïïJ:"1ï"'ï;ï;;.'"'
97 8-85-45561 -34-7
"ffi