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1. INTRODUÇÃO
A busca incessante por alternativas que viabilizem o aperfeiçoamento de processos e
produtos sem perda da qualidade e com diminuição dos custos de produção, tem feito
com que instituições educacionais e centros de pesquisa, em parceria com a livre
iniciativa ao redor do mundo invistam cada vez mais tempo e capital no desenvolvimento
de processos produtivos que venham satisfazer esses requisitos. Um desses processos é
o de soldagem a laser que vem cada vez mais ganhando espaço na indústria metal
mecânica no geral, e mais particularmente na indústria automobilística. O aumento
significativo das exigências pelo CAFE ( Corporate Average Fuel ) em âmbito mundial
por maior eficiência no uso dos recursos naturais não renováveis tem feito a indústria
automotiva global em parceria com seus fornecedores de insumos, desenvolver novas
ligas metálicas de menor peso e maior resistência para aplicação em suas unidades fabris.
Dentre essas se destacam os aços de alta resistência (HSS – High Strength Steel ) além
de outros materiais já consagrados nessa indústria, mas que agora vem fortemente
revestidos com zinco, galvanizados a frio ou a quente. Isso faz com que tenhamos de
quebrar paradigmas no que tange aos processos de soldagem em uso, e que já não atendem
mais aos requisitos de confiabilidade e segurança exigidos. A aplicação predominante de
aços ao carbono de forças moderadas soldados pelo processo usual de soldagem a ponto
por resistência atendeu com eficácia até a pouco tempo atrás, porém já não atende mais e
há uma tendência a ser substituída por novas tecnologias em razão dos avanços acima
citados. Sendo assim o processo laser surge como alternativa viável em razão das
dificuldades encontradas na aplicação dos processos usuais de soldagem desses novos
materiais e demonstrado sucesso.
2. CRONOLOGIA DO LASER.
A palavra laser é o acrônimo de Light Amplification by Stimulated Emission of
Radiation, ou seja: amplificação de luz por emissão estimulada de radiação. Foi por volta
de 1916 que o físico alemão Albert Einstein por meio de seus trabalhos de física quântica
para formular uma nova dedução da lei de Plank da radiação, delineou os princípios que
tornariam possível o desenvolvimento da tecnologia do laser e sua aplicação pratica.
Einstein demonstrou, teoricamente, que as transições atômicas em presença de um campo
de radiações ocorrem por três mecanismos básicos, ou seja, absorção de energia, emissão
espontânea e emissão estimulada da radiação. Este princípio, a emissão estimulada de
Luz, é explicado pela colisão de um átomo excitado com um fóton de mesma energia.
Quando isto ocorre, o átomo instantaneamente emite um fóton idêntico ao primeiro,
viajando na mesma direção e sincronizando sua onda com a do estimulador, somando
suas magnitudes e aumentando, dessa forma, a intensidade da luz emitida. Este conceito
é a base do funcionamento do laser. A ideia, entretanto, foi considerada excêntrica e o
evento de interação de um fóton com um átomo excitado, muito raro. ( Eisberg & Resnick
, 1979 ).
Em 1928, Rudolph Landenburg confirmou a teoria de Einstein sobre a emissão
estimulada de luz, mas, somente em 1947, é que foi realizada a primeira
demonstração prática da emissão estimulada por Willis Lamb e Retherford.
Em 1960, registraram a patente do laser sob numero 2.929.922. Por esse trabalho
Townes ganhou o prêmio Nobel de Física de 1964, sendo reconhecido como o
“inventor do laser” ( Siegman, 1986; Shen, 2005).
Em 1995, cem anos após a invenção do raio X, o FDA aprova o uso do laser de
diodo para a remoção de pelos.
Em 1998, Carlos Bonné, cria dispositivos que tornaram possível levar o feixe de
luz do laser de diodo para o interior dos vasos sanguíneos, tornando viável o
tratamento endovenoso de varizes de médio e grosso calibre, evitando-se, dessa
forma, atravessar a derme com o feixe de luz, minimizando ou anulando por
completo o risco de se produzir lesões dérmicas induzidas pelo laser. Este
procedimento só foi aprovado para tratamento endovenoso de varizes pelo FDA,
em meados de 2001.
Solda ZAC
As soldas resultaram em uma microestrutura martensítica com uma dureza
correspondente de cerca de 370 HV, e A dureza da ZAC não diminuiu significativamente.
Tabela 1
Dureza Vickers – HV10
Laser Metal de base ZAC Solda
414 373 370
A resistência das juntas foram examinadas por meio do teste de tração clássico, a solda é
a mais próxima do estado original do material. Testes mecânicos (Tabela 3) mostraram
que as peças soldadas por raio laser possuem um rendimento levemente maior e as
soldadas por processos a arco com adição de material. O alongamento do material em
soldas a laser é cerca de metade daquele de materiais recebidos. A microestrutura de
martensita rígida da solda impediu que a barra de teste se deformasse em sua região
central. Ambos os lados desta região central se deformaram de forma independente.
Tabela 3. Propriedades mecânicas das soldas no aço TRIP
Fig. 6. Micrografias
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.
https://www.trumpf.com/pt_BR/aplicacoes/solda-a-laser/soldagem-por-
conducao-de-calor/