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54 CAPÍTULO 8.

CONVERSORES CC-CC NÃO-ISOLADOS

1 Vo (Vi M AX − Vo )
LM I N Ê (8.27)
2I oC R I T f s Vi M AX
Usando-se o valor médio da indutância calculado garantirá o MCC para uma corrente de saída
acima do valor crítico I oC R I T .

8.3 Conversor Boost - (elevador)


No conversor boost, o valor médio da tensão de saída será sempre igual ou maior que a tensão
média de entrada.

Figura 8.8: Topologia do conversor boost

Quando a chave s é ligada, o diodo D fica reversamente polarizado, a tensão Vi carrega o indu-
tor L. Quando a chave s é aberta, a saída recebe energia do indutor bem como da entrada, assim
tem-se o aumento da saída.

Figura 8.9: Circuito equivalente nos estágios tON (à esquerda) e tOF F (à direita)

8.3.1 Modo de condução contínuo


Quando a chave estiver fechada, a tensão no indutor será v L = Vi e sua corrente crescerá linear-
mente.
Quando a chave s é aberta, a energia armazenada em L é transferida para C e sua tensão será
v L = Vi − Vo . No regime permanente a tensão média no indutor é zero, logo as áreas A e B são
iguais. Desta forma, tem-se:

Vi tON = −(Vi − Vo )(T s − tON ) (8.28)


1
Vo = V (8.29)
tON i
1−
Ts
1
Vo = Vi (8.30)
1−D

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8.3. CONVERSOR BOOST - (ELEVADOR) 55

Figura 8.10: Gráfico da tensão e da corrente no indutor no MCC

Como 0 É D É 1, tem-se que Vo Ê Vi


Para o circuito ideal tem-se:

Po = Pi (8.31)
Vo I o = Vi I i (8.32)
Vi
I o = Vi I i (8.33)
1−D
I o = I i (1 − D) (8.34)

8.3.2 Modo de condução descontínuo


Observa-se que o valor médio da corrente de saída é o valor média da corrente do diodo D. Se a
corrente média de saída for reduzida abaixo de um valor crítico, a corrente do indutor será zero
durante uma porção do período de chaveamento. Esta corrente se manterá um zero até o início
do próximo período de chavemanto.

Figura 8.11: Gráfico da tensão de saída e da corrente no indutor no MCD

A corrente no indutor cresce durante o estágio ON, o seu ripple:

Vi Vi
∆i L = tON = DT s (8.35)
L L
Durante o estágio OFF.

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56 CAPÍTULO 8. CONVERSORES CC-CC NÃO-ISOLADOS

(Vi − Vo ) Vo − Vi
∆i L = − tOF F = δ1 T s (8.36)
L L
Sabe-se que ∆i L + = ∆i L − = ∆i L . Assim:

∆i L + = ∆ i L − (8.37)
Vi Vo − Vi
tON = tOF F (8.38)
L L
tON + tOF F
Vo = Vi (8.39)
tOF F
D + δ1
Vo = Vi (8.40)
δ1

Calculando a corrente média de saída devido a uma carga R, que é igual à corrente média do
diodo D, que é a mesma no indutor durante tOF F = δ1 T s , tem-se:

Vo 1 ∆i L + δ1 T s
Io = ID = = (8.41)
R Ts 2
Substituindo ∆i L + , tem-se:
· µ ¶ ¸
Vo 1 1 Vi Vi Dδ1 T s
Io = = DT s δ1 T s = (8.42)
R Ts 2 L 2L

Resolvendo-se as equações (8.39) e (8.41) para δ1 e igualando-se as duas equações resultants,


a tensão de saída pode ser obtida para o MCD:
r
4K
1+ 1+
D2 2L
Vo = Vi , em que K = (8.43)
2 RT s

8.3.3 Indutância crítica

Figura 8.12: Valor crítico da corrente de saída

Vamos calcular o valor mínimo da indutância para manter o conversor operando no MCC.
Define-se I oC R I T como sendo a corrente mínima de saída para manter o MCC, a corrente média
mínima do indutor para manter o MCC é:

∆i L
ILM I N = (8.44)
2
A corrente média de saída equivale à corrente média no diodo. Assim, a relação entre a corrente
média no indutor e a de saída será:

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8.4. CONVERSOR BUCK-BOOST - (ABAIXADOR-ELEVADOR) 57

I L M I N tOF F = I oC R I T T s (8.45)
Calculando-se L de tal forma que a relação acima seja satisfeita. A pior condição (dando o
maior L m i n) é a máxima tensão de entrada, pois isto retorna o máximo ∆i L . Substituindo-se (8.43)
em (8.44) e usando ∆i L + , a indutância L M I N será:

∆i L
tOF F = I oC R I T T s (8.46)
2
Vi M AX tON
tOF F = I oC R I T T s (8.47)
2L M I N
1 Vi M AX tON tOF F
LM I N Ê (8.48)
2 I oC R I T T s

Substituindo os valores de tON e tOF F em (8.47), tem-se:

1 Vi2 (Vo − Vi M AX )
M AX
LM I N Ê (8.49)
2I oC R I T f s Vo2
Usando-se o valor médio da indutância calculado garantirá o MCC para uma corrente de saída
acima do valor crítico I oC R I T .

8.4 Conversor Buck-Boost - (abaixador-elevador)


O conversor buck-boost é uma conexão em cascata do buck com o boost. Desta forma, a tensão de
saída pode ser maior ou menor que a entrada.

Figura 8.13: Topologia do conversor buck-boost

No buck-boost a polaridade da tensão de saída é negativa em relação ao terminal comum da


tensão de entrada.

Figura 8.14: Circuito equivalente nos estágios tON (à esquerda) e tOF F (à direita)

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