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MATERIAL DE APOIO
A Indústria Farmacêutica é responsável por produzir medicamentos em larga escala. É uma atividade
licenciada para pesquisar, desenvolver, comercializar e distribuir drogas farmacêuticas. A Indústria
Farmacêutica deve produzir lotes de medicamentos homogêneos com o passar dos anos. Os resultados
devem ser reprodutíveis.
Você já parou para pensar que passam-se os anos e o gosto e a cor da Coca-Cola são
praticamente os mesmos?
Qual seria sua reação se um dia a Coca-Cola estivesse com o gosto ou coloração diferente?
Provavelmente você pensaria que houve algo de errado.
Conseguir fazer lotes bastante semelhantes é sinal de qualidade e de respeito com o consumidor.
Quando se fala em medicamentos isso é ainda mais sério.
I - Contaminação
Por isso, no ambiente em que são produzidos os medicamentos é obrigatório o uso de uniformes limpos,
luvas, máscaras, toucas, sapatos especiais e óculos de proteção. É proibida a utilização de brincos,
pulseiras, relógios, fitinhas, anéis, alianças, esmalte de unha, colares, pingentes e maquiagem. Essas
medidas são para evitar a contaminação por desprendimento de partículas dos manipuladores.
Quando ocorre, há o risco de o consumidor final consumir um medicamento que cause efeitos e reações
não desejados, pois foi contaminado acidentalmente.
Para evitar este tipo de contaminação são produzidos "um produto por sala". Apenas um produto é
produzido ou embalado por sala e não é feito outro lote enquanto o lote que está sendo produzido não
for finalizado e a sala completamente limpa.
Se está produzindo Glimepirida 1 mg lote X não se pode produzir na mesma sala Glimepirida 4 mg lote
Y enquanto o processo do lote X não for terminado e a sala não for completamente limpa.
A Contaminação pode prejudicar a saúde e levar à morte, por isso as Boas Práticas são seguidas com
seriedade e são muitíssimo raros os casos.
São misturas indesejáveis que podem ser detectadas. Os materiais impressos, tais como: bulas,
cartuchos, impressões inseridas em alumínio, caixas de embarque, bisnagas, frascos, rótulos, etiquetas
e sachês, representam o maior potencial de risco de mix-up.
Uma das medidas para se evitar o Mix Up é adotar cores ou tamanhos diferentes
para os cartuchos (caixas) de medicamentos de diferentes dosagens.
Comprimidos de cores diferentes também ajudam a evitar.
O Mix Up pode prejudicar a saúde e levar à morte, por isso as Boas Práticas
devem ser seguidas com seriedade.
São procedimentos escritos e autorizados que dão instruções detalhadas para a realização de
operações específicas na produção de um produto farmacêutico e outras atividades de natureza geral.
Servem para padronizar as tarefas, para produzir produtos com o mesmo padrão de qualidade. Os
treinamentos são muito importantes para esta padronização.
Esses registros servem para ajudar nas investigações caso haja algum
problema com o lote (rastreabilidade).
Em cada Ordem existem espaços que devem ser completados com informações do lote que está sendo
produzido, devem ser assinados e conferidos por outro operador "duplo check".
O caso EMS: a importância das boas práticas de fabricação e Controle de
Qualidade dos produtos.
Folha de São Paulo: Anvisa veta compras públicas com a EMS, maior farmacêutica do
país.
Erros no armazenamento levaram à punição da empresa, que não poderá participar de licitações.
A EMS, maior farmacêutica do país em faturamento, está proibida de vender medicamentos para o
poder público. Também não pode pedir registro de novas drogas ou renovação das antigas.
A empresa teve indeferido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pedido de renovação
do certificado de boas práticas de fabricação de medicamentos. A decisão foi publicada nesta segunda
(2 de março) no "Diário Oficial" da União.
O documento é a garantia de que a empresa tem condições técnicas e operacionais para a fabricação
de remédios. Sem ele, fica com as atividades limitadas.
A medida foi tomada quase um mês após a Anvisa interditar parte da fábrica da EMS e suspender a
fabricação de dois antibióticos genéricos: a amoxicilina + clavulanato de potássio 50 mg/ml + 12 mg/ml
pó para suspensão oral e rifamicina 10 mg/ml, solução tópica spray.
Conforme revelado pela Folha, a temperatura do almoxarifado da fábrica em Hortolândia (SP) estava
em 46°C, quando a determinada pelas normas é entre 15°C e 28°C. Essa condição pode degradar o
produto.
No caso da amoxilina, segundo a Anvisa, a empresa estava utilizando uma substância não aprovada e
sintetizando outra de forma diferente da que foi informada à agência. Isso pode tornar o remédio ineficaz
e com potenciais riscos à população.
Em relação à rifamicina, a Anvisa constatou que o laboratório aumentou o tamanho do lote em dez vezes
sem que houvesse aprovação prévia.
CERTIFICADO
Sem o certificado de boas práticas, a EMS não pode participar de licitações, mas isso não a impede de
vender remédios para as farmácias.
"É uma idiossincracia, mas amparada pela legislação. Não pode vender para o SUS, mas pode
comercializar para o público", diz Dirceu Raposo de Mello, professor de farmácia e ex-presidente da
Anvisa.
Procurada, a Anvisa informou que não poderia se manifestar sobre a decisão.
Mello explica que, se a empresa recorrer da decisão, a medida
tem efeito suspensivo até o julgamento do recurso. Em
algumas situações, isso pode levar até dois anos.
Outras duas farmacêuticas pertencentes à EMS, Germed e
Legrand, também de Hortolândia, tiveram negados pedidos de
certificados de boas práticas, mas a Anvisa não informou o
motivo. A EMS diz que já tomou providências para resolver o
problema.
Figuram ainda na lista publicada no "Diário Oficial" o
Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe)
e a Hypermarcas.
Segundo diretor-presidente do Lafepe, José Fernando Uchôa,
o problema será corrigido em até 120 dias. Já a Hypermarcas
informou que a fábrica que consta na lista está fechada desde
2011.
OUTRO LADO
A EMS informou, por nota, que "todas as providências já foram tomadas com a finalidade de obter a
renovação das certificações". A empresa afirma ainda que o mesmo vale para as outras unidades do
grupo, Germed e Legrand.
Segundo diretor-presidente do Lafepe, José Fernando Uchôa, o pedido de renovação foi indeferido
porque a vigilância encontrou problemas na unidade de pomadas. "São coisas básicas. Uma parede
que não está pintada de forma adequada, por exemplo."
Ele diz que a empresa já está corrigindo as irregularidade e solicitará nova vistoria. "Em até 120 dias
esperamos já estar tudo resolvido."
A Hypermarcas informou que o pedido indeferido se referia a uma fábrica desativada em 2011. "A
produção foi migrada para subsidiária da companhia em Anápolis, Goiás, que possui os certificados
necessários para a fabricação de medicamentos."
Publicado em:
http://www1 .folha.uol.com.br/equilibrioesaude/201 5/03/1 5971 86anvisavetacompraspublicascomaemsmaior-
farmaceuticadopais.shtml
Entende-se que as boas práticas de fabricação e manipulação são fundamentais para o controle de
qualidade de produtos farmacêuticos, garantindo que medicamentos seguros, eficazes e de alta
qualidade sejam entregues aos pacientes.
Essas práticas envolvem medidas rigorosas de higiene, treinamento e qualificação de pessoal, controle
de documentação, validação de processos, monitoramento de instalações e equipamentos, entre outros
aspectos.
A implementação das boas práticas de fabricação e manipulação é essencial para a prevenção de
contaminação e adulteração dos produtos, além de assegurar a consistência na qualidade dos
medicamentos produzidos.
A qualidade dos medicamentos é uma preocupação crucial para a farmácia de manipulação e a indústria
farmacêutica, órgãos regulatórios e profissionais da saúde, uma vez que produtos de baixa qualidade
podem colocar em risco a saúde dos pacientes e a eficácia dos tratamentos prescritos.
Portanto, é importante ressaltar a necessidade de adotar boas práticas de fabricação e manipulação em
todas as etapas da produção de medicamentos, desde o desenvolvimento até a distribuição e
armazenamento, com o objetivo de assegurar a qualidade e a segurança dos produtos farmacêuticos.
Agora é com vocês! Junto ao seu grupo, analise a situação exposta neste case que fala sobre as
indústrias farmacêuticas e relacione os aspectos críticos da indústria farmacêutica e da farmácia de
manipulação, ressaltando a importância do controle de qualidade das matérias primas e do produto
acabado em conjunto com os assuntos apresentados anteriormente sobre o assunto.