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Trabalho de conclusão – Introdução a psicopatologia e aos transtornos mentais.

Sabrina Simões de Oliveira.


E-mail: sarsysnape@gmail.com

Resumo - Aula 5 – Normalidade e medicalização em psicopatologia


As perguntas norteadoras da aula foram “Como definir o normal”? “Qual a linha que separa a
normalidade da anormalidade?”. A partir disso, foi falado que nós da psicologia não tratamos esse
conceito a partir da moral.
Foi feito uma comparação muito interessante falando que logicamente, seria esperado que com o
avanço da tecnologia e do saber científico, bem como a evolução da sociedade de forma geral traria
mais clareza a respeito do que seria normal e anormal, como aconteceu com outras áreas do saber.
Porém neste caso, ocorreu o oposto. Antigamente, guiados por dogmas morais e muitas vezes
religiosos, o que era normal ou não era algo muito bem definido, porém hoje as fronteiras estão borras
e é complexo e difícil dizer o que é não é anormal.
Foi ressaltado o quanto é importante falar desses conceitos devido aos estigmas ligados aos
transtornos mentais, que rotulam pessoas erroneamente e de forma prejudicial.
Chamamos de anormalidade o que está atrapalhando a vida da pessoa ou das pessoas ao seu redor.
São características chamadas de disfuncionais, pois causam prejuízo. Tanto comportamentos quanto
emoções podem ser disfuncionais. E é necessário avaliar o quanto esses comportamentos e emoções
causam prejuízos para poderem ser tratados da forma correta.
Trabalhamos com a perspectiva do prejuízo e sofrimento que traz diretamente ao indivíduo, para assim
identificar esses comportamentos, não tendo como objetivo classificar ou rotular as pessoas, mas sim
para tratá-las e ajudá-las. Não se trata mais da anormalidade da moral que antigamente, separava
essas pessoas da sociedade e as colocava em manicômios.
Quanto a hipermedicalização, foi falado que é uma questão muito grande atualmente, pois em nossa
sociedade capitalista há um mercado muito forte que se baseia na fabricação de remédios para tratar
“questões psíquicas”. Tornou-se comum as pessoas se apoiarem em remédios sem responsabilidade
e até a serem incentivadas a isso, sem ter um acompanhamento e um conjunto de tratamentos
adequados.

Resumo - Aula 7 – Anamnese do paciente


A anamnese fornece dados primários que vão ser relevantes para a condução da terapia, por isso é
um instrumento muito valioso para os psicólogos.
É importante que o terapeuta observe suas atitudes para evitar prejudicar o estabelecimento do
vínculo terapêutico. Algumas recomendações são: Evitar postura fria, neutralidade que dá a impressão
de distância. Mas também tomar cuidado para não mostrar pena, compaixão, hostilidade, surpresa
exacerbada. A anamnese mesmo sendo estruturada, deve fluir como um diálogo, não como algo
“robotizado”. É importante também manter o contato visual.
Algumas das questões mais comuns abordadas em uma anamnese são se o paciente usa algum
medicamento, se a família tem histórico de transtornos ou se também faz uso de medicamento.
Alguns profissionais gostam também de começar com o exame do estado mental, que é sobre os
processos psicológicos básicos. Investiga a memória, confusão etc.
Outra coisa interessante é observar os aspectos não verbais do paciente, pois a fala pode ser
dissimulada. O paciente olha pro chão, a voz é como? A vestimenta, autocuidado. Essas coisas
denunciam possíveis sinais de possíveis transtornos mentais. Vestes rasgadas, sujas,, dentes sujos,
cabelo podem evidenciar sobre as condições de vida da pessoa e dar mais informações sobre o
contexto que ela está inserida, ajudando o profissional a ter informações relevantes para montar o
melhor tratamento.
Uma questão difícil é: Como trabalhar com dados fornecidos por terceiros? Os humanistas dizem que
quem tem mais condição de falar por si é a própria pessoa.
Lembrando que é comum que os pacientes mintam, muitas vezes no começo, até por possivelmente
ter um nível baixo de insight (O quanto ele consegue compreender sua situação – ex: esquizofrenia).
Tem medo do rótulo, do diagnóstico, então entrega partes. Por isso é importante tomar as informações
como provisórias.

Relevância das aulas


Escolhi estas duas aulas porque como uma profissional em formação, acho sempre muito importante
reforçar a necessidade de sempre ser um profissional ético e não rotular as pessoas como “normal”
ou “anormal” ou com x ou y transtorno, e nunca julgar a partir de uma ótica moralista-religiosa. A da
anamnese foi escolhida porque acho que é o começo fundamental de toda terapia, mas também é o
momento do acolhimento inicial, então é muito importante pensar em como ter uma abordagem que
deixe o paciente acolhido e confortável para compartilhar informações.

Gostaria de agradecer pelo curso, o professor explica muito bem e me motivou a estudar.

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