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na equipe, tanto entre os componentes do grupo como no desenvolvimento do próprio
trabalho a ser executado.
Se as condições enumeradas acima estiverem bem estabelecidas, e suas responsabilidades
forem explicitamente assumidas por todos os elementos da equipe, o grupo já terá
conseguido uma sólida base para começar a funcionar. Contudo, só isso não basta para
alcançar o melhor resultado. Vejamos como deve funcionar a equipe ideal.
Ao receber a tarefa, a equipe tem de reunir-se para organizar e programar o trabalho a ser
executado. Se o tema não foi determinado pelo professor, o coordenador do grupo deve
liderar a discussão para que o tema seja decidido em comum acordo. Em seguida, se
possível, o grupo deve determinar as fontes que serão consultadas. Não havendo
possibilidade de selecionar de imediato as referidas fontes, o coordenador distribuirá a
tarefa de levantamento da bibliografia entre os colegas e manterá nova reunião para uma
data o mais próxima possível.
Caso o tema já esteja escolhido pelo professor, e a bibliografia de consulta definida, a
primeira reunião não deverá terminar antes que o coordenador tenha distribuído
equitativamente as tarefas de cada um. Em seguida, anotará os compromissos assumidos e
definirá claramente o local, a data e o horário da próxima reunião, quando cobrará o
trabalho de cada um.
Terminada a reunião, cada membro do grupo deverá ocupar-se de sua própria tarefa.
Tratando-se de consulta a fontes literárias, é necessário que o texto básico seja lido e
“esclarecido” durante a leitura. De nada adianta ler o texto sem que se possa depois
discorrer sobre ele na reunião do grupo. A leitura inicial, portanto, já deve ser feita com a
preocupação de esclarecer possíveis dúvidas do grupo ou, pelo menos, indicar futuras
fontes de consulta para elucidar pontos que permaneceram obscuros.
Ora, isso se faz com certa facilidade depois de se estar de posse da bibliografia
recomendada e quando se toma os necessários apontamentos durante a leitura. Mas essa
tarefa tem de ser cumprida por todos antes da reunião seguinte, ocasião em que será
apresentada. Há estudantes que tratam de desincumbir-se da leitura básica durante a
reunião de apresentação dos trabalhos, o que é lastimável. Quando isso ocorre, o colega
faltoso é obrigado a fazer uma leitura apressada que jamais alcança o objetivo previsto.
Além disso, sua atitude revela desconsideração para com o próprio trabalho e os demais
companheiros, pois certamente alongará o tempo da reunião e prejudicará o bom
funcionamento do grupo.
As reuniões subsequentes
Haverá tantas reuniões quantas sejam necessárias para o término do trabalho. No entanto,
há uma regra geral para que elas sejam objetivas e eficientes. A regra é:
Em outras palavras, todos devem ter consciência de que a reunião não está se realizando
como oportunidade de convívio social, mas como necessidade de trabalho. É necessário
que ninguém deixe de comparecer a ela sem que para isso haja motivo de força maior. As
conversas devem restringir-se ao tema da reunião – deixem-se para outro momento os
comentários sobre generalidades, atividades do centro académico, viagens etc. E não se
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alonguem desnecessariamente os debates. Ao defender um ponto de vista, o elemento da
equipe deve assumir uma atitude democrática e submeter-se à decisão da maioria.
A apresentação dos trabalhos ao grupo também deve obedecer a uma sequência orientada
pelo coordenador e ser feita em ordem. O coordenador dará a palavra primeiramente aos
colegas que se incumbiram de fazer pesquisas mais gerais, como, por exemplo, em
enciclopédias e dicionários. Só depois é que deverão falar, também em sequência
programada, os que se comprometeram a ler e analisar partes do texto básico.
Durante a apresentação do trabalho de um colega não deve haver interrupções, apartes
etc. Quando cada um fala em sua vez, todos escutam o que todos têm a dizer. quando se
estabelecem discussões simultâneas, ninguém aproveita as ideias expostas. E quando
alguém apresenta um trabalho, ainda que não se esteja de acordo com o que está sendo
apresentado, deve-se esperar que a apresentação cheque ao fim para se comentá-la.
Piadinhas e tiradas espirituosas são sempre de mau gosto nessas ocasiões, porque são
inoportunas e impertinentes durante uma exposição. A atitude correta no trabalho é de
seriedade e de responsabilidade. Aqueles que têm observações a fazer sobre os trabalhos
dos colegas devem anotá-las e pacientemente aguardar sua vez de expô-las no momento
oportuno, ou seja, durante os debates.
Terminadas as apresentações, os diversos trabalhos devem ser discutidos, com cada qual
expressando livremente sua opinião sobre um ponto em particular ou sobre o conjunto em
geral. Somente depois disso é que se deve tratar de elaborar um esquema do estudo.
Quase sempre o esquema dá motivo a novas discussões. Essas, porém, não têm caráter
negativo quando se propõem a explicitar as ideias principais do trabalho, estimar a
correlação entre as partes, julgar a propriedade da argumentação e assim por diante. O
resultado final do estudo será sempre mais compensador, produtivo e eficiente se, ao
debater o trabalho, o grupo não se restringir aos limites da tarefa proposta mas, tomado de
impulso, alcançar além do texto básico e adotar uma posição crítica em sua análise.
É evidente que tudo isso não passa de uma visão genérica do trabalho de grupo. Essa
orientação serve apenas de base e poderá ser adaptada às tarefas e condições requeridas
por determinadas disciplinas de diferentes áreas de conhecimento. E seja como for, as
normas de atitude e conduta aqui expostas são defendidas por numerosos autores e
resultam da acurada observação de incontáveis experiências bem sucedidas, nas quais as
reuniões de grupo demonstraram extraordinária eficiência.
RESUMO ESQUEMÁTICO
1. O grupo deve reunir seis ou sete pessoas que tenham certa facilidade de comunicação
entre si e possibilidades reais de encontrarem-se fora da escola.
2. Todos os componentes do grupo devem ter igual disposição para a realização do
trabalho coletivo.
3. As tarefas do estudo devem ser distribuídas equitativamente entre todos os membros
do grupo.
4. O grupo deve eleger um de seus membros para coordenar suas atividades.
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QUALIDADES DE UM BOM MEMBRO DE GRUPO
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QUESTÕES DE AUTO-AVLIAÇÃO
Se você compreendeu o que foi dito neste capítulo, tente responder às questões
apresentadas abaixo. Para melhor aproveitamento, selecione algumas como tema de um
trabalho ou de discussão com alguém.