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Miguel de Cervantes - Dom Quixote (Prof. José M. Nasser)
Miguel de Cervantes - Dom Quixote (Prof. José M. Nasser)
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O espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616) é o precursor da modalidade
artística chamada Romance; no séc. XVII ele publica sua obra “Dom Quixote” (feita em
duas partes: a primeira publicada em 1605, a outra, em 1615), a qual é a precursora do
Romance; tal modalidade é mais ou menos inventada por Cervantes. O Romance foi o
principal veículo ficcional do séc. XIX, que é o século do Romance – todos os grandes
romancistas são desse século, como Fiódor Dostoiévski. No séc. XX há uma diluição do
Romance.
Em 1508, aparece o romance tardio de cavalaria “Amadis de Gaula” (na Espanha),
que é um herói de cavalaria – o modelo existencial do Dom Quixote. Percebe-se que em
1508 os romances de cavalaria já eram uma antiguidade, já eram fora de época,
extemporâneos. Em 1545, começa o “Concílio de Trento” [que é a Contra-Reforma],
movimento político-cultural organizado pela Igreja Católica para lutar contra a Reforma
Protestante, e foi aí aparece os jesuítas como o braço armado da Igreja Católica. Em
1547, nasce Miguel de Cervantes, possivelmente em 29 de setembro. Em 1556, o grande
Filipe II, campeão de Contra-Reforma, sobe ao trono espanhol; por volta desse ano, Luís
de Camões completa sua obra “Os Lusíadas”. Em 1562 nasce o maior literato espanhol
chamado Félix Lope de Veja; em 1564 nasce William Shakespeare. Portanto, Cervantes é
contemporâneo de Camões, de Lope de Veja, de Shakespeare. [Cervantes foge para
Roma, por causa do “Santo Ofício” que é a Inquisição Espanhola, e não Inquisição
Romana].
Cervantes convive com o esplendor renascentista de Michelangelo, de Da Vinci,
Tintoretto, Tcheline [?], Tácio [?]. O momento de Felipe II é o momento maior de toda a
história da Espanha. O Fernand Braudel escreve “O Mediterrâneo e o Mundo
Mediterrâneo na época de Filipe II”, que faz uma narração do esplendor e da importância
política da Espanha no seu momento maior de todos.
Em 1576, o rei de Portugal, Dom Sebastião, por motivo exibicionista e não
militares, entra na batalha de Alcácer-Quibir e desaparece (não é que morre), deixando a
coroa sem sucessor, inaugurando o Sebastianismo; os portugueses o cultuam, uma
espécie de mito nacional acreditando que um dia ele irá voltar dirigindo suas tropas para
resgatar Portugal dos seus infortúnios (uma espécie de versão lusitana de que “Elvis não
morreu”). SEBASTIANISMO é a atitude de achar que o governo é quem irá resolver o
problema. O Sebastianismo influenciou o Brasil; as duas rebeliões de massa no Brasil –
Guerra do Contestado em Santa Catarina e Paraná e a Guerra de Canudos –, cujos
líderes eram religiosos, prometiam para os revoltosos que o Dom Sebastião voltaria para
salvá-los. Portanto, é o Sebastianismo que deu ao brasileiro essa atitude de achar que o
governo irá resolver o problema.
Miguel de Cervantes foi funcionário da unificação entre Portugal e Espanha. Dom
Quixote é preso por 5 meses, onde começa a escrever sua obra “Dom Quixote”.
Cervantes morre no mesmo dia de Shakespeare.
Eu, José Nasser, gosto muito da Camille Anna Paglia (ou simplesmente, Camille
Paglia), uma feminista sui generis (ela se declara lésbica, mas só transa com homens
porque acha as mulheres chatas).
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