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23/10/2016

INSPEÇÃO E AUDITORIA
EM
EDIFICAÇÕES PREDIAIS

- Exposição dos serviços de engenharia diagnóstica mais usuais em edificações


condominiais, envolvendo as principais exigências técnicas legais, as convenções e
regimentos internos dos condomínios edilícios;

- Apresentação de casos práticos.


(2ª edição – 10/2016)

professor
Engº Marco Antonio Gullo
especialista em perícias de engenharia

SERVIÇOS DIAGNÓSTICOS USUAIS EM EDIFICAÇÕES PREDIAIS

1. Avaliação da legalidade para as alterações sofridas nas fachadas e nas áreas de uso comum;
2. Investigação do nexo causal para os vazamentos presentes no interior da edificação, objetivando
a apuração das responsabilidades (condomínio ou unidade autônoma);
3. Investigação do nexo causal para as ocorrências incidentes nas fachadas (desplacamento e
descolamento cerâmico, destacamento de argamassa, degradação da estrutura);
4. Investigação das anomalias construtivas e não conformidades técnicas legais face as obrigações
contratuais no decorrer do prazo de garantia construtiva;
5. Estudo dos espaços existentes nos estacionamentos em subsolos;
6. Verificação de obediência às exigências técnicas impostas pela Legislação de Acessibilidade;
7. Investigação do nexo causal entre as anomalias construtivas existentes na edificação e a
execução de obra vizinha;
8. Averiguação da deficiência acústica (ou nível de ruído propagado) entre unidades autônomas ou
envolvendo as instalações prediais.

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Objetivos da contratação dos serviços diagnósticos prediais


• investigação das origens e causas responsáveis pelas manifestações patológicas.

• Avaliação das correções construtivas nos procedimentos executivos adotados nas obras de adequação,
ampliação, reparação e manutenção da edificação.

• Avaliação da legitimidade das obras promovidas pelo Condomínio ou por Unidade Autônoma, face à
Convenção do Condomínio e Regimento Interno.

Finalidades da contratação dos serviços diagnósticos condominiais

• Definição das responsabilidades pelas anomalias apresentadas na edificação

• Norteamento ou definição dos procedimentos executivos para execução de obras e serviços

• Fazerem-se cumprir as regras estipuladas pelas Convenções Condominiais e Regimentos


Internos

COMPARTIMENTOS INSPECIONADOS NOS EDIFÍCIOS

• FACHADAS

• SUBSOLOS (garagens, casa de máquinas, casa de bombas, reservatórios, depósitos


privativos e funcionais)

• TÉRREO (saguões de entrada, copa e refeitório, dependências dos funcionários,


dependências de esporte e lazer)

• HALLS E ESCADARIAS

• UNIDADES AUTÔNOMAS

• ÁTICO (casa de máquinas, casa de bombas e laje de cobertura)

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PRINCIPAIS NÃO CONFORMIDADES


PROJETOS APROVADOS DE PREFEITURA

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


PROJETOS APROVADOS

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS

A valorização dos terraços nos recentes


empreendimentos imobiliários, fazendo
destes espaços verdadeiras salas de estar ou
áreas completas de lazer, contendo
churrasqueiras, banheiras de hidro-massagem
e até mesmo piscina, criou um compartimento
adicional para o perito de engenharia
investigar diversos elementos construtivos em
favor da segurança e resguardo da vida útil da
edificação, ao mesmo tempo que certifica o
cumprimento às convenções condominiais e
às exigências legais do Capítulo 7 do Código
Civil, responsável por reger os Condomínios
Edilícios.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / alteração

Artigo 1.336 da LEI nº 10.406, de 10


de Janeiro de 2002 (NOVO CÓDIGO
CIVIL)

São deveres do condômino:

III - não alterar a forma e a cor da


fachada, das partes e esquadrias
externas;

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / alteração

SITUAÇÃO AVALIADA: FECHAMENTO EM VIDRO COM ALTERAÇÃO DA FACHADA

SITUAÇÃO - ampliação da sala de estar mediante conjugação do terraço


- remoção das portas do terraço e das requadrações dos caixilhos
- alteração dos acabamentos das paredes e teto do terraço
- substituição do piso impermeável do terraço por piso em madeira
- aumento da área construída daquela registrada na P.M.S.P
- cortinas, painéis, persianas instaladas junto à grade do terraço

SIMULAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO ADMISSÍVEL: FECHAMENTO EM VIDRO SEM ALTERAÇÃO


DA FACHADA

- manutenção do compartimento do terraço


- manutenção das portas do terraço e das requadrações
- manutenção dos acabamentos das paredes e teto do terraço
- manutenção de piso lavável do terraço
SIMULAÇÃO
- manutenção da área construída registrada na P.M.S.P
- cortinas, painéis, persianas instaladas detrás das portas do terraço

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / alteração

O tipo de modificação sofrida pela


edificação, além de desvalorizar as
unidades autônomas, decorrente da
aparência heterogênea ao serem
removidos alguns caixilhos da fachada,
impossibilita o livre acesso do Condomínio
para a manutenção das prumadas das
águas pluviais, bem como dos
revestimentos externos, a exemplo da
pintura, pastilhas cerâmicas, lambris em
madeira dos forros e em muitos casos
também dos gradis integrantes dos
guarda-corpos.

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / segurança guarda-corpo

O principal elemento construtivo a ser inspecionado nos


terraços prediais é o guarda-corpo, para garantia da
segurança contra a queda dos usuários. Para tanto,
deve-se verificar a existência de folgas ou oscilação dos
peitoris após o emprego de esforços horizontais, bem
como a aparente solidez dos elementos que compõem
os guarda-corpos. Seguindo esta linha, os painéis de
fechamento confeccionados em vidro temperado devem
ser rejeitados, em decorrência da possibilidade do
rompimento espontâneo ou acidental, permitindo a
queda do agente causador.
Este gravíssimo defeito de construção, é condenado pela Além da exigência técnica envolvendo o tipo
NBR 7199/1989 “PROJETO, EXECUÇÃO E APLICAÇÕES DE de vidro, a NBR 14.718 “GUARDA CORPOS
VIDROS NA CONSTRUÇÃO CIVIL”, mais especificamente o
item 4.7.2.1.q) por determinar: “acima do pavimento PARA EDIFICAÇÃO”, em vigência após 31 de
térreo, as chapas de vidro, quando dão para o exterior e agosto de 2001, não admite a queda de
não tem proteção adequada, só podem ser colocadas a painéis ou a ruptura de qualquer componente
1,10m acima do respectivo piso; abaixo desta cota, que implique em risco de queda do agente
quando sem proteção adequada, o vidro deve ser de
causador, ratificando a necessidade da
segurança laminado ou aramado......”
substituição do vidro.

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NBR 7199/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / segurança guarda-corpo

Visando a obediência normativa voltada à impingir maior


segurança aos usuários, em especial das famílias que
H min = 1,10 M
possuem crianças, o perito de engenharia deve apurar
algumas medidas para evitar que as muretas ou barras
H min = 0,90 M
integrantes dos gradis possam ser utilizadas como degraus
ou bases de apoio, condição capaz de reduzir a altura do
guarda-corpo em quase 80 centímetros e desta forma
colocar em risco a vida usuário. Esta falha na concepção e d <= 0,11 cm

construção dos guarda-corpos é condenada pelo item 0,20 m < h < 0,80 m

4.3.1.2 da NBR 14.718/2001 “GUARDA CORPOS PARA


EDIFICAÇÃO”, por exigir altura mínima de gradil no guarda
h >= 0,80 m ou h= < 0,20
corpo de 0,90 m, quando existir mureta no embasamento m
com altura entre 0,20 m e 0,80 m.

Inexistindo mureta sob os gradis ou se a mesma possuir a Outra importante determinação da mesma
altura inferior/igual à 0,20 m ou superior/igual à 0,80 m, norma, para novamente assegurar a vida de
a altura total mínima do guarda-corpo, medido do piso crianças pequenas, é a exigência de que o
vão entre os perfis do gradil não ultrapasse
até o topo do gradil, deverá ser de 1,10 m.
à 11 cm.

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NBR 14.718/2000

Ainda com relação aos guarda-corpos dos terraços com fechamento em chapas de vidro, vale
ressalvar a importância da fixação destes elementos com os caixilhos, regida pela NBR 7199/1989
“PROJETO, EXECUÇÃO E APLICAÇÕES DE VIDROS NA CONSTRUÇÃO CIVIL”

MEDIDAS P/ REBAIXO
FECHADO
p = semi-perímetro do vidro
p < 2,5m  H = 12mm
FLa FLp 2,5m < = p < 5,0m  H = 16mm
5,0m < = p < = 7,0m  H = 20mm
e p > 7,0m  H = 25mm
C mim = 5 mm
FLa = folga lateral anterior
FLb = folga lateral posterior E = encosto
C = espessura do calço Rm = rebaixo menor
L = largura do rebaixo
e = espessura do vidro RM = rebaixo maior

EM
RM = H

Em E = encosto
Rm
C = Fb
Fb = folga de bordo
Rm = rebaixo menor
L RM = rebaixo maior

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / segurança guarda-corpo

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / segurança guarda-corpo

Item 4.3.4.4 da NBR 14.718/2001

Recomenda-se ainda verificar se a profundidade mínima de


penetração dos elementos de fixação (ancoragens) ao concreto não
seja inferior a 90 mm, independentemente da espessura dos
revestimentos (pedra, argamassa, etc).

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NBR 14718/2008

NBR 14718/2008

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / segurança guarda-corpo

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


GENÉRICO GUARDA-CORPO

Na face interna do guarda-corpo não é permitida a utilização de componentes que facilitem a


escalada de crianças (ornamentos e travessas que possam ser utilizados como dregraus).

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ENSAIOS E TESTES / segurança guarda-corpo

Esforço estático horizontal

Qualquer tipo ou modelo de guarda-corpo, quando submetido a esforços estáticos horizontais deve
atender aos requisitos indicados a seguir:
a) Não deve apresentar ruptura de qualquer de seus componentes.
b) Não deve ocorrer afrouxamento ou destacamento de componentes e dos elementos de fixação.
c) A deformação sob carga (deslocamento do peitoril) não deve superar L/250, sendo L o vão
considerado para ensaio.
d) A deformação residual deve ser limitada a L/1000 ou 3 mm,sendo L o vão considerado para ensaio.

NBR 14718/2008

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ENSAIOS E TESTES / segurança guarda-corpo

Esforço estático vertical

Qualquer tipo ou modelo de guarda-corpo, quando submetido a esforços estáticos verticais deve atender
aos requisitos indicados a seguir:
a) Não deve apresentar ruptura;
b) Não deve ocorrer afrouxamento ou destacamento de componentes e dos elementos de fixação.
c) A deformação sob carga (deslocamento do peitoril) não deve superar L/250, sendo L o vão
considerado para ensaio.
d) A deformação residual deve ser limitada a L/1000 ou 3 mm, sendo L o vão considerado para ensaio.

NBR 14718/2008

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ENSAIOS E TESTES / segurança guarda-corpo

Resistência a impactos

Qualquer tipo ou modelo de guarda-corpo, quando submetido ao ensaio descrito no anexo C, da norma
NBR 14.718 deve atender aos requisitos indicados a seguir:
a) Não deve ocorrer ruptura ou destacamento das fixações;
b) Não deve ocorrer queda do painel ou de perfis, no caso de guarda-corpos do tipo gradil;
c) A ruptura de qualquer componente não deve implicar risco de queda do agente causador do impacto.
São tolerados:
a) Afrouxamento das fixações;
b) Deformações nos perfis constituintes do guarda-corpo e no peitoril, inclusive;
c) Ruptura do painel, desde que o mesmo permaneça no guarda-corpo.

NBR 14718/2008

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / segurança guarda-corpo

IMPORTANTE: A NBR 14718/2008 agregou importantes conceitos, tais como áreas de uso
privativo e coletivo, mureta, zona de recepção, zona de estacionamento precário e zona de
estacionamento normal, nível de circulação, altura de proteção normal e reduzida, além de
detalhes construtivos.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / segurança guarda-corpo

NBR 14718/2008:

NC = Nível de circulação  nível do piso de circulação das pessoas

H = Altura da parte superior do corrimão até o ponto mais alto da ZEN  maior ou igual a 1,0 m

ZR = Zona de Recepção  proximidade ao guarda-corpo que comporta as pessoas a serem protegidas (inclui ZEP e ZEN)

ZEN = Zona de estacionamento normal  proximidades ao guarda-corpo até 0,45 m acima do NC, área igual ou superior a (0,30 x 0,30) m²

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / segurança guarda-corpo

NBR 14718/2008:

ZEN  proximidades ao guarda-corpo até 0,45 m acima do NC, superfícies iguais ou superiores a (0,30 x 0,30) m2, podendo
incluir o espaço possível para colocar o pé abaixo da travessa c/ altura de vão > 3 cm, desde que exista a distancia >= 13cm
entre as faces internas do corrimão e da mureta

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / segurança guarda-corpo

NBR 14718/2008:

ZEP  proximidades ao guarda-corpo até 0,45 m acima do NC, área de piso que possibilita somente a permanência
temporária em equillíbrio, com dimensão < 30 cm e > = 13, podendo incluir o espaço possível para colocar o pé abaixo da
travessa c/ altura de vão > 3 cm.

APR = Altura de proteção reduzida  maior ou igual a 0,90 m, correspondente a altura da parte superior do corrimão até o
ponto mais alto da zona de estacionamento precário

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / segurança guarda-corpo

NBR 14718/2008:

APR (altura de proteção reduzida)  No caso de guarda-corpos em gradil, a altura mínima de 90 cm deverá ser medida da
travessa inferior

OBS: No caso de altura do degrau > 45 cm  inexiste ZEP e APR

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS / segurança guarda-corpo

NBR 14718/2008:

- É obrigatória a existência de guarda-corpos em qualquer local de livre acesso com desnível > 1,0 m

- Caso o desnível for vencido por rampa com ângulo < = 30° não é obrigatória a existência de guarda-corpos

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS – avaliação visual

Os desplacamentos das argamassas e das placas


cerâmicas nas fachadas constituem fenômenos
graves, na maioria previsíveis através das
inspeções visuais periódicas ou exames técnicos,
incluindo ensaios e testes laboratoriais.

Nas inspeções visuais, usualmente empregadas


para a formulação dos planos manutenção predial
(inspeções prediais) e para levantamento das
anomalias cobertas pela garantia de construção, o
perito deverá, numa primeira etapa, observar o
estado aparente de conservação, verificando a
existência de manchas, rachaduras/trincas ou
estufamentos, bem como detalhes construtivos
essenciais para a garantia do desempenho do
revestimento, tais como a planicidade, juntas de
dilatação e dessolidarização, tonalidade e tipo de
revestimentos empregados.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS – avaliação visual

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS – avaliação visual

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS – desplacamento / descolamento dos revestimentos

Os exames técnicos são utilizados para investigação das


origens e causas responsáveis pelas anomalias
construtivas, em especial os descolamentos e
desplacamentos das argamassas e placas cerâmicas ou
ainda para controle tecnológico durante a execução dos
revestimentos das fachadas.

O exame que possibilita o conhecimento da segurança


imediata contra a queda dos revestimentos é o ensaio à
percussão, traduzido na aplicação de golpes com
martelo não contundente, de forma repetitiva e com
intensidade controlada, possibilitando delimitar as áreas
onde os golpes produzem som “cavo”, característico de
camadas superficiais com deficiência de aderência com
seus substratos. A delimitação das áreas permite a
confecção de um mapeamento das regiões defeituosas
dos revestimentos, constituindo-se assim no mecanismo
primeiro para avaliação das fachadas, no aspecto de
segurança à vida humana.

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


FACHADAS – desplacamento / descolamento dos revestimentos

Posteriormente aos ensaios à percussão, deverão ser realizados os


ensaios de aderência das camadas dos revestimentos com os
substratos, responsáveis pela análise da resistência ao
arrancamento das placas cerâmicas ou das argamassas cimentícias,
constituindo-se no mecanismo principal para avaliação da efetiva
condição física da fachada.

Estes ensaios são regidos pelo anexo A da NBR 13755/1996


“Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas
e com utilização de argamassa colante – Procedimento -
Determinação da resistência de aderência de revestimento
cerâmicos assentados com argamassa colante” e pela NBR
13528/1995 ”Revestimento de paredes e tetos de argamassas
inorgânicas – Determinação da resistência de aderência à tração”

As referidas normas impõem que em superfícies a serem ensaiadas,


sejam apuradas no mínimo 6 resistências em pontos distintos, e que
no mínimo 4 dos 6 corpos de prova alcancem resultados de
resistência à tração com valores iguais ou superiores a 0,3 MPA.

NBR 13528 revisada em 2010

principais alterações:

 o número de amostras por testes foi aumentado de 6 para12

 único tipo de corpo de prova circular com 50 mm de diâmetro

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / estacionamentos

As garagens, da mesma forma que os terraços, representam fator primordial para o sucesso na comercialização
dos novos empreendimentos, já que o Mercado atual instituiu que para cada dormitório (ou suíte), necessita
haver uma vaga para estacionamento. Em razão desta exigência mercadológica, os espaços para manobra,
circulação e estacionamento devem ser cuidadosamente estudados, em atendimento ao capítulo 13.2 do Código
de Obras e Edificações, de acordo:

CAPÍTULO 13 - ESTACIONAMENTO
Os espaços para acesso, circulação e estacionamento de veículos serão projetados, dimensionados e executados
livres de qualquer interferência estrutural ou física que possa reduzi-los, e serão destinados às seguintes
utilizações:

a) particular - de uso exclusivo e reservado, integrante de edificação residencial unifamiliar;


b) privativo - de utilização exclusiva da população permanente da edificação;
c) coletivo - aberto à utilização da população permanente e flutuante da edificação.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / estacionamentos

13.2 - CIRCULAÇÃO

As faixas de circulação de veículos deverão apresentar dimensões mínimas, para cada sentido de
tráfego, de:

a) 2,75 m (dois metros e setenta e cinco centímetros) de largura e 2,30 m (dois metros e trinta centímetros) de
altura livre de passagem quando destinadas à circulação de automóveis e utilitários;

b) 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) de largura e 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros) de
altura livre de passagem quando destinadas à circulação de caminhões e ônibus.

13.2.1 - Será admitida uma única faixa de circulação quando esta se destinar, no máximo, ao trânsito de 60
(sessenta) veículos em edificações de uso habitacional e 30 (trinta) veículos nos demais usos.

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


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SUBSOLOS / estacionamentos

13.2.3 - As faixas de circulação em curva terão largura aumentada em razão do raio interno, expresso em
metros, e da declividade, expressa em porcentagem, tomada no desenvolvimento interno da curva, conforme
disposto na tabela 13.2.3.

13.2.3.1 - Deverá ser prevista concordância entre a largura normal da faixa e a largura aumentada necessária
ao desenvolvimento da curva.

13.2.3.2 - A seção transversal das rampas não poderá apresentar declividade superior a 2% (dois por cento).

(Rampas devem ter inclinação máxima de 20% para veículos em geral e 12% para caminhões e utilitários. Início
das rampas à 4,00 m do alinhamento)
13.3 - ESPAÇOS DE MANOBRA E ESTACIONAMENTO

13.3.1 - Os estacionamentos coletivos deverão ter área de acumulação, acomodação e manobra de veículos,
dimensionada de forma a comportar, no mínimo, 3% (três por cento) de sua capacidade.

(válido para mais de 100 vagas - prever e delimitar em planta a área de acomodação, correspondente a 2,50m²
por vaga, em espaços com largura mínima de 5,50m)

13.3.1.1 - No cálculo da área de acumulação, acomodação e manobra de veículos poderão ser consideradas as
rampas e faixas de acesso às vagas de estacionamento, desde que possuam largura mínima de 5,50 m (cinco
metros e cinqüenta centímetros).

13.3.2 - As vagas de estacionamento serão dimensionadas em função do tipo de veículo, e os espaços de


manobra e acesso em função do ângulo formado pelo comprimento da vaga e a faixa de acesso, respeitadas as
dimensões mínimas conforme Tabela 13.3.2.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / estacionamentos

TABELA 13.2.3 - LARGURA DA FAIXA DE CIRCULAÇÃO EM CURVA

automóveis e automóveis e
caminhões caminhões
% utilitários % utilitários
Raio 0a 5a 13 a Raio 0a 5a 13 a
até 12% até 12%
4% 12% 20% 4% 12% 20%

3,00 3,35 3,95 4,55 não permitido 9,50 2,75 2,75 3,25 4,60
3,50 3,25 3,85 4,45 não permitido 10,00 2,75 2,75 3,15 4,50
4,00 3,15 3,75 4,35 não permitido 10,50 2,75 2,75 3,05 4,40
4,50 3,05 3,65 4,25 não permitido 11,00 2,75 2,75 2,95 4,30
5,00 2,95 3,55 4,15 não permitido 11,50 2,75 2,75 2,85 4,20
5,50 2,85 3,45 4,05 não permitido 12,00 2,75 2,75 2,75 4,10
6,00 2,75 3,35 3,95 5,30 12,50 2,75 2,75 2,75 4,00
6,50 2,75 3,25 3,85 5,20 13,00 2,75 2,75 2,75 3,90
7,00 2,75 3,15 3,75 5,10 13,50 2,75 2,75 2,75 3,80
7,50 2,75 3,05 3,65 5,00 14,00 2,75 2,75 2,75 3,70
8,00 2,75 2,95 3,55 4,90 14,50 2,75 2,75 2,75 3,60
8,50 2,75 2,85 3,45 4,80 15,00 2,75 2,75 2,75 3,50
9,00 2,75 2,75 3,35 4,70

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / estacionamentos

TABELA - 13.3.2 - DIMENSÕES DE VAGAS E FAIXA DE ACESSO EM METROS

Faixa de
Vaga para Estacionamento Acesso à Vaga
Tipo de Veículo
Compri 0a 46 a
Altura Largura
mento 45º 90º
Pequeno 2,10 2,00 4,20 2,75 4,50
Médio 2,10 2,10 4,70 2,75 5,00
Grande 2,30 2,50 5,50 3,80 5,50
Deficiente Físico 2,30 3,50 5,50 3,80 5,50
Moto 2,00 1,00 2,00 2,75 2,75
Caminhão Leve (8t
3,50 3,10 8,00 4,50 7,00
PBT)

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / estacionamentos

TABELA 13.3.3 - PORCENTAGEM DE VAGAS EM FUNÇÃO DO TAMANHO E DO TIPO DE ESTACIONAMENTO

% Vagas Exigidas pela LPUOS


Estacionamento Pequena Média Grande
Particular - 100% -
Privativo 50% 45% 5%
Coletivo 50% 45% 5%

13.3.4 - Deverão ser previstas vagas para veículos de pessoas portadoras de deficiências físicas, bem como para
motocicletas, calculadas sobre o mínimo de vagas exigido pela LPUOS, observando a proporcionalidade fixada na
Tabela 13.3.4.
TABELA 13.3.4 - PORCENTAGEM DE VAGAS DESTINADAS A DEFICIENTES FÍSICOS E MOTOCICLETAS

Estacionamento Deficientes Físicos Motocicletas


Privativo Até 100 Vagas - 10%
Privativo Mais de 100 Vagas 1% 10%
Coletivo Até 10 Vagas - 20%
Coletivo Mais de 10 Vagas 3% 20%

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / estacionamentos

13.3.2.1 - À vaga, quando paralela à faixa de acesso ("baliza") será acrescido 1,00 m (um metro) no
comprimento e 0,25 m (vinte e cinco centímetros) na largura para automóveis e utilitários, e 2,00 m (dois
metros) no comprimento e 1,00 m (um metro) na largura para caminhões e ônibus.

13.3.2.2 - Será admitida somente a manobra de até dois veículos para liberar a movimentação de um terceiro.

13.3.3 - A quantidade de vagas para estacionamento de veículos em geral, estabelecida pela LPUOS, será
calculada sobre a área bruta da edificação, podendo ser descontadas, para este fim, as áreas destinadas ao
próprio estacionamento, devendo ainda ser observada a proporcionalidade fixada na Tabela 13.3.3.

Categorias
Número Mínimo de Vagas para Estacionamentos de Automóveis
de Uso

a) uma vaga por habitação com área edificada até 200 (duzentos) m²;
b) duas vagas por habitação com área edificada superior a 200 m² e
R1, R2 e R3
inferior a 500 m²;
c) três vagas por habitação com área edificada superior a 500 m².

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / estacionamentos

13.3.7 - Quando as vagas forem cobertas, deverão dispor de ventilação permanente garantida por aberturas,
pelo menos em duas paredes opostas ou nos tetos junto a estas paredes e que correspondam, no mínimo, à
proporção de 60 cm² (sessenta centímetros quadrados) de abertura para cada metro cúbico de volume total do
compartimento, ambiente ou local.

13.3.7.2 - A ventilação natural poderá ser substituída ou suplementada por meios mecânicos, dimensionados de
forma a garantir a renovação de cinco volumes de ar do ambiente por hora.

13.3.8 - Os estacionamentos descobertos com área superior a 50,00 m² (cinqüenta metros quadrados) deverão
ter piso drenante quando seu pavimento se apoiar diretamente no solo.

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/upload/pinheiros/arquivos/COE_1253646799.pdf

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / estacionamentos

L = 0,60 m

h = 2,05 m

largura útil perda

largura total

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / estacionamentos

h = 1,90 m

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / estacionamentos

D = 3,87 m

D = 4,28 m

L= 3,75 m

L= 3,48 m

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / estacionamentos

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / estacionamentos

EM = 4,50 m

EM = 3,50 m

L= 2,75m

L= 2,75m
L= 2,75m

R= 6,00m

R= 6,00m
R= 6,00m

vagas reprovadas

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23/10/2016

Espaço exigido p/ Espaço real


vaga Tamanho exigido Tamanho real confinamento classe
manobra manobra

1 G = 2,50x5,50 2,46x5,10 L= 1,95 à 2,23 5,5 superior P


2 M = 2,10x4,70 2,70x4,30 L= 2,33 à 2,53 5,0 superior
3 P = 2,00x4,20 2,00x4,70 L= 1,91 4,5 superior
4 P = 2,00x4,20 2,01x4,36 L=1,91 4,5 superior
5 P = 2,00x4,20 1,93x4,40 L= 1,83 4,5 4,10**
6 P = 2,00x4,20 1,92x4,34 L= 1,83 4,5 4,10**
7 P = 2,00x4,20 2,10x4,25 - 4,5 4,5
Vagas reprovadas 8 P = 2,00x4,20 2,06x4,34 - 4,5 4,5
9 P = 2,00x4,20 2,11x4,39 L= 1,93 / C=4,10 4,5 3,57
10 P = 2,00x4,20 2,13x4,34 L= 1,93 4,5 3,57
Vagas reprovadas, aptas à utilização
condicionadas à reclassificação do tamanho 11 P = 2,00x4,20 2,05x4,28 L= 1,94 4,5 superior
P original (de projeto) para pequeno 12 P = 2,00x4,20 2,11x4,27 Espaço p/ hidrante 4,5 4,77
13 P = 2,00x4,20 2,00x4,27 - 4,5 4,45
Vagas aprovadas 14 P = 2,00x4,20 2,11x4,27 L= 1,99 4,5 4,44
15 P = 2,00x4,20 2,12x4,27 - 4,5 4,24
16 P = 2,00x4,20 2,13x4,27 L=1,86 / C=3,00 4,5 4,14
Vagas reprovadas, aptas à utilização
condicionadas à reclassificação das 17 M = 2,10x4,70 1,96X4,84 - 5,0 4,38* P
respectivas vagas justapostas 18 M = 2,10x4,70 2,18X4,84 - 5,0 4,44* P
19 M = 2,10x4,70 2,23X4,84 L= 2,12 5,0 4,42* P
20 M = 2,10x4,70 2,23X4,84 L= 2,11 5,0 4,44* P
21 M = 2,10x4,70 2,12X4,84 L=2,00 5,0 superior P
22 M = 2,10x4,70 2,34X4,84 L=2,19 5,0 superior
23 M = 2,10x4,70 2,11x4,77 L=1,96 5,0 4,38* P
24 M = 2,10x4,70 2,21x4,76 L=2,18 5,0 4,44*
25 M = 2,10x4,70 2,10x4,76 L=2,12 5,0 4,42*
26 M = 2,10x4,70 2,24x4,74 L=2,11 5,0 4,44*
27 M = 2,10x4,70 2,12x4,74 L=2,00 5,0 superior P
28 G = 2,50x5,50 2,34x4,74 L=2,19 / C=4,07 5,0 superior
29 P = 2,00x4,20 2,13X4,34 Espaço p/ circulação 4,5 3,57

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / impossibilidade do uso privativo

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / infiltrações nas paredes (deterioração estrutural)

A infiltração d’água pelas paredes dos subsolos é


uma falha construtiva combatida pelo Código de
Obras do Município de São Paulo, mais
especificamente em seu item 9.2.2, por
determinar: “A parede que estiver em contacto
direto com o solo, ou aquela integrante de fachada
voltada para o quadrante sul, deverá ser
impermeabilizada”.

Corroborando com esta exigência Municipal, o


item 6.2.1.a da NBR 9575/2003
“IMPERMEABILIZAÇÃO – SELEÇÃO E PROJETO”,
prevê que “A impermeabilização deve ser
projetada de forma a: evitar a passagem
indesejável de fluídos nas construções, nas partes
que requeiram estanqueidade, podendo ser
integrado ou não outros sistemas construtivos,
desde que observadas normas específicas de
desempenho que proporcionem as mesmas
condições de impermeabilidade” .

A versão atualizada da NBR 9575 “IMPERMEABILIZAÇÃO – SELEÇÃO E


PROJETO”, publicada em 17/09/2010, não trouxe grandes alterações com
relação às orientações técnicas, contudo foi ampliada e agregou conceitos
fundamentais de impermeabilização.

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / infiltrações nas paredes (deterioração estrutural)

As infiltrações d’água pelas paredes dos sub-solos


construídas em cortinas de concreto armado ou
paredes diafragmas, ocorrem em razão das falhas
executivas durante a concretagem, decorrentes da
permanência de vazios no interior das paredes
(bicheiras), do aparecimento de juntas horizontais de
concretagem (no caso das cortinas) ou juntas
verticais (no caso das diafragmas, mais raras).

Atualmente, a maior parte das paredes dos subsolos


em contato com o solo não estão visíveis, mas sim
detrás de paredes em alvenaria ou de painéis pré-
fabricados, obrigando, em muitos casos, a solicitação
da realização de inspeção destrutiva para a
averiguação do estado de conservação da parede
que efetivamente possui a função de contenção do
solo.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / infiltrações nas paredes (deterioração estrutural)

Assim, sempre que houverem infiltrações ou


manchas características, cabe ao perito a solicitação
de aberturas ou remoção de pequenos trechos das
vedações sobrepostas às cortinas de concreto ou às
paredes diafragmas, permitindo averiguar as causas
responsáveis pelas anomalias, bem como verificar
se existem outras irregularidades construtivas que
possam reduzir a vida útil da estrutura, a exemplo
da exposição das armaduras ou até mesmo
rachadura capaz de comprometer a solidez
estrutural.

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / infiltrações nas paredes (deterioração estrutural)

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / infiltrações nas paredes (deterioração estrutural)

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / infiltrações nas paredes (deterioração estrutural)

Cabe alertar para situação habitualmente deparada pelo


perito, quando à ele cabe fiscalizar ou opinar sobre a
execução de tratamento para correção da deficiência na
estanqueidade das paredes dos subsolos e a metodologia
prevista contempla a inserção de drenos nas paredes para
direcionar a água “fora dos olhares dos moradores”. Este
procedimento, na maioria aceito sem quaisquer restrições
pelos gestores condominiais, poderá trazer conseqüências
ainda maiores para a degradação estrutural, uma vez que,
para o mecanismo de drenagem não degradar a estrutura,
deverá ser instalado tubo dreno, necessariamente por
detrás da cortina de concreto, e a face interna da
perfuração (para a passagem do tubo) deverá estar
suficientemente protegida contra o contato da água e ar
(condição ainda não vista pelo autor).

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / infiltrações nas paredes (deterioração estrutural)

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / infiltrações nas paredes (deterioração estrutural)

Da mesma forma que a construção do sistema de


drenagem não deve permitir que o interior do
concreto armado mantenha contato com a água
infiltrada, deve-se verificar qual a capacidade de
escoamento das calhas ou dos dutos de drenagem,
evitando o extravasamento d’água sobre o
pavimento.

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / infiltrações nas paredes (deterioração estrutural)

Não obstante o processo de corrosão do aço pela sua


despassivação, decorrente da diminuição do PH
causada pela lixiviação do concreto armado durante
a ação das águas subterrâneas infiltradas, não é raro
constatar inúmeros pontos de exposição da
armadura. Esta exposição da armadura aumenta o
potencial de corrosão, agravando ainda mais o
comprometimento da vida útil estrutural,
contrapondo-se por sua vez à NBR 6118/80
“PROJETO E EXECUÇÃO DE OBRAS DE CONCRETO
ARMADO” em seu item 6.3.3.1 por determinar:
“Qualquer barra da armadura, inclusive de
distribuição, de montagem e estribos, deve ter
cobrimento de concreto pelo menos igual ao seu
diâmetro, mas não menor que: “c) para concreto em
contato c/ o solo 3,0cm.”.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


deterioração estrutural

NBR 6118/03 “PROJETO E EXECUÇÃO DE OBRAS DE CONCRETO ARMADO

classe de classificação geral risco de


agressividade agressividade do tipo de ambiente deterioração
ambiental para efeito de projeto da estrutura
I FRACA RURAL insignificante
SUBMERSA
II MODERADA URBANA´¹`´²` pequeno

III FORTE MARINHA´¹` grande

INDUSTRIAL´¹` ´²`

IV MUITO FORTE INDUSTRIAL´¹` ´³` elevado


RESPINGOS DE MARÉ

´¹` pode-se admitir um micro clima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) para ambientes
internos secos (salas, dormitórios, cozinhas, banheiros e áreas de serviço de apartamentos residenciais e
conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido de argamassa e pintura).

´²` pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em: obras em regiões de clima seco,
com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em ambiente
predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente.

´³` ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indústrias de


celulose e papel, armazens de fertilizantes, indústrias químicas.

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23/10/2016

35
23/10/2016

NBR 6118/2014

NBR 6118/03 NBR 6118/14

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / deterioração da pavimentação e da laje

A degradação percebida diretamente nas lajes dos pisos dos


subsolos, provém, mais recentemente, da concepção
construtiva utilizada para a moldagem do concreto armado,
denominada “Laje Zero”, ao permitir igualar o nível final
acabado à superfície do próprio piso e conseqüentemente
eliminar a execução do piso cimentado.

Esta configuração construtiva confere características físicas


desfavoráveis à manutenção da vida útil estrutural da laje,
uma vez que inexiste o necessário caimento para os ralos, o
desgaste superficial dá-se na própria laje, as trincas e
rachaduras ficam expostas diretamente à atmosfera
(saturada por gás carbônico dos escapamentos dos
veículos) e à penetração d’água de lavagem (contaminada
por produtos químicos e sujidade).

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / deterioração da pavimentação e da laje

Outra anomalia, habitualmente presenciada nas


edificações nesta última década, trata-se do desgaste
superficial do piso, denotando a sua deficiência na
capacidade de resistir ao tráfego de veículos e à
impactos devido a carga e descarga de materiais, uma
vez que a sua resistência superficial deveria atender as
exigências técnicas previstas na Norma NBR
12.260/1990 “EXECUÇÃO DE PISO, COM ARGAMASSA
DE ALTA RESISTÊNCIA”, a qual prevê, em seu item 3.2:
“Revestimento de superfícies de pisos, constituído por
uma argamassa de alta resistência mecânica, que tem
a finalidade principal de uniformizar a dureza
superficial do piso, atribuindo-lhe propriedades que
garantam sua resistência a esforços mecânicos de
abrasão e impacto”.

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23/10/2016

NBR 12.260/1990

NBR 12.260/2012

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / deterioração da pavimentação

O desgaste do acabamento do piso, causado pela pulverulência ou


friabilidade da superfície do concreto armado ou da argamassa
cimentícia, tem como origem o traço inadequado devido ao baixo
consumo de cimento, situação condenada pelo item 4.b) da
mesma NBR12.260/DEZ1990 “EXECUÇÃO DE PISO, COM
ARGAMASSA DE ALTA RESISTÊNCIA” ao exigir o consumo mínimo de
cimento de 320 kg/m³, bem como também o elevado fator água
cimento, onde a água migra para a superfície e evapora
posteriormente deixando o acabamento poroso e sem a resistência
adequada à abrasão, condição certamente presente em pisos
friáveis dos subsolos, onde os agregados finos se desprendem,
expondo os agregados graúdos e criando uma poeira incômoda na
garagem.

A exigência do consumo mínimo do cimento, quando avalia-se as


lajes acabadas em concreto, ou “laje zero”, também é imposta pela
NBR 12.655:2006 “CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND: PREPARO,
CONTROLE E RECEBIMENTO”, ao exigir o mínimo em 300 kg/m³ (p/
classe C10) ou 350 kg/m³ (p/ classes C10 ou C15 dosado em obra).

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23/10/2016

NBR 12260/2012 “EXECUÇÃO DE PISO, COM ARGAMASSA DE ALTA RESISTÊNCIA”

NBR 12255/2015 “CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND: PREPARO, CONTROLE E RECEBIMENTO”

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / deterioração da pavimentação

As trincas e rachaduras usualmente detectadas nas


superfícies das lajes zero, advindas na maior parte da
retração plástica (perda d’água de amassamento pelas
formas, agregados ou evaporação), do assentamento plástico
(por sedimentação do concreto / exsudação), da retração
hidráulica (perda d’água por evaporação da água de
amassamento), da retração térmica (dilatação pela elevação
da temperatura por hidratação do cimento e posterior
fissuração por resfriamento) ou ainda das ações físicas
atuantes, afetam a vida útil estrutural, conforme reza a NBR
6118/80 “PROJETO E EXECUÇÃO DE OBRAS DE CONCRETO
ARMADO”, item 4.2.2 “Estado de fissuração aceitável –
Considera-se que a fissuração é nociva quando a abertura das
fissuras na superfície de concreto ultrapassa os seguintes
valores: a) 0,1mm para peças não protegidas em meio
agressivo; b) 0,2mm para peças não protegidas em meio não
agressivo; c) 0,3mm para peças protegidas”.

(p/ NBR 6118/2003 (2007) CAA II e III Wk < = 0,3 mm)

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23/10/2016

NBR 6118/03

NBR 6118/03 NBR 6118/14

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / deterioração da pavimentação

A ausência de caimento d’água para o ralo participa


ativamente no processo de degradação superficial e de
redução da vida útil estrutural, contrapondo-se ao item
7.2.1 da NBR 6118/80 “PROJETO E EXECUÇÃO DE OBRAS
DE CONCRETO ARMADO”, confirmado pela versão mais
atualizada da mesma norma, renomeada para “PROJETO
DE ESTRUTURAS DE CONCRETO – PROCEDIMENTO”
(válida a partir de 2003), por exigir: “Deve ser evitada a
presença ou acumulação de água proveniente de chuva
ou de corrente de água de limpeza e lavagem, sobre as
superfícies de concreto armado”.

NBR 6118/80 = NBR 6118/04

NBR 6118/2014

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23/10/2016

NBR 6118/80 = NBR 6118/04

NBR 6118/2014

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / deterioração da pavimentação, laje e vigas

Como resultado das irregularidades construtivas


expostas anteriormente, as lajes dos subsolos
sofrem o processo gradual de deterioração do
concreto armado, observado numa primeira
etapa pelas manchas escuras (em tons
avermelhados) próximas às infiltrações d’água nos
tetos. Meses ou até mesmo anos após esta
manifestação patológica, ocorre discreta ruptura
da superfície da laje, decorrente da expansão da
barra de aço em processo de corrosão, até o
destacamento do seu cobrimento e conseqüente
exposição da armadura, deflagando-se portanto a
deterioração estrutural

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / deterioração da pavimentação, laje e vigas

Da mesma forma que as lajes, os pés dos pilares


podem sofrer o mesmo processo similar de degradação
estrutural, especialmente após anos de empoçamento
d’água no entorno dos mesmos. Esta degradação, por
incidir em elemento de suporte da edificação, deve ser
considerada mais grave e a recuperação estrutural
deste priorizada em relação aos demais elementos
estruturais, demonstrando mais uma vez que a adoção
da concepção construtiva “Laje Zero”, como piso
acabado em garagens, é extremamente nociva,
especialmente em compartimentos onde a lavagem dos
pisos é imprescindível por acumularem todo o tipo de
sujidade (poeira, barro, óleo, graxa e etc.) e onde a
concentração de gás carbônico é elevada.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / deterioração estrutural

As calhas (ou bandejas) instaladas abaixo das juntas de


dilatação ou das regiões afetadas por trincas ou rachaduras,
com o objetivo de captação da água de lavagem da
pavimentação superior para proteção dos veículos
estacionados, é uma prática nociva para a manutenção da
vida útil estrutural, observada até mesmo em edificações
recém entregues.

A impossibilidade de se conhecer o estado de conservação da


região ocultada pelas bandejas, cuja degradação pode se
apresentar acelerada face à permeabilidade e usual
deficiência no cobrimento das bordas das juntas de dilatação,
deve ser evitada, especialmente ao considerar a tradição dos
condomínios residenciais de execução dos reparos somente
após a evidência do dano, em completa oposição à NBR
5674/99 “MANUTENÇÃO DE EDIFICAÇÕES – PROCEDIMENTO”.

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / incorreções nas instalações

A NBR 5626/98 “INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA”, em seu item


5.6.2.1, exige: “Nos casos onde há necessidade de atravessar paredes ou
pisos através de sua espessura, devem ser estudadas formas de permitir
a movimentação da tubulação, em relação às próprias paredes ou pisos,
pelo uso de camisas ou outro meio, igualmente eficaz”.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / incorreções nas instalações

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / exemplos de correções nas instalações

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / exemplos de correções nas instalações

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES

SUBSOLOS / incorreções nas instalações

NBR 8.160/SET1999 “SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO


SANITÁRIO / PROJETO E EXECUÇÃO”, item 4.2.5.1: “O
coletor predial e os subcoletores devem ser de preferência
retilíneos. Quando necessários os desvios devem ser feitos
com peças com ângulo central igual ou inferior a 45º,
acompanhados de elementos que permitam a inspeção”.

NBR 10.844/DEZ1989 “INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUAS


PLUVIAIS” item 5.6.1.: “Os condutores verticais devem ser
projetados, sempre que possível, em uma só prumada.
Quando houver necessidade de desvio, devem ser usadas
curvas de 90º de raio longo ou curvas de 45º e devem ser
previstas peças de inspeção.”

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS – DEFEITOS ESTRUTURAIS

As aparentes perdas dos prumos nos pilares ou flexas nas vigas, anomalias usualmente observadas durante as
vistorias periciais, devem ser preliminarmente estudadas quanto a eventuais deslocamentos das formas de
concretagem, situações que podem simular excentricidades ou flexas. Caso as medidas dos desvios excederem l/500,
conforme prevê a NBR 14.931/2003 “ESTRUTURAS DE CONCRETO – EXECUÇÃO – PROCEDIMENTO” ou quando a
aceitabilidade sensorial causar “desconforto psicológico” previsto pelo item 13.4.3 da NBR 6118/2003 “PROJETO DE
ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO – PROCEDIMENTO”, o perito deverá fazer constar a necessidade da revisão no
cálculo do componente estrutural, verificando-se o afastamento das medidas em relação às hipóteses de cálculo
adotadas.

e = aprox. 3cm

H = aprox. 1m

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23/10/2016

NBR 14.931/2004

NBR 6118/2014

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / defeitos estruturais

Os aparelhos de apoio das vigas ou lajes, não


raramente mal posicionados ou inexistentes
sobre os consoles dos pilares, acarretam a ruptura
destes últimos, comprometendo a estabilidade
estrutural do elemento estrutural apoiado.

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES

SUBSOLOS / defeitos estruturais

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / defeitos estruturais

O “engarrafamento” das barras de aço entre o topo do pilar inferior e a base do pilar superior, muitas vezes
percebido pelas exposições das ferragens nos “pés” dos pilares, indicam que ocorreram desvios dos eixos
estruturais entre pavimentos adjacentes. Esta situação exigirá revisões das excentricidades limites e da
estabilidade estrutural, especialmente se verificada em mais de um pilar e em posições vizinhas.

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / reservatórios d’água

Os reservatórios d’água devem ser completamente


vedados, evitando a contaminação por qualquer tipo de
sujidade ou entrada de insetos e pequenos animais.
Esta exigência é prevista pelo Código Sanitário do
Estado de São Paulo, disposições do Decreto nº 12.342
de 27 de setembro de 1978, artigo 11o, “Os
reservatórios prediais deverão: I – ser construídos e
revestidos com materiais que não possam contaminar a
água II – ter a superfície lisa, resistente e impermeável
III – permitir fácil acesso, inspeção e limpeza V – ser
suficientemente protegidos contra inundações,
infiltrações e penetração de corpos estranho”.
Confirmando a ponderada exigência, o item 5.2.4.3 da
NBR 5626/98 “INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA”,
determina: “O reservatório deve ser um recipiente
estanque que possua tampa ou porta de acesso opaca,
firmemente presa na sua posição, com vedação que
impeça a entrada de líquidos, poeiras, insetos e outros
animais no seu interior”.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES

SUBSOLOS / reservatórios d’água

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES

SUBSOLOS / reservatórios d’água

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES

SUBSOLOS / reservatórios d’água

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / reservatórios d’água

Além da exigências técnicas e legais formuladas para a


preservação da potalidade da água reservada, vale
ressaltar que, nos casos dos reservatórios
posicionarem-se abaixo do nível da laje externa ou
abaixo do solo, deverá ser mantido espaço suficiente
para inspeção das paredes laterais, bem como no
fundo e teto destes compartimentos, evitando a
contaminação por infiltração de qualquer líguido, a
exemplo das pressões negativas do solo saturado
d’água. Estas exigências foram previstas no item
5.2.4.8 da NBR 5626/98 “INSTALAÇÃO PREDIAL DE
ÁGUA FRIA”, por especificar: “..., o reservatório deve
ser executado dentro de compartimento próprio, que
permita operações de inspeção e manutenção,
devendo haver um afastamento mínimo de 60 cm
entre as faces externas do reservatório (laterais, fundo
e cobertura) e as faces internas do compartimento.....”

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / reservatórios d’água

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / reservatórios d’água

À título de exemplo da necessidade de se proibir a


utilização das lajes de cobertura dos reservatórios
d’água como piso superior, deve ser considerada a
possibilidade do uso da pavimentação do 1º
subsolo como piso de depósito de lixo, posicionado
sobre o reservatório inferior localizado no 2º subsolo,
situação largamente presente nas perícias prediais em
condomínios residenciais.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / reservatórios d’água

As marcas retilíneas em tons avermelhados


dos tetos dos reservatórios, usualmente
acompanhadas da ferragem exposta e da
expulsão da camada mais externa do
concreto, constituem uma das anomalias mais
comuns nas edificações prediais, decorrentes
da agressividade do cloro diluído na água
potável e do cobrimento deficiente da
armadura da laje superior dos reservatórios,
representando dupla nocividade para o
Condomínio, em razão da contaminação da
água por traços de ferrugem e pela
aceleração da degradação estrutural da laje.

A necessidade da proteção contra este tipo de anomalia é determinada pela NBR 6118/1980 “PROJETO E
EXECUÇÃO DE OBRAS DE CONCRETO ARMADO” em seu item 6.3.3.1 por determinar: “Qualquer barra
da armadura, inclusive de distribuição, de montagem e estribos, deve ter cobrimento de concreto pelo
menos igual ao seu diâmetro, mas não menor que: “.......b) para concreto aparente: - no interior de edifícios
2,0cm c) ao ar livre 2,5cm.......”. Vale ressaltar que o cobrimento mínimo em lajes dos reservatórios, para a
versões atualizadas da NBR 6118 é de 4,5 cm.

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / reservatórios d’água

Tendo em vista o diminuto espaço deixado abaixo da laje de


fundo do reservatório, exigido para inspeção de acordo com
a NBR 5626/98 “INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA”, a
desforma dificilmente é realizada de forma plena,
remanescendo restos de madeira, fonte de alimento para a
formação de colônias de cupim.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


SUBSOLOS / reservatórios d’água

Item 5.6.7.1 da NBR 5626/98 “INSTALAÇÃO PREDIAL


DE ÁGUA FRIA”: “O reservatório deve ser instalado de
forma a garantir sua efetiva operação e manutenção, de
forma mais simples e econômica possível.”

L = aprox. 20 cm

L = aprox. 20 cm
h = aprox. 50 cm

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A NBR 5410 1997/2004 “INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO”, item 1.3.7/4.1.10,


exige que os componentes da instalação elétrica devem ser dispostos de forma a possuírem
espaços suficientes para a instalação ou substituição dos componentes e acessibilidade para
fins de serviço, verificação, manutenção e reparos”.

NBR 5410/97

NBR 5410/2008

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

d < 25 cm

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


CENTROS DE MEDIÇÃO / quadros de elétrica

Item 6.1.5.3.1 da NBR 5410/2004 “INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO” por prever:
“Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor neutro
deve ser identificado conforme essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser usada a cor
azul clara na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo
unipolar” (NBR 5410/2008 manteve o texto)

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


CENTROS DE MEDIÇÃO / quadros de elétrica

Fundo dos quadros de elétrica confeccionados em chapa


de madeira, contrapondo-se à NBR 5410/97 à NBR
5410/2004 “INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO”
item 5.2.2, em razão da norma proibir o uso de quadros
que contenham partes feitas de material combustível
como a madeira. (NBR 5410/2008 manteve a restrição)

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES

CENTROS DE MEDIÇÃO / quadros de elétrica

Ausência de proteção dos condutores metálicos


energizados dos quadros de elétrica, em oposição ao
item 1.3.1.1 “PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS DIRETOS”
da NBR 5410/1997 “INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA
TENSÃO”, em razão deste determinar que os animais e
as pessoas devem ser protegidos contra os perigos que
possam resultar de um contato direto com partes vivas
da instalação. Vale ressaltar que esta mesma norma,
atualizada em 2004 e 2008, considera que as massas
suscetíveis a energização também devem ser protegidas
contra o contato humano ou animal. Ressalva-se ainda
que o item 10.2.8 “MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA”
da Norma Regulamentadora NR10 igualmente condena
tal situação de risco.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES

CENTROS DE MEDIÇÃO / quadros de elétrica

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES

QUADROS DE ELÉTRICA

Item 5.1.2.5 da NBR 5410/97 (item 5.1.3.2 da 2004)


“INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO”, por
exigir a instalação de DRs (dispositivos residuais de
corrente de fuga) nos quadros dos disjuntores,
especialmente para os circuitos que protegem
cozinhas, copas, banheiros, áreas de serviço e áreas
externas. (NBR 5410/2008 manteve a exigencia)

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LOCAIS DE EXIGÊNCIA DO DR (NBR 5410/2008)

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES

subsolo / Instalações a gás combustível

NBR 14570/2000 “INSTALAÇÕES INTERNAS PARA USO ALTERNATIVO DOS GASES GN E GLP – PROJETO E EXECUÇÃO”,

item 4.3.2: “a) As tubulações devem ter um afastamento mínimo de 0,30 m de condutores de eletricidade se forem
protegidos por eletroduto, e 0,50 m nos casos contrários; b) ter material isolante elétrico quando do cruzamento de
tubulações de gás com condutores elétricos; c) ter um afastamento das demais tubulações suficiente para ser
realizada a manutenção das mesmas;” A NBR 15526/2007 “REDES DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA PARA GASES
COMBUSTÍVEIS EM INSTALAÇÕES RESIDENCIAIS E COMERCIAIS – PROJETO E EXECUÇÃO”, norma que substituiu a
NBR 14.570/2000, considera ainda que o afastamento de 30 cm somente deve ser empregado caso o eletroduto
não for metálico

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES

QUADROS DE ELÉTRICA

A NBR 5410 “INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO”, por determinar: “Os quadros de distribuição
destinados a instalações residenciais e análogas devem ser entregues com a seguinte advertência:
ADVERTÊNCIA - 1. Quando um disjuntor ou fusível atua, desligando algum circuito ou a instalação inteira, a
causa pode ser uma sobrecarga ou um curto-circuito. Desligamentos freqüentes são sinal de sobrecarga. Por
isso, NUNCA troque seus disjuntores ou fusíveis por outros de maior corrente (maior amperagem)
simplesmente. Como regra, a troca de um disjuntor ou fusível por outro de maior corrente requer, antes, a
troca dos fios e cabos elétricos, por outros de maior seção (bitola). - 2. Da mesma forma, NUNCA desative ou
remova a chave automática de proteção contra choques elétricos (dispositivo DR), mesmo em caso de
desligamentos sem causa aparente. Se os desligamentos forem freqüentes e, principalmente, se as
tentativas de religar a chave não tiverem êxito, isso significa, muito provavelmente, que a instalação elétrica
apresenta anomalias internas, que só podem ser identificadas e corrigidas por profissionais qualificados. A
DESATIVAÇÃO OU REMOÇÃO DA CHAVE SIGNIFICA A ELIMINAÇÃO DE MEDIDA PROTETORA CONTRA
CHOQUES ELÉTRICOS E RISCO DE VIDA PARA OS USUÁRIOS DA INSTALAÇÃO.”

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AFASTAMENTO MÍNIMO NA INSTALAÇÃO DE TUBOS DE GÁS – NBR 15.526/2007


TIPO REDE EM PARALELO CRUZAMENTO

Sistemas elétricos de potência em baixa tensão isolados em eletrodutos não metálicos (a) 30mm (b) 10 (com isolante) (b)
Sistemas elétricos de potência em baixa tensão isolados em eletrodutos metálicos ou sem
500mm (c)
eletrodutos (a)
Tubulação de água quente e fria 30mm 10mm
Tubulação de vapor 50mm 10mm
Chaminés 50mm 50mm
tubulação de gás 10mm 10mm
outras tubulações (águas pluviais, esgoto, 50mm 10mm
(a) cabos de tv, telefonia e telecontrole não são considerados sistema de potência
(b) afastamento somente para manutenção
(c) instalação elétrica protegida por eletroduto numa distância de 500mm de cada lado e
atender as recomendações para sistemas elétricos de potência em eletrodutos em
cruzamento

NBR 14570/2000  NBR 15526/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


subsolo / correções nas Instalações a gás combustível

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


subsolo / Instalações a gás combustível

Deverá ser evitado o contato das tubulações de gás com outros metais, evitando-se assim o processo da corrosão
galvânica. A substituída NBR 14570/2000 “INSTALAÇÕES INTERNAS PARA USO ALTERNATIVO DOS GASES GN E GLP –
PROJETO E EXECUÇÃO”, em seu ANEXO F previa: “Os materiais metálicos utilizados para conduzir gás combustível
especificados nesta norma, podem sofrer corrosão (tendência natural dos materiais voltarem ao seu estado
encontrado na natureza desprendendo energia), e por este motivo devem ser instalados adequadamente para
minimizar este fenômeno”. A NBR 15526/2007, “REDES DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA PARA GASES COMBUSTÍVEIS EM
INSTALAÇÕES RESIDENCIAIS E COMERCIAIS – PROJETO E EXECUÇÃO”, item 7.3.5 determina: “As tubulações... não
podem estar apoiadas, amarradas ou fixadas a tubulações existentes de condução d’água, vapor ou outros, nem a
instalações elétricas.” e o item 7.8.2 da mesma norma prevê: “As tubulações devem estar protegidas
convenientemente contra a corrosão, levando-se em conta o meio onde estão instaladas e o material da própria
tubulação e os contatos com os suportes”.

NBR 15526/2016

REDES DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA PARA GASES COMBUSTÍVEIS EM INSTALAÇÕES RESIDENCIAIS E COMERCIAIS


PROJETO E EXECUÇÃO

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


subsolo / corrosão galvânica

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / instalações a gás combustível

Grande parte das cozinhas dos salões de festas dos


edifícios periciados por este autor na Cidade de São Paulo,
possuem grave defeito nas instalações à gás combustível,
devido à ausência de ventilação permanente para a
atmosfera exterior.

A exigência da ventilação permanente para o exterior,


inequívoca para evitar acidentes, tais como explosões e
intoxicações, torna-se desapercebida até mesmo pelos
profissionais mais experientes, em razão de que alguns
ambientes abastecidos por gás combustível, embora
possam possuir janelas, ventilação dutada ou mecanizada,
perdem a aeração necessária pelo fechamento
involuntário da janela, por falha mecânica ou ainda pela
insuficiência na ventilação dutada.

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / instalações a gás combustível
Para evitar o risco de acidentes, a NBR 13103/2000 “ADEQUAÇÃO DE
AMBIENTES RESIDENCIAIS PARA INSTALAÇÃO DE APARELHOS QUE UTILIZAM
GÁS COMBUSTÍVEL” em seu item 3.1.4, determina: “Os ambientes que
contenham aparelhos de utilização a gás combustível devem possuir uma
área útil de ventilação permanente na proporção mínima de 1,5
cm²/kcal/min; constituídos por duas aberturas que devem ser executadas
conforme descrição a seguir: a) uma superior, comunicando o ambiente com
o exterior da edificação........... , situada a altura não inferior a 1,50m em
relação ao piso do compartimento, devendo-se adotar uma área mínima de
600 cm²; b) uma inferior, situada até o máximo de 0,80m de altura em
relação ao piso do compartimento. A abertura inferior deve possuir uma área
entre 25% e 50% da área total calculada, comunicando com o ambiente
exterior.”. Confirmando a obrigatoriedade do atendimento desta norma,
deve-se destacar que a seção 9.3 do Código de Obras e Edificações do
Município de São Paulo, exige: “Os ambientes ou compartimentos que
contiverem equipamentos ou instalações com funcionamento a gás deverão
ter ventilação permanente, assegurada por aberturas diretas para o exterior,
atendendo as N.T. da autoridade competente”. .

NBR 13103/2000
ADEQUAÇÃO DE AMBIENTES RESIDENCIAIS PARA INSTALAÇÃO DE APARELHOS
QUE UTILIZAM GÁS COMBUSTÍVEL

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NBR 13103/2013
INSTALAÇÃO DE APARELHOS A GÁS PARA USO RESIDENCIAL - REQUISITOS

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


Instalações a gás combustível

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23/10/2016

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / deterioração do revestimento da piscina

As manchas esbranquiçadas, frequentemente observadas nas


superfícies das paredes e muitas vezes também nos fundos
das piscinas, decorrem do fenômeno da eflorescência, em
razão do fluxo d’água nos interstícios da argamassa cimentícia
entre a impermeabilização e o revestimento cerâmico da
piscina.

Para evitar que exista a percolação d’água no interior da


argamassa nas paredes da piscina, responsável pelo
carreamento dos sais solúveis até o manchamento das
superfícies cerâmicas, o caimento da laje, no entorno das
bordas, deverá ser executado de modo a não permitir o fluxo da
água para o interior da piscina.

Tendo em vista a dificuldade de se manter a água distante das


bordas, algumas novas construções optaram pela execução de
pequena canaleta próxima ao entorno da piscina, propiciando
que as águas infiltradas sob as pedras do deck sejam
conduzidas para tubulação e descargas específicas.

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / deterioração da pavimentação

As deficiências nos caimentos das superfícies das pavimentações e


principalmente dos substratos (lajes), provocam a saturação d’água dos
interstícios das argamassas de assentamento ou dos pisos cimentados. Esta
saturação dissolve os sais de cálcio presentes na argamassa cimentícia,
fazendo com que a solução aquosa saturada aflore na superfície do
revestimento. Após a evaporação desta solução, os cristais dos sais
impregnam a superfície do revestimento, ocasionando um manchamento
esbranquiçado chamado de eflorescência.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / deterioração da pavimentação

A ocorrência da eflorescência nos pavimentos externos é


uma falha construtiva, cujos procedimentos construtivos
capazes de evitar o fenômeno são ditados no item 5.7 da
NBR 9574/SET1986 “EXECUÇÃO DE IMPERMEABILIZAÇÃO”,
por determinar: “toda superfície a ser impermeabilizada e
que se queira escoamento d’água deve ter um caimento
mínimo de 1,0% em direção aos ralos”.

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23/10/2016

NBR 9574/2008 EXECUÇÃO DE IMPERMEABILIZAÇÃO”

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / vícios construtivos

detalhe

item 4.2.1 da NBR 10844/89


“INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUAS
PLUVIAIS ” por exigir dos seus
componentes: “quando passíveis de
choques mecânicos, ser constituída de
material resistente a estes choques.”;

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / deterioração precoce do acabamento

Uso de material inadequado para o local, composto de isopor revestido com fina argamassa cimentícia
(Poliestireno com revestimento de poliéster e resina com base cimentícia), com baixa resistência à choques
mecânicos, não aconselhado para aplicação em fachadas baixas (abaixo de 1,80 m), onde a probabilidade do
choque é elevada. Vale ressaltar que o capítulo 9 do Código de Obras e Edificações de São Paulo, mais
precisamente o item 9.1, prevê: “O desempenho obtido pelo emprego de componentes, em especial daqueles
ainda não consagrados pelo uso, bem como quando em utilizações diversas das habituais, será de inteira
responsabilidade do Profissional que os tenha especificado ou adotado.”.

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / deterioração dos gradis
A adoção de perfis tubulares metálicos, em substituição aos perfis em ferro chato, procedimento largamente adotado
nestes últimos anos nas construções prediais, tem demonstrado rotineira deficiência na proteção contra corrosão, mais
especificamente junto às bases de chumbamento, pela impossibilidade da repintura protetora no interior dos tubos.
Para minimizar esta prejudicial situação e conferir maior vida útil aos gradis, a NBR 14718/2001 “GUARDA-CORPOS PARA
EDIFICAÇÃO” prevê nestes casos: “4.2.4 No caso de utilização de perfis de aço ou de quaisquer outros componentes
metálicos ferrosos, os materiais devem receber proteção contra-corrosão, mediante galvanização a fogo. A espessura
mínima da camada de zinco deve ser de 69 mm, conforme a NBR 6323.” e “4.2.5 Os inserts, os pinos, os chumbadores
fixos ou de expansão e as grapas de fixação dos guarda-corpos à laje de piso ou à cinta de concreto devem ser de aço
inoxidável AISI 302, 304 ou 316. Esta exigência é aplicável aos demais parafusos que forem utilizados.”

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / deterioração dos bancos em concreto revestidos

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / deterioração dos bancos em concreto revestidos

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / deterioração das muretas

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


riscos de acidentes / área externa

Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Código de Defesa do Consumidor

Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem,


independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação
ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre
sua utilização e riscos.

H = 5,00 m

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES riscos de acidentes / área externa

H = 7,00 m H = 15,00 m

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


riscos de acidentes / área externa

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


riscos de acidentes / área externa

d = 0,28 m

h = 1,70 m

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


riscos de acidentes / área externa

§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar:


I - que não colocou o produto no mercado;
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO E DEMAIS ÁREAS COMUNS / insalubridade e periculosidade no ambiente de trabalho

Alguns requisitos técnicos devem ser observados nas perícias investigativas nos edifícios comerciais e

residenciais, objetivando o atendimento das exigências do Ministério do Trabalho e Emprego descritas na


Norma Regulamentadora NR8 – Edificações, a qual regulamenta as condições técnicas mínimas que devem
ser atendidas nas edificações para assegurar a saúde, segurança e bem estar dos funcionários do
Condomínio.

Entre estas exigências encontra-se a necessidade da ventilação e iluminação dos compartimentos


funcionais (banheiros, vestiários, copas/cozinhas, apartamento da zeladoria e sala de administração),
situações não raramente desobedecidas nas instalações prediais.

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO E DEMAIS ÁREAS COMUNS / insalubridade no ambiente de trabalho

Especificamente sobre salubridade, vale ressaltar que o item 8.4.4 da Norma Regulamentadora nº 18 determina que:
“As edificações dos locais de trabalho devem ser projetadas e construídas de modo a evitar insolação excessiva ou falta
de insolação” e o capítulo 11 do Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo determina o desempenho
mínimo das edificações de acordo: “Os compartimentos e ambientes deverão ser posicionados na edificação e
dimensionados de forma a proporcionar conforto ambiental, térmico, acústico, e proteção contra a umidade, obtidos
pelo adequado dimensionamento e emprego dos materiais das paredes, cobertura, pavimento e aberturas, bem como
das instalações e equipamentos”.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / acessibilidade

Este curso enuncia algumas das principais exigências e desobediências normativas


observadas, especialmente em edifícios residenciais

A versão da NBR 5090 pode (e deve) ser acessada para conhecimento da


totalidade das determinações normativas através do site:

http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-
filefield-description%5D_24.pdf

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / algumas exigências acessibilidade (1994)

• Todos os acessos e principais rotas do edifício devem ser


acessíveis;

• Nas adaptações das edificações aceita-se o mínimo de um acesso,


vinculado às circulações de emergência e desde que a distância
do acesso criado para as demais existentes não exceda a 50 m;

• Fixação do símbolo internacional de acesso nas entradas


acessíveis, áreas e vagas para estacionamento de veículos,
embarque/desembarque; sanitários; saídas de emergência e de
resgate (este último em fotoluminescência ou retroiluminada);

• Obrigatoriedade de corrimãos duplos de ambos os lados das


rampas, posicionados nas alturas de 0,70 m e 0,92 m do piso;

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / algumas exigências acessibilidade (1994)

• Rotas acessíveis não devem conter degraus e escadas fixas com


espelhos vazados, bem como as projeções dos bocéis ou
espelhos inclinados não podem invadir mais que 1,5 cm da
pisada abaixo;

• Escadas de emergência integrantes das rotas de fuga devem


possuir áreas de resgate de pessoas em cadeiras de rodas, conf.
medidas do módulo de referência (1,20 m x 0,80 m);

• empunhadura de corrimãos  seção circular com diâmetro


entre 3,0 e 4,5 cm, c/ afastamento mínimo de 4,0 cm da parede.

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23/10/2016

NBR 5090/2015

NBR 5090/2015

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23/10/2016

NBR 5090/2015

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / algumas exigências acessibilidade (1994)

• 1,20 m de largura mínima de rampa;


• Inclinação máxima de 12,5% para vencer segmento de rampa com altura de 18,30 cm e altura máxima
a ser vencida de 1,50 m para único segmento de rampa com inclinação de 5,0% (demais limites de
acordo com tabela 2 na norma);
• No início e final das rampas, assim como nos segmentos intermediários, devem existir patamares com
dimensão mínima longiudinal de 1,20 m
• Grelhas e juntas de dilatação transversais, obrigatoriamente embutidas e com vão máximo de abertura
de 1,5 cm;
• Obrigatoriedade da construção de bordas laterais em forma de ressalto com altura mínima de 5 cm
(guias de balizamento);

80
23/10/2016

NBR 5090/2004

NBR 5090/2015

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / algumas exigências acessibilidade (1994)

Dimensionamento de escadas fixas

As dimensões dos pisos e espelhos devem ser


constantes em toda a escada, atendendo às
seguintes condições:

a) pisos (p): 0,28m < p < 0,32m;


b) espelhos (e): 0,16m < e < 0,18m;
c) 0,63m < p + 2e < 0,65m;
Escadas ou rampas com largura superior a
2,40m, é necessária a instalação de corrimão
intermediário. Os corrimãos intermediários
somente devem ser interrompidos quando o
comprimento do patamar for superior a 1,40m,
garantindo o espaçamento mínimo de 0,80m
entre o término de um segmento e o início do
seguinte.

81
23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / algumas exigências acessibilidade (1994)

• Os pisos dos acessos e circulação devem ter superfícies regulares,


firmes, estáveis e anti-derrapantes;

• Os desníveis em degraus entre pisos não devem ultrapassar à 0,5


cm, acima de 0,5 até 1,5 cm deve receber tratamento de rampa
com inclinação de 1:2 (50%);

• O vão livre das portas deve medir no mínimo 80 cm;

• Corredores: largura mínima 90 cm para extensões até 4 m; 1,20


m até 10 m; 1,50 m para extensões superiores a 10 m ou ainda
largura maior para grandes fluxos de pessoas;

• Calçadas e vias exclusivas de pedestres  largura min. 1,20 m;

• Os capachos devem ser embutidos no piso e a sobrelevação não


pode ser maior que 5 mm;

• Bordas de carpetes e forrações fixadas evitando o enrugamento


da superfície, evitá-los em rotas acessíveis;

82
23/10/2016

NBR 5090/2015 = 2004 (similar)

NBR 5090/2015

83
23/10/2016

NBR 5090/2015

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / algumas exigências acessibilidade (2004)

• alarmes sonoros com intensidade no mínimo 15 dB acima do ruído de fundo;


• alarmes visuais intermitentes, efeito estroboscópio em xenônio, instalado a 2,20 m do piso ou 0,15 m inferior ao
teto mais baixo, numa distância máxima de 30 m (sem obstrução visual);
• instalação de avisos sonoros e visuais nas rotas e fuga e saídas de emergência;
• instalação de sinalização tátil e visual nas portas corta-fogo (aconselhável também nos corrimãos);
• Externamente e internamente ao elevador deverão existir sinalizações táteis e visuais, informando instruções de
uso próximas às botoeiras, posição de embarque e dos pavimentos atendidos;
• os degraus devem ter sinalização em cor contrastante nas bordas do piso (com largura entre 2 e 3 cm), podendo ser
instalada apenas na projeção dos corrimãos (20 cm);

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO / algumas exigências acessibilidade (2004)

• instalação de sinalizações táteis de alerta na pavimentação, perpendicularmente ao sentido do deslocamento


quando houver: obstáculos suspensos, nos rebaixamentos das calçadas, nos inícios e términos de rampas e
escadas, nas portas dos elevadores, em cores constratantes e largura entre 0,25 à 0,60 m, afastada no máximo 32
cm do local de mudança do plano e no mínimo 50 cm das plataformas de embarque, palcos e vãos;
• instalação de sinalização tátil direcional nas áreas de circulação na ausência ou interrupção das guias de
balizamento;
• instalação de sinalizações táteis de alerta e direcional (conforme padrões normatizados), aplicados
simultâneamente, quando houver: alternativa de trajetos, mudanças de direção formando ângulos maiores de
90º, rebaixamentos de calçadas e elevadores precedidos de sinalizações direcionais, nas faixas de travessia,
embarque e desembarque;

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


acessibilidade / exemplos de incorreções

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23/10/2016

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


acessibilidade / exemplos de incorreções

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


acessibilidade / exemplos de incorreções

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


HALL ELEVADORES / instalação de medidor de gás

A instalação dos abrigos dos medidores de gás nos halls de serviço,


procedimento observado em edifícios mais recentes, poderá desencadear o
alastramento do gás natural para o interior da edificação. Esta situação de
risco é condenada pela NBR 14570/2000 “INSTALAÇÕES INTERNAS PARA USO
ALTERNATIVO DOS GASES GN e GLP – PROJETO E EXECUÇÃO”, por determinar:

“As dependências dos edifícios onde estão localizados os abrigos dos


medidores ou dispositivos para permitir a medição a distância devem ser
mantidas ventiladas e iluminadas.....”, em razão da ocasional ausência de
ventilação dos compartimentos em que estão instalados.

“Os abrigos localizados no interior da edificação devem ser ventilados através


de aberturas, nas partes alta e baixa do mesmo e por outras se comunicando
diretamente, através de dutos ou indiretamente através de dutos de
ventilação, podendo atravessar elementos vazados da edificação como forros
e rebaixos. No caso das entradas e saídas de ar serem retangulares, seu lado
menor (l), e o lado maior (L), devem manter a seguinte proporção: 1 < L/l <
1,5. Além disso, a menor dimensão da sua seção livre, deve ser superior a 7
cm (0,07 m).”

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HALL ELEVADORES / instalação de medidor de gás

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


HALL ELEVADORES / instalação de medidor de gás

Decreto Municipal nº 12.706, de 08 de março de 1976

5.1.6 – Os abrigos dos medidores e reguladores, quando no interior das construções, deverão estar situados
em local permanentemente ventilado e iluminado por luz natural, na forma do artigo 60 da Lei n° 8.266/75.
5.1.7 – Os abrigos localizados no interior das construções, distribuídos ao longo dos andares ou agrupados nos
locais de entrada ou acesso, deverão ser :
a) providos de portas, sem furos de arejamento ou venezianas;
b) ventilados permanentemente por dois tubos, comunicando-se diretamente com o exterior da construção,
um na parte superior e o outro na parte inferior do abrigo. Os dois tubos deverão ficar praticamente em
posição vertical, ou então, horizontal, e terão, cada um, secção com área correspondente a 10 cm² por
medidor no respectivo abrigo, mas nunca inferior ao diâmetro de 2´´.

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HALL ELEVADORES / instalação de medidor de gás

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HALL ELEVADORES / instalação de medidor de gás

Exemplo prático: 3 medidores, abrigo possui uma única abertura superior com 2’’, porta do abrigo em tela.

Área da abertura para tubo com 2’’ = ¼ x 3,1416 x 5,08² = 20,03 cm²

Mínimo exigido da abertura (Decreto 12.706) = 10 cm² por medidor  3 medidores = 30 cm²

Menor área da abertura p/ secção quadrada (NBR 14.570) = 7,0 x (1,5 x 7,0) = 73,50 cm²

Presença de “colarinho” na abertura, dificultando a captação do gás extravasado, em razão do peso específico
do gás natural

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HALL ELEVADORES / instalação de medidor de gás

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


HALL ELEVADORES / instalação de medidor de gás

A partir de 29.11.2007 entrou em vigor a NBR 15.526/2007 “REDES DE DISTRIBUIÇÃO


INTERNA PARA GASES COMBUSTÍVEIS EM INSTALAÇÕES RESIDENCIAIS E COMERCIAIS –
PROJETO E EXECUÇÃO”, em substituição a NBR 14570/2000, cujo item 7.6, responsável
por ajustar as condições de segurança dos reguladores e medidores de Gás” determina:
“O local de regulagem e medição de gás deve: c) ser ventilado de forma a evitar o
acúmulo de gás eventualmente vazado, levando-se em conta a densidade do gás relativa
ao ar”.

GN  gás mais leve que o ar  abertura superior

GLP  gás mais pesado que o ar  abertura inferior

Com a NBR15.526, base para técnica para o RIP (Regulamento de


Instalações Prediais da COMGÁS) as exigências de segurança
contra acidentes foram reduzidas, permitindo que apenas uma
tubulação percorra verticalmente todo o edifício para posterior
distribuição nos andares, condição de minimização do custo de
construção, contudo de incremento nos riscos de acidentes
(especialmente se os medidores ficarem nos halls sem ventilação,
cabendo comentar que nos projetos mais novos os medidores
usualmente são projetados nas áreas de serviço das unidades
autônomas, eliminando o risco de acúmulo do gás).

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NBR 15526/2016

NBR 15526/2016

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INSTALAÇÃO DE MEDIDORES DE GÁS SITUADOS NO HALL DOS


ANDARES (RIP)

Os abrigos localizados em áreas comuns, preferencialmente nos halls internos dos edifícios,
devem ser construídos de modo a assegurar a completa proteção dos equipamentos neles
contidos.

Os abrigos localizados em local sem possibilidade de ventilação permanente devem ser


providos de ventilação para o exterior da edificação (Figura 4.8).

As extremidades das saídas dos dutos de ventilação para o exterior da edificação devem ser
protegidas por tela metálica ou outro dispositivo, permanecendo inalterada a área útil de
ventilação.

No projeto e construção dos abrigos e quadro de derivação para medidores devem ser
considerados os seguintes aspectos:

tipo de medidor em função da vazão de gás necessária para alimentação dos aparelhos a gás
interligados à rede de distribuição interna;

posicionamento do abrigo com relação à sua localização em espaço aberto ou fechado para
definição da ventilação necessária.

INSTALAÇÃO DE MEDIDORES DE GÁS SITUADOS NO HALL DOS ANDARES (RIP)

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HALLS DOS ELEVADORES / previsão de medição individual de água

LEI MUNICIPAL 12.638 - DE 6 DE MAIO DE 1998


Obrigatoriedade da instalação de hidrômetros em cada uma das
unidades habitacionais dos prédios de apartamentos.

Art. 1º Os projetos de edificação de prédios de apartamentos que


forem aprovados a partir da data de promulgação da presente lei
deverão prever instalações hidráulicas que permitam a medição
isolada do consumo de água de cada uma de suas unidades
habitacionais.

Parágrafo único. Os projetos de edificações que já se encontram


na Prefeitura para aprovação serão restituídos aos interessados
para serem ajustados à exigência do corpo deste artigo.

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HALL ELEVADORES / ausência de compartimentação

Embora a exigência da compartimentação vertical e


horizontal, determinada pela Instrução Técnica nº
09 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo,
tenha sido regulamentada somente a partir de
2004, o Decreto Estadual 46.076/01 foi a exigência
técnica legal percussora da obrigatoriedade do
isolamento da fumaça entre os compartimentos,
situação não observada em grande parte das
edificações, uma vez que os shafts de elétrica,
usualmente posicionados nos halls dos elevadores,
interligando todos os andares das edificações e
raramente são compartimentados.

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


HALL ELEVADORES / ausência de compartimentação

Independentemente da realização da
compartimentação da edificação, cabe
ao perito investigar o eventual
rompimento do isolamento entre os
compartimentos posteriormente à
ocupação, decorrente de reparos
realizados nas instalações ou das
aberturas promovidas para passagem do
cabeamento dos sistemas de televisão
por assinatura, esta última situação
muito comum e pouco desconhecida
pelos Condomínios.

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HALL ELEVADORES / deficiência na compartimentação

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UNIDADES AUTÔNOMAS / dimensionamento inadequado dos cômodos

De acordo com Código de Obras e Edificações do


Município de São Paulo, a dependência de empregados,
classificada como compartimento de repouso em unidade
habitacional, deve possibilitar a inscrição de um círculo
fictício no plano do piso, medindo 2,00 m de diâmetro e
possuir área mínima de 5,00 m². Além destas duas
exigências serem usualmente transgredidas, o projeto de
prefeitura comumente descreve o cômodo como depósito
ou simplesmente “dep”, termo empregado para evitar a
desobediência legal, contudo podendo incorrer na não
conformidade com as descrições contidas nos folhetos
pubicitários entregues por ocasião do lançamento
imobiliário. Não obstante estas irregularidades, deve-se
salientar que estes compartimentos rotineiramente são
ventilados por portas venezianas ou ainda por janelas
voltadas às áreas de serviço fechadas por caixilharia,
situação que imputa outra transgressão, desta vez pela
ausência de iluminação direta à atmosfera exterior,
ferindo o item 11.1.1 do mesmo Código Edilício Municipal.

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UNIDADES AUTÔNOMAS / deficiência nos caixilhos

As janelas tipo “maxim-ar” das cozinhas, áreas de serviço


e muitas vezes instaladas nas dependências sociais,
geralmente são desprovidas dos limitadores de abertura.
Esta deficiência ocasiona a abertura excessiva e a
exposição das folhas em vidro aos ventos fortes, situação
que também poderá inviabilizar ou tornar inseguro o
manuseio dos caixilhos, por vezes exigindo sistemas
improvisados pelos moradores para o fechamento das
janelas.
Esta irregularidade é condenada pelo item 4.5.1.2 da
NBR 10821/2000 “CAIXILHOS PARA EDIFICAÇÕES –
JANELAS” por exigir: “As janelas do tipo projetante-
deslizante (maxim-ar), utilizadas nas classes melhorada,
reforçada ou excepcional, cujas áreas sejam superiores a
0,64 m² devem possuir dispositivos (braços ou
limitadores) que restrinjam a abertura das folhas”.

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NBR 10821/2011

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UNIDADES AUTÔNOMAS / ausência de ralos

Durante estes últimos 5 anos tem-se observado a equivocada tendência


da eliminação dos ralos nos compartimentos cujos pisos são revestidos
em cerâmica, por requererem limpeza e higienização, a exemplo dos
banheiros e lavabos. Esta falha no procedimento contraria a NBR
13753/96 “REVESTIMENTO DE PISO INTERNO OU EXTERNO COM
PLACAS CERÂMICAS E COM UTILIZAÇÃO DE ARGAMASSA COLANTE”
item 4.4.1, por determinar: “O piso interno de ambientes molháveis,
como banheiros, cozinhas, lavanderiais e corredores de uso comum,
deve ser executado com caimento de 0,5% em direção ao ralo ou à
porta de saída.....”. Uma situação típica nas novas construções prediais é
a instalação de 01 ralo no banheiro, posicionado no interior do box do
chuveiro, procedimento somente funcional se existir um perfeito
caimento de todo o piso cerâmico, convergindo espontaneamente a
água para o único ralo instalado em todo o piso frio. Todavia, em razão
do piso do box do chuveiro ficar comumente isolado pelos baguetes
sobre os quais serão instalados os vidros temperados ou pelas bases
elevadas pré-moldadas, a condução da água torna-se impossível,
incapacitando a lavagem local.

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


UNIDADES AUTÔNOMAS / ausência de ralos

Confirmando a impropriedade da ausência de ralos em


banheiros, o Código Sanitário do Estado de São Paulo
(DECRETO N.º 12.342, DE 27 DE SETEMBRO DE 1978),
determina, em seu artigo 15, o seguinte:

“É obrigatória:
II - a instalação de dispositivos de captação de água no piso
dos compartimentos sanitários e nas copas, cozinhas e
lavanderias;”

Agravando a condição inadequada das instalações sanitárias


dos banheiros pela ausência do escoamento d’água para os
ralos, constata-se a não rara inversão no desnível entre o
piso frio interno e o piso da área externa de acesso. Este
desnível invertido dificulta ainda mais a higienização local,
tendo em vista que durante o processo de enxague do piso
frio ocorre o extravasamento d’água para o exterior do
banheiro.

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UNIDADES AUTÔNOMAS / deficiência acústica

A deficiência acústica tem sido alvo de embates em condomínios


residenciais, especialmente entre os apartamentos vizinhos, fazendo da
falta de silêncio uma das principais desobediências aos Regimentos
Internos Condominiais. A título de exemplo, cabe informar que este
autor participou como assistente técnico em perícia judicial, embasada
na NBR 10.151 “ACÚSTICA DO RUÍDO EM ÁREAS HABITADAS, VISANDO O
CONFORTO DA COMUNIDADE – PROCEDIMENTO”, cuja ação foi julgada
por vara cível especial, onde o proprietário de unidade autônoma foi
obrigado a demolir o piso em 80% do seu apartamento para a
tratamento acústico (incorporação de manta 10 mm em polietileno
expandido),

Tabela 1 - Nível de critério de avaliação NCA p/ ambientes externos, dB(A)


ambientes internos subtrair 10 dB (janela aberta) ou 15 dB (janela fechada)
Tipos de áreas diurno noturno
sítios e fazendas 40 35
estritamente residencial urbana, hospitais e escolas 50 45
área mista, predominantemente residencial 55 50
área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55
área mista, com vocação recreacional 65 55
área predominantemente industrial 70 60

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UNIDADES AUTÔNOMAS / deficiência acústica

Uma das principais características construtivas que contribui


para a deficiência no isolamento acústico é a espessura das
lajes entre as unidades autônomas, tendo em vista que
quanto mais densa e espessa a massa a ser transposta pelas
ondas sonoras, maior o isolamento acústico e portanto maior
a privacidade entre os apartamentos. Assim, cabe ao perito
averiguar se a espessura da laje é maior ou igual à 7cm,
exigência da NBR 6118 “PROJETO E EXECUÇÃO DE OBRAS DE
CONCRETO ARMADO”.

Agravando a deficiência no isolamento acústico entre as


unidades autônomas vizinhas, os projetos executivos exigem
que as ventilações dos banheiros sejam realizadas por shafts
ou janelas voltadas para poços de ventilação, trazendo muito
incômodo para os moradores, especialmente no período
noturno quando o ruído de fundo é mínimo, possibilitando a
inteligibilidade à palavra falada pelos moradores vizinhos,
denotando a perda da privacidade acústica.

NBR 6118/2014

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


UNIDADES AUTÔNOMAS / deficiência acústica

Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo determina:

“As edificações deverão observar os princípios básicos de conforto, higiene e


salubridade de forma a não transmitir aos imóveis vizinhos e aos logradouros públicos
ruídos, vibrações e temperaturas em níveis superiores aos previstos nos regulamentos
oficiais próprios.”

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UNIDADES AUTÔNOMAS / instalação de gás combustível no interior de dry-wall

As edificações prediais, cujas paredes são confeccionadas em dry-


wall, merecem uma atenção redobrada do perito quanto a
passagem de tubulação de gás combustível entre as chapas de gesso
acartonado, já que na eventual ocorrência de vazamento ocorrerá o
alastramento e acúmulo do gás, colocando em risco a vida dos
moradores decorrente da possibilidade de explosão ou intoxicação
dos moradores.

Esta temida situação foi condenada pela extinta NBR 14570/2000


“INSTALAÇÕES INTERNAS PARA USO ALTERNATIVO DOS GASES GN E
GLP – PROJETO E EXECUÇÃO” em seu item 4.3.1, pois determinava :
“a tubulação da rede de distribuição interna não pode passar no
interior de:”h) qualquer vazio ou parede contígua a qualquer vão
formado ou inerente pela estrutura ou alvenaria, ou por estas e o
solo, sem a devida ventilação”, confirmada pelo item 7.3.1 da norma
substituta NBR 15526/2007, “REDES DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA
PARA GASES COMBUSTÍVEIS EM INSTALAÇÕES RESIDENCIAIS E
COMERCIAIS – PROJETO E EXECUÇÃO”, ao determinar: “A tubulação
da rede de distribuição interna não pode passar em: h) espaços
confinados que possibilitem o acúmulo de gás eventualmente
vazado”.

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NBR 15526/2012

NBR 15526/2012

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


UNIDADES AUTÔNOMAS / deficiência de impermeabilização (parede dry-wall)

A maioria das edificações inspecionadas por este autor, cujas unidades


autônomas receberam as paredes em dry-wall, inclusive os banheiros,
apresentaram infiltrações d’água na face externa da parede do box do
chuveiro (igualmente confeccionada em placas de gesso acartonado).
Embora comercializem-se chapas de gesso acartonadas ditas
apropriadas para serem montadas em “áreas úmidas”, a instalação em
locais com “acúmulo de água” deve ser evitada, em razão da
possibilidade de ocorrerem infiltrações na face posterior. Cabe alertar
que os capítulos 9.1.1 e 9.2 do Código de Obras e Edificações do
Município de São Paulo determinam: “O desempenho obtido pelo
emprego de componentes, em especial daqueles ainda não
consagrados pelo uso, bem como quando em utilizações diversas das
habituais, será de inteira responsabilidade do Profissional que os tenha
especificado ou adotado” e “Os componentes básicos da edificação,
que compreendem fundações, estruturas, paredes e cobertura,
deverão apresentar resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento
e condicionamento acústicos, estabilidade e impermeabilidade
adequados à função e porte do edifício, de acordo com as N.T.O.,
especificados e dimensionados por Profissional habilitado”.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


UNIDADES AUTÔNOMAS / degradação da rede de sprinklers

Estudos realizados a aproximadamente 9 anos pelo


Laboratório de Corrosão e Tratamento de Superfície
do Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT,
procuraram pesquisar as causas e origens das
ocorrências de corrosão em tubos de cobre das
instalações de combate à incêndio (Sprinklers),
anomalia especialmente observada nos últimos 6
anos pelo setor da Construção Civil.

Os estudos concluíram que as tubulações podem


sofrer o processo agudo de degradação, através da
corrosão do tubo até a sua perfuração, decorrente
da ação do fluxo de solda excedente empregado na
montagem das instalações, concomitantemente com
a estagnação da água no interior da rede
pressurizada de sprinkler, combinação responsável
por manter o fluxo de solda (ou a pasta) em contato
com o interior da instalação, inibindo assim a
formação da camada protetora da superfície interna
do tubo.

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ÁTICO / impermeabilização da laje de cobertura

As lajes de cobertura, embora pouco transitadas, sofrem sérias avarias


decorrentes do desconhecimento dos procedimentos manutenção predial,
bem como de falhas construtivas originadas durante a construção.

O principal sistema a ser avaliado é o da impermeabilização, rotineiramente


danificado pela fixação dos mastros ou bases das antenas coletivas
diretamente sobre as lajes ou pela exposição às avarias em razão da
degradação das proteções mecânicas. Estas prejudiciais situações, previstas e
precavidas até 11/2003 pelos itens 4.8.3.6 e 4.7.3 da NBR 9575/98 “EXECUÇÃO
DE IMPERMEABILIZAÇÃO”, por exigirem reforços na impermeabilização para a
previsão de instalações externas (ex: antenas) e capacidade mínima de carga
para a proteção mecânica, são atendidas pela versão atualizada através dos
itens 6.4.e e 6.3.a da mesma NBR 9575/2003, por exigirem “toda instalação
que necessite ser fixada na estrutura, no nível da impermeabilização, deve
possuir detalhes específicos de arremate e reforços na impermeabilização” e
“Os sistemas de impermeabilização a serem adotados devem atender a uma
ou mais das seguintes exigências: - desgaste: ocasionado pela abrasão devida
à ação de movimentos dinâmicos ou pela ação do intemperismo:”.

NBR 9575/2010

NBR 9574/2008

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ÁTICO / impermeabilização da laje de cobertura

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ÁTICO / impermeabilização da laje de cobertura

Ausência de tela metálica incorporada à proteção mecânica sobre a camada de impermeabilização (fixada no
mínimo 5 cm acima da cota da impermeabilização), conforme exigia a NBR 9575/98 “EXECUÇÃO DE
IMPERMEABILIZAÇÃO“, item 4.7.6 “Proteção em superfície vertical”, responde pela ocorrência de trincas ou
rachaduras sobre regiões de ancoragem da impermeabilização. A versão artualizada da mesma norma (NBR
9575/2003), embora não explicita a necessidade do entelamento, exige reforços equivalentes até a cota final da
impermeabilização, solidarizando os elementos do sistema ao substrato, evitando assim a perda de aderência da
impermeabilização por movimentos, inclusive estruturais.

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NBR 9575/2010

NBR 9574/2008

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ÁTICO / laje de cobertura – reservatório superior

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ÁTICO / impermeabilização da laje de cobertura

Além do desgaste do contra-piso pela excessiva friabilidade


superficial, bem como presença de trincas e rachaduras,
condição física comumente detectada nas lajes de cobertura, os
peritos devem atentar para a aplicação de alguns sistemas
impermeabilizantes ditos como livres da execução de proteção
mecânica, por não possuírem a resistência necessária à
exposição exterior e à circulação de pessoas.

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ÁTICO / casa de máquinas

A NBR NM 207/1999 “ELEVADORES ELÉTRICOS DE PASSAGEIROS - REQUISITOS DE SEGURANÇA PARA


CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÃO”, item 6.3.5, determina: “......As casas de máquinas devem ser construídas de modo
que os motores e os equipamentos, assim como cabos elétricos, etc, estejam protegidos tanto quanto possível do
pó, fumaças nocivas e umidade.” Já a falta de identificação da carga máxima admissível dos ganchos instalados
para as operações de manobra dos maquinários pesados contrariam o item 6.3.7 da mesma norma técnica.

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ÁTICO / acabamento inapropriado

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ÁTICO / deficiência na fixação do telhamento

Deficiência na fixação das telhas, reduzindo a vida útil do sistema de cobertura, em oposição a
NBR-8055 “PARAFUSOS, GANCHOS E PINOS USADOS PARA A FIXAÇÃO DE TELHAS DE
FIBROCIMENTO”, por prever o uso de material metálico inoxidável ou galvanizado, capazes de
suportarem as exposições atmosféricas;

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NBR 8055/1985 (cancelada sem substituição em 2014)

NBR 7196/2014 TELHAS DE FIBRO CIMENTO


EXECUÇÃO DE COBERTURAS E FECHAMENTOS LATERIAIS - PROCEDIMENTO

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ÁTICO / deficiência no sistema de pára-raios

Embora a medição ôhmica periódica do sistema de


proteção contra descargas atmosféricas pode apresentar
resultados satisfatórios, poderão existir lajes, para-peitos
ou detalhes arquitetônicos externos, fora do alcance de
proteção da Gaiola de Faraday ou mesmo da haste do
pára-raios Franklin, obrigando a ampliação da área de
proteção do sistema, de acordo com a NBR 5419
“PROTEÇÃO DE ESTRUTURAS CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS”.

Da mesma forma, ocorre a necessidade do aterramento


dos demais captores naturais existentes nas lajes de
cobertura, tais como placas, tampas das caixas d’água e
demais massas metálicas, ressalvando que as antenas,
quando elevadas em relação ao sistema de proteção
contra descargas atmosféricas, poderão sofrer avarias se
atingidas por descarga elétricas, recomendando-se elevar
a haste Franklin ou até mesmo instalá-lo quando
inexistente.

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NBR 5419/2015

4 PARTES

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ÁTICO / deficiência no sistema de pára-raios

NBR 5419/01 “PROTEÇÃO DE


ESTRUTURAS CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS”, item 5.1.5.3 referente a
proteção contra corrosão: “os riscos de
corrosão provocada pelo meio ambiente, ou
pela junção de metais diferentes, devem ser
cuidadosamente considerados no projeto do
SPDA. Em caso de aplicações não previstas
na tabela 5, a compatibilidade dos materiais
deve ser avaliada. Materiais ferrosos
expostos, utilizados em uma instalação de
SPDA, devem ser galvanizados a quente,
conforme a NBR 6323”;

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ÁTICO / acesso precário reservatórios e laje cobertura

H = aprox. 5,0 m

H = aprox. 4,0 m

H = aprox. 6,0 m

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO E DEMAIS ÁREAS COMUNS / periculosidade no ambiente de trabalho

33 cm

42 cm

54 cm

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


TÉRREO E DEMAIS ÁREAS COMUNS / periculosidade no ambiente de trabalho

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PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ÁTICO / periculosidade no ambiente de trabalho

Ausência de proteção contra-queda, colocando em


risco a vida dos usuários, incluindo funcionários e
terceirizados, em oposição à exigência técnica
legal do Código de Obras do Município de São
Paulo, por exigir em seu item 9.2.3: “As paredes
dos andares acima do solo, que não forem
vedados por paredes perimetrais, deverão dispor
de guarda-corpo de proteção contra queda, com
altura mínima de 0,90 m (noventa centímetros)
resistente a impactos e pressão”;

PRINCIPAIS ANOMALIAS E NÃO CONFORMIDADES


ÁTICO / periculosidade no ambiente de trabalho

Tendo em vista a baixa altura da platibanda sobre o telhamento, o construtor deveria ancorar
esperas, suportes ou grampos de fixação de elevada durabilidade (ex: aço inoxidável),
objetivando o acoplamento dos cabos de segurança responsáveis pela amarração dos cintos
de segurança tipo pára-quedas, imprescindíveis por ocasião dos serviços de manutenção
dos telhados. Tal exigência é prevista na NR 18 “CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE
TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - telhados e coberturas”.

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NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

ABRIL 2006
18.15.56 Ancoragem (Inserido pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006)
18.15.56.1 As edificações com no mínimo quatro pavimentos ou altura de 12m (doze metros), a partir do nível do
térreo, devem possuir previsão para a instalação de dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de
sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual, a serem utilizados nos
serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas.
18.15.56.2 Os pontos de ancoragem devem:
a) estar dispostos de modo a atender todo o perímetro da edificação;
b) suportar uma carga pontual de 1.200 Kgf (mil e duzentos quilogramas-força);
c) constar do projeto estrutural da edificação;
d) ser constituídos de material resistente às intempéries, como aço inoxidável ou material de características
equivalentes.
18.15.56.3 Os pontos de ancoragem de equipamentos e dos cabos de segurança devem ser independentes.
18.15.56.4 O item 18.15.56.1 desta norma regulamentadora não se aplica às edificações que possuírem projetos
específicos para instalação de equipamentos definitivos para limpeza, manutenção e restauração de fachadas.

MAIO 2012

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23/10/2016

IMPORTANTE:

AS ENUNCIAÇÕES DAS NORMAS TÉCNICAS E DA LEGISLAÇÃO


EDILÍCIA NÃO SÃO EXAUSTIVAS, PODENDO EXISTIR DEMAIS
NORMAS E/OU EXIGÊNCIAS TÉCNICAS LEGAIS IGUALMENTE
APLICÁVEIS AOS EXEMPLOS DE NÃO CONFORMIDADES
APRESENTADOS, BEM COMO CABERÁ AO ALUNO CHECAR A
CONTEMPORANEIDADE OU A EVENTUAL EXISTÊNCIA DE
ATUALIZAÇÕES TÉCNICAS LEGAIS NORMATIVAS.

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23/10/2016

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Marco Antonio Gullo


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