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A CIPA terá por atribuição: 

  - Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior
número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
 - Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e
saúde no trabalho;
 - Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem
como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
 - Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de
situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; 
Entre outras...
A CIPA é formada de forma paritária. Ou seja, é formada em partes iguais por membros votados pelos
empregados e membros indicados pelo empregador.
Membros eleitos pelos empregados:
3 – Efetivos
3 – Suplentes.
Dentre os titulares, os membros da CIPA escolhem vice-presidente.
Membros indicados pelo empregador
3 – Titulares
3 – Suplentes.
Dentre os titulares o empregador indica o presidente.
RISCO AMBIENTAL
Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes
de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são
capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
As etapas da prevenção e controle dos riscos ambientais são:
1) Antecipação
Esta etapa tem uma grande importância, pois envolve a análise de projetos de novas instalações, métodos
ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e
introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.
A antecipação é considerada uma abordagem ideal para a prevenção de riscos, pois inclui: avaliação dos
efeitos sobre a saúde dos trabalhadores e impacto ambiental, antes da concepção e da instalação do
processo/atividade, através de:
 tecnologia mais segura e mais limpa ("produção mais limpa");
 materiais e produtos menos nocivos;
 local adequado do ponto de vista ambiental;
2) Identificação / Reconhecimento
A identificação dos riscos é um passo fundamental na prática de higiene do trabalho, pois permite o
planejamento de uma avaliação confiável e define as melhores estratégias de controle.
Esta etapa baseia-se no reconhecimento dos agentes ambientais que afetam a saúde dos trabalhadores, o
que implica o conhecimento dos produtos envolvidos no processo, métodos de trabalho, fluxo de processo,
layout das instalações, número de trabalhadores expostos, etc. Esta etapa compreende também o
planejamento da abordagem do ambiente a ser estudado, seleção dos métodos de coleta, bem como dos
equipamentos de avaliação.
3) Avaliação
Processo que mede/dimensiona/avalia os riscos para segurança e saúde dos trabalhadores decorrentes das
fontes de riscos no local de trabalho. É um processo que nos permite dimensionar a exposição dos
trabalhadores e tirar conclusões sobre o nível de risco para saúde humana.
É uma análise sistemática de todos os aspectos relacionados com o trabalho e permite identificar:
 Aquilo que é suscetível de causar lesões ou danos.
 A possibilidade de eliminar os perigos.
 As medidas de prevenção ou proteção para controlar os riscos.
O objetivo da avaliação da exposição é determinar a magnitude, frequência e duração da exposição dos
trabalhadores a um agente de riscos e agir preventivamente na fonte geradora destes riscos. Geralmente
são realizadas para estimar a exposição dos trabalhadores aos riscos ambientais a fim de obter informações
para projetar ou mensurar a eficiência de medidas de controle.

4) Prevenção e Controle
Processo que envolve desenvolvimento e implementação de estratégias para eliminar ou reduzir a níveis
aceitáveis a presença de agentes de riscos ambientais no local de trabalho.
De acordo com os dados obtidos nas fases anteriores, o controle se atém a propor e adotar medidas que
visam à eliminação ou minimização do risco presente no ambiente.
A priorização para implementar medidas de controle dos riscos deve levar em consideração:
 Consequências da exposição.
 Número de trabalhadores expostos.
 Fatores administrativos.

Figura 3. Esquema das Etapas de Prevenção e Controle de Riscos Ambientais.


Fonte: Organização Internacional do Trabalho, 2010.

Podemos citar alguns exemplos de riscos ambientais:


 – Agentes físicos: ruídos, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações, etc.
 – Agentes químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores que podem ser absorvidos por via
respiratória ou através da pele, etc.
 – Agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
 – Riscos Acidentes: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas
inadequadas ou defeituosas, Iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão,
armazenamento inadequado, animais peçonhentos, entre outras situações de risco que poderão contribuir
para a ocorrência de acidentes;
– Riscos Ergonômicos: esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de
postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, jornadas de trabalho
prolongadas, monotonia e repetitividade, além de outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.
 
Como prevenir?
 Se o trabalho é realizado em locais onde há a exposição a agentes que podem prejudicar a saúde, a empresa
é obrigada por lei, a fornecer gratuitamente equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados, orientar
e fiscalizar para que os trabalhadores utilizem corretamente estes equipamentos e adotar medidas que
diminuam os riscos.
E caso a empresa cumpra com suas obrigações, fornecendo e fiscalizando o uso dos equipamentos de
proteção, cabe ao trabalhador acatar e cumprir estas determinações. Pois se o trabalhador se negar a usar
corretamente os equipamentos de segurança, ele será primeiramente advertido e se continuar se negando a
utilizar estes equipamentos, poderá caracterizar falta grave e o profissional pode ser inclusive demitido por
justa causa.

Mapa de Risco é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho,


por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores.
Mapa de Risco é uma representação gráfica, planta baixa, que reproduz o layout do ambiente de trabalho
sob análise, localizando e informando os fatores de riscos presentes através de uma legenda. O layout deve
representar de maneira fiel o local em que a atividade é executada.
Para que serve um mapa de risco? A função primordial do mapa de risco empresarial é conscientizar e
informar os funcionários, de forma visual e didática, sobre os perigos existentes em cada local de trabalho.
Quem elabora? A elaboração do Mapa de Riscos é realizada pela CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes), em conjunto com os trabalhadores. Caso a empresa não possua essa comissão, deverá contratar
o serviço de um profissional da segurança do trabalho
Como elaborar mapa de risco CIPA?
A avaliação dos riscos para elaboração do Mapa de Risco é qualitativa, ou seja, não envolve medições!
Quando for elaborar seu Mapa de Risco, faça uma reunião com a CIPA e pergunte a ela quais são
os riscos que ela percebe no ambiente que está analisando.

Classificação dos riscos ocupacionais por cor


São 5 cores usadas no Mapa de Riscos Ocupacionais, cada uma relacionada a um dos tipos de risco:
Verde define os riscos físicos
Ruídos, vibrações, radiações ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade.
Vermelho é para os riscos químicos
Fumos, gases, vapores. Substâncias compostas ou produtos químicos em geral que possam causar algum
dano.
Marrom abrange os riscos biológicos
Bactérias, protozoários, vírus, fungos, parasitas.
Amarelo, são os riscos ergonômicos
Esforço físico excessivo, levantamento e transporte de peso, postura inadequada, controle rígido de
produtividade, trabalho noturno, jornadas de trabalho extensas, dentre outros.
Azul, associado ao risco de acidentes
Máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas e iluminação inapropriadas, risco de choque elétrico,
risco de incêndio, atmosferas explosivas, etc.
A associação de cores a cada risco ocupacional permite elaborar os mapas de risco de forma clara. E podem
ser facilmente entendidos pelos colaboradores. Se você prestar atenção na sua empresa, o Mapa de Riscos
Ocupacionais é simplesmente a planta baixa do seu local de trabalho, com cada ambiente discriminado por
cores e com especificações sobre os riscos existentes em cada um deles.
 
O mapa de riscos é feito pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), sendo ela o Agente
Mapeador, após ouvir os trabalhadores de todos os setores e com a orientação do Serviço Especializado em
Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT do órgão.

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