Universidade Católica de Angola

Faculdade de Direito

Nome: Mildred Pimentel

2° Ano

Turma:A

ID:1000027815

Análise do livro “ Limites Morais do Mercado de Michael Sandel ”.

O livro supracitado fala a respeito dos limites morais do mercado, colocando em

questão qual a sua verdadeira margem, analisando o comportamento humano
quando este se encontra sob a influência do dinheiro.

O autor deixa claro que a ganância é o que destrói os ideais que a democracia
tenta impor, prejudicando, assim, a distribuição igualitária dos bens sociais . A
má distribuição dos bens sociais pode gerar uma grande desigualdade,
afastando cada vez mais o ricos dos pobres, facto que pode aumentar
taxativamente o nível de corrupção na sociedade. A corrupção causa um efeito
degradante da valoração e das trocas no mercado em certos bens e em certas
práticas.
Diante disso o autor deu um exemplo muito interessante onde mostra que o
também contribui para mudança de comportamento e comodidade das pessoas:
Uma creche não sabia o que fazer para impedir que alguns pais se atrasassem
ao final da tarde. Ao mesmo tempo, moralmente culpados, esses pais não
sabiam como se desculpar pelos problemas que estavam causando. Como os
atrasos se tornaram frequentes, a direção da creche resolveu instituir uma multa
financeira. Para surpresa geral, o numero de atrasos aumentou
exponencialmente,ppou seja, observa-se aí que os pais não entenderam a
mensagem central da imposição da multa, e inverteram o raciocínio econômico.

O livro de Sandel é repleto de exemplos e casos que nos levam a refletir acerca
do mundo que nos rodeia, ele traz a tona o ponto de vista econômico e liberal e
ao mesmo tempo confronta essa realidade com outros valores. Sandel traz de
volta o aspecto moral para o debate público, pois para ele a partir do momento
em que tudo está à venda o valor moral serão corroídos. Deixando em aberto as
seguintes questões: “tudo tem um preço?”, “estamos perante a uma economia
de mercado ou uma sociedade de mercado?”.
A resposta para essa questão seria a de que a economia devia voltar a vincular-
se à moral e a ética, dando mais atenção a certos valores e princípios que não
estão a venda ou não têm preço tal como: a honestidade o altruísmo, a
solidariedade, a generosidade, etc. Estes valores precisam de ser nutridos e
transformados em hábitos pela prática, a fim de promover uma sociedade cada
mais igualitária e o bem-estar social.