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1.

Marque na letra sons: /s/, /z/, /ẽi/, /y/, /sh/, /tchi/,


/te/, /dyi/, /de/, /u/ y /i/ final de palabra, /u/ final de
sílaba y palabra
2. Ouça a música e compare os sons marcados
VAI PASSAR
Chico Buarque de Hollanda
Vai passar Levavam pedras feito
Nessa avenida um samba penitentes
popular Erguendo estranhas catedrais
Cada paralelepípedo E um dia, afinal
Da velha cidade Tinham direito a uma alegria
Essa noite vai fugaz
Se arrepiar Uma ofegante epidemia
Ao lembrar Que se chamava carnaval
Que aqui passaram sambas O carnaval, o carnaval
imortais (Vai passar)
Que aqui sangraram pelos
nossos pés Palmas pra ala dos barões
Que aqui sambaram nossos famintos
ancestrais O bloco dos napoleões
retintos
Num tempo E os pigmeus do bulevar
Página infeliz da nossa Meu Deus, vem olhar
história Vem ver de perto uma cidade
Passagem desbotada na a cantar
memória A evolução da liberdade
Das nossas novas gerações Até o dia clarear
Dormia
A nossa pátria mãe tão Ai, que vida boa, olerê
distraída Ai, que vida boa, olará
Sem perceber que era O estandarte do sanatório
subtraída geral vai passar
Em tenebrosas transações Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
Seus filhos O estandarte do sanatório
Erravam cegos pelo geral
continente Vai passar
Análise da letra
 escrita em meados da década de 80, num período conturbado da história
brasileira que foi o fim da ditadura militar.

 A letra faz uma crítica veemente ao Estado e ao período colonial brasileiro. Faz
um enredo sobre a história do Brasil desde tal período com o “descobrimento”
do Brasil até a ditadura militar em 1984.  

 trechos da letra:

“Que aqui sangraram pelos nossos pés, que aqui sambaram nossos
ancestrais, num tempo página infeliz da nossa história...”
faz uma referência ao período da escravidão vivenciada no Brasil
a exploração da mão-de-obra escrava pelos portugueses
.
“levavam pedras feito penitentes, erguendo estranhas catedrais” 
se refere à imposição ao negro de uma cultura não vivenciada por eles, sendo
imposta pelos portugueses.

“palmas pra ala dos barões famintos, o bloco do napoleões retintos e os


pigmeus do boulevard” 
demonstra uma crítica aos colonos, a elite portuguesa e quem mantinha o
poder na época.

“Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar a evolução da
liberdade até o dia clarear”.
a letra da música se mescla entre o período colonial brasileiro e com o período
de opressão da ditadura militar, A liberdade obtida tanto pela alforria da
escravatura quanto pelo período pós-ditadura, como exposto no seguinte
trecho da música: 

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