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No período do renascentismo, século XIV, a arte tornou-se um elemento de fundamental

importância na sociedade, implantada em todos os locais - inclusive igrejas, caracterizada


na época por intolerância - como meio cultural. Sob essa ótica, nota-se na sociedade
contemporânea, a arte pode ser eficaz na prática da medicina, isso porque ela denota uma
eficácia nos processos de análise e de cura de enfermidades, demonstrando a expertise de
médico frente a interpessoalidade proporcionada pela arte. Sendo assim, os aspectos
artísticos se configuram como potenciais no processo de cura e ainda como instrumento de
análise.

Nesse prisma, no tratamento de doenças é sabido que o conhecimento científico é tão


importante quanto o uso de outras formas que podem ser eficazes diante de cada caso.
Isso porque, o uso da arte pode envolver além do físico o mental de um paciente que
nesses casos é também um aspecto importante para a manutenção da persistência e na
credibilidade do assistido no cuidado escolhido e orientado pelo médico. Paralelo a isso,
uma evidência desse raciocínio é a médica psiquiatra Nise de Oliveira, que utilizava nos
seus tratamentos obras de artes e animais para estimular nos seus pacientes atitudes
expressivas e o contato humanístico, isto é, contato interpessoal. Dessa maneira, torna-se
evidente que o uso de aparatos tecnológicos, medicamentos e procedimentos cirúrgicos
denotam da mesma importância que o cuidado humano baseado no mental, destacado
também pelo uso da arte, fato abordado na obra "Carência e Saciedade" pintada por Pablo
Picasso onde aborda-se a relevância do apoio científico de forma igualitária ao mental e
espiritual.

Outrossim, é lícito postular que a arte pode se configurar como forma de tratar tanto quanto
como uma maneira de analisar a enfermidade do paciente, no processo de conhecimento e
clareza. Nesse contexto, reconhecer uma doença não é uma tarefa simples, envolve além
de muito conhecimento uma atenção integral ao paciente, dessa forma, o uso da arte pode
executar papel auxiliador nesse desenvolvimento. Na série “Emergência em Nova York”
produzida pela Netflix, aborda a dificuldade atrelada a medicina quanto aos diagnósticos e
no tratamento, afirmando que a prática médica não é só “receitar” e sim cuidar antes de
tudo. Por fim, ilustra-se a importância da arte nessa profissão e como ela pode ser eficaz.

Contudo, destaca-se que para ser um bom médico e de fato pôr em prática os princípios
postulados pela medicina, o conhecimento técnico e científico é importante, entretanto, tão
relevante quanto ele é fornecer o tratamento humano para os pacientes. Assim, é
indubitável que em todos os processos de diagnósticos e curas, formas humanísticas de
tratamento - como a arte - se façam presente, uma vez que elas são capazes de colocar o
paciente em outras perspectivas, tornando o processo menos estressante e doloroso.

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