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Críticas:
Pág. 118: “dinheiro não tem sempre o mesmo valor, ao contrário dos homens, que sempre valem o mesmo, tudo
e coisa nenhuma”
Pág. 120: “Ela sempre no limpo, eles sempre no sujo”
Pág. 121: “aí está uma excelente lição de humildade ver tão grande rei sem dar acordo de si, de que lhe serve
ser senhor da Índia, África e Brasil, não somos nada neste mundo, e quanto temos fica cá”
Pág. 122: “quem diz freiras diz as que não são, ainda ano passado teve uma francesa um filho da sua lavra”
Personagens:
D. João V: submete um país inteiro ao cumprimento de uma promessa pessoal; não evidencia qualquer
sentimento amoroso pela rainha.
D. Maria Ana: só através do sonho se liberta da sua condição aristocrática para assumir a sua feminidade;
passiva, insatisfeita, vive num casamento baseado na aparência, na sexualidade reprimida e num falso código
ético, moral e religioso; a pecaminosa atração que sente pelo cunhado conduz-la à busca constante de redenção
através da oração e da confissão; vive num ambiente repressivo- as proibições regem a sua existência e para a
qual não há fuga possível, a não ser através do sonho ( aqui pode explorar a sexualidade).
“É verdade que sonho, são fraquezas de mulher guardadas no meu coração e que nem ao confessor
confesso, mas, pelos vistos, vêm ao rosto os sonhos, se assim mos adivinham (…) Farta estou eu de ser
rainha e não posso ser outra coisa, assim, vou rezando para que se salve o meu marido, não vá ser pior
outro que venha (…) Maus, são todos os homens, a diferença só está na maneira de o serem (…)
Adoeceu tão gravemente el-rei, morreu o sonho de D. Maria Ana, depois el-rei sarará, mas os sonhos da
rainha não ressuscitarão.”