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Saduceus e Zelotes

Durante os períodos Herodiano e Romano, foram os saduceus que apoiavam a família


dominante e seus representantes exerciam o sumo-sacerdócio.

Aceitando somente o Pentateuco como Escritura Sagrada, os saduceus rejeitavam as


tradições orais (KÖESTER, 2005). Ao contrário dos fariseus, não acreditavam na
ressurreição escatológica dos mortos, como mostrado em Marcos 12:18.

Os saduceus tornaram-se o partido da aristocracia, tendo prestígio perante os


governantes, quando João Hircano rompeu com os fariseus e se aliou a estes.

Quando Alexandre Janeu (104-76 a.C.) foi acertado com cidras atiradas pelo povo,
provavelmente inflamado pelos fariseus, o rei mandou crucificar 800 de seus opositores,
incluindo fariseus, e matou mulheres e crianças (HORSLEY; HANSON, 1995).

Na época em que os romanos dominaram a Judeia, segundo Flávio Josefo, os chefes dos
bandos de salteadores que afligiam a zona rural, uniram-se em um único bando e se
infiltraram em Jerusalém, dando à origem aos zelotes (HORSLEY; HANSON, 1995).

Começaram atacando membros da aristocracia. Depois, a partir de 67 d.C.,


promoveram expurgos, atos deliberados que demonstravam a revolta contra a elite
herodiana.

Devido à relação dos zelotas com o templo, há a tese de que a liderança do grupo seria
de origem sacerdotal, mas isso podia dever-se ao fato de que a maioria dos zelotas não
eram de Jerusalém, sem casas de família e de amigos.

Defendiam a ideia de que os líderes religiosos tinham que ser eleitos


democraticamente, e assim o fizeram quando tomaram o controle do templo e da
cidade. Esses tiveram papel significativo na Guerra Judaica que culminou com a
Destruição de Jerusalém pelos romanos.

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