Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PRANAYAMA
Expansão da Bioenergia através de Respiratórios
O prana é visível. Num dia de sol, faça pranayama e fixe seu olhar no vazio azul do
céu. Aguarde. Assim que o aparato da visão de acomodar você começará a enxergar
miríades de minúsculos pontos brilhantes incrivelmente dinâmicos, que cintilam
descrevendo rápidos movimentos circulares e sinuosos. Ao executar seus exercícios
respiratórios, mentalize que está absorvendo essa imagem de energia.
Inspiração: Puraka
Retenção com ar: Kumbhaka
Expiração: Rechaka
Retenção sem ar: Shunyaka
Casa Shanti
Curso de Formação de Instrutores de Yoga 2
Agora imagine que seu corpo é a banheira. Ao praticar Yoga, você faz com que a
energia da prática dos ásanas, kryas e pranayamas passem por todo o seu corpo, mas ela
vai embora depois de um tempo. Se você fechar sua “tampa”, a energia que você produz
durante a aula de yoga irá ficar no seu corpo por muito mais tempo. Suas “Tampas” são
os seus “Bandhas”!
A instrutora de Yoga Gisele Melo apresenta uma explicação sobre os Bandhas:
Segundo ela, Bandha é o nome dado a um conjunto de técnicas usadas no Hatha
Yoga com dois objetivos diferentes: um no plano sutil (energético) e outro no plano denso
(físico). Em sânscrito a palavra bandha significa “fecho”, “fixação” ou “contração”.
Essas técnicas foram descritas pela primeira vez no século XIV em um texto
clássico do Yoga chamado Hatha Yoga Pradipika. E aparecem também em outros tratados
de Yoga como o Gheranda Samhita e Goraksha Shataka.
ATENÇÃO:
A coluna do praticante precisa estar sempre alinhada para a prática de
respiratórios!
CONTRA-INDICAÇÕES:
O professor precisa estar muito atento quando orienta práticas de Pranayamas.
Gestantes não podem, por exemplo, fazer nenhum tipo de retenção e dependendo da
fase da gravidez, algumas respirações como a Bhastrika, por exemplo, podem ser
prejudiciais para o bebê e para a mamãe. Praticantes com problemas de pressão arterial,
confusão mental, problemas respiratórios, problemas cardíacos, precisam ser
acompanhados com muito cuidado. O ideal é utilizar instrumentos como o “Metrônomo”
que permitem que cada pessoa possa montar um fluxo de uma maneira que se sinta
confortável.
PRANAYAMAS (I)
Casa Shanti
Curso de Formação de Instrutores de Yoga 3
Em geral, nos encantamos muito mais com as definições de pranayama dos textos
de Hatha Yoga e acabamos nos esquecendo da simplicidade com que Patanjali o define.
Na sua linguagem precisa, Patanjali diz que pranayama é a cessação do impulso
respiratório. Ou seja, a suspensão da vontade de respirar. As técnicas desenvolvidas
deverão levar o praticante a esta espontânea “não vontade de respirar”. Veja que “não
vontade de respirar” é diferente de “vontade de não respirar”, assim como “não vontade
de pensar”, é diferente de “vontade de não pensar”. Podemos ter vontade e não
conseguir, mas podemos desenvolver técnicas que nos levam espontaneamente a
algumas sensações.
As técnicas respiratórias devem ser entendidas como preparatórias para a
meditação. O Hatha Yoga diz que a atividade da mente (citta) e a atividade respiratória
(prana) andam juntas e como não conseguimos interferir diretamente na atividade da
mente, interferimos na atividade respiratória, mostrando que não há contradição entre
os textos de Patanjali e o Hatha Yoga. (grifo meu)
Um exercício respiratório mal feito, não só não ajuda, como atrapalha, ou seja,
tem efeito ao contrário, ao invés de aquietar, excita. Grave bem isso: com relação à
respiração “nada acalma mais a mente do que soltar o ar devagar; nada ajuda mais a se
concentrar mais do que ficar sem respirar, mas, nada excita mais do que sentir falta de
ar”. Em resumo: fique o maior tempo possível sem respirar, mas, sem sentir falta de ar.
Uma forma de diminuir a respiração com segurança, é soltar o ar pelo dobro do tempo
que ele leva para entrar. Respiramos perto de 17 vezes por minuto, se você inspirar em
4 segundos e soltar o ar em 8, acabará respirando 5 vezes por minuto. É uma forma
segura de se preparar para as fazes posteriores.
Nosso mecanismo respiratório é muito delicado e preciso, deve ser tratado com
muito carinho. Os antigos yogues já haviam percebido que a respiração pode ser
automática e também voluntária, mas que o voluntário é limitado. Só podemos interferir
na nossa respiração até o ponto em que o automático permitir. Ao primeiro sinal de
cansaço, ou de falta de ar, o praticante deve interromper seu exercício e recomeçá-lo de
forma mais suave.
Na beira do Ganges o mestre pergunta a seu discípulo: -“O que é mais importante
na nossa vida? ” Querendo agradar o mestre, o discípulo responde: -“A vossa presença,
mestre. ” Não satisfeito com a resposta, o mestre mergulha a cabeça do discípulo na
água e assim permanece por alguns longos segundos. Quando retira a cabeça do discípulo
da água, volta a fazer a mesma pergunta, que por sua vez, ofegante e sem fôlego
responde: -“respirar mestre, o mais importante na nossa vida é respirar”.
Referências bibliográficas
A ESSÊNCIA DO HATHA YOGA – Alicia Souto – Ed. Phorte
PRANAYAMAS – Swami Kuvalayananda – Ed. Phorte
A CIÊNCIA DO YOGA – I. K. TAIMNI – Ed. Teosófica.
REVISTA PRANA YOGA JOURNAL.
Casa Shanti
Curso de Formação de Instrutores de Yoga 4
Casa Shanti
Curso de Formação de Instrutores de Yoga 5
Casa Shanti
Curso de Formação de Instrutores de Yoga 6
Casa Shanti
Curso de Formação de Instrutores de Yoga 7
22 – Vilôma Pranayama
a- Sentar-se em padmasana com as mãos em jnana mudra
b- Executar jalandhara bandha
c- Inspirar em 2 segundos e parar sem encher os pulmões
d- Reter o ar por 2 segundos
e- Inspirar mais um pouco por 2 segundos
f- Reter em 2 segundos
g- Continuar o processo até preencher totalmente os pulmões
h- Realizar kumbhaka por 5 a 10 segundos com mula bandha
i- Exalar
j- 10 a 15 vezes no máximo. Cuidado com adiantamentos
Casa Shanti