UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO (SGI)

JULIANA COSTA DOS SANTOS

LUIZA JAQUES MENONI

PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA

EMPRESA NEOENERGIA

Brasília
2022
 PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA EMPRESA
NEOENERGIA

1. INTRODUÇÃO
Ao longo da história, o processo contínuo de alteração do meio ambiente retrata
os efeitos das mudanças ambientais sobre o nosso planeta.

Devido a isso e, segundo Donaire (1999), as empresas começam a ser vistas

como instituições sociopolítica com claras responsabilidades sociais e ambientais.
Portanto, segundo Longenecker (1981), esta responsabilidade social implica em um
sentido de obrigação para com a sociedade de diversas formas, entre as quais, a
proteção ambiental.

Nesse contexto, identificou-se uma das principais práticas para assegurar

atenção sistemática e atingir os objetivos ambientais de uma organização, o sistema de
gestão ambiental (SGA).

O sistema de gestão ambiental é uma importante sistemática para auxiliar as

organizações no alcance do desempenho ambiental. Através de seu enfoque sistêmico,
oferece às empresas possibilidades de alcançar benefícios coerentes com a
abrangência do escopo de sua implantação. Essas vantagens podem ser traduzidas
em fatores internos, ligados a redução de custo e aumento de produtividade, e fatores
externos, vinculados ao atendimento das exigências do mercado.

Ou seja, o propósito do SGA pode ser sintetizar como uma possibilidade de

desenvolver, implementar, organizar, coordenar e monitorar as atividades
organizacionais relacionadas ao meio ambiente visando conformidade e redução de
impactos ambientais (MELNYK; SROUFE; CALANTONE, 2002).
 Para auxiliar na implementação do SGA, a Organização Internacional de
Normalização (ISO), disponibiliza uma de suas normas que é o modelo de gestão
ambiental mais conhecido e praticado no mundo, a ISO 14001.

A norma ABNT ISO 14001 (2004) especifica requisitos relativos a um Sistema

de Gestão Ambiental, permitindo a uma organização formular uma política e objetivos
que levem em conta osaspectos legais e as informações referentes aos impactos
significativos. Ela se aplica aosaspectos ambientais que possam ser controlados pela
organização e sobre os quais se presumeque ela tenha influência. Contém requisitos
baseados na metodologia conhecida como ciclo PDCA – planejar, executar, verificar e
agir no inglês - plan, do, check e act.

Dessa forma, esta pesquisa propõe estruturar a implementação da norma ISO

14001 com foco na etapa que trata a identificação e controle dos elementos (aspectos
ambientais) das atividades de uma empresa de distribuição de energia, que podem
causar impacto ao meio ambiente.

A empresa que se pretende avaliar é a uma das empresas líderes do setor

elétrico do Brasil, a Neoenergia. Ela representa uma companhia integrada de energia
que atua em três segmentos: Redes (distribuição e transmissão); Renováveis (geração
eólica e hidrelétricas) e Liberalizados (geração térmica, comercialização de energia e
serviços).

A organização, que comercializa energia e oferece produtos e soluções

energéticas para clientes, implementará a norma ISO 14001 através da reestruturação
do SGA, que é corporativo. No escopo do trabalho, está previsto o levantamento de
todos os aspectos e a avaliação dos possíveis impactos ambientais de seu processo.
Além disso, proporá uma Política Ambiental Empresarial embasada nas atividades do
respectivo empreendimento.
 2. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A Neoenergia é uma companhia de capital aberto com ações negociadas na

Bolsa de Valores de São Paulo. Ela faz parte do grupo espanhol Iberdrola e atua no
Brasil desde 1997, sendo atualmente uma das líderes do setor elétrico do país.

Possui grande porte e está presente em 18 estados e no Distrito Federal, seus

negócios estão divididos nas áreas de geração, transmissão, distribuição e
comercialização. As suas distribuidoras, Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia
Pernambuco (PE), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP/MS) e
Neoenergia Brasília (DF) atendem a mais de 15 milhões de clientes, o equivalente a
uma população superior a 37 milhões de pessoas.

O foco está na distribuição, apoiada em atividades de geração, aproveitando

oportunidades eventuais de transmissão e consolidação de comercialização. Desta
forma, a empresa procura manter e ampliar os padrões de qualidade e desempenho.

A Neoenergia possui 4 GW de capacidade instalada em geração, sendo 88% de

energia renovável, e está implementando mais 0,7 GW com a construção de novos
parques eólicos e solar. Em transmissão, são 2,3 mil km de linhas em operação e 4,3
mil km em construção. Por meio do Instituto Neoenergia, fomenta o desenvolvimento
sustentável a partir de ações socioambientais e, assim, contribui para a melhoria da
qualidade de vida das comunidades onde a empresa atua, sobretudo, pessoas mais
vulneráveis, visando sempre pelo desenvolvimento sustentável.

O empreendimento apresenta canais de atendimentos virtuais e presenciais

espalhados pelo país, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Para os
atendimentos virtuais é necessário entrar em contato pelo site ou email.

A estrutura societária e de governança do Grupo Neoenergia , assim como seu

Modelo de Negócio, estão baseados em uma estrutura descentralizada. A Neoenergia
como sociedade holding, que reúne determinadas participações em outras sociedades
que desenvolvem o negócio no setor de energia, é responsável pela estratégia,
supervisão e controle do conjunto de seu grupo, deixando a gestão de cada sociedade
do grupo a seus respectivos órgãos de governança.

Dessa forma, uma das principais funções da Neoenergia consiste em assumir as

funções de organização e coordenação estratégica em relação às sociedades de seu
grupo, assim como centralizar a prestação de serviços comuns às sociedades
operacionais, de acordo sempre com o previsto no Acordo de Acionistas ou na
legislação aplicável. Portanto, a composição da estrutura da empres está dividida em:
Conselho de Administração, Comitê de Auditoria, Comitê Financeiro, Comitê de Partes
Relacionadas, Comitê de Remuneração e Sucessão, Comitê de Sustentabilidade,
Diretoria e Conselho Fiscal.

3. PARTES INTERESSADAS DO EMPREENDIMENTO

O guia PMBOK (2008, p. 246) descreve processo de identificação das partes

interessadas como:

“O processo de identificar todas as pessoas ou

organizações que podem ser afetadas pelo projeto e de
documentar as informações relevantes relacionadas aos
seus interesses, envolvimento e impacto no sucesso do
projeto.”

Ressalta-se que identificar as partes interessadas desde o início e analisar seus

níveis de interesse, expectativas, importância e influência é de grande importância para
a empresa.

A Neoenergia define bem as partes relacionadas da Companhia, que são

compostos por sócios, quotistas ou acionistas (em qualquer caso, diretos ou indiretos)
dos acionistas, assim como suas afiliadas (“Partes Relacionadas”). As afiliadas dentro
da empresa significa, em relação a qualquer pessoa, a pessoa física ou jurídica que
seja sua controladora, controlada, esteja sob controle comum ou, ainda:

i. sociedade que seja controlada;

ii. fundo de investimento cuja maioria das quotas seja detida; direta ou
indiretamente, pelo mesmo(s) controlador(es) final(is) de tal pessoa.
 Esses controladores são aqueles que possuem o controle da titularidade de
direitos de voto que assegurem, de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores de uma
determinada pessoa jurídica, seja isoladamente ou por meio de bloco de controle
regulado por acordo de acionistas ou acordo de sócios.

A Companhia deixa de forma explícita que o Comitê de Partes Relacionadas é

responsável pela identificação das Partes Relacionadas e pela classificação de
operações como Transações com Partes Relacionadas.

4. POLÍTICA AMBIENTAL EMPRESARIAL (PAE)

A norma NBR Série ISO 14001, define a Política Ambiental como “a declaração
da organização, expondo suas intenções e princípios em relação ao seu desempenho
ambiental global, que provê uma estrutura para a ação e definição de seus objetivos e
metas ambientais”. A política ambiental estabelece, dessa forma, um senso geral de
orientação e fixa os princípios de ação para a organização”.

Reis & Queiroz (2002) consideram a política ambiental como a grande

declaração de comprometimento empresarial, relativo ao meio ambiente, constituindo a
fundação ou base do sistema de gestão.

A Neoenergia possui uma Política Ambiental, atualizada em 15 de julho de 2021

e aprovada pelo Conselho de Administração. Nisso, o empreendimento acredita na
consciência de que a liderança no desenvolvimento de energia sustentável e o respeito
pelo meio ambiente são pilares do modelo de produção energética e eixos do Propósito
e Valores do Grupo.

A Política Ambiental da Neoenergia tem como finalidade estabelecer um marco

de referência para integrar a proteção da natureza e do meio ambiente à estratégia do
Grupo e aos seus investimentos e operações, bem como definir os princípios de
atuação para a gestão do meio ambiente e do capital natural. Ressalta-se que, a
Política aplica-se a todas as sociedades que integram o Grupo, assim como às
sociedades participadas não integrantes do Grupo sobre as quais a Sociedade tenha
influência na gestão, dentro dos limites legalmente estabelecidos.
 Para colocar em prática o seu compromisso com o meio ambiente e promover a
sustentabilidade ambiental, o Grupo Neoenergia define os seguintes princípios básicos
de atuação, que se aplicam a todas as suas atividades e negócios e que integram nos
processos internos de tomada de decisão:

a) aprimorar um modelo de negócio sustentável que respeite a natureza, a

biodiversidade e o patrimônio histórico-artístico;
b) cumprir a legislação e adaptar-se aos padrões ambientais vigentes;
c) aplicar o princípio de hierarquia de mitigação (evitar, minimizar, reparar e,
em última instância, compensar) em todas as atividades;
d) promover a inovação mediante pesquisa e apoio ao desenvolvimento de
novas tecnologias e de melhores práticas ambientais;
e) fazer uso sustentável do capital natural, em particular:
i. Fazer uso racional e sustentável da água, gerindo os riscos
relacionados à sua escassez e assegurando-se de que a água
utilizada retorne ao meio nas condições desejadas;
ii. Melhorar a circularidade de sua atividade e a de seus fornecedores
mediante utilização sustentável dos recursos naturais, implantação
de análises do ciclo de vida, planejamento ecológico de suas
infraestruturas, aplicação da hierarquia de resíduos, bem como
otimização da gestão de resíduos e utilização de materiais
reciclados; e
iii. Integrar a proteção e o fomento da biodiversidade na estratégia do
Grupo e desenvolver um modelo de negócio mais sustentável e
positivo para a natureza;
f) conservar, proteger e promover a expansão do patrimônio natural;
g) implementar um modelo comum de gestão ambiental que aplique os
princípios de prevenção e de aprimoramento contínuo e que coloque o
meio ambiente no centro da tomada de decisões mediante:
i. avaliação dos riscos ambientais das atividades, instalações e dos
produtos e serviços, de forma regular, a fim de melhorar e atualizar
os mecanismos projetados para preveni-los, mitigá-los e erradicá-
los;
 ii. identificação, avaliação e mitigação, de forma contínua, dos
impactos ambientais das atividades, instalações e dos produtos e
serviços do Grupo;

iii. gestão dos riscos e dos impactos, a fim de estabelecer objetivos,

programas e planos que possam fomentar o aprimoramento
contínuo dos processos e práticas do Grupo em matéria ambiental
e estabelecer mecanismos de monitoramento, controle e auditoria;
e
iv. formação ambiental dos profissionais do Grupo.

Os diferentes sistemas de gestão ambiental das sociedades do

Grupo se baseiam neste modelo comum e permitem ao Grupo
coordenar a gestão ambiental de forma descentralizada, conforme
princípio de subsidiariedade e respeito à autonomia das diferentes
sociedades;

h) reduzir o impacto ambiental e melhorar o desempenho ambiental do

Grupo considerando a perspectiva do ciclo de vida;
i) promover o envolvimento dos Grupos de Interesse no projeto empresarial
da Sociedade conforme previsto na Política de Relações com os Grupos
de Interesse, que contempla, dentre outros aspectos, um direcionamento
para fortalecer o envolvimento das sociedades do Grupo com as
comunidades em que atuam, de forma a criar valor sustentável
reconhecido por todos eles;
j) sensibilizar, formar e informar aos profissionais do Grupo, empreiteiros,
fornecedores e demais Grupos de Interesse a respeito dos compromissos
e princípios desta Política; e
k) informar, de maneira transparente, sobre os resultados de suas atuações
ambientais.

Além disso, Para alcançar o seu compromisso com a natureza e com o meio
ambiente e promover a sustentabilidade ambiental, o Grupo trabalha em três linhas de
atuação prioritárias, às quais haverão de se aplicar os princípios básicos de atuação
contemplados no item anterior:
 a) ação climática;
b) proteção da biodiversidade; e
c) economia circular

5. LEVANTAMENTO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS (LAIA)

Devido à ampliação das relações de importação e exportação ou ainda pelas

restrições impostas por grupos estrangeiros na aquisição de empresas nacionais, tem
crescido o interesse nas iniciativas relacionadas ao meio ambiente. As empresas que
disputam, em alguns setores, com um grande número de grupos internacionais, são
forçadas a adotar mecanismos que auxiliem na melhoria de seus produtos e processos,
frente à rápida necessidade de se tornarem competitivas. Nesse sentido, a grande
expansão das atividades ambientais, principalmente em empresas pró-ativas, faz com
que ocorra a busca pela integração dos Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) com os
Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ).

O levantamento e análise dos aspectos e impactos ambientais (LAIA) constitui

uma das maiores tarefas na implementação de um Sistema de Gestão Ambiental. É um
requisito fundamental na fase de Planejamento do SGA consistindo numa série de
procedimentos que, quanto operacionalizados, permitem traçar o perfil de interação
entre uma organização e o meio ambiente que a circunda. A identificação dos aspectos
e impactos ambientais associados às atividades, processos e produtos, portanto, é
uma das etapas mais importantes do SGA, uma vez que tal atividade estabelece as
bases para a sua credibilidade do sistema.

A identificação dos aspectos e impactos é importante especialmente para

realização da avaliação de desempenho ambiental da organização. O LAIA é, portanto,
uma das primeiras etapas que a empresa precisa realizar para iniciar a implantação do
de um Sistema de Gestão Ambiental.

Baseado nisso, foram levantados os aspectos e impactos ambientais por meio

da planilha de identificação tomando como realidade a Neoenergia, que é o foco deste
trabalho.
 PLANILHA DE IDENTIFICAÇÃO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
Folha
Área / Unidade: Geração de energia elétrica Sub-Área:
PROCESSO / SISTEMA: Manutenção e serviços de campo 1 de 3

ATIVIDADE: Instalação e manutenção de equipamentos para fornecimento de energia elétrica

IDENTIFICAÇÃO EXAME SIGNIFIC.
ASPECTO IMPACTO SIT. INC. CL. F/P IMP LEI P. I≥5 COMENTÁRIOS
Ítem Sub EPO SEV
-
I.

item A B A+B
Aumento do processo
erosivo/Empobrecimento
do solo/Assoreamento dos
rios e lagos/ Rebaixamento
Supressão vegetal Lei nº 12.651/2012/
de aquíferos/ Elevação das
Instrução Normativa
temperaturas locais e A D A P 2 2 4
n° 9/2019
regionais/ Agravamento do
processo de desertificação.
Possibilidade de incômodo A D A A 1 1 2 X Aspecto que traz
à vizinhança NBR 10.152/2017 desconforto para a
NBR 10.151/2019 sociedade.
Geração de ruído

Impacto desprezível
Morte de animais Lei n° 10.164/2018/
silvestres/ Perda de solo/ Portaria n° 067/2019
Emissão de CO2/ Perda da NR 10
Risco de incêndio/explosão R D A A 2 1 3
biodiversidade/ Doenças
respiratórias
Perda da diversidade Criar procedimento
Migração de fauna genética/Desequilíbrio R D A F 2 1 3 -
entre presas e predadores
Obstrução de vias e Aspecto que impacta
logradouros públicos/ Lei nº 12.305/2010 / diretamente na
Comprometimento da Resolução Conama n° qualidade de vida e
Geração de resíduos sólidos 307/2002
qualidade do ambiente e da rotina da vizinhança.
X
paisagem local/ A D A P 2 2 4
Proliferação de vetores/ Há necessidade de
Altos custos com limpeza monitoramento.

SIT.= situação; INC.= incidência; CL.= classe; EPO= época; SEV.= severidade; F/ P= freqüência / probabilidade; IMP= importância;
SIGNIFIC.= significância; LEI= legislação; P.I.= partes interessadas; I  5: importância  5.
 PLANILHA DE IDENTIFICAÇÃO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
Folha
Área / Unidade: Geração de energia elétrica Sub-Área:
PROCESSO / SISTEMA: Almoxarifado 2 de 3
ATIVIDADE: Distribuição de materiais para os setores
IDENTIFICAÇÃO EXAME SIGNIFIC.
ASPECTO IMPACTO SIT. INC. CL. F/P IMP LEI P. I≥5 COMENTÁRIOS
Ítem Sub- EPO SEV
I.

item A B A+B
Contaminação do solo/ Lei nº 5.418/2014/
Diminuição do tempo útil Lei n° 12.305/2010
de aterros sanitários/
Geração de resíduos sólidos N D A A 2 3 4
Proliferação de vetores/
Contaminação do solo
Queda de equipamentos, Lesões pessoais de graus Procedimentos
peças e acessórios variados/ Danos materiais R D A A 2 1 3 Operacionais
na estrutura do local Padrão
Danos ambientais/ NR-09/1978
Derramamento de resíduos Contaminação de água e
líquidos solo/ Ameaça de
R D A A 3 2 4
contaminação para
funcionários
Desperdício de material Danos financeiros/ Geração
de resíduos/ Esgotamento A D A A 1 2 3 -
de estoque
Doenças respiratórias/ NR-09/1978
Poeira Odor forte no ambiente de N D A A 1 3 4
trabalho

SIT.= situação; INC.= incidência; CL.= classe; EPO= época; SEV.= severidade; F/ P= freqüência / probabilidade; IMP= importância;
SIGNIFIC.= significância; LEI= legislação; P.I.= partes interessadas; I  5: importância  5.
 PLANILHA DE IDENTIFICAÇÃO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
Folha
Área / Unidade: Geração de energia elétrica Sub-Área:
PROCESSO / SISTEMA: Atividade Administrativa 3 de 3
ATIVIDADE: Montagem de plantas elétricas para construção de redes de distribuição
IDENTIFICAÇÃO EXAME SIGNIFIC.
ASPECTO IMPACTO SIT. INC. CL. F/P IMP LEI P. I≥5 COMENTÁRIOS
Ítem Sub- EPO SEV
I.

item A B A+B
Consumo de energia Aumento da conta de luz N D A F 1 1 2 Lei nº 12.295/2001 Impacto desprezível

Distúrbios e doenças/ NR 17
Problemas ergonômicos Desânimo com trabalho/ A D A A 1 3 4
Descuido com a segurança
Geração de resíduos Poluição/ contaminação da LEI N° 12.305/2010
sólidos recicláveis água e/ou solo N D A A 1 3 4

Geração de efluente Poluição/ contaminação da NBR 9.800/1987

líquido sanitário água e/ou solo N D A A 1 3 4
Doenças respiratórias/ Odor NR-09/1978
Poeira forte no ambiente de N D A A 1 3 4
trabalho

SIT.= situação; INC.= incidência; CL.= classe; EPO= época; SEV.= severidade; F/ P= freqüência / probabilidade; IMP= importância;
SIGNIFIC.= significância; LEI= legislação; P.I.= partes interessadas; I  5: importância  5.

6. SÍNTESE DOS ASPECTOS AMBIENTAIS: VULNERABILIDADES E

POTENCIALIDADES
A ISO 14001:2004 define os aspectos ambientais como elemento das atividades
ou produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente.
Já os impactos ambientais são definidos pela mesma norma como qualquer
modificação no meio ambiente adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em partes,
dos aspectos ambientais da organização.
Diante do levantamento dos aspectos e impactos ambientais por meio da
planilha de identificação foi possível verificar os aspectos ambientais relacionados a
geração de energia elétrica pela empresa Neoenergia. Com base nisso, foram
selecionados três setores dentro da empresa para que fosse avaliada as atividades
elaboradas dentro de cada setor e identificadas suas possíveis vulnerabilidades e
potencialidades.
 O LAIA se mostrou como uma ferramenta suficientemente capaz de apontar
uma ordem de prioridade dos impactos ambientais além de se tornar um meio para
uma nova

avaliação, caso sejam tomadas as medidas para mitigar esses impactos a fim de
alcançar um melhor desempenho ambiental da instituição, principalmente no que diz
respeito as atividades dentro dos 3 setores, que são: instalação e manutenção de
equipamentos para fornecimento de energia elétrica, distribuição de materiais para os
setores e montagem de plantas elétricas para construção de redes de distribuição.
Além disto, espera-se que esta análise contribua para definição do Sistema de
Gestão Ambiental da Neoenergia, dando subsídios para a comissão gestora definir os
objetivos e metas do projeto para criação de programas ambientais consolidando assim
esse futuro modelo de SGA para ser aplicado na empresa.

6.1 Geração de Energia Elétrica - Manutenção e Serviços de Campo

Consistiu na primeira avaliação realizada tomando como base a atividade de
instalação e manutenção de equipamentos para fornecimento de energia elétrica.
Foram selecionados 5 (cinco) aspectos ambientais, aos quais foram:
a) Supressão vegetal: importância 4, situações normais e anormais.
b) Geração de ruído: importância 2 (desprezível).
c) Risco de incêndio e explosão: importância 3, devem ser previstas ações /
medidas mitigadoras em um Plano de Ação de Emergência Ambiental, situações
normais e anormais.
d) Migração de fauna: importância 3, devem ser previstas ações / medidas
mitigadoras em um Plano de Ação de Emergência Ambiental, situações normais
e anormais.
e) Geração de resíduos sólidos: importância 4, situações normais e anormais.
Diante dos aspectos selecionados, compreende-se que existe uma ordem de
prioridade entre eles, considerando a incidência, classe, epóca, severidade,
frequência/probabilidade, importância/significância. Conclui-se então que os impactos
de maiores significâncias nessa atividade são compostos por: supressão vegetal,
geração de resíduos sólidos, migração de fauna e risco de incêndio.
Assim, os que possuem importância 3 devem conter ações e medidas
mitigadoras no Plano de Ação de Emergência Ambiental com relação aos de
importância 4.

6.2 Geração de Energia Elétrica - Almoxarifado

 Nessa segunda avaliação, foi considerada a distribuição de materiais para os
setores dentro da empresa. A partir disso, foram identificados 5 (cinco) aspectos
ambientais e seus decorrentes impactos. Dentre esses aspectos ambientais, estão:
a) Gestão de resíduos sólidos: importância 4, situações normais e anormais.
b) Queda de equipamentos e acessórios: importância 3, devem ser previstas
ações / medidas mitigadoras em um Plano de Ação de Emergência Ambiental,
situações normais e anormais.
c) Derramamento de resíduos líquidos: importância 4, situações normais e
anormais.
d) Desperdício de material: importância 3, devem ser previstas ações / medidas
mitigadoras em um Plano de Ação de Emergência Ambiental, situações normais
e anormais.
e) Poeira: importância 4, situações normais e anormais.
Nessa atividade, os aspectos de maior para menor relevância para a
implementação do SGA, são: gestão dos resíduos sólidos, derramamento de resíduos
sólidos, poeira, queda de equipamentos e acessórios, desperdício de material.
Todos esses aspectos, obedecendo sua ordem de importância, deverá ser
trabalhado de forma alinhada com o manual do levantamento de aspectos e impactos
ambientais considerando as condições normais e anormais para os de importância 3 e
4, e aos critérios para os de importância 3, que é considerado como severidade alta.

6.3 Geração de Energia Elétrica - Atividade Administrativa

Na terceira e última avaliação realizada por meio da planilha, estão a montagem
de plantas elétricas para construção de redes de distribuição. Dentro dessa atividade
também foram separados 5 aspectos ambientais, que são:
a) Consumo de energia: importância 2 (desprezível)
b) Problemas ergonômicos: importância 4, situações normais e anormais.
c) Geração de resíduos sólidos recicláveis: importância 4, situações
normais e anormais.
d) Geração de efluente líquido sanitário: importância 4, situações normais
e anormais.
e) Poeira: importância 4, situações normais e anormais.
Considerando essa atividade, os aspectos deverão ser trabalhados na mesma
sequência das anteriores, ou seja, de maior para menor importância. Sendo compostos
por: problemas ergonômicos, geração de resíduos sólidos recicláveis, geração de
efluente líquido sanitário e poeira.
 Nota-se que todos os aspectos podem ser considerados como condições
normais ou anormais confome o manual LAIA por serem de importância 4, ou seja, são
campos de maiores vulnerabilidades para a avaliação.
Desta maneira, somente com o LAIA foi possível mensurar os aspectos e
impactos ambientais mais significativos e, futuramente quais medidas poderão ser
tomadas para evitá-los, pois ter esse controle é essencial para o sucesso da gestão
ambiental a ser aplicada na empresa.

7. REFERÊNCIAS

CAVALINI, Ricardo. IDENTIFICAÇÃO DE ASPECTOS E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS

AMBIENTAIS NA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
EM UMA EMPRESA METALÚRGICA: Um Estudo de Caso. 2008. 83 f. Dissertação
(Mestrado) - Curso de Ciências Ambientais, Universidade de Taubaté, Taubaté, 2008.
Cap. 6. Disponível em:
http://repositorio.unitau.br:8080/jspui/bitstream/20.500.11874/971/1/
Ricardo_Cavalini.pdf. Acesso em: 20 abr. 2022.

GOMES, Carlos José; FITTIPALDI, Danielli Vazzoller; MOL, Marcos Paulo Gomes. In:
ENGENA - ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO
AMBIENTE, 1., 2015, Minas Gerais. Proposta de um modelo de gestão ambiental
para setores administrativos de organizações. Minas Gerais: N/A, 2015. p. 1-16.
Disponível em: https://www.engema.org.br/XVIENGEMA/437.pdf. Acesso em: 25 abr.
2022.

IBERDROLA. Relatório Pegada Ambiental Corporativa: Exercício de 2019. Madrid:

Aenor Internacional, S.A.u. C, 2019. 64 p. Disponível em:
file:///D:/Usu%C3%A1rios/luiza.menoni/Downloads/Informe-Pegada-Ambiental-
Corporativa.pdf. Acesso em: 20 abr. 2022.

NASCIMENTO, Lenuzia Santos do; NASCIMENTO, Paula Flaviane Pinheiro do;

PEREIRA, Karoline Isabelle de Almeida; SOARES, Daniel Carvalho; SOUZA, Mariane
Cristina Lima de. A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o
Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos. In: XXXIII Encontro Nacional
De
Engenharia De Produção, 18., 2013, Salvador. PLANEJAMENTO DE UM SISTEMA
DE GESTÃO AMBIENTAL: Estudo de caso em uma Microempresa Moveleira.
Salvador: Abepro, 2014. p. 1-13. Disponível em:
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NEOENERGIA. Política Ambiental. Brasil: Conselho Administrativo Neoenergia, 2019.

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NEOENERGIA. Política para Transações com Partes Relacionadas. Disponível em:

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S.A. Disponível em:
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PIERI, Cleber Marcon de; JAPPUR, Rafael Feyh. VIII ENSUS – Encontro de
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RODRIGUES, Tatyane. Https://ava.catolica.edu.br/content/enforced/22626-

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