O documento discute dois tópicos principais: 1) a definição de normalidade e anormalidade em psicopatologia e os desafios em distinguir entre os dois; 2) a importância da anamnese no processo terapêutico e como realizá-la de forma ética e acolhedora para o paciente.
O documento discute dois tópicos principais: 1) a definição de normalidade e anormalidade em psicopatologia e os desafios em distinguir entre os dois; 2) a importância da anamnese no processo terapêutico e como realizá-la de forma ética e acolhedora para o paciente.
O documento discute dois tópicos principais: 1) a definição de normalidade e anormalidade em psicopatologia e os desafios em distinguir entre os dois; 2) a importância da anamnese no processo terapêutico e como realizá-la de forma ética e acolhedora para o paciente.
Trabalho de conclusão – Introdução a psicopatologia e aos transtornos mentais.
Resumo - Aula 5 – Normalidade e medicalização em psicopatologia
As perguntas norteadoras da aula foram “Como definir o normal”? “Qual a linha que separa a normalidade da anormalidade?”. A partir disso, foi falado que nós da psicologia não tratamos esse conceito a partir da moral. Foi feito uma comparação muito interessante falando que logicamente, seria esperado que com o avanço da tecnologia e do saber científico, bem como a evolução da sociedade de forma geral traria mais clareza a respeito do que seria normal e anormal, como aconteceu com outras áreas do saber. Porém neste caso, ocorreu o oposto. Antigamente, guiados por dogmas morais e muitas vezes religiosos, o que era normal ou não era algo muito bem definido, porém hoje as fronteiras estão borras e é complexo e difícil dizer o que é não é anormal. Foi ressaltado o quanto é importante falar desses conceitos devido aos estigmas ligados aos transtornos mentais, que rotulam pessoas erroneamente e de forma prejudicial. Chamamos de anormalidade o que está atrapalhando a vida da pessoa ou das pessoas ao seu redor. São características chamadas de disfuncionais, pois causam prejuízo. Tanto comportamentos quanto emoções podem ser disfuncionais. E é necessário avaliar o quanto esses comportamentos e emoções causam prejuízos para poderem ser tratados da forma correta. Trabalhamos com a perspectiva do prejuízo e sofrimento que traz diretamente ao indivíduo, para assim identificar esses comportamentos, não tendo como objetivo classificar ou rotular as pessoas, mas sim para tratá-las e ajudá-las. Não se trata mais da anormalidade da moral que antigamente, separava essas pessoas da sociedade e as colocava em manicômios. Quanto a hipermedicalização, foi falado que é uma questão muito grande atualmente, pois em nossa sociedade capitalista há um mercado muito forte que se baseia na fabricação de remédios para tratar “questões psíquicas”. Tornou-se comum as pessoas se apoiarem em remédios sem responsabilidade e até a serem incentivadas a isso, sem ter um acompanhamento e um conjunto de tratamentos adequados.
Resumo - Aula 7 – Anamnese do paciente
A anamnese fornece dados primários que vão ser relevantes para a condução da terapia, por isso é um instrumento muito valioso para os psicólogos. É importante que o terapeuta observe suas atitudes para evitar prejudicar o estabelecimento do vínculo terapêutico. Algumas recomendações são: Evitar postura fria, neutralidade que dá a impressão de distância. Mas também tomar cuidado para não mostrar pena, compaixão, hostilidade, surpresa exacerbada. A anamnese mesmo sendo estruturada, deve fluir como um diálogo, não como algo “robotizado”. É importante também manter o contato visual. Algumas das questões mais comuns abordadas em uma anamnese são se o paciente usa algum medicamento, se a família tem histórico de transtornos ou se também faz uso de medicamento. Alguns profissionais gostam também de começar com o exame do estado mental, que é sobre os processos psicológicos básicos. Investiga a memória, confusão etc. Outra coisa interessante é observar os aspectos não verbais do paciente, pois a fala pode ser dissimulada. O paciente olha pro chão, a voz é como? A vestimenta, autocuidado. Essas coisas denunciam possíveis sinais de possíveis transtornos mentais. Vestes rasgadas, sujas,, dentes sujos, cabelo podem evidenciar sobre as condições de vida da pessoa e dar mais informações sobre o contexto que ela está inserida, ajudando o profissional a ter informações relevantes para montar o melhor tratamento. Uma questão difícil é: Como trabalhar com dados fornecidos por terceiros? Os humanistas dizem que quem tem mais condição de falar por si é a própria pessoa. Lembrando que é comum que os pacientes mintam, muitas vezes no começo, até por possivelmente ter um nível baixo de insight (O quanto ele consegue compreender sua situação – ex: esquizofrenia). Tem medo do rótulo, do diagnóstico, então entrega partes. Por isso é importante tomar as informações como provisórias.
Relevância das aulas
Escolhi estas duas aulas porque como uma profissional em formação, acho sempre muito importante reforçar a necessidade de sempre ser um profissional ético e não rotular as pessoas como “normal” ou “anormal” ou com x ou y transtorno, e nunca julgar a partir de uma ótica moralista-religiosa. A da anamnese foi escolhida porque acho que é o começo fundamental de toda terapia, mas também é o momento do acolhimento inicial, então é muito importante pensar em como ter uma abordagem que deixe o paciente acolhido e confortável para compartilhar informações.
Gostaria de agradecer pelo curso, o professor explica muito bem e me motivou a estudar.