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SOBRE SELETIVIDADE ALIMENTAR E A IMPORTÂNCIA DE “TRAZER À MESA”

Aquele que não prova, tem aversão a “cheiros”, aquele que não come jiló, não gosta
de ovo, nem se quer chega perto de peixes ou simplesmente não senta-se à mesa. Geralmente
são tachados de “chatos para comer”.

Essa recusa alimentar, pouco apetite ou desinteresse pelo alimento, é um indicador


importante da seletividade alimentar, que muitas vezes passa despercebida.

Da maneira como a Gastronomia é a história cultural da alimentação e a cozinha


expressa as relações do ser humano com o ambiente, o alimento é a tradução do
comportamento humano. E como comportamento, sofre as alterações do ambiente, do meio.

E o “Trazer à mesa” torna-se um importante exercício nessa mudança de


comportamento.

Assim, “Extinguir refeições regulares desestrutura o contato assíduo, indisciplina


apetites, induz à solidão, como se o espírito fosse o estômago e a alimentação individual
gerasse a não-comunhão ao não se socializar o alimento”. (ARAUJO, Wilma Maria Coelho.
2005.)

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