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Conceitos, Objectos e estrutura do Direito

comparado.
R: Conceito: É uma disciplina Jurídica que tem por
objecto a comparação de direitos, ou seja, o estudo
comparativo sistemático de diferentes ordens
jurídicas com vista a identificar as semelhanças e as
diferenças existentes entre essas ordens jurídicas e
a explicar as razões que presidem as semelhanças e
as diferenças encontradas.
Objecto: tem por objecto estabelecer semelhaças e
diferenças entre sistemas jurídicos tomados na sua
globalização (macrocomparação) e entre resoluções
para problemas jurídicos concretos em
ordenamentos jurídicos diversos
(microcomparação).
Estrutura do Direito Comparado:
O direito comparado é uma actividade de
conhecimenti que consiste fundamentalmente em
comparar, isto é, destacar entre realidades as
semelhaças e diferenças sistemas ou ordens
jurídicas (direitos), através dos seus componentes
que são:
a) O objecto
b)Comparação
c) O método comparativo: a Macrocomparação e
a Microcomparação.
Comparação: é actividade que consiste em
estabelecer sistematicamente semelhanças e
diferenças entre ordens jurídicas ou sistemas
jurídicos, segundo um método adequado a um
objectivo.
Elementos:
Os elementos que compõem a estrutura do direito
comparado podem ser: elementos históricos,
elementos externos ou metajurídicos e elementos
internos ou estritamente jurídicos.
Elementos históricos:
a) Recepção do direito romanao
b)Introdução da pandectística (influência que
escola do direiti alemão fez ao direito civil
romano e o código civil)
c) Influência do iluminismo e da revolução
francesa
d)Colonização e outros factores.
Elementos externos ou Meta-Juridícos:
a) Moral e religião
b)Posição dos indivíduos nos grupos sociais
c) Organização económica-social
d)As culturas e as línguas.
Elementos internos ou estritamente jurídicos:
O direito como conjunto de regras e como
instrumento jurídico para a resolução de conflitos
dos quais destacam:
A concepção do direito (conjunto de regras);
A estrutura das regras jurídicas, em particular as de
maior ou menor grau de generalidade
A estrutura e funcionamento das instituições
constituições;
As fontes do direito;
O direito aplicável;
A organização Judiciária (órgãos de aplicação do
direito e sistemas de recursos);
Profissões Jurídicas superiores;
Ensino do direito e formação dos juristas.

2. Autonomia do direito comparado e compare-o


com história comparativa do direito e com a
Filosofia.
O direito comparado aborda o direito numa
perspectiva suis generis o que garante a unidade e a
autonomia relativa dos conhecimentos de que se
compõe.
O direito comparado é uma disciplina jurídica
científica autónoma, que se subdivide em
elementos ou vertentes complementares – a
macrocomparação e a micricomparação elementos
que constituem o método do direito comparado.
O Direito comparado e a História do Direito têm por
objectos da mesma natureza (o Direito, os sistemas
Jurídicos ou ordens jurídicas), mas divergem em
suas perspectivas.
O Direito comparado faz uma comparação
sincrónica (reportando a situação actual) em
relação a cada direito ou sistema jurídico em
comparação, num dado momento estatisticamente
tomado.
A história comparativa do direito faz comparação
diacrónica e vertical (reportando à épocas),
analisando os sistemas jurídicos no passado e no
presente e sua evolução histórica (cronologia). A
história comparativa do direito tem uma visão
diacrónica, reportando o direito no decorrer dos
tempos sem a sua evolução.
Já a filosofia do Direito estuda o fundamento e o
valor do direito, os seus porquê e para quê últimos,
os resultados do direito comparado servem-lhe
frequentemente de material de trabalho, quer do
ponto de vista quer da fundamentação (exemplo: A
especulação sobre o fundamento do direito de
punir ganha em sustentação com o estado dos
diversos sistemas punitivos historicamente
existentes e arranca.

3. Funções realistas utilitárias relativas/


uniformização e harmonização de direitos em
direito comparado.
R: Direito uniforme em sentido próprio e restrito
significa a existência de normas jurídicas iguais em
ordens jurídicas diferentes por efeito de um acto de
direito internacional.
Em sentido amplo, o direito uniforme abranje
também a chamada uniformização interna em
estados dotados de ordenamentos jurídicos
complexos.
A uniformização pode ser de âmbito regional por
exemplo na união europeia, através de tratados e
regulamentos, ou nos estados nórdicos ou de
vocação universal. Entre as organizações que têm
por objecto preparar convenções de amplitude
mundial contam as seguintes: UNIDROIT e
UNCITRAL ou CNUDCI.
O Direito comparado mostra-se também útil como
elemento de interpretação das convenções de
direito uniforme, na medida ajuda a compreender a
origem e o alcance das concretas soluções
adotadas, assim como o modo como são aplicadas
em diferentes jurisdições.
De salientar que os objectivos próximos da
uniformização são prosseguidos pela simples
harmanozaçao de direitos, através da qual eliminam
contrastes mantendo algumas diferenças. São
instrumentos de harmonização as directivas da
união Europeia e as leis-modelo da CNUDCI.
Embora as primeiras se revistam de caracter
vinculativo, que não existe nas segundas, têm em
comum o espaço de liberdade de que os estados
usufruem quando procedem à sua transposição.
O papel de direito comparado na programação e
preparação dos textos de harmonização é
semelhante ao que desempenha em relação às
convenções de direito uniforme.
4. Metodo da Macrocomparação: A grelha
comparativa.
A macrocomparação consiste em primeira linha no
estudo comparativo de duas ou mais ordens
jurídicas estaduais consideradas na sua globalidade
ou seja pelas suas características fundamentais
(princípios juridicos) estruturantes, fontes de
direito, organização judiciaria, método para
aplicação do direito aos casos concretos, etc., mas
também pode designar a comparação entre familas
jurídicas.
Salientamos que, fazer parte de uma família
pressupõe que os ordenamentos jurídicos

Quanto ao método comparativo: A


Macrocomparação e a Microcomparação
salientamos que:
Macrocomparação: É a comparação entre sistemas
jurídicos tomadas na sua globalidade (sistemas
jurídicos comparados)

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