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UNIDADE II

Metrologia Industrial

Prof. Ronaldo Andrade


Rugosidade Superficial

 Rugosidade é a medida
da aspereza superficial.

Fonte: Tolerâncias, ajustes, desvios e


análise de dimensões – Oswaldo Luiz
Agostinho, Antonio Carlos dos Santos
Rodrigues e João Lirani – editora
Edgard Blücher – 1ª edição – 1977 –
pág. 193. Adaptado
Rugosidade Superficial

Fonte: Autoria própria.


Rugosidade Superficial

Fonte: Autoria própria.


Rugosidade Superficial

 Desvios de forma das superfícies

 Desvios de 1ª ordem – erros de forma, controlados


através de dispositivos como os esquematizados na
unidade anterior.

 Desvios de 2ª ordem – ondulações, desvios que se


repetem com certo padrão e sobre os quais se superpõe
a rugosidade. Vibrações das máquinas durante a
usinagem são um exemplo das causas prováveis.
Fonte: Autoria própria.
Rugosidade Superficial

 Desvios de forma das superfícies

 Desvios de 3ª ordem – ranhuras ou sulcos com o formato


da ponta das ferramentas e passo devido a seu avanço.

 Desvios de 4ª ordem – estrias ou escamas, causadas, por


exemplo, na formação de cavacos durante usinagem, no
jateamento de areia ou por processo galvânico.

Fonte: Autoria própria.


Rugosidade Superficial

 Desvios de forma
das superfícies  Desvios de 5ª ordem –
variações estruturais
devidas a processos de
cristalização, processos
Fontes: químicos e corrosão.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/common
s/thumb/2/28/Intergranular_corrosion.JPG/102
4px-Intergranular_corrosion.JPG
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/common
s/b/b4/Examples_of_microstructures_in_metalli
c_materials.pdf
 Desvios de 6ª ordem –
devidos a processos
físicos e químicos que
modificam a estrutura
reticular do material. Esse
tipo não é incluído na
medição da rugosidade.
Rugosidade Superficial

Fonte:
https://pixabay.com/pt/
medida-
sele%C3%A7%C3%A
3o-controle-bitola-
2954805/

Fonte:
https://upload.wiki
media.org/wikiped
ia/commons/6/65/
Surface_finish_for
m_waviness_roug
hness.svg -
Adaptado
Rugosidade Superficial

 Parâmetros de medição
da rugosidade

Rugosidade
média - Ra

Fonte: Autoria própria.


Rugosidade Superficial
Classe de Rugosidade Ra
rugosidade [µm]
N12 50
Rugosidade N11 25
média - Ra N10 12,5
N9 6,3
N8 3,2
N7 1,6
N6 0,8
N5 0,4
N4 0,2
N3 0,1
N2 0,05
N1 0,025
Rugosidade Ra Comprimento mínimo de
[µm] amostragem [mm]
de 0 até 0,1 0,25
maior que 0,1 até 2,0 0,80
maior que 2,0 até 10,0 2,50
maior que 10,0 8,00
Fonte: norma ABNT NBR 8404:1984
Rugosidade Superficial

Rugosidade
média - Ra

Fonte:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/c
ommons/f/f0/Surface_Finish_Tolerances
_In_Manfacturing.png - Adaptado
Rugosidade Superficial

Rugosidade
máxima - Ry

Rugosidade
total - Rt

Fonte: Autoria própria.


Rugosidade Superficial

Rugosidade média
parcial - Rz

Rugosidade
média do terceiro
pico e vale – R3Z

Fonte: Autoria própria.


Interatividade

Uma superfície especificada com rugosidade classe N4 deve ser controlada com rugosímetro
convencional. Qual o comprimento de amostragem para a medição?

a) 0,80 mm
b) 8,00 mm
c) 2,5 mm
d) 0,25 mm
e) 4,00 mm
Resposta

Uma superfície especificada com rugosidade classe N4 deve ser controlada com rugosímetro
convencional. Qual o comprimento de amostragem para a medição?
Classe de rugosidade Rugosidade Ra [µm]
a) 0,80 mm N12 50
N11 25
b) 8,00 mm N10 12,5
c) 2,5 mm N9 6,3
N8 3,2
d) 0,25 mm N7 1,6
e) 4,00 mm N6 0,8
N5 0,4
N4 0,2
Rugosidade Ra Comprimento mínimo de
N3 0,1 [µm] amostragem [mm]
N2 0,05
de 0 até 0,1 0,25
N1 0,025
maior que 0,1 até 2,0 0,80
maior que 2,0 até 10,0 2,50
maior que 10,0 8,00

Fonte: norma ABNT NBR 8404:1984


Rugosidade Superficial

 Indicação da rugosidade
a = indicação do valor da rugosidade [µm]
b = método de fabricação, tratamento ou revestimento
c = comprimento de amostragem ou cut off [mm]
d = direção das estrias
e = sobremetal para usinagem [mm]
f = outros parâmetros de rugosidade, entre parênteses

Fonte: Autoria própria.


Rugosidade Superficial

Ra = 3,2 µm é a rugosidade geral


Fonte: Autoria própria.
Rugosidade Superficial

Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/c
ommons/9/9b/Kierunkowo%C5%9B%C4%87_
struktury_powierzchni.svg

Ra = 0,01 – blocos-padrão
Ra = 0,05 – pistas de rolamentos
Ra = 0,3 – guias de máquinas-ferramentas
flancos de engrenagens
Ra = 3 – superfícies usinadas em geral
Rugosidade Superficial

Fonte: Tolerâncias, ajustes, desvios e análise de dimensões – Oswaldo


Luiz Agostinho, Antonio Carlos dos Santos Rodrigues e João Lirani –
editora Edgard Blücher – 1ª edição – 1977 – pág. 213. Adaptado.
Rugosidade Superficial

Instrumentos de Controle
medição da visual ou tátil
rugosidade

Fonte: Autoria própria.


Fontes:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9
/98/Rugosimetro_portatile.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/
fb/H_Rugosimetro_T1000.jpg

Rugosímetro de
contato por agulha
Rugosidade Superficial

Perfil 3d medido
com um
microscópio
confocal de luz
branca. A faixa
vertical é de
aproximadamente
Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/co 60 µm (0,06 mm).
mmons/0/07/Digital_Holographic_Microscopy_f
or_measuring_hip_prosthesis_roughness.png

Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5d/Confocal_measurement_of
_1-euro-star_3d_and_euro.png/1024px-Confocal_measurement_of_1-euro-
star_3d_and_euro.png
Rugosidade Superficial

Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikip
edia/commons/thumb/3/38/GaugeBlock
Superfície fresada de
AccessorySet.jpg/1024px- alumínio, visão 3D com
GaugeBlockAccessorySet.jpg
sobreposição de textura,
C Epiplan-Apochromat
20×/0.7 – Microscópio
ZEISS Smartproof 5

Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cb/Milled_aluminum_surface_%
2824278900649%29.jpg
Blocos-Padrão

Blocos-padrão são peças utilizadas em laboratórios de controle metrológico e na produção


como referência para:
 calibração de instrumentos de medida;
 ajuste de dimensões em dispositivos de controle;
 regulagem de dispositivos de traçagem;
 outras aplicações que exigem exatidão em um
padrão de comparação.

Fonte: Autoria própria.


Blocos-Padrão

 1 bloco de 1,0005 mm
 9 blocos, de 1,001 a 1,009 mm
(passo de 0,001 mm)
 49 blocos, de 1,01 a 1,49 mm
(passo de 0,01 mm)
 49 blocos, de 0,5 a 24,5 mm
(passo de 0,5 mm)
 4 blocos, de 25, 50, 75 e 100 mm
 2 blocos protetores de 2 mm

Fonte:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/ac/G
augeBlockMetricSet.jpg/1024px-GaugeBlockMetricSet.jpg
Blocos-Padrão

Fonte: Autoria própria.


Blocos-Padrão

Fontes:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dc/G
auge_Block_Adhesion.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/
3/38/GaugeBlockAccessorySet.jpg/1024px-
GaugeBlockAccessorySet.jpg

Fonte: Autoria própria.


Controle metrológico

Outros instrumentos, equipamentos


e dispositivos de controle
Fontes:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b0/Gauge
GapPlainGoNoGo.jpg (a)
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/26/Gauge
PlugThreadGoNoGo.jpg (b)
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b3/Gauge
GapThreadGoNoGo.jpg (c)
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7a/Pin_g
age.jpg (d)
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/55/Jewell
ery_measuring_tools_%282%29.jpg (e)
Arquivo de domínio próprio do autor (f) a (j)
Interatividade

Para inclinar a mesa de seno abaixo em determinado ângulo, necessitamos uma montagem de
blocos-padrão para medida b = 51,689 mm, conforme jogo indicado, utilizando ainda dois
blocos protetores de 2 mm. Qual das montagens de blocos atende o especificado?
a) 2 + 1,009 + 1,18 + 45,5 + 2 [mm]
b) 4,0 + 1,009 + 1,18 + 20,5 + 25 [mm]
c) 1,009 + 1,18 + 24,5 + 25 [mm]
d) 2 + 1,009 + 1,18 + 20,5 + 25 + 2 [mm]
e) 2 + 1,009 + 1,18 + 20,0 + 25,5 + 2 [mm] Fonte:
Autoria
própria.
Jogo de blocos:
 9 blocos, de 1,001 a 1,009 mm (passo de 0,001 mm)
 49 blocos, de 1,01 a 1,49 mm (passo de 0,01 mm)
 49 blocos, de 0,5 a 24,5 mm (passo de 0,5 mm)
 4 blocos, de 25 a 100 mm (passo de 25 mm)
 2 blocos protetores de 2 mm
Resposta

Para inclinar a mesa de seno abaixo em determinado ângulo, necessitamos uma montagem de
blocos-padrão para medida b = 51,689 mm, conforme jogo indicado, utilizando ainda dois
blocos protetores de 2 mm. Qual das montagens de blocos atende o especificado?
a) 2 + 1,009 + 1,18 + 45,5 + 2 [mm]
b) 4,0 + 1,009 + 1,18 + 20,5 + 25 [mm]
c) 1,009 + 1,18 + 24,5 + 25 [mm]
d) 2 + 1,009 + 1,18 + 20,5 + 25 + 2 [mm]
e) 2 + 1,009 + 1,18 + 20,0 + 25,5 + 2 [mm] Fonte:
Autoria
própria.
Jogo de blocos:
 9 blocos, de 1,001 a 1,009 mm (passo de 0,001 mm)
 49 blocos, de 1,01 a 1,49 mm (passo de 0,01 mm)
 49 blocos, de 0,5 a 24,5 mm (passo de 0,5 mm)
 4 blocos, de 25 a 100 mm (passo de 25 mm)
 2 blocos protetores de 2 mm
Confiabilidade de Medidas

 A qualidade está intimamente relacionada ao desempenho dos processos e de seu controle,


através das medições realizadas em todas as etapas da produção.
 Mesmo operando conforme previsto, os
processos comportam muitas fontes de
Ponto de
variação, que fazem com que os produtos inflexão
apresentem diferenças que se constituem
na chamada variabilidade dos processos.

68,26%

95,44%

99,73%
Fonte: Autoria própria.
Confiabilidade de Medidas

 Quando a fonte de variação faz parte


da natureza do processo, é inevitável
e sua ocorrência será aleatória, sendo
considerada causa comum.

Fonte: Autoria própria.


Confiabilidade de Medidas

 Se o processo variar bruscamente sob efeito de uma causa imprevisível, esta deve ser
identificada e eliminada prontamente.

Fonte: Autoria própria.


Confiabilidade de Medidas

 Assim como os processos produtivos, o sistema de medição também está sujeito às


variáveis aleatórias e causais, que devem ser identificadas e tratadas para que se minimize
seus efeitos, tornando suas informações confiáveis para a análise e ajuste dos processos.
Compõem um sistema de medição os instrumentos, dispositivos e padrões, pessoal
envolvido, os procedimentos, normas, dispositivos auxiliares, ambiente, softwares e tudo o
mais que fizer parte do trabalho de inspeção.

Fonte: Autoria própria.


Confiabilidade de Medidas

Erros de exatidão (localização)


 Estabilidade – variação verificada em um dispositivo medindo uma única característica de
uma mesma peça ao longo do tempo. É uma medida de desempenho do sistema;
 Tendência – diferença entre o valor médio de uma série de medições e um valor de
referência. É uma medida da falta de exatidão do sistema;
 Linearidade – diferença nos valores de tendência em relação à amplitude esperada nas
medições. É uma medida de como as dimensões de uma peça interferem na tendência de
um sistema de medição.
Erros de precisão (dispersão)
 Repetitividade – É a variação que pode ser observada em um
dispositivo de medição, ou em um operador medindo
repetidas vezes a mesma peça;
 Reprodutibilidade – É a variação que pode ser devida ao
sistema de medição, ou aquela observada quando vários
operadores fazem a medição da mesma peça, usando o
mesmo dispositivo.
Confiabilidade de Medidas

Causas de variações no Sistema de Medição


 meios de controle: robustez, contato geométrico, estabilidade, sensibilidade, tolerâncias de
fabricação, calibração, desgaste, reparos;
 operadores: experiência, treinamento, habilidade, atitude, procedimento, condições;
 mensurando (a peça a ser medida): deformação elástica, limpeza, massa, adequação à
medição;
 padrões: calibração, estabilidade, coeficiente de dilatação térmica, compatibilidade
geométrica;
 meio ambiente: luminosidade, vibração, poluição, temperatura etc.
 Calibração é um
procedimento que
estabelece, sob
condições específicas,
a relação entre os valores
medidos e os valores
representados por padrões. Fonte: Autoria própria.
Estabilidade

Determinação da estabilidade
 Para avaliarmos a estabilidade do processo de medição, recorremos aos gráficos de
controle, também chamados “cartas” de controle, determinando o limite superior de controle
(LSC) e o limite inferior de controle (LIC), e ao histórico da calibração dos instrumentos,
comparando seus resultados aos critérios de aceitação.

Gráfico de Amplitude (R)

Gráfico X-barra ( X)
Estabilidade

Fonte: Autoria própria.


Estabilidade

Situações que representam falta de estabilidade do processo de medição:


 Sequência de 7 pontos abaixo da média.
 Sequência de 7 pontos acima da média.
 Ponto fora dos limites de controle.
 Afastamento abrupto do padrão normal.
 Sequência de 7 pontos decrescentes.
 Sequência de 7 pontos crescentes.
 Sequência de pontos muito próximos da média.
 Sequência de pontos muito próximos dos limites
de controle.

Fonte: Administração da produção e operações – Larry


P. Ritzman e Lee J. Krajewski – Pearson Education do
Brasil – 1ª edição – 2004 – pág. 116. Adaptado.
Estabilidade

 Exemplo de análise da
estabilidade do sistema
de medição

Fonte: Autoria própria.


Tendência

 A avaliação da tendência é feita caso seja necessário conhecer qual o erro sistemático do
sistema de medição.
Tendênciai = xi – valor de referência
Tendência
Fonte: Autoria
própria.

Valor de Valor médio


referência observado

Fonte: Manual de referência do documento Análise dos Sistemas de


Medição – MSA, 4ª Edição - apêndice C. Resumido.
Tendência

Fonte: Autoria própria.


Tendência

Se a tendência for estatisticamente não nula, algumas causas possíveis podem ser:
 Erro no valor de referência.
 Instrumento desgastado.
 Instrumento construído para dimensão errada.
 Instrumento medindo característica errada.
 Instrumento calibrado de forma inadequada.
 Instrumento usado pelo avaliador de forma inadequada.
 Instrumento com algoritmo de correção incorreto.
 Influência das condições ambientais.
Tendência

 Exemplo de análise de tendência


do sistema de medição

Fonte: Autoria própria.


Interatividade

Considerando suficientes as seis amostras apresentadas para avaliação da estabilidade de um


sistema de medição, com quatro medições por amostra, como podemos avaliá-lo?

a) Processo não estável, apresentando resultados fora dos limites de controle.


b) Processo não estável, apresentando sequência de resultados acima da média.
c) Processo estável, com sequência de resultados próximos da média.
d) Processo estável, sem qualquer padrão indicativo de desestabilização.
e) Processo não estável, com resultados crescentes para a média.

Fonte: Autoria própria.


Resposta

Considerando suficientes as seis amostras apresentadas para avaliação da estabilidade de um


sistema de medição, com quatro medições por amostra, como podemos avaliá-lo?
a) Processo não estável, apresentando resultados fora dos limites de
controle.
b) Processo não estável, apresentando sequência de resultados acima
da média.
c) Processo estável, com sequência de resultados próximos da média.
d) Processo estável, sem qualquer padrão indicativo de desestabilização.
e) Processo não estável, com resultados crescentes para a média.

1,6
Gráfico R Gráfico X-Barra
15,8
1,4
15,6
1,2
Faixa

Média
1 15,4
0,8 15,2
0,6 15
0,4
0,2 14,8
0 14,6
0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Amostra Número Amostra Número
Fonte: Autoria própria.
Confiabilidade de Medidas

Erros de exatidão (localização)


 Estabilidade – variação verificada em um dispositivo medindo uma única característica de
uma mesma peça ao longo do tempo. É uma medida de desempenho do sistema;
 Tendência – diferença entre o valor médio de uma série de medições e um valor de
referência. É uma medida da falta de exatidão do sistema;
 Linearidade – diferença nos valores de tendência em relação à amplitude esperada nas
medições. É uma medida de como as dimensões de uma peça interferem na tendência de
um sistema de medição.
Erros de precisão (dispersão)
 Repetitividade – É a variação que pode ser observada em um
dispositivo de medição, ou em um operador medindo
repetidas vezes a mesma peça;
 Reprodutibilidade – É a variação que pode ser devida ao
sistema de medição, ou aquela observada quando vários
operadores fazem a medição da mesma peça, usando o
mesmo dispositivo.
Linearidade

Determinação da linearidade
 A avaliação da linearidade se baseia na medida da diferença nos valores da tendência ao
longo da faixa de operação esperada para o dispositivo de medição ou instrumento.

Yi,j  Tendênciai,j  Xi,j  valor de referência (Xi)

 i = número da peça
 j = número da medição
 m = número de medições de
cada peça

intersecção da reta com o


inclinação da reta eixo vertical
Linearidade

Parâmetros para cálculo da reta de ajuste e seus intervalos de confiança:


somatória dos valores de referência, multiplicado pelo número de medições
somatória dos valores de tendência
somatória de cada valor de tendência, multiplicado pelo valor de referência
somatória dos quadrados dos valores de referência, multiplicado pelo número de
medições
somatória dos quadrados de cada valor de tendência
somatória dos quadrados de cada valor de
referência menos a média dos valores de referência
multiplicado pelo número de medições
Linearidade

teste de hipóteses
 = graus de liberdade H0 : a = 0  tendência é igual ao longo da faixa de medição
(inclinação da reta = 0)

A hipótese é verdadeira se:

H0 : b = 0  intersecção da linha
com o eixo vertical = 0
A hipótese é verdadeira se:
Linearidade

A não aceitação do sistema de medição pelo critério da linearidade pode ter como causas:

 Desgaste do instrumento ou dispositivo de medição.


 Envelhecimento, obsolescência ou manutenção insuficiente.
 Erro no padrão (gasto ou danificado).
 Padrão de ajuste inadequado ou descalibrado.
 Falta de robustez do instrumento ou dispositivo.
 Método de medição inadequado.
 Irregularidade na peça.
 Condições ambientais inadequadas.
 Problemas operacionais: habilidade, ergonomia, fadiga, erro
de observação pelo operador.
Linearidade

 Exemplo de análise de linearidade


do sistema de medição

Fonte: Autoria própria.


Linearidade

Fonte: Autoria própria.


R&R

 Repetitividade é a capacidade que o processo de medição tem de repetir as medidas,


quando realizado pelo mesmo operador, usando o mesmo instrumento, medindo as mesmas
peças com a mesma metodologia e sob as mesmas condições ambientais.
 Reprodutibilidade é a medida da variação nas médias das medições, quando realizada por
dois ou mais operadores nas mesmas condições descritas para o estudo da repetitividade.

Operador tolerância
C

Operador
B
Operador
A

Variação total
do processo
Repetitividade Reprodutibilidade
Fonte: Autoria própria.
R&R

Método da amplitude
 Fornece uma estimativa rápida e aproximada do R&R, com 80% de chance de detectar um
sistema de medição inadequado para uma amostra de 5 peças e, para uma amostra de 10
peças, 90% de chance.

Método da média e da amplitude


Fornece uma boa estimativa do R&R, com até 95% de nível de confiança.
 Média (A,B,C) = média das leituras de cada peça
e de cada operador
 Amplitude (A,B,C) = (valor da maior leitura) – (valor da menor
leitura) de cada peça e de cada operador
R&R

Xa,b,c = média das médias das leituras de cada operador


Ra,b,c = média das amplitudes das leituras de cada operador

Xp = média das médias de cada peça de todos os operadores

Xp = média das médias das peças

R p = amplitude da média das peças (maior valor – menor valor)

R = média das amplitudes médias de cada operador

= diferença entre a maior e a menor média das


XDIF médias X das leituras de cada operador
a,b,c
R&R

 D4 = 2,58 para 3 repetições nas medições e 3,27 para 2 repetições


 LSCR = limite de controle para as amplitudes individualmente consideradas
 VE = variação do equipamento (repetitividade) Ciclos K1
2 0,8862
3 0,5908
 VA = variação entre avaliadores (reprodutibilidade)

n = número de peças
r = número de ciclos
Avaliadores 2 3
K2 0,7071 0,5231

R&R = repetitividade e
reprodutibilidade
Fonte: Autoria própria.
R&R

 VP = Variação Peça a Peça Peças K3


2 0,7071
3 0,5231
4 0,4467
5 0,4030
 VT = variação total 6 0,3742
7 0,3534
8 0,3375
9 0,3249
10 0,3146 Fonte: Autoria
própria.

 ndc = número distinto de categorias (discriminação)


R&R

Análise gráfica dos resultados


 Cartas de médias – nos esclarece e informa
sobre a possibilidade de uso do sistema
de medição.
 Carta de amplitudes – se todas as
amplitudes projetadas estiverem sob
controle, então os operadores estarão
trabalhando de forma igual .

Fonte: Autoria própria.

A análise da carta de média exemplificada indica que o sistema


de medição parece ter suficiente discriminação para o processo,
nenhuma diferença de avaliador para avaliador é identificada de
imediato. Já na carta de amplitude, ao contrário, verificam-se
diferenças de variabilidade entre os operadores.
R&R

 Critérios de aceitação de R&R por variáveis


 O valor a ser analisado é o %R&R, que pode ser calculado através da Variação Total (VT) ou
da tolerância.

O critério de aceitação é:
 Abaixo de 10% - sistema de medição aceito
 Entre 10% e 30% - sistema pode ser aceito, dependendo da importância da medição
 Acima de 30% - sistema é inaceitável e deve ser melhorado
 Discriminação: ndc ≥ 5
R&R

Causas possíveis de não repetitividade e reprodutibilidade (R&R):


 Variação da peça: forma, posição, acabamento, consistência.
 Variação do instrumento: uso, baixa qualidade ou problemas de manutenção no dispositivo
de fixação ou equipamento.
 Variação do padrão: qualidade, classe, uso.
 Variação do operador: técnica, posição, falta de experiência, habilidade ou treinamento em
manipulação, fadiga.
 Variação do meio ambiente: flutuações rápidas de temperatura, umidade, vibração,
iluminação, limpeza.
 Falta de robustez do projeto do instrumento, falta
de uniformidade.
 Equipamento inadequado para a medição.
 Falta de rigidez do instrumento.
 Violação dos pressupostos durante o estudo.
 Aplicação: tamanho da peça, posição, erro de observação.
R&R

 Exemplo de estudo e análise da


repetibilidade e reprodutibilidade
no sistema de medição.

Fonte: Autoria própria.


R&R

Fonte: Autoria própria.


R&R

Fonte: Autoria própria.


Interatividade

Observando os dados coletados para um estudo de reprodutibilidade curto abaixo, mantidas


todas as demais condições constantes, que hipótese dedutiva podemos apresentar?
a) Operadores treinados e equipamento que não apresenta erros aleatórios de influência.
b) Operadores treinados.
Valor
c) Equipamento perfeito. Medição Operador
encontrado
d) Operadores não treinados.
e) Operadores treinados e equipamento 1 A 21,633
apresentando grande índice de erros aleatórios. 2 B 21,639
3 C 21,626
4 D 21,632
5 E 21,640
Média 21,634
Fonte: Autoria própria.
Resposta

Observando os dados coletados para um estudo de reprodutibilidade curto abaixo, mantidas


todas as demais condições constantes, que hipótese dedutiva podemos apresentar?
a) Operadores treinados e equipamento que não apresenta erros aleatórios de influência.
b) Operadores treinados.
Valor
c) Equipamento perfeito. Medição Operador
encontrado
d) Operadores não treinados.
e) Operadores treinados e equipamento 1 A 21,633
apresentando grande índice de erros aleatórios. 2 B 21,639
3 C 21,626
4 D 21,632
5 E 21,640
Média 21,634
Fonte: Autoria própria.
ATÉ A PRÓXIMA!

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