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História do Design

Professor: Piero Carapiá

Aluno/Matrícula: Bianca Sento Sé Chaves/211000752

Data: 29/29/2021

AV1 – valor total da parte discursiva 5,0 pontos

(Questão 01 / valor: 2,0 pontos) nenhuma surpresa que ao estudarmos a história do


design terminemos entrelaçando-a com a história da arte. Os dois campos se
sobrepõem e se sombreiam, e muitas vezes se confundem. Tal como a arte, a história
do design também pode ser traçada desde os primórdios civilizatórios, ainda que
formalmente o design enquanto disciplina ou profissão seja algo muito mais recente.
Sendo assim, responda:

a) Discorra de quais formas o design se distingue da arte, levando em consideração


seu propósito, aplicações e produção/reprodução:

A arte é algo subjetivo que busca transmitir uma mensagem sem se preocupar com a
interpretação do público, enquanto o design busca ser mais direto e objetivo em sua
mensagem, muitas vezes com um viés comercial, sua reprodutibilidade é desejada,
enquanto essa mesma reprodutibilidade faria com que a arte perdesse sua
singularidade e valor.

b) Diferencie e exemplifique “produção artesanal”, “produção serial” e “produção


industrial”

Produção artesanal é um trabalho manual, ou que utiliza ferramentas para auxiliar


nesse trabalho, produzindo produtos apenas em pequena escala, como por exemplo,
bordados, crochês, pinturas em cerâmica, entre outros. A produção serial consiste em
produzir utilizando uma padronagem, em grande escala e com o suporte de máquinas,
como os automóveis. Por fim, a produção industrial visa organizar os trabalhadores
para que produzam muito e de maneira rápida, visando apenas os lucros, como era o
Taylorismo e o Fordismo.

(Questão 02 / valor: 2,0 pontos) Discutimos em sala o papel das produções em série
e das técnicas de reprodução no design e na arte, tais como a xilogravura, a
litogravura e a gravura em metal, seja em imagens, seja na tipografia. Ciente de
todas as questões e quebras de paradigmas que as novas técnicas aportavam desde
a revolução industrial, Walter Benjamin escreveu um interessante ensaio chamado
“A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica” publicado na primeira vez
em 1936 e, posteriormente, em 1955. Dando especial ênfase ao cinema e à fotografia
para guiar sua narrativa, Benjamin diz que nestas os olhos tomam o papel das mãos
no protagonismo do “fazer” a arte, conferindo-lhe agilidade e, ironicamente,
dotando de status artístico essas formas de expressão que nascem na reprodução
técnica.

Segundo Benjamin, a) defina o que é a autenticidade e o que é a destruição da


“aura” na era da reprodutibilidade técnica

De acordo com Benjamin, a autenticidade de uma obra está ligada diretamente a sua
existência única e a sua história, que compreende suas transformações ao longo do
tempo e sua tradição, que identifica o objeto independente da época ao qual se
encontra. A destruição da aura é a necessidade que as massas atuais têm de possuir
um objeto, inclusive na sua reprodução, superando seu caráter único.

e; b) demonstre como isso se relaciona com a produção/reprodução do design.

A reprodutibilidade técnica não destrói a autenticidade de uma obra e não é


considerada falsificação, uma vez que tem mais autonomia do que a reprodutibilidade
manual e acentua aspectos da obra original, além de também colocar a cópia da obra
em lugares que a original nunca chegaria, aproximando o indivíduo da obra, como
ocorre no design.

(Questão 03 / valor: 1,0 ponto) em nossas aulas, vimos que a Revolução Industrial foi
um momento decisivo para a economia, para as sociedades e para o Design. A
produção mecanizada aportou inúmeras possibilidades à criação de produtos
diversos do cotidiano, na impressão de livros e cartazes, bem como nas mais diversas
reproduções de estampas, tecidos e decorações – obviamente dando um destaque
especial ao profissional criador: o designer. Mesmo assim, o final do século XIX foi
profícuo em movimentos que criticaram os efeitos da industrialização, entre eles o
Arts and Crafts liderado por William Morris.

Sobre esse momento inspirador para o design e para as artes, a) defina as principais
características estéticas do Arts and Crafts

As principais características estéticas eram utilização de materiais nobres, alusão a


elementos da natureza, o equilíbrio entre a forma, funcionalidade e a ornamentação,
além da não utilização de procedimentos industriais, empregando técnicas artesanais,
realizando um trabalho não só pelos benefícios, mas também pela satisfação, fazendo
do design um instrumento de mudança na época.

e; b) o posicionamento ideológico do movimento em resposta aos efeitos da


industrialização.
O movimento do arts and crafts defendia a valorização do trabalho manual como
alternativa a mecanização que a indústria trouxe, trazendo de volta a estética de
objetos do cotidiano, defendendo a ideia da arte “feita pelo povo e para o povo”,
numa produção coletiva.

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