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Alain Badiou
Grupo:
Carlos Eduardo
Douglas Souza
Guilherme Albuquerque
Lucas Gonçalves
Professor:
Gabriel Kafure
Petrolina, 2023
PENSAMENTO DE PLATÃO
Dianoia:
Existe uma diferença entre a Dianoia e o Poema. A Dianoia é o pensamento
que atravessa, o pensamento que encadeia e que deduz, já o Poema é afirmação e
deleite, que não atravessa, e que se mantém no linear. Simplificadamente, a dianóia
é o pensamento que encadeia e atravessa, o pensamento que é um lógos submetido
a uma lei. Ela possui um paradigma, é a matemática.
Platão diz que o que a dianoia é o pensamento que a poesia desorienta. ela
fala que o Poema é a ruína da discursividade dos que o escutam. Dirá ainda que, no
poema teatral, o que triunfa é o princípio do prazer e da dor, contra a lei e o lógos.
Platão também dirá que o verdadeiro recurso contra o poema é "a medida, o número
e o peso".
Poema Moderno:
O Poema Moderno, ao contrário do que pensa Platão sobre o Poema antigo,
identifica a si mesmo como um pensamento verdadeiro, não como um pensamento
duvidoso. Não é apenas a efetividade de um pensamento entregue no cerne da
língua, é o conjunto das operações pelas quais esse pensamento se pensa.
O poema moderno é menos a forma sensível da ideia e bem mais o sensível
que se apresenta como nostalgia subsistente, e impotente, da ideia poética. O
poema moderno é o contrário de uma mímesis. Por sua operação, exibe uma ideia
da qual o objeto e a objetividade não passam de pálidas cópias. Mas o que é a
Mímeses? Ele designa a arte não tanto como imitação das coisas, mas como
imitação do efeito de verdade. Ou seja, por o Poema moderno ser contrário a
Mímeses, ele se identifica como um pensamento verdadeiro e não como um falso
pensamento.
Poema para a filosofia:
O que é um Poema para a filosofia? A poesia é um pensamento que não é
pensamento, nem mesmo pensável. Mas que, precisamente, a filosofia tem como
único desafio pensar o pensamento, identificar o pensamento como pensamento do
pensamento. E que deve, portanto, excluir de seu campo qualquer pensamento
imediato, apoiando-se para isso nas mediações discursivas do matema.
Digamos que o poema é um pensamento impensável. Enquanto a
matemática é um pensamento que se escreve imediatamente como tal, um
pensamento que precisamente só existe na medida em que é pensável.
"Que ninguém que não seja geômetra entre aqui": Platão
Parece haver, entre o pensamento tal como a filosofia e o poema, uma
discordância bem mais radical, bem mais antiga do que a que diz respeito às
imagens e à imitação.
É a essa discordância antiga e profunda que Platão alude quando ele escreve:
"antiga é a discordância da filosofia e do poético". Essa antiguidade da discordância
refere-se evidentemente ao pensamento, à identificação do pensamento.
Essas discordâncias entre os filósofos e os poetas talvez seja devido quase
sempre os poeticos terem uma percepção de pensamentos melhores que os
próprios filósofos.
POEMA E MATEMÁTICA
INFINITO LINGUISTICO
O PENSAMENTO DE MALLARMÉ
Mallarmé dizia que não acreditava em uma literatura comparada que significa
o ramo da teoria literária que estuda, através da comparação dos diferentes textos
literários junto dos seus grupos linguísticos, como as regras gramaticais e as
intertextualidades, porém Mallarmé acreditava sim, nos grandes poemas, mesmo
ocorrendo uma aproximação como a tradução.
Mallarmé fazia uma comparação com um poema de língua árabe e outro de
língua francesa. Os dois poemas falam da proximidade do pensamento, onde ao
mesmo tempo esses poemas são abafados pela imensidão de um afastamento.
O poema de língua Francesa é o chamado Coup de dés que significa “ Um
lance de dados ” esse poema foi escrito pelo grande filósofo Mallarmé, onde nesse
poema tem, uma superfície marítima anônima, um velho mestre agita irrisoriamente
com sua mão, que contém os dados, e hesita por tanto tempo antes de lançá-los,
onde parece submergir sem ter tomado uma decisão sobre o seu gesto. Diz então
Mallarmé: