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Caxias do Sul
2020
GIOVANNI MARINI BARCELOS
Caxias do Sul
2020
GIOVANNI MARINI BARCELOS
Aprovado em ___/____/____
BANCA EXAMINADORA
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Professor Orientador: Prof. Me. Rodrigo Brandt
__________________________________________
Professor Avaliador: Esp. ou Me ou Dr. Xxxx Xxxx
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Professor Avaliador: Esp. ou Me ou Dr. Xxxx Xxxx
Caxias do Sul
2020
AÇÕES PROPOSTAS NA REDUÇÃO DA EXPOSIÇÃO A
RADIAÇÃO IONIZANTE EM PROFISSIONAIS DO SETOR DE
HEMODINÂMICA
Rodrigo Brandt
Orientador: Prof. Me
rodrigobrandt@gmail.com
Rodrigo Brandt
Teacher Me Advisor
rodrigobrandt@gmail.com
Abstract: Work safety is inserted in all segments or branches of business, demonstrating its importance
in the preventive maintenance of employees’ health in different areas, preventing accidents at work
through measures that eliminate or minimize the risks inherent to the functions performed. This academic
work is exclusively focused on the hospital environment, specifically the hemodynamics service. The
sector in question is reference for the treatment of patients suffering from heart attacks, stroke and lower
limb thrombosis. Professionals in the sector are continually exposed to ionizing radiation, which according
to NR-32 is a physical risk agent, requiring exposure control and measures that contribute to the shortest
stay close to the tube emitting ionizing radiation. The work aims as the main objective to improve the
occupational safety conditions of health professionals exposed to ionizing radiation in a hemodynamics
sector. To obtain the results, observations were made in the work environment, data was collected and
subsequent suggestions and implementation of the improvement proposals. Finally, the effectiveness of
the proposed actions is proven through the registration of low dosimetry doses.
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 JUSTIFICATIVA
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 HISTÓRIA
São 700 mil vítimas não fatais anuais, contabilizados pelo INSS desde 2008, citados
como: acidentes típicos, de trajeto e doenças ocupacionais (SILVA et al., 2017).
dias, ou meses, ou até mesmo definitiva. Caso o funcionário não retorne as suas
funções de imediato ou até mesmo no dia seguinte caracteriza-se como acidente com
afastamento. Podendo resultar na incapacidade temporária, parcial e permanente ou
até total e permanente.
Peixoto (2011) traz:
a) Incapacidade temporária – como sendo a perda total da capacidade do
trabalho por um período limitado de tempo, nunca excedendo a um ano. É a
modalidade em que após o afastamento o colaborador volta as suas
atividades normais sem restrições;
b) Incapacidade parcial e permanente – relata como sendo a redução de
seu rendimento profissional. Exemplo: amputações de membros;
c) Incapacidade total e permanente – simplifica como a invalidez
permanente para a execução de suas funções.
Peixoto (2011), descreve como dias perdidos os que o acidentado não tem
condições de trabalho devido a circunstancias que incapacitaram o colaborador a
exercer as suas funções. A contagem dos dias perdidos ocorre de forma corrida, ou
seja, são contabilizados a partir do dia seguinte ao acidente incluindo os domingos e
feriados, até o dia que antecede seu retorno ao trabalho.
A CAT é um formulário que deve ser preenchido sempre que acontecer algum
acidente com o colaborador sendo nas dependências da empresa ou no trajeto de ida,
ou retorno ao trabalho. Sempre que ocorrer o acidente, a vítima devera o mais rápido
possível comunicar a empresa empregadora, para que as investigações acerca do
ocorrido sejam apuradas e esclarecidas, para que todas as medidas de correção e
prevenção se façam imediatamente tomadas, com o imediato socorro a o lesado
(PEIXOTO, 2011).
Seguindo ainda com Peixoto (2011), cabe a empresa a emissão da CAT em
no máximo de 24h (vinte e quatro) horas após o acidente, em caso de morte a CAT
deverá ser emitida imediatamente e a morte comunicada à autoridade policial.
Eventualmente a empresa não emita o formulário, o mesmo poderá ser emitido pelo
próprio acidentado, pelo médico que o atendeu, pelo sindicato da categoria ou
autoridade pública.
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doenças osteomusculares, dores nas costas, LER (lesões por esforço repetitivo) e
transtornos mentais. Na maioria das vezes as doenças ocupacionais não se
evidenciam de uma hora para outra e sim ao longo do tempo, até mesmo depois da
rescisão do vínculo empregatício dificultando a identificação das causas (BRASIL,
2017).
De acordo com Cavalcante et al. (2006), os riscos que os profissionais da
saúde estão expostos são resultantes do auxílio direto que prestam a pacientes com
diferentes graus de complexidade. A assistência promovida pelo profissional implica
na manipulação de equipamentos por vezes pesado, materiais perfuro cortantes,
contato com fluidos corporais, preparo de medicamentos, exposição à radiação
ionizante, manuseio e descarte de materiais potencialmente contaminados, turnos de
trabalho, tensão e sofrimento emocional procedente da perda de vidas. Fatores estes
que estimulam na probabilidade de acidentes de trabalho e afastamento por doenças
ocupacionais, assim, dificultando a organização do trabalho, rotinas dos serviços e
qualidade do serviço de saúde.
Ribeiro et al. (2007), salienta ainda que o acelerado ritmo de trabalho e
diversos outros procedimentos realizados pelas equipes de enfermagem caracterizam
o dia-a-dia do profissional, essa rotina contribui com cansaço, dores pelo corpo,
desânimo, favorecendo o aparecimento de doenças e acidentes no trabalho.
Martins, Alves e Dias (2020), aponta a importância de reconhecer os riscos
que a enfermagem está exposta, é o primeiro passo para a prevenção das ameaças.
Leva também em consideração, a importância do uso correto e adequado de EPI. A
importância da educação continuada e assistida para uso correto, manuseio de
equipamentos, manipulação correta de medicamentos, descartes de matérias perfuro
cortantes e contaminados.
Conforme Rocha (2016), a norma que rege o uso de EPI é a NR-6, essa norma
estabelece a obrigatoriedade das empresas a fornecer gratuitamente aos seus
empregados os equipamentos de proteção, sua manutenção e treinamentos quanto a
uso correto. Os modelos de EPI variam de acordo com a necessidade do ambiente de
trabalho ou dor riscos que envolve a atividade, bem como a região corporal a ser
protegida. Como o nome já sugere, o equipamento confere proteção individual e não
coletiva. Essa proteção se concentra para a cabeça, tronco, membros superiores
(braços), inferiores (pernas), à pele e aparelho respiratório. Tais EPI’s podem ser
representados na. Figura 2.
22
A norma NR-6 em seu item 6.3 determina que as empresas são obrigadas a
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5 METODOLOGIA
Segundo Gil (2008), a ciência tem por seu principal objetivo a veracidade dos
eventos, nesse sentido não a torna diferente de outras formas de conhecimento, e sim
o que a difere é a busca pela verificabilidade dos acontecimentos. Para que o
conhecimento seja classificado como cientifico é necessário a identificação das
operações mentais e técnicas para a sua apuração, ou seja, verificar os métodos que
possibilitem a chegada a tal conhecimento.
Para esse trabalho determinou-se a pesquisa bibliográfica, segundo Gil (2008),
esse método de pesquisa é desenvolvido a partir de ferramentas já elaboradas,
constituindo-se principalmente de livros e artigos científicos. Boa parte de estudos
exploratórios podem ser definidos como pesquisas bibliográficas. Tendo como sua
principal vantagem o fato de permitir uma abrangência maior de determinado assunto
do que a pesquisa direta, não aprofundada. Vantagem essa particularmente
importante quando a pesquisa requer dados muito dispersos.
Mesmo com a vantagem apresentada esse modelo de pesquisa o escritor pode
comprometer a qualidade do trabalho caso não seja realizada uma pesquisa
detalhada das fontes de informações. Para redução dessa possibilidade o
pesquisador deve assegurar-se das fontes de onde os dados foram obtidos, analisar
cada informação encontrada confrontando com outras obras para descobrir
contradições desta forma obter respaldo em seu trabalho (GIL 2008).
Outro método será o comparativo que segundo autor Gil, (2008) resume-se na
investigação de dados ressaltando a diferença e semelhança entre eles, possibilitando
o estudo de dados separados pelo, espaço e tempo.
O serviço atualmente conta com uma equipe de: três técnicos em enfermagem
e uma enfermeira além do serviço de higienização e recepção em horário comercial.
Para a realização dos exames é acrescido à equipe um médico cardiologista
hemodinamicista e um médico anestesista, tratando-se de cateterismo cardíaco e
angioplastia de coronárias. Os exames realizados neste setor só são possíveis devido
à aquisição das imagens serem através da radiação ionizante.
A estrutura da hemodinâmica que serve para a base deste estudo é definida
da seguinte forma.
Os exames realizados na unidade são de origem ambulatorial (agendados) ou
em caráter de urgência (IAM infarto agudo do miocárdio). Os procedimentos
agendados são realizados com o total da equipe de enfermagem composta por
técnicos e enfermeira. Para a realização do exame é necessário um técnico para
instrumentar o procedimento, esse profissional permanece no perímetro critico de
radiação ionizante junto ao médico cardiologista durante todo o exame. Necessário
ainda outro técnico para a função que é denominada como circulante, essa função é
exigida para que possa ser abertos materiais não previstos durante a execução do
procedimento, podendo ou não permanecer na área crítica durante o procedimento.
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0,8
Dosimetria em mSv
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses ano (2019)
interpretação dos gráficos foram contados o número de exames que cada profissional
instrumentou denominado como: A, B e C, não havendo o controle de quem estava
circulando a sala ou onde ficavam posicionados durante o exame, na Figura 11
demonstra o atual cenário.
Com a análise do gráfico 2, observa-se que no mês de janeiro o profissional
instrumentou 10 exames e obteve uma dose de dosimetria 0,2mSv, já no mês seguinte
teve um aumento expressivo do número de exames e uma baixa da dosimetria
registrada sendo 0,1mSv. Demostrando a falta de proporcionalidade entre o número
de exames e dose mensurada de dosimetria, o mês de junho não houve registro de
dosímetros pela empresa Sapra.
12
10
5
4
0,2 0,1 0 0 0 0
10
5
4
1,6 1
0,3 0 0 0 0,3 0
12
falta de uma escala que defina a ordem de trabalho para os profissionais, foi
observado o comportamento inadequado dos profissionais durante a realização dos
exames, diversas vezes a distância de 2 metros não era respeitada. O uso incorreto
do dosímetro também foi um agravante para os resultados, quando usados, eram
postos entre o corpo do usuário e o avental plumbífero desta forma o avental “protege”
o dosímetro de realizar a leitura.
0 0 0,1 0,1
9
8
10
0,366666667
11
0,175
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
8 REFERÊNCIAS
ALVES, Alice dos Santos: Estudo dos Agentes de Risco Ocupacional e Seus
Prováveis Agravos a Saúde Humana, São Paulo: Instituto de Pesquisas
Energéticas e Nucleares, 2015. 106 p.
5
BRASIL. Ministério da Economia: Secretaria de Inspeção do Trabalho. Norma
Regulamentadora N. º 32 – Segurança E Saúde No Trabalho Em Serviços De
Saúde. Brasília, DF, 2019. Disponível em:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-32.pdf .Acesso
em: 22/08/2020.
6
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego: Superintendência Regional do Trabalho
e Emprego do Rio Grande do Sul. Análises de acidentes do trabalho fatais no Rio
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COREN SP (São Paulo). NR 32. São Paulo: Coren Sp, 2010. 100 p. Disponível em:
https://portal.corensp.gov.br/wpcontent/uploads/2010/01/livreto_nr32_0.pdf. Acesso
em: 29 jun. 2020.
FILHO, Pedro et al. Guia Técnico para Análise de Dados de ADRT com Tabwin.
Rio de Janeiro: Svs/ses-rj, 2019. 82 p. Disponível em:
http://www.rio.rj.gov.br/documents/73801/c82daf45-e417-470e-b732-32c5c34d1aec.
Acesso em: 25 jun. 2020.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo:
Editora Atlas, 2008. 220 p. Disponível em:
https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/gil-a-c-mc3a9todos-e-tc3a9cnicas-de-
pesquisa-social.pdf. Acesso em: 06 jun. 2020
MARTINS, Kállyta Ferreira; ALVES, Maelly Santos; DIAS, Adriana Keila. Qualidade
de Vida no Ambiente Hospitalar dos Profissionais de Enfermagem. Amazônia
Science And Health, [s.l.], v. 8, n. 1, p. 37-54, 31 mar. 2020. Amazônia: Science and
Health. http://dx.doi.org/10.18606/2318-1419/amazonia.sci.health.v8n1p37-54.
PINTO, Balthazar Marco Antono et al. Gestão dos Riscos Ocupacionais nos
Serviços Hospitalares: Uma análise reflexiva. 1. ed. Recife: UFPE, 2017. 11 p.