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coleção

&
o passo decisivo para sua aprovação

MATEMÁTICA E SUAS
TECNOLOGIAS 2
Matemática I
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Produção editorial: Gold Editora

Coordenação editorial: Isabel Moraes

Coordenação pedagógica: Mônica Lungov, Raquel dos Santos Funari

Assistência editorial: Henrique Ostronoff, Ana Beraldo

Texto: Washington José Santos Alves (mestre em ensino


de Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
professor de Matemática no ensino médio e em cursos pré-vestibulares,
consultor pedagógico para a edição de materiais didáticos, membro
da Olimpíada Paulista de Matemática)

Arte: Nuova Comunicação

Iconografia: Cláudio Perez

Revisão: Sandra Miguel

Colaboração: Luciana Sutil

Fotos: Shutterstock

ISBN 978-857-768-490-8

Todos os direitos reservados de acordo com a convenção internacional de direitos autorais.


Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou utilizada seja por que meios forem –
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou por sistemas de armazenagem
e recuperação de dados – sem o consentimento, por escrito, da editora.

Gold Editora
R. Elvira Ferraz, 250, cj 505
04552-040 – São Paulo – SP
CNPJ 04.963.593/0001-42
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A Coleção Enem & Vestibulares – o passo decisivo para sua aprovação


foi desenvolvida especialmente para você que busca conquistar uma
boa pontuação tanto no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem,
como em vestibulares tradicionais.
Com conteúdo desenvolvido por professores do ensino médio, com
ampla experiência em preparação de estudantes para o Enem e para
vestibulares, cada um dos 12 volumes da série apresenta linguagem afi-
nada com o que tem sido cobrado nos exames atuais, muitos exemplos
práticos, fotografias, tabelas, ilustrações e muitas dicas para você.
Este segundo volume – Matemática I – enfatiza temas como conjuntos
numéricos, fatoração, razão e proporção, juros, sistemas de equações,
sequências e progressões, análise combinatória, relação e função e tri-
ângulo, entre outros. A compreensão e a prática desses temas básicos
são fundamentais para a conquista de uma boa pontuação no Enem.
Bom estudo!

Matemática I
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Sumário

1. Conhecimentos numéricos.....................................................................6
Conjuntos numéricos................................................................................................................. 7
1. Representação de um conjunto................................................................................. 7
2. Classificação dos conjuntos numéricos................................................................... 8
Operações com conjuntos numéricos............................................................................... 10
1. Símbolos mais comuns usados em Matemática................................................ 10
2. Representação gráfica das operações com conjuntos.....................................11
Operações aritméticas..............................................................................................................13
1. Ordem das operações...................................................................................................13
2. Operações com frações...............................................................................................13
Fatoração.......................................................................................................................................15
1. Decomposição de um número em fatores primos............................................15
2. Critérios de divisibilidade............................................................................................16
Razão e proporção.....................................................................................................................18
1. Razão...................................................................................................................................18
2. Proporção..........................................................................................................................18
3. Porcentagem.................................................................................................................. 20
4. Cálculo de juro.................................................................................................................21
5. Montante............................................................................................................................21
6. Relações de dependência entre grandezas.........................................................22
7. Tipo de relação estabelecida entre grandezas..................................................24
8. Sistemas de equações..................................................................................................26
Sequências e progressões......................................................................................................32
1. Progressão aritmética (P.A.).....................................................................................33
2. Progressão geométrica (P.G.)...................................................................................37
Princípios de contagem..........................................................................................................43
1. Análise combinatória....................................................................................................43
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2. Conhecimentos algébricos................................................................. 49
Relação e função...................................................................................................................... 50
1. Produto cartesiano....................................................................................................... 50
2. Relação.............................................................................................................................. 50
3. Função............................................................................................................................... 50
Funções algébricas (polinomiais de primeiro e segundo graus)............................53
1. Função afim......................................................................................................................53
2. Função exponencial......................................................................................................56
3. Logaritmo...........................................................................................................................61
4. Função logarítmica........................................................................................................63
Equações e inequações.......................................................................................................... 64
1. Equações.......................................................................................................................... 64
2. Equações de primeiro grau com duas incógnitas.............................................66
3. Equações de segundo grau.......................................................................................68
4. Inequações....................................................................................................................... 70
Triângulo.......................................................................................................................................74
1. Triângulos congruentes...............................................................................................74
2. Semelhança de triângulos..........................................................................................74
3. Relações métricas num triângulo retângulo........................................................76
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Conhecimentos
1 numéricos
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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Matemática I

Conjuntos numéricos
Podemos entender como conjunto uma coleção de
elementos. Conjuntos numéricos são aqueles cujos
elementos são números.

1. Representação de um conjunto

É comum nomear os conjuntos com uma letra maiúscula


e representar seus elementos com letras minúsculas.

1.1. Representação tabular ou entre chaves

Os elementos são apresentados entre chaves e separados


por vírgula.
Exemplos:
A = {1, 2, 3, 4, 5}
V = {a, e, i, o, u}

1.2. Representação por Diagrama de Venn

Os elementos são representados por pontos interiores em uma


região plana delimitada por uma linha poligonal não entrelaçada.

1
2
3

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1.3. Representação por uma propriedade

Os elementos são determinados por uma propriedade comum a


todos eles. Esta representação é muito útil quando não é possível
nomear todos os elementos ou quando o conjunto possui muitos
elementos e queremos simplificá-lo.
Exemplos:
A = {x| -15 < x < 7}
A = {x|x é aluno inscrito no Enem}

2. Classificação dos conjuntos numéricos

Os números que conhecemos estão agrupados em conjuntos cha-


mados conjuntos numéricos. Cada conjunto numérico reúne núme-
ros com as mesmas propriedades. Estão classificados em:

2.1. Naturais (Iℕ)

Um número natural está relacionado a uma quantidade de obje-


tos que podem ser contados. Exemplos:
dez dedos, duas pessoas, uma dúzia de laranjas.

Conjunto dos números naturais: IN = {0, 1, 2, 3, 4, ... }.


Conjunto dos números naturais não nulos: IN* = {1, 2, 3, 4, ... }.

2.2. Inteiros ( )

O conjunto dos números inteiros é formado por todos os números


pertencentes ao conjunto dos números naturais mais seus respecti-
vos opostos ou simétricos (negativos). Exemplo:
Se devo ao banco 200 reais, meu saldo é –200; se tenho 100 reais guarda-
dos na poupança, meu saldo é +100 ou simplesmente 100.

Conjunto dos números inteiros: ZZ = {..., -2, -1, 0, 1, 2, ...}.


Conjunto dos números inteiros não nulos: ZZ* = {..., -2, -1, 1, 2,...}.

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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Matemática I

2.3. Racionais ( )

O conjunto dos números racionais é formado por todos os números


pertencentes ao conjunto dos números inteiros mais todas as frações
que estão entre dois números inteiros consecutivos. Todo número ra-
cional pode ser representado por uma fração de dois números inteiros.
a
Conjunto dos números racionais: Q I ={ | a ∈ ZZ e b ∈ ZZ*}
b

a
A fração é uma divisão cujo resultado está
b
entre dois números inteiros, em que a é o nume-
rador e b é o denominador.
Os três conjuntos já explicitados guardam
ZZ
relação entre si.
Assim, o conjunto dos números racionais
contém o conjunto dos números inteiros, que
contém o conjunto dos números naturais.

2.4. Irracionais (II)

O conjunto dos números irracionais é formado por todo número


que, em forma decimal, é uma dízima não periódica.
Conjunto dos números irracionais:
II = {x|x é dízima não periódica}
Exemplos de números irracionais:
Desigualdade
π = 3,14159...; ; o número e = 2,71828183...
Trata-se das expressões
que estabelecem uma
2.5. Reais (IR ) relação de ordem entre dois
elementos de um conjunto.
É representada por:
O conjunto dos números reais é formado pela união do
Menor que: <
conjunto dos números racionais e o conjunto dos núme-
Menor ou igual a: ≤
ros irracionais.
Maior que: >
IR
Maior ou igual a: ≥

De forma geral, podemos


incluir nas desigualdades a
Q
I
expressão da diferença (≠).

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Operações com
conjuntos numéricos
1. S
 ímbolos mais comuns
usados em Matemática
∪ União & Implica

∙ Intersecção 6 Qualquer que seja

⊂ Contido ! Diferente

⊃ Contém b Aproximadamente

⊅ Não contém 7 Existe

⊄ Não contido b Não existe

∈ Pertence ∙ Somatório

∉ Não pertence | Tal que

CAB Complementar 0 ou

∅ Conjunto vazio / e

+ Se e somente se

Vejamos algumas de suas aplicações:


B
Note que os símbolos ∪, ∙, ⊂, ⊃, ⊄, ⊅, C A e ∅ referem-se
exclusivamente a operações entre conjuntos.
Por exemplo, o conjunto dos números naturais está contido no
conjunto dos números inteiros (veja a figura da página 9).
Simbolicamente, temos:
yy ⊂ ZZ (lê-se: o conjunto dos números naturais está contido no
conjunto dos números inteiros) ou
yy ZZ ⊃ (lê-se: o conjunto dos números inteiros contém o conjunto dos
números naturais).

Exemplo 1:
O número 2 pertence ao conjunto dos números naturais. Como o conjunto
dos números naturais está contido no conjunto dos números inteiros,
então o número 2 também pertence ao conjunto dos números inteiros.
Simbolicamente: 2 ∈ ⋀ 2 ∈ ZZ

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Exemplo 2:
O número -2 não pertence ao conjunto dos números naturais.
Simbolicamente, temos: -2 ∉ .
Porém, -2 pertence ao conjunto dos números inteiros.
Simbolicamente, temos: -2 ∈ ZZ.

2. Representação gráfica das operações


com conjuntos

Vamos supor dois conjuntos numéricos:


A = {1, 2, 3, 4} e B = {3, 4, 5, 6}

Observe que os elementos 3 e 4 são comuns aos dois conjuntos.


Nesse caso, dizemos que a intersecção dos conjuntos A e B é o con-
junto formado pelos elementos 3 e 4.

Simbolicamente: A ∙ B = {3, 4}
{3, 4} é o conjunto contido simultaneamente em A e B. Os elemen-
tos 3 e 4 pertencem ao conjunto A e ao conjunto B.
A UNIÃO dos dois conjuntos, portanto, tem os elementos 1, 2, 3, 4,
5 e 6, e não 1, 2, 3, 3, 4, 4, 5 e 6.
Note que os elementos 3 e 4 não são contados duas vezes. Assim,
simbolicamente, temos: A ∪ B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
Graficamente, também podemos usar os diagramas de Venn,
como mostra a figura abaixo:

A B

4
3
1 2 5 6

Problemas sobre conjuntos geralmente são mais fáceis de compre-


ender com o uso de diagramas.

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Dados dois conjuntos A e B, temos a seguir as operações mais comuns.

A B A B

A∙B A–B

A B A B

B–A A∪B

Exemplo de aplicação:
Numa pesquisa em que foram ouvidas crianças, constatou-se que:
yy 15 crianças gostavam de refrigerante;
yy 25 crianças gostavam de sorvete;
yy 5 crianças gostavam de refrigerante e de sorvete.
Quantas crianças foram pesquisadas?

Resolução:
As crianças que gostam de refrigerante serão representadas pelo conjun-
to A e as que gostam de sorvete, pelo conjunto B.
Note que a situação pode ser representada assim:

A B
5
10 20

Não é obrigatório usar as letras A e B. Aqui, elas foram utilizadas por co-
modidade. Observe que:
yy o conjunto A (crianças que gostam de refrigerante) tem 15 elementos;
yy o conjunto B (crianças que gostam de sorvete) tem 25;
yy e a intersecção (que é comum aos dois conjuntos) tem 5.
yy Portanto, temos: 10 + 5 + 20 = 35.

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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Matemática I

Operações aritméticas
As quatro operações fundamentais da Matemática são adição,
subtração, multiplicação e divisão. A rigor, todas as operações são
decorrentes da adição.
A subtração é a adição de um número positivo e um negativo. A
multiplicação é uma sequência de adições no conjunto dos números
naturais. A potenciação é uma sequência de multiplicações em ,
que são adições.
É muito importante ter o domínio das operações básicas, por mais
que seja proclamado o enfoque nos processos matemáticos aliados
ao uso de calculadoras e computadores. O conhecimento
da tabuada acelera as operações aritméticas,
facilitando o entendimento de situações de
maior complexidade. Também é útil o domínio
em operações aritméticas simples, de adição e
subtração.

1. Ordem das operações

Em uma expressão matemática, realiza-se em primeiro lugar a


operação potenciação/radiciação, depois multiplicação/divisão e, por
último, adição/subtração. Veja o exemplo a seguir:
2 – 3 ⋅ 72 = façamos em primeiro lugar: 72 = 49
= 2 – 3 ⋅ 49 = agora, 3 ⋅ 49 = 147
= 2 – 147 = por último, 2 – 147 = –145
= –145

2. Operações com frações

2.1. Adição e subtração

Duas ou mais frações só podem ser adicionadas ou subtraídas


se tiverem o mesmo denominador. Quando os denominadores são

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diferentes, deve-se encontrar o denominador comum por meio


do mínimo múltiplo comum (MMC). O MMC é então dividido pelos
denominadores originais e multiplicado pelos numeradores de cada
fração.
Exemplos:
a) 2 + 5 = 7
3 3 3
Observe que, neste caso, apenas foram somados os numeradores, pois as
frações têm o mesmo denominador.

14 – 15
b) 2 – 5 = 2 ⋅ 7 – 5 ⋅ 3 = =– 1
3 7 21 21 21
Note que, no caso b, primeiro encontramos o MMC de 3 e 7, ou seja, o
menor número que pode simultaneamente ser dividido por 3 e por 7.
2
Este número é 21. Depois, dividimos 21 por 3 (denominador) da fração
3
e, em seguida, multiplicamos o resultado pelo numerador, 2. Fazemos o
5
mesmo com a fração . Mantemos o sinal de subtração entre as frações
7
e o utilizamos para os resultados.

2.2. Multiplicação

Multiplicar frações é mais fácil que adicionar ou subtrair.


Basta multiplicar numerador por numerador e denominador por
denominador.
Exemplo:
a) 2 ⋅ 4 = 2 ⋅ 4 = 8
3 5 3 ⋅ 5 15

2.3. Divisão

Para dividir duas frações, basta conservar o numerador (fração de


cima), inverter o denominador (fração de baixo) e fazer a multiplicação:
numerador por numerador e denominador por denominador.
Exemplo:
1
2 = 1 ⋅ 4 = 4 = 2
3 2 3 6 3
4

Veja que, no final, devemos simplificar a fração.

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Fatoração
Número primo é todo número natural divisível
apenas por ele mesmo e por 1. O número 1 não é
considerado primo. Os outros números (não primos)
são compostos por multiplicações de números
primos.

1. D
 ecomposição de um número
em fatores primos

Veja como deve ser a fatoração do número 100.

100 2
50 2
25 5
5 5
1 22 ⋅ 52

yy Primeiro, dividimos o número 100 pelo menor número primo, o 2.


yy Se possível, dividimos o resultado novamente por 2. Depois, se
possível, fazemos a divisão pelo número 3 (como 25 não é divisível
por 3, passamos ao 5). Repetimos as divisões até encontrar como
resultado o número 1.
yy Por fim, escrevemos o resultado em forma de potência na
última linha.

Como há dois números 2 e dois números 5, temos que 100 =


= 2 ⋅ 2 ⋅ 5 ⋅ 5. Para simplificar, escrevemos 2 ⋅ 2 como 22 e 5 ⋅ 5 como 52.
Note que estamos usando o ponto (⋅) para representar a multiplicação.
Pode-se usar também o símbolo “x”, mas no Brasil o mais comum é
utilizar o ponto para multiplicação. Para indicar casas decimais, usamos
a vírgula.
Para saber rapidamente se um número é divisível por outro,
recorremos ao critério de divisibilidade. Na página a seguir, são
apresentados os critérios mais utilizados.

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2. Critérios de divisibilidade

yy Divisibilidade por 2
Um número é divisível por 2 quando é par.
Exemplos: 2, 54, 106

yy Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma de seus algarismos é
um múltiplo de 3.
Exemplos: 123 (1 + 2 + 3 = 6), 360 (3 + 6 + 0 = 9), 45 (4 + 5 = 9)

yy Divisibilidade por 4
Um número é divisível por 4 quando termina em 00 ou quando os
dois últimos algarismos são múltiplos de 4.
Exemplos: 16, 2 500, 2 516, 3 777 504

yy Divisibilidade por 5
Um número é divisível por 5 quando termina em 0 ou 5.
Exemplos: 100, 275, 3 005

yy Divisibilidade por 6:
Exemplo:
Determine o MDC (máximo divisor comum) e o MMC (mínimo múltiplo
comum) de 18 e 60.
Resolução:
Fatorando ambos, temos:

18 2 60 2
9 3 30 2
3 3 15 3
1 2 ⋅ 32 5 5
1 22 ⋅ 3 ⋅ 5

Temos: 18 = 2 ⋅ 32 e 60 = 22 ⋅ 3 ⋅ 5
O MMC é o produto dos fatores comuns com maiores expoentes e dos
não comuns: MMC (18, 60) = 22 ⋅ 32 ⋅ 5 = 4 ⋅ 9 ⋅ 5 = 180.
O MDC é o produto dos fatores comuns com menores expoentes:
MDC (18, 60) = 2 ⋅ 3 = 6.

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Razão e proporção
1. Razão

É a relação entre duas grandezas de espécies iguais ou


diferentes, expressa geralmente por a : b, a ou “a para b”,
b
em que a denomina-se antecedente e b, consequente.

Exemplos de razão:
Escala, velocidade média, densidade de um corpo, densidade
demográfica, porcentagem, gramatura etc.

Leitura:
8 : 3 (lê-se: oito está para três ou oito para três).

Exemplo:
Em uma classe há 18 rapazes e 16 moças.
yy Determine a razão entre o número de rapazes e o número de moças.
Resolução:
18
= 9 , o que indica que na sala de aula há 9 rapazes para 8 moças.
16 8

yy Determine a razão entre o número de rapazes e o total de alunos.


Resolução:
18
= 9 , o que indica que há 9 rapazes para cada 17 alunos.
34 17

2. Proporção

É a igualdade entre duas razões, expressa geralmente por:


a : b :: c : d ou a = c .
b d

Leitura:
a = c (lê-se: a está para b, assim como c está para d).
b d

Exemplo:
10
= 6 é uma proporção que pode ser escrita assim: 10 : 15 = 6 : 9.
15 9

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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Matemática I

Os números 10, 15, 6 e 9 são denominados termos, sendo que 10 e 9 são


termos dos extremos e 15 e 6, termos dos meios.
A propriedade fundamental da proporção diz que “em uma proporção, o
produto dos extremos é igual ao produto dos meios”, isto é, 10 ⋅ 9 = 15 ⋅ 6 = 90.

Questão 147, caderno amarelo | Enem 2010 |

Para uma atividade realizada no laboratório de Matemática, um aluno precisa


construir uma maquete da quadra de esportes da escola que tem 28 m de
comprimento por 12 m de largura. A maquete deverá ser construída na escala de
1 : 250.
Que medidas de comprimento e largura, em cm, o aluno utilizará na construção
da maquete?
a) 4,8 e 11,2 b) 7,0 e 3,0 c) 11,2 e 4,8 d) 28,0 e 12,0 e) 30,0 e 70,0

Resolução:
Na escala 1 : 250, com as medidas em cm, temos:
Comprimento: 28 m ÷ 250 = 2 800 cm ÷ 250 = 11,2 cm
Largura: 12 m ÷ 250 = 4,8 cm
Note que as medidas em metros foram transformadas em centímetros
pela multiplicação por 100.
Resposta: alternativa “c”.

Questão 164, caderno amarelo | Enem 2011 |

Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região coberta pela caatinga, em


quase 800 mil km2 de área. Quando não chove, o homem do sertão e sua família
precisam caminhar quilômetros em busca da água dos açudes. A irregularidade
climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo.

Disponível em: http://www.wwf.org.br. Acesso em: 23 abr. 2010.

Segundo este levantamento, a densidade demográfica da região coberta pela


caatinga, em habitantes por km2 é de
a) 250 b) 25 c) 2,5 d) 0,25 e) 0,025

Resolução:
A densidade demográfica é dada pela razão entre o número de habitantes (N)
e a área da região (A) em que estão localizados. Assim, temos:

DM = N = 20 000 000 habitantes " DM = 25 hab./ km2


Área 800 000 km2

Resposta: alternativa “b”.


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3. Porcentagem

Porcentagem ou taxa porcentual é uma razão de denominador


100, isto é, x ou simplesmente x% (lê-se: x por cento).
100

Exemplo:
Uma roupa custa R$ 120,00. Pagando a vista há um desconto de 5%. Qual
o preço dessa roupa a vista?
Resolução:
Comprando a vista, há um desconto de 5%, logo paga-se:
95
100% – 5% = 95% = = 0,95
100
95% de 120 " 0,95 ⋅ 120 = 114
Portanto, o preço da roupa será de R$ 114,00.

Questão 45, caderno amarelo | Enem 2009 |

O álcool hidratado utilizado como combustível veicular é obtido por meio da


destilação fracionada de soluções aquosas geradas a partir da fermentação de bio-
massa. Durante a destilação, o teor de etanol da mistura é aumentado, até o limite
de 96% em massa.
Considere que, em uma usina de produção de etanol, 800 kg de uma mistura etanol/
água com concentração 20% em massa de etanol foram destilados, sendo obtidos 100 kg
de álcool hidratado 96% em massa de etanol. A partir desses dados, é correto concluir que
a destilação em questão gerou um resíduo com uma concentração de etanol em massa
a) de 0%. d) entre 9,0% e 9,2%.
b) de 8,0%. e) entre 13% e 14%.
c) entre 8,4% e 8,6%.

Resolução:
Dos 800 kg da mistura inicial, temos:
20% de etanol, o que corresponde a 160 kg.
80% de água, o que corresponde a 640 kg.

Dos 100 kg da mistura inicial, temos:


96% de etanol, o que corresponde a 96 kg.
4% de água, o que corresponde a 4 kg.

Dos resíduos
De etanol, 160 kg – 96 kg = 64 kg.
De água, 640 kg – 4 kg = 636 kg.

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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Matemática I

Dos resíduos: calculando a porcentagem de etanol


700 kg " 100% 64 ⋅ 100
"x= ≅ 9,14%
64 kg " x 700

Resposta: alternativa “d”.

4. Cálculo de juro

Juro (ou juros) é o rendimento de uma aplicação financeira ou va-


lor pago referente ao aluguel do dinheiro. Podemos classificá-lo em
juro simples ou juro composto.
Para calcular o juro simples, utilizamos a seguinte fórmula mate-
mática: J = C ⋅ i ⋅ t, sabendo que:
J = juro simples
C = capital inicial (dinheiro)
i = taxa de juro
t = tempo de aplicação (que pode ser dado por mês, bimestre, tri-
mestre, semestre, ano etc.)

5. Montante

É a soma do capital inicial e do juro produzido em certo tempo. Sua


fórmula é: M = C + J, sabendo que:
M = montante C = capital inicial J = juro simples

Exemplo:
Rafael aplicou um capital de R$ 1 000,00 numa instituição
financeira durante 6 meses, a uma taxa de 0,7% ao mês,
a juro simples.
yy Determine em reais o juro recebido.
J = C ⋅ i ⋅ t = 1 000 ⋅ 0,7% ⋅ 6 = 1 000 ⋅ 0,007 ⋅ 6 = 42
Portanto, o juro é de R$ 42,00.
yy Determine o montante.
M = C + J = 1 000 + 42 = 1 042.
O montante é de R$ 1 042,00.

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Questão 157, caderno amarelo | Enem 2011 |

Um jovem investidor precisa escolher qual investimento lhe trará maior retorno
financeiro em uma aplicação de R$ 500,00. Para isso, pesquisa o rendimento e o
imposto a ser pago em dois investimentos: poupança e CDB (certificado de depó-
sito bancário). As informações obtidas estão resumidas no quadro:

Rendimento mensal (%) IR (imposto de renda)

Poupança 0,560 ISENTO

CDB 0,876 4% (sobre o ganho)

Para o jovem investidor, ao final de um mês, a aplicação mais vantajosa é:


a) a poupança, pois totalizará um montante de R$ 502,80.
b) a poupança, pois totalizará um montante de R$ 500,56.
c) o CDB, pois totalizará um montante de R$ 504,38.
d) o CDB, pois totalizará um montante de R$ 504,21.
e) o CDB, pois totalizará um montante de R$ 500,87.

Resolução:

yy Poupança: Jpoup = C ⋅ i ⋅ t " Jpoup = 500 ⋅ 0,0056 ⋅ 1 " Jpoup = R$ 2,80


Como a poupança é isenta, este é o valor líquido a ser creditado.

yy CDB: JCDB = C ⋅ i ⋅ t " JCDB = 500 ⋅ 0,00876 ⋅ 1 " JCDB = R$ 4,38


O imposto é calculado sobre o rendimento. Assim, temos:
I = 0,04 ⋅ 4,38 = 0,1752
Portanto, o valor líquido a ser creditado é: L = 4,38 – 0,17 (aproximando o valor
do imposto), o que dá R$ 4,21. Então, o montante é: R$ 500,00 + R$ 4,21 = R$ 504,21.

Resposta: alternativa “d”.

6. R
 elações de dependência
entre grandezas

Regra de três (simples)

É um processo prático de resolução de problemas envolvendo quatro


valores, dos quais três são conhecidos. Baseada no princípio da propor-
cionalidade, a regra de três pode ser aplicada quando trabalhamos com
ampliações e reduções, como plantas de imóveis e mapas ou para
utilizar câmeras fotográficas, GPS e outros equipamentos atuais.

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Exemplo:
Luísa comprou 4 coleções de DVDs por R$ 184,00. Quanto pagaria por 7
coleções do mesmo tipo e preço?

Valor em reais Coleções

184 4

x 7

Verificamos que, com o aumento do número de coleções, o valor em reais


aumenta. Então, podemos afirmar que se trata de grandezas diretamen-
te proporcionais.
Aplicando a propriedade das proporções, temos:
184
= 4 " 4x = 184 ⋅ 7 " 4x = 1 288 " x = 322
x 7
Logo, as 7 coleções custam R$ 322,00.

Questão 141, caderno amarelo | Enem 2010 |

Em 2010, um caos aéreo afetou o continente europeu, devido à quantidade de fuma-


ça expelida por um vulcão na Islândia, o que levou ao cancelamento de inúmeros voos.
Cinco dias após o início desse caos, todo o espaço aéreo europeu acima de 6 000
metros estava liberado, com exceção do espaço aéreo da Finlândia. Lá, apenas voos
internacionais acima de 31 mil pés estavam liberados.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 21 abr. 2010 (adaptado).

Considere que 1 metro equivale a aproximadamente 3,3 pés. Qual a diferença,


em pés, entre as altitudes liberadas na Finlândia e no restante do continente europeu
cinco dias após o início do caos?
a) 3 390 pés b) 9 390 pés c) 11 200 pés d) 19 800 pés e) 50 800 pés

Resolução:
Estabelecendo a proporção entre as unidades de medida, temos:
1 metro
= 6 000 metros
3,3 pés x pés

Assim, xpés = 6 000 ⋅ 3,3 pés " xpés = 19 800 pés

ortanto, a diferença, em pés, entre as altitudes liberadas na


P
Finlândia e no restante da Europa é:
h = 31 000 – 19 800 " h = 11 200 pés
Resposta: alternativa “c”.

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Questão 171, caderno amarelo | Enem 2011 |

Nos últimos cinco anos, 32 mil mulheres de 20 a 24 anos foram internadas nos
hospitais do SUS por causa de AVC. Entre os homens da mesma faixa etária, houve
28 mil internações pelo mesmo motivo.

Época. 26 abr. 2010 (adaptado).

Suponha que, nos próximos cinco anos, haja um acréscimo de 8 mil internações
de mulheres e que o acréscimo de internações de homens por AVC ocorra na mes-
ma proporção.
De acordo com as informações dadas, o número de homens que seriam interna-
dos por AVC, nos próximos cinco anos, corresponderia a
a) 4 mil b) 9 mil c) 21 mil d) 35 mil e) 39 mil

Resolução:
Como a proporção de internações é mantida, podemos escrever:

32 000 mulheres 8 000 mulheres


———————— = ———————— " 32 000y = 224 000 000 " y = 7 000 homens
28 000 homens y homens

Com um acréscimo de 7 000 homens com diagnóstico de AVC, teremos um


total de 35 000 homens internados em cinco anos.
Resposta: alternativa “d”.

7. T
 ipo de relação estabelecida
entre grandezas

Para a finalidade deste tópico, levaremos em consideração apenas


dois tipos de relação entre grandezas. Saiba, porém, que existem ou-
tras formas de as grandezas se relacionarem.
Vamos a elas:

7.1. Diretamente proporcionais

No gráfico, tem-se a representação de duas grandezas, A e B.

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Grandeza B 4

0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

-1 Grandeza A

-2

Note que o tipo de relação estabelecida é direta, isto é,


Grandeza A Grandeza B
quando uma das grandezas cresce, a outra cresce também
1 2
na mesma proporção, como podemos observar na tabela:
2 4

7.2. Inversamente proporcionais

3 Grandeza B

0
-1 0 1 2 3 4 5 6
-1 Grandeza A

-2

Nesse gráfico, a relação estabelecida entre as grandezas


Grandeza A Grandeza B
A e B é inversamente proporcional, isto é, quando uma das
1 2
grandezas cresce, a outra decresce na mesma proporção,
2 1
como podemos observar na tabela:

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8. Sistemas de equações

Introdução aos sistemas de equações lineares

Essa ferramenta, importante para a resolução de problemas com


mais de uma variável, é muito utilizada em Matemática, Física, Quí-
mica, Engenharia, Economia etc.
Muitos dos problemas requerem a transformação de textos em equa-
ções matemáticas, associadas de forma a organizar o raciocínio e a favo-
recer sua resolução.
Um sistema de equações lineares com duas incógnitas (grande-
zas) nada mais é do que a reunião de equações.
Há vários métodos de resolução para um sistema de equações lineares,
mas neste volume utilizaremos apenas o da substituição e o da adição.

8.1. Método da substituição

Consiste em isolar uma das incógnitas em uma das equações,


para depois substituí-la na outra, a fim de diminuir o número de
incógnitas e, se possível, resolver o sistema.

Exemplo:
Certo dia, o proprietário de uma balsa arrecadou R$ 500,00 (quinhentos
reais) com a travessia de carros e motos. Sabe-se que os carros pagam
R$ 10,00 (dez reais) e as motos R$ 5,00 (cinco reais) por travessia. Nesse
mesmo dia, sabe-se que o número de motos foi duas vezes maior que o
número de carros. Quantos carros e quantas motos utilizaram a balsa nes-
se dia? Considere que cada veículo utilizou a balsa apenas uma única vez.
Resolução:
yy Chamando de x o número de carros e y o número de motos, temos:
10x + 5y = 500 (representa a arrecadação)
y = 2x (relação entre número de motos e carros)

yy Substituindo a segunda equação na primeira, temos:


10x + 5 ∙ (2x) = 500
10x + 10x = 500
20x = 500
x = 25

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Utilizando a segunda equação, encontraremos o valor de y:


y = 2x
y = 2 ∙ (25)
y = 50
Portanto, nesse dia, 25 carros e 50 motos utilizaram a balsa.

8.2. Método da adição

Consiste em adicionar as equações, a fim de diminuir o número


de incógnitas e, se possível, resolver o sistema.

Exemplo:
Em uma festa, há 10 crianças. A diferença entre o número de meninas e
o de meninos é 6. Quantas meninas e quantos meninos há nessa festa?
Chamando de x o número de meninas e de y o número de meninos, temos:
x + y = 10 (representa o total de crianças)
x – y = 6 (relação entre número de meninos e meninas)

Resolução:
Adicionando as duas equações, membro a membro, temos:
x + y = 10
+
x–y=6
2x = 16
x=8

Substituindo o valor de x em qualquer uma das equações, encontrare-


mos o valor de y:
x + y = 10
8 + y = 10
y=2
Portanto, nessa festa, há 8 meninas e 2 meninos.

Em algumas situações, uma das equações deve ser multiplicada por


uma constante não nula para, em seguida, ser adicionada à outra, visan-
do à eliminação de uma das incógnitas. Em outras, é necessário multipli-
car as duas equações por constantes não nulas, diferentes entre si.

Exemplo:
O esquema a seguir representa as ruas e quarteirões de uma cidade do
interior. Todos os quarteirões são iguais e possuem a mesma forma re-
tangular, com dimensões x e y.

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Bruno mora na casa A e vai à padaria C passando por B, percorrendo uma


distância de 290 m. Tiago mora na casa D e percorre 410 m para chegar à
mesma padaria C, passando por E.
Quais as dimensões x e y indicadas na figura?

y D
x
A B

C E

Resolução:

2x + 3y = 290 (representa o caminho que Bruno percorreu)


3x + 4y = 410 (representa o caminho que Tiago pecorreu)

Multiplicando a primeira equação por 3 e a segunda por –2, temos:

6x + 9y = 870
–6x – 8y = –820

Adicionando as duas equações, temos:

6x + 9y = 870
+
–6x – 8y = –820
y = 50

Substituindo o valor de y em qualquer uma das equações, encontrare-


mos o valor de x.
2x + 3y = 290
2x + 3(50) = 290
2x + 150 = 290
2x = 140
x = 70
Portanto, as dimensões são x = 70 m e y = 50 m.

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8.3. Classificação dos sistemas lineares

Os sistemas lineares podem ser classificados de diversas formas.


Acompanhe a seguir.

Sistema possível e determinado

Um sistema de equações lineares será considerado possível e de-


terminado quando existir uma única solução para ele. Exemplo:
x+y=5
x–y=3

S = {(4,1)}

Sistema impossível

Um sistema de equações lineares será considerado impossível


quando não existir solução para ele.
x+y=5
x+y=7
Perceba que, na primeira equação, dois números somados resul-
tam em 5, enquanto, na segunda, esses mesmos dois números so-
mados resultam em 7, o que é claramente impossível.
S={}

Sistema possível e indeterminado

Um sistema de equações lineares será considerado possível e in-


determinado quando existirem infinitas soluções.
x + y=3
2x + 2y = 6

Perceba que nenhum dos métodos apresentados anteriormente


nos auxilia a solucionar o sistema em questão, uma vez que chegare-
mos à identidade 0 = 0.
Isso ocorre porque as equações são equivalentes, ou seja, qual-
quer par ordenado terá o mesmo valor em ambas.
Exemplos: Quando x for 2 em ambas, y será 1; quando x for 0, y
será 3; quando x for –1, y será 4; e assim por diante, formando uma
única reta em um plano cartesiano.

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Exemplo de vestibular | UFG – GO |

Um caminhão transportou, em duas viagens, 50 toneladas de soja. Sabendo que,


na primeira viagem, o caminhão carregado pesou 45 toneladas e que, na segunda, o
caminhão e a carga pesaram 35 toneladas, calcule a quantidade de soja transportada
na primeira viagem e o peso do caminhão vazio.

Resolução:
Massa do caminhão vazio: x
Massa da soja transportada na primeira viagem: y
Massa da soja transportada na segunda viagem: z
x + y = 45
x + z = 35
y + z = 50
Adicionando a primeira e a segunda equações, temos:
2x + y + z = 80
Substituindo a terceira equação na equação acima, temos:
2x + (50) = 80
2x = 30
x = 15
Substituindo x = 15 na primeira equação, temos:
x + y = 45
(15) + y = 45
y = 30
Substituindo x = 15 na segunda equação, temos:
x + z = 35
(15) + z = 35
z = 20
Resposta: A quantidade de soja transportada na primeira viagem foi de 30 to-
neladas e a massa do caminhão vazio é de 15 toneladas.

Exemplo de vestibular | Fuvest |

Um caminhão transporta maçãs, peras e laranjas, num total de 10 000 frutas. As


frutas estão condicionadas em caixas (cada caixa só contém um tipo de fruta). Cada
uma tem 50 maçãs, 60 peras e 100 laranjas e custam, respectivamente, 20, 40 e 10
reais. Se a carga do caminhão é de 140 caixas e custa 3 300 reais, calcule quantas
maçãs, peras e laranjas estão sendo transportadas.

Resolução:
Caixa de maçã: x
Caixa de pera: y

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Caixa de laranja: z
x + y + z = 140
20x + 40y + 10z = 3 300
50x + 60y + 100z = 10 000

Vamos multiplicar a primeira equação por –20 e adicioná-la à segunda:


– 20x – 20y – 20z = –2 800 x + y + z = 140
20x + 40y + 10z = 3 300 ∙ 20y – 10z = 500
50x + 60y + 100z = 10 000 50x + 60y + 100z = 10 000
Agora vamos multiplicar a primeira equação por –50 e adicioná-la à terceira
equação. Assim temos:
– 50x – 50y – 50z = 7 000 x + y + z = 140
20y – 10z = 500 ∙ 20y – 10z = 500
50x + 60y + 100z = 10 000 10y + 50z = 3 000

Finalmente, vamos dividir a segunda equação por –2 e adicionar a terceira


equação. Assim temos
x + y + z = 140 x + y + z = 140
–10y + 5z = –250 ∙ –10y + 5z = –250
10y + 50z = 3 000 55z = 2 750

yy Determinando o valor de z:
55z = 2 750
z = 50
yy Determinando o valor de y:
–10y + 5z = –250
–10y + 5(50) = –250
–10y + 250 = –250
–10y = –500
y = 50
yy Determinando o valor de x:
x + y + z = 140
x + 50 + 50 = 140
x + 100 = 140
x = 40
Como o caminhão transporta 40 caixas de maçã com 50 unidades
em cada uma, temos:
40 . 50 = 2 000 maçãs.
50 caixas de pera com 60 unidades cada caixa:
50 . 60 = 3 000 peras.
50 caixas de laranja com 100 unidades cada:
50 . 100 = 5 000 laranjas.
Somando: 2 000 + 3 000 + 5 000 = 10 000.
Resposta: Nesse caminhão estão sendo
transportadas 2 000 maçãs, 3 000 peras e 5 000 laranjas.

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Sequências e progressões
Uma sequência ou série é uma função matemática que se traduz
numa sucessão de números dispostos em certa ordem. Ela obedece a
um critério – o termo anterior define o posterior, caso em que é cha-
mada de sequência recursiva. Os casos mais comuns são a progressão
aritmética e a progressão geométrica. Também existem sequências
que não são recursivas.
As sequências que vamos estudar podem ser crescentes ou de-
crescentes.

Crescentes
Exemplo: {12, 19, 26, 33, 40, 47, 54, 61, 68}

Decrescentes
Exemplo: {2 048, 1 024, 512, 256, 128, 64, 32, 16, 8, 4}
Uma sequência crescente muito famosa é a sequência de Fibonacci:
{1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, 1 597, 2 584, 4 181,
6 765, 10 946,...}.

Pode não parecer, mas essa sequência tem uma lei de formação, que
é o processo pelo qual o termo anterior gera o termo subsequente.
Vejamos outros exemplos:

Sequência Lei de formação

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, Adiciona-se 1 ao termo anterior para se chegar ao


S1
9, 10 resultado do termo posterior.

O termo posterior é obtido dividindo-se o termo anterior


S2 96, 48, 24, 12, 6, 3
por 2.

Nos exemplos anteriores, a sequência S1 é uma progressão arit-


mética (P.A.), porque sua lei de formação envolve a operação de adi-
ção. Ela é crescente, pois o termo posterior é maior que o anterior.
Temos então uma progressão aritmética crescente.
Já a sequência S2 é uma progressão geométrica (P.G.), pois sua lei
de formação envolve a multiplicação do termo anterior para gerar
o posterior. Como ela diminui (96 > 48 > 24 > 12 > 6 > 3), temos uma
progressão geométrica decrescente.

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1. Progressão aritmética (P.A.)

A progressão aritmética é definida por um termo


inicial (a1) e por uma razão (r), que é o valor a ser
somado ao primeiro termo da sucessão.

Exemplo:
Vamos supor que o termo inicial seja 0 e a razão seja 3. Teremos a seguinte
sequência:
Sequência 1: {0, 3, 6, 9, 12, 15,...}.

Note que há um começo, mas neste caso não há um fim. As


reticências depois do número 15 indicam que a sequência se estende
até o infinito. Mas nem sempre é assim. Veja a seguir.

Exemplo:
Vamos supor outra sequência, em que o número 12 seja o último termo.
Sequência 2: {0, 3, 6, 9, 12}
Essa sequência possui apenas cinco termos, que são enumerados da
seguinte forma:
a1 = 0 a2 = 3 a3 = 6 a4 = 9 a5 = 12.

O índice subscrito à direita da letra “a” indica a posição que o


termo ocupa na sequência.
A lei de formação de uma P.A. é dada pela fórmula:
an = a1 + (n – 1) ⋅ r,
em que an representa o termo geral ou enésimo termo,
a1 equivale ao primeiro termo, n é o número de termos e r é a
constante, chamada razão.
Dependendo do valor da razão (r), a progressão aritmética pode ser:
yy crescente, se r > 0 (os elementos estarão em ordem crescente);
yy constante, se r = 0 (os elementos serão todos iguais);
yy decrescente, se r < 0 (os elementos estarão em ordem decrescente).

1.1. Soma dos termos de uma progressão aritmética


(a1 + an) ⋅ n
Sn = ——— ———
2

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A fórmula possibilita somar todos os termos de uma P.A. da qual


se conhecem o primeiro e o enésimo termos.

Exemplo:
Qual a soma dos 20 primeiros números naturais ímpares?
Temos que o primeiro termo (a1) é igual a 1. Ainda precisamos encontrar
o valor do 20º termo antes de realizar a soma.
Para isso, usamos a fórmula do termo geral, embora seja possível obter a
resposta apenas com o uso da lógica.
a20 = 1 + (20 – 1 ) ⋅ 2 = 1 + 19 ⋅ 2 = 1 + 38 = 39
Veja que a razão é 2 e que o vigésimo termo é 39.
{1, 3, 5, 7,...}
Agora, aplicando a fórmula da soma, temos:

(a1 + an) ⋅ n
Sn = ——— ———
2

(1 + 39) ⋅ 20
Sn = —————— = 40 ⋅ 10 = 400
2

1.2. Situações comuns nas progressões aritméticas

Uso imediato das fórmulas do termo geral e da soma

Exemplo 1:
Determine o nono termo da P.A. {2, 4, 6, 8, 10,...}.
Resolução:
Nesse tipo de questão, nem precisamos usar a fórmula, pois basta fazer
a sucessão até o nono termo, pois é uma situação fácil.
P.A.: 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18 (18 é o nono termo)
Note que nesse caso estamos diante da tabuada do 2.
Logo, o nono termo será 9. 2.
Porém, pela fórmula temos:
a1 = 2 ; r = 2 " an = a1 + (n – 1) ⋅ r = 2 + (9 – 1) ⋅ 2 = 2 + 8 ⋅ 2 = 2 + 16 = 18

Exemplo 2:
Determine a soma dos números naturais de 1 a 10.
Resolução: a1 = 1, r = 1, an = 10 e n = 10

(a1 + an) ⋅ n
Sn = ——————
2

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(1 + 10) ⋅ 10 110
S10 = —————— = —— = 55
2 2

Exemplo 3:
Determine a soma dos números naturais de 1 a 100.
Resolução:
a1 = 1, r = 1, an = 100 e n = 100

(a1 + an) ⋅ n
Sn = ——————
2

(1 + 100) ⋅ 100 10 100


S100 = —————— = ——— = 5 050
2 2

Exemplo 4:
Determine a soma de todos os múltiplos de 3 entre 50 e 90.
Resolução:
Note que os múltiplos de 3 formam uma P.A. em que a razão é 3. No caso, o
primeiro múltiplo de 3 depois de 50 é 51 (pois 5 + 1 = 6, que é múltiplo de 3).
90 é múltiplo de 3.
Temos de saber quantos termos há em uma P.A. em que:
a1 = 51, r = 3 e an = 90.
an = a1 + (n – 1) ⋅ r
51 + (n – 1) ⋅ 3 = 90 (divide-se a equação toda por 3)
17 + n – 1 = 30
n = 14
Temos então: a1 = 51, r = 3, an = 90 e n = 14
Disso decorre: (a1 + an) ⋅ n (51 + 90) ⋅ 14 141 ⋅ 14
Sn = ——— ——— " S14 = —————— = ————— = 987
2 2 2

Exemplo 5:
Determine a soma dos 20 primeiros termos da P.A. decrescente {17, 14, 11,...}
Resolução:
Temos de descobrir o termo a20:
Temos: a1 = 17, r = –3
an = a1 + (n – 1) ⋅ r " a20 = 17 + (20 – 1) ⋅ (–3) = 17 – 57 = –40
Agora, aplicamos a fórmula da soma dos termos de uma P.A.:

(a1 + an) ⋅ n (17 + (–40)) ⋅ 20 –23 ⋅ 20


Sn = ——— ——— " S20 = ——————— = ————— = –230
2 2 2

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Situações que conduzem a um sistema de equações

Exemplo:
O nono termo de uma P.A. é 79 e o terceiro é 37. Determine:
yy a razão;
yy o primeiro termo;
yy a sequência do primeiro ao décimo termo.

Resolução:
Vamos usar apenas a fórmula: an = a1 + (n – 1) ⋅ r
yy a9 = 79 " a9 = a1 + (9 – 1) ⋅ r " a9 = a1 + 8r " a1 + 8r = 79
yy a3 = 37 " a3 = a1 + (3 – 1) ⋅ r " a3 = a1 + 2r " a1 + 2r = 37
Nessa situação
a1 + 8r = 79
a1 + 2r = 37 ⋅ (-1)

a1 + 8r = 79
–a1 – 2r = –37
6r = 42 " r = 7

Substituindo r na segunda equação, temos:


a1 + 2 ⋅ 7 = 37 " a1 = 37 – 14 = 23
Assim, a1 = 23 e r = 7
Portanto, P.A. dos 10 primeiros termos: {23, 30, 37, 44, 51, 58, 65, 72, 79, 86}

Interpolação

Nesse caso, deseja-se criar uma P.A. conhecendo o primeiro e o


último termos.
Exemplo:
Interpole 5 meios aritméticos entre 12 e 36.
Resolução:
Primeiramente, quantos termos terá esta P.A.?
Já temos os termos 12 e 36, em que a1 = 12. Depois de a1 há os 5 termos
inseridos e, por fim, o último termo, 36. Isso nos dá uma P.A. de 7 termos,
em que a7 = 36.
{12, a2, a3, a4, a5, a6, 36}.
Usando a fórmula do termo geral, temos:
an = a1 + (n – 1) ⋅ r
(n – 1)r + a1 = a7 " (7 – 1) ⋅ r + 12 = 36 " 6r = 36 – 12 " 6r = 24 " r = 4
P.A.: {12, 16, 20, 24, 28, 32, 36}

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Pode-se ainda calcular a soma (use a fórmula da soma):


S7 = Soma dos 7 primeiros termos
S7 = 168

Relação entre o valor do termo central e a soma dos n termos (Sn)

Atente para a seguinte sequência: {7, 8, 9}.


A soma dos três termos é 24. Observe que 24 = 3 ⋅ 8. A média
aritmética de um grupo é a soma de seus números dividida pela
quantidade de números. No caso de uma P.A. com quantidade de
números ímpares, a média é o termo central.
Então, o que fazer no caso de um número par de termos?
P.A. = {2, 6, 10, 14}

Note que: 2 + 14 = 6 + 10 = 16. A soma de todos os termos é 32. A mé-


32
dia é = 8. Note que a média entre 6 e 10 é 8. A média entre 2 e 14 é 8.
4
Em uma P.A. com número par de termos, a média não estará na
P.A., mas será a média entre os termos equidistantes do meio da P.A.
Em {2, 6, 10, 14} " 2 e 14 estão a duas posições do meio e 6 e 10
estão a uma posição de distância do meio da sequência.

2. P
 rogressão geométrica (P.G.)

A progressão geométrica é regida pela multiplicação, o que signifi-


ca que o termo posterior é igual ao anterior multiplicado por um fator.
Exemplo:
P.G.: {1, 2, 4, 8,...}

yy Vamos chamar o primeiro termo de a1 (a1 = 1).


yy Já o fator de multiplicação, denominado razão, será simbolizado
pela letra q (q = 2).

A sequência 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, 1 024 não


deve ser estranha para você. Essa progressão é muito
usada em informática para representar capacidade de
armazenamento, em bits, bytes, kilobytes etc., como um
pendrive de 512 MB (megabytes) ou um processador de
arquitetura de 32 ou 64 bits.

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2.1. Fórmulas das progressões geométricas

Lembre-se de que a fórmula do termo geral na P.A. é: an = a1 + (n – 1). r.


Na P.G., a fórmula é an = a1 ⋅ qn-1.
Para gravar, pense que a adição (+) é substituída pela multiplica-
ção (⋅) e que a multiplicação é substituída pela potenciação (qn–1).
O mesmo se dá entre a fórmula da soma dos termos na P.A. e o
produto dos termos na P.G. (lembre-se: adição “vira” produto e pro-
duto “vira” potência).

P.A. (Soma dos termos) P.G. (Produto dos termos)

(a1 + an) ⋅ n
Sn = —— ———— Pn = (a1 ⋅ an)n
2

Note que a soma a1 + an corresponde ao produto a1 ⋅ an e que a


multiplicação de n por a1 + an, resultando em (a1 + an) ⋅ n, correspon-
de a a1 ⋅ an elevados à potência n.
Dessa forma, duas importantes fórmulas das progressões geomé-
tricas são assimiladas.

enésimo termo (termo geral) an = a1 . qn–1


Então, na P.G.:
Produto dos n termos Pn = (a1 . an)n

2.2. Tipos de problema envolvendo P.G.

Muitos problemas relacionados a progressão geométrica são si-


milares aos que envolvem progressão aritmética.
Contudo, há uma categoria exclusiva das progressões geométri-
cas, que são os problemas que envolvem a soma de termos. A soma
dos n primeiros termos de uma P.G. obedece à fórmula:
a1 ⋅ (qn – 1)
Sn = —————
q–1
Essa é a única fórmula que deve ser memorizada da P.G. Todas as
outras são análogas às da P.A. e, para recordá-las, basta fazer a asso-
ciação da “soma que vira produto” e do “produto que vira potência”.
Essa fórmula aplica-se à soma dos n primeiros termos, que é um
número finito de termos. A expressão acima dará origem a um im-

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portantíssimo conceito na P.G.: o da soma se estendendo a um nú-


mero infinito de termos de uma P.G. decrescente, isto é, de uma P.G.
de razão entre 0 e 1 (0 < q < 1), cuja fórmula para o cálculo da soma é:
a1
Sn = ——, com 0 < q < 1.
1–q

2.3. Situações comuns nas progressões geométricas

Uso imediato das fórmulas do termo geral, produto e soma

Exemplo 1:
Calcule o quarto e o sétimo termos da P.G. (3, -6, 12,...).

Resolução:
Temos a1 = 3 e q = –2 (pois –6 = –2).
3
Agora, é só usar a fórmula do termo geral, an = a1 ⋅ qn–1.
a4 = 3 ⋅ ( –2)4 - 1 = 3 ⋅ ( –2)3 = 3 ⋅ ( –8) = –24
a7 = 3 ⋅ ( –2)7-1 = 3 ⋅ ( –2)6 = 3 ⋅ 64 = 192

Exemplo 2:
(PUC) Se a razão de uma P.G. é maior que 1 e o primeiro termo é negativo,
a PG é chamada:
a) decrescente
b) crescente
c) constante
d) alternante
e) singular

Resolução:
Temos q > 1 (o que nos dá que q é positivo) e a1 < 0 (negativo).
Nesse tipo de questão, faremos uma simulação com números simples:
Já que a1 < 0, escolhemos a1 = –1 e, para q > 1, escolhemos 2.
Logo, teremos a P.G. = {–1, –2, –4, –8, –16, –32, –64, –128, –256, –512,... }, que
já é uma “velha conhecida” nossa, apenas com os sinais negativos.
Note que –1 > –2 > –4 > –8 > –16,...
Se a P.G. diminui, ela é decrescente.
Portanto, a correta é a alternativa “a”.

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Exemplo 3:
No exercício anterior, o que aconteceria se o primeiro termo e a razão
fossem negativos?

Resolução:
Vamos usar a1 = –1 e q = –1.
A progressão geométrica fica: {–1, 1, –1, 1, –1}. Ou seja, é uma P.G. alternante.

A escolha de a1 = –1 e q = –1 é chamada arbitrária. Não quer dizer que


eles tenham esses valores. Quer dizer que eles podem ter esses valores.
O que importa é a propriedade matemática do conjunto numérico que
eles representam, no caso a dos inteiros (ZZ).

Situações que conduzem a um sistema de equações

Exemplo:
(FIA) Numa progressão geométrica, tem-se a 3 = 40 e a 6 = –320. A soma
dos oito primeiros termos é:
a) –1 700 b) –850 c) 850 d) 1 700 e) 750

Resolução:
Vamos usar a fórmula do termo geral: an = a1 ⋅ qn – 1.

40
a3 = 40 " a1 ⋅ q3 – 1 = 40 " a1 ⋅ q2 = 40 " a1 =
q2

a6 = –320 " a1 ⋅ q6 – 1 = –320 " a1 ⋅ q5 = –320 " a1 = –320


5
q
40 –320 q5 –320
a1 = a1 " 2 = 5 " 2 = " q5-2 = –8 " q3 = –8 " q = –2
q q q 40
40
a1 = = 40 = 10
q2 4

Agora temos a1 e q. Como não é dado o oitavo termo, vamos usar:

a1 ⋅ (qn – 1)
Sn = —————
q–1
10 ⋅ [(–2)8 –1] 10 ⋅ [256 –1] 2 550
S8 = —————— = —————— = ——— = –850
–2 – 1 –3 –3
alternativa “b”.

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Interpolação

Exemplo:
Insira 4 meios geométricos entre 2 e 486, nessa ordem.

Resolução:
Temos o termo inicial (2) e o último (486). Se houver
4 termos entre eles, teremos:
P.G. = {2, a2, a3, a4, a5, 486}, em que a1 = 2 e a6 = 486

Usando a fórmula do termo geral: an = a1 ⋅ qn – 1


a6 = 2 ⋅ q6 – 1 " 2q5 = 486 " q5 = 243 " q5 = 35 " q = 3

Se q = 3, basta multiplicar a1 = 2 por 3 para obter os termos:


P.G. = {2, 6, 18, 54, 162, 486}

Soma dos termos de uma P.G. decrescente infinita

Exemplo:
O lado de um triângulo equilátero mede 3 m. Unindo-se os pontos
médios de seus lados, obtém-se um novo triângulo equilátero. Unindo-se
os pontos médios do novo triângulo, obtém-se outro triângulo equilátero
e assim sucessivamente. Determine a soma dos perímetros de todos os
triângulos construídos.

Resolução:
Um triângulo equilátero tem os 3 lados e os 3 ângulos iguais:

O perímetro é definido como a soma dos 3 lados. No caso, 3 + 3 + 3 =


9 metros. Quando unimos os pontos médios de cada lado do triângulo,
obtemos um novo triângulo com lados iguais a 1,5 m:

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O novo perímetro tem a metade do primeiro, isto é, 4,5 m. O terceiro terá a


metade do segundo e assim por diante, infinitamente. Nesse caso, temos:
P.G. = {9; 4,5; 2,25; 1,125; 0,5625;...}, que é uma P.G. infinita.
Note que a P.G. é decrescente, com um número infinito de termos. Logo,
ela tem uma soma determinada. Se fosse uma P.G. crescente, a soma seria
indeterminada. Em qualquer progressão, aritmética ou geométrica, os ter-
mos mais importantes são o termo inicial e a razão.
1
Neste caso: a1 = 9 e q =
2
a1 ⋅ (qn – 1)
A fórmula da soma é: Sn = —————
q–1
Note que, para valores muito grandes de n, o termo qn, que neste caso é
1 n
e—o , torna-se muito pequeno. Pode-se dizer que, para n " ∞ (n tendendo
2 1 n
ao infinito), e—o " 0.
2
Desse modo, a fórmula da soma fica:
a1 ⋅ (qn – 1) a1 ⋅ (0 – 1) –a1 a1
Sn = ————— " Sn = ————— " Sn = ——— " Sn = ———
q–1 q–1 q–1 1–q

Soma dos termos de uma P.G. decrescente infinita:


a1
Sn = ———
1–q

a1 9 9
Neste caso, Sn = ——— = ——— =— = 18
1–q 1– 2
1 1
2

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Princípios de contagem
1. Análise combinatória

É a parte da Matemática que se ocupa principalmente da “conta-


gem” de objetos, isto é, arranjos, permutações e combinações.
A análise combinatória é a base para outros assuntos matemáti-
cos importantes, como o cálculo das probabilidades, isto é, a teoria
utilizada para estudar a incerteza oriunda de fenômenos aleatórios.

1.1. Princípio fundamental da contagem (PFC)

Baseado no princípio multiplicativo, trata-se de uma técnica em-


pregada para definir a quantidade de maneiras que podemos combi-
nar determinados elementos.
De acordo com o PFC, se um evento for composto por duas ou mais
etapas sucessivas e independentes, o número de combinações será
determinado pelo produto entre as distintas possibilidades de
ocorrência em cada etapa.

Exemplo 1:
Uma família decidiu passar o final de
semana (sábado e domingo) em uma praia.
Considerando que o clima possa estar
chuvoso (C), nublado (N) ou ensolarado
(E) em qualquer um dos dias, quantas
são as possibilidades para o clima
no final de semana? E quais são essas
possibilidades?

Resolução:
Há três possibilidades (C, N, E)
tanto para o sábado, quanto para
o domingo.

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Assim, temos: 3 · 3 = 9 possibilidades.


Para definir quais são as combinações, vamos desenhar a árvore de
possibilidades para o sábado e o domingo:

E = EE
E C = EC
N = EN

E = CE
Resposta: Há nove possibilidades:
C C = CC
EE, EC, EN, CE, CC, CN, NE, NC e NN.
N = CN

E = NE
N C = NC
N = NN

Exemplo 2:
Rafael irá organizar um jantar em sua casa e, para isso, preparou três
opções de bebida, quatro opções de prato principal e duas opções de so-
bremesa. Partindo do princípio de que uma refeição é composta de uma
bebida, um prato principal e uma sobremesa, de quantas maneiras dis-
tintas Rafael pode compor as refeições?
Resolução:
De acordo com o PFC, temos: 3 (bebidas) · 4 (prato principal) · 2 (sobreme-
sas) = 24 possibilidades.

Em geral, buscamos calcular a quantidade de combinações dis-


tintas que podem ocorrer em determinado evento formado por k
etapas sucessivas e independentes entre si, com n1, n2, n3, ... , nk pos-
sibilidades para cada etapa, por meio do produto n1 . n2 · n3 · ... · nk.

1.2. Permutações

Possibilitam encontrar o número de combinações dos elementos


de um conjunto simplesmente pela alteração da ordem desses ele-
mentos. Vejamos três tipos de permutação:

Permutação simples

É aplicada quando não existem elementos repetidos no conjunto.


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Exemplo:
Encontre a quantidade de anagramas que podem ser construídos com as
letras da palavra BOM.
Anagrama de uma palavra é qualquer combinação que se obtém pela
alteração da ordem de suas letras.
Resolução:

O M = BOM
B
M O = BMO

B M = OBM
O
M B = OMB

B O = MBO
M
O B = MOB

1º 2º 3º
3 2 1

Perceba que, para a primeira posição, inicialmente, temos três possibili-


dades (B, O, M). Ao escolhermos qualquer uma das letras, restará apenas
duas letras para ocupar a segunda posição, e assim sucessivamente, até
se esgotarem as letras e as posições.
Aplicando o PFC, temos: P3 = 3! = 3 · 2 · 1 = 6. Portanto, podem ser construídos
seis anagramas.
Assim, uma permutação simples pode ser resolvida por meio da expres-
são Pn = n!, em que n indica o número de elementos a ser permutados.

Permutação com repetição

Ocorre quando a permutação é realizada em um conjunto no qual


existem elementos repetidos.

Exemplo:
Calcule quantos anagramas podem ser construídos com as letras da pa-

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lavra RIR.
Resolução:
Vamos construir a árvore de possibilidades para ilustrar este caso:

I R = RIR
R
R I = RRI

R R = IRR
I
R R = IRR

I R = RIR
R
R I = RRI

1º 2º 3º

Perceba que a lógica anterior já não funciona quando há repetição. Nes-


se caso, encontramos alguns grupos que se repetem e que, por isso, são
contabilizados apenas uma vez.
Vamos calcular matematicamente o número de possibilidades para esse caso.

2 3! L
 ê-se: permutação de três elementos, sendo que um desses
P3 = —
2!
elementos se repete duas vezes.

2 3! 3 · 2 · 1
P3 = — = ———— = 3
2! 2·1

Portanto, há três anagramas.


n!
Em geral, usa-se esta fórmula: Pna, b, c, ..., z = ———————
a!· b! · c! · ... · z!

Nela, n indica o total de elementos do conjunto que será permutado e


cada uma das letras (a, b, c, ..., z) representa o número de vezes que de-
terminado elemento se repete.

Exemplo:
Calcule quantos anagramas podem ser construídos com as letras da pa-
lavra ARARAQUARA.
Resolução:
Trata-se de uma permutação com repetição, pois elementos dessa pala-
vra se repetem – a letra A aparece cinco vezes e a letra R, três vezes.

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5, 3 10! 10 · 9 · 8 · 7 · 6 · 5! 10 · 9 · 8 · 7 · 6
P10 = ——— = ————————— = ——————— = 10 · 9 · 8 ·7 = 5 040
5! · 3! 5! · 3! 3 · 2 ·1
Resposta: Podem ser construídos 5 040 anagramas.

Permutação circular

Sua aplicação exige cuidados especiais, pois a contagem das


possibilidades de permutação entre os elementos distintos de um
conjunto na forma de círculo pode confundir.

Exemplo:
Três elementos (A, B e C) estão distribuídos ao redor de uma mesa circular,
como pode ser visto abaixo:

A B C A B C

C B A

Ao observarmos os esquemas, percebemos que, apesar de ter havido a rotação


de A, B e C, a posição relativa entre esses elementos permanece a mesma.
Por isso, devemos contabilizar essas três possibilidades como sendo
apenas uma. Essa lógica ocorrerá também para as demais permutações
dos elementos A, B e C.
Isso significa que cada combinação será apresentada em
três posições distintas, embora não deixe de ser a mesma
combinação.
O cálculo é feito da seguinte forma:
3! 3 · 2 · 1
PC3 = — = ———— = 2
3 3

Em geral, o cálculo das possibilidades para permutações circulares é


o seguinte:
n! n · (n – 1)!
PCn = — = ————— = (n – 1)!
n n

Nele, n representa o número de elementos do conjunto.


Nos próximos casos, iremos formar subconjuntos com elementos de
determinado conjunto.

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1.3. Combinações

Aplicadas na formação de grupos com elementos distintos de um


conjunto, de tal maneira que os grupos sejam caracterizados entre si
apenas pela diferença de elementos. Nesse caso de agrupamento, a
ordem dos elementos no grupo não altera o grupo.
Para calcular a quantidade de grupos possíveis, usa-se a fórmula:
n!
Cn, p = —————
p! (n – p)!
Nela, n representa o número de elementos do conjunto e p, a
quantidade de elementos em cada grupo.

Exemplo:
Três amigos, André (A), Bruno (B) e Carlos (C), querem formar uma dupla
para jogar vôlei com outra dupla. Quantas duplas os amigos podem formar?
Resolução:
3! 3! 3 · 2!
C3, 2 = ————— = — = ——— = 3
2! (3 – 2)! 2! 2!

Resposta: Podem ser formadas três duplas: AB, AC e BC. Veja que a dupla
formada, por exemplo, por André e Bruno é a mesma formada por Bruno e
André. Nesse tipo de combinação, a ordem não deve ser considerada.

1.4. Arranjos

Aplicam-se aos casos em que tanto a ordem quanto o tipo dos


elementos produzem diferenciação nos agrupamentos formados.
Para calcular quantos grupos podem ser formados, usa-se a fórmula:
n!
An, p = —————
(n – p)!
Nela, n representa o número total de elementos de um conjunto e
p, o número de elementos dos subconjuntos.

Exemplo:
10 alunos participam de um campeonato e apenas os 2 primeiros marcarão
pontos. Quais as possibilidades de classificação nos 2 primeiros lugares?
Resolução:
10! 10 · 9 · 8!
A 10, 2 = ———— = ———— = 10 · 9 = 90
(10 – 2)! 8!

Resposta: Há 90 possibilidades de classificação nos 2 primeiros lugares.


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Conhecimentos
algébricos 2

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Relação e função
1. Produto cartesiano

Dados os conjuntos A e B, o produto cartesiano de A por B (repre-


sentado por A x B [lê-se: A cartesiano B]) é o conjunto formado por
todos os pares ordenados de elementos de A e B, sendo o primeiro
elemento pertencente a A e o segundo, pertencente a B.

Exemplo:
Se A = {0, 1, 2, 3} e B = {3, 4, 5}, determine A x B e B x A.
Resolução:
A x B = {(0,3); (0,4); (0,5); (1,3); (1,4); (1,5); (2,3); (2,4); (2,5); (3,3); (3,4); (3,5)}
B x A = {(3,0); (3,1); (3,2); (3,3); (4,0); (4,1); (4,2); (4,3); (5,0); (5,1); (5,2); (5,3)}

Note que A x B é diferente de B x A.

2. Relação

Dados os conjuntos A e B, a relação R de A em B é qualquer sub-


conjunto do produto cartesiano A x B, sendo que A é chamado con-
junto de partida e B, conjunto de chegada.

Exemplo:
Se A = {0, 1, 2, 3} e B = {3, 4, 5}, então uma possível relação entre A e B é R
= {(0,3); (1,4); (2,5)}.

Podemos tipificar os conjuntos de partida e de chegada com a notação:


R : A " B (lê-se: R de A em B).

3. Função

Função é um tipo especial de relação. Por trás do conceito de função,


podemos intuir uma noção de causalidade na qual o conjunto de partida
está relacionado com a causa e o conjunto de chegada, com o efeito. Para
uma relação constituir uma função, são necessárias duas condições:

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Para todos os elementos do conjunto de partida, é preciso haver


um correspondente no conjunto de chegada.
Para todos os elementos do conjunto de partida, só pode haver
um correspondente no conjunto de chegada.
Temos ainda que o conjunto de partida é chamado domínio e o
conjunto de chegada, contradomínio.

Exemplo:
Se A = {0, 1, 2, 3} e B = {3, 4, 5}, então uma possível função entre A e B é
f : A " B:
f = {(0,3); (1,4); (2,5); (3,5)}

Podemos analisar em diagramas:

f
0 3
1 4
2 5 A é o domínio e B, o contradomínio

A B

Temos também os seguintes diagramas de relações que não consti-


tuem funções:
A = {1, 2}, B = {4, 5, 6} e R = {(1,4); (1,6); (2,6)}

R
1 4

R é uma relação, mas não é uma


5
função, pois o elemento 1 tem
2 6 dois correspondentes.

A B

Outro caso: A = {2, 3, 4}, B = {7, 8, 9} e R = {(2,7); (3,8)}

R
2 7
R é uma relação, mas não é uma
3 8
função, pois sobrou o elemento

4 9 4 em A sem correspondente em B.

A B

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Apesar de o elemento 9 de B não ter correspondente em A, esse fator


isolado não impediria que R fosse uma função. Aos elementos do con-
tradomínio de uma função que possuem correspondência no domínio
damos o nome de imagem.
A = {2, 3, 4} B = {7, 8, 9} e f : A " B f = {(2,7); (3,7); (4,8)}

f
2 7
A é o domínio, B é o contradomínio
3 8 e os elementos 7 e 8 formam o
Im conjunto imagem (Im = {7, 8}).
4 9

A B

Questão 1 | Cesgranrio |
Sendo A = {1, 3} e B = {2, 4}, o produto cartesiano A x B é dado por:
a) { (1, 2), (3, 4) }
b) { (1, 2), (3, 2), (1, 4), (3, 4) }
c) { (1, 3), (1, 2), (1, 4), (3, 4) }
d) { (1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 3), (2, 4), (3, 4) }
Resposta: alternativa “b”.

Questão 2 | Cesgranrio |
Sejam F = {1, 2, 3, 4} e G = {3, 4, 7}. Então:
a) F x G tem 12 elementos
b) G x F tem 9 elementos
c) F ∙ G tem 7 elementos
d) F ∙ G tem 3 elementos
Resposta: alternativa “a”.

Questão 3 | UFPR |
Sejam os conjuntos A = {6, 8, 9} e B = {a, e, i, o, u}. Qual das relações abaixo é uma
função de A em B?
a) { (9, a), (6, i), (8, i) }
b) { (6, u), (8, i), (8, a) }
c) { (6, e), (8, o), (9, u), (9, i) }
d) { (8, a), (6, e), (8, u), (6, i), (9, 0) }
Resposta: Observe que na alternativa “b” a origem 9 não tem imagem no
contradomínio. Já nas alternativas “c” e “d”, há duas imagens para uma mesma
origem. A alternativa “a” é a única que para cada origem existe uma única ima-
gem. Portanto, a correta é a alternativa “a”.

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Funções algébricas
(polinomiais de primeiro e segundo graus)

1. Função afim

É toda função que pode ser representada por f(x) = ax + b, em que


a é o coeficiente angular e b, o coeficiente linear.
Representando a função afim nos eixos cartesianos, temos:
f(x)

O coeficiente linear b é o ponto em que a reta intersecta o eixo y


ou eixo de f(x). O coeficiente angular a é a tangente do ângulo entre
o eixo x e a reta da função.
Se o coeficiente angular for positivo (a > 0), a função será cres-
cente, mas se o coeficiente angular for negativo (a < 0), a função
será decrescente.

f(x)
Exemplo 1:
f(x) = 2x + 3
4

0
-3 -2 -1 0 1 2 3 4
x
-1

-2

-3

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Ao ponto de intersecção da reta da função com o eixo x damos o nome de


zero da função ou raiz da função.

Exemplo 2:
Nos gráficos a seguir, qual(quais) representa(m) uma função?

Não é uma função, pois existem dois


correspondentes em y para um mesmo x.

É uma função.

Não é uma função, pois existem dois


correspondentes em y para um mesmo x.

Exemplo 3:
Sabendo que uma função afim passa pelos pontos A(2, 3) e B(-2, -1), deter-
mine a expressão dessa função.
Resolução:
y = ax + b

yA = xA⋅ a + b
yB = xB⋅ a + b

3 = 2a + b
Somando as duas equações, temos:
–1 = –2a + b
2 = 2b
b = 1

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Substituindo b = 1 na primeira equação, temos:


3 = 2a + 1
2a = 2 Portanto, a função é f(x) = 1x + 1.
a=1

Exemplo 4:
Classifique como crescente ou decrescente as seguintes funções afins:
Resolução:
yy f(x) = 3x + 8 Crescente, pois a > 0.
yy f(x) = –4x + 3 Decrescente, pois a < 0.
yy y = 12 – x ecrescente, pois a < 0 (a é o coeficiente de x, no caso
D
a = –1).
yy y = 5 + 3x Crescente, pois a > 0 (a é o coeficiente de x, no caso a = 3).

Exemplo 5:
Dados f(x) = 2x + 3 e g(x) = 5x – 1, calcule f(g(x)).
Observação:
Essa é uma função composta, também representada por f o g (x).
Resolução:
yy f ( ) = 2 ( )+3 eixa-se um “espaço” na função f, que será
D
preenchido com g(x).
yy f(g(x)) = 2(g(x)) + 3 Coloca-se a expressão de g(x) no segundo termo.
yy f(g(x)) = 2 (5x – 1) + 3 Faz-se a distributiva.
yy f(g(x)) = 10x – 2 + 3

Portanto: f(g(x)) = 10x + 1

Exemplo 6:
Dado o gráfico, determine a função afim:
f(x)

0
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
x
-1

-2

Resolução:
Como se trata de uma reta inclinada, a expressão da função afim é do
tipo f(x) = ax + b. Observemos que a reta da função encontra o eixo verti-
cal (das ordenadas) no ponto 1. Logo, b = 1.

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A reta passa pelo ponto (–3,2); logo:


2 = a (–3) + 1
1 = –3a
–1
a= —
3 –1
Portanto, f(x) = — x + 1
3

2. Função exponencial

As funções exponenciais derivam das potências. Recordemos as


principais características das potências.
Dado um número a, denominado base, e um número n, o expo-
ente, temos:
Exemplos:
an = a.a.a.a.a.a...a
14444244443 23 = 2 ∙ 2 ∙ 2 = 8
n vezes
32 = 3 ∙ 3 = 9

Propriedades das potências

a0 = 1, 6 a IR* (qualquer número real não


nulo elevado a zero é igual a 1) 1 1
2 –1 = —
a – n = —n
a 2
20 = 1

a1 = a, 6 a ∈ IR (qualquer número real n 2


b—l = —n b—l = —2 = —
elevado a 1 é igual a ele mesmo) a an 2 22 4
b b 3 3 9
3,141 = 3,14
–n
b—l
–2
b—l = —2 = —
bn
a =— 5 32 9
am ∙ an = am + n 23 ∙ 22 = 25
b an 3 5 25
3
an 56 = 56 – 4 = 52 = 25 n ∙ 53 = 5 4
4
— = an – m — m
∙a = a
n m
am 54 2
2
∙91 = 2∙32 = 3 2 = 3

Questão 1 | PUC-SP |

O número de elementos distintos da sequência 24, 42, 4– 2, (–4)2, (–2)4, (–2)–4 é:


a) 1
b) 2
c) 3
d) 4

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Resolução:
Basta elevar cada potência:
4–2 = b—l =
1 2
1
24 = 2 · 2 · 2 · 2 = 16 42 = 4 · 4 = 16 (–4)2 = 16
4 16
= b– —l =
1 4
1
(–2) = 16
4
(–2) ‒4
2 16
Resposta: alternativa “b”.

Questão 2 | FEI-SP |

O valor da expressão B = 5 · 108 · 4 · 10 – 3 é:


a) 206 b) 2 · 106 c) 2 · 109 d) 20 · 10 – 4

Resolução:
Podemos efetuar 5 · 4 = 20 e 108 · 10 –3 = 105 "20 · 105 = 2 · 10 · 105 = 2 · 106
Resposta: alternativa “b”.

Questão 3
10 20 32
Efetuando-se b—l
1
⋅ b—l ÷ b—l , obtém-se:
1 1
3 3 3
1
a) 9 000 b) 9 c) d) – 1 e) –9
9 9

Resolução:
Trata-se de potência de mesma base, 1 . Basta adicionarmos os expoentes
3
referentes à multiplicação e subtrairmos os referentes à divisão:
10 + 20 – 32 –2 2
b—l
1 = b—l
1 = b—l
3 = 32 = 9
3 3 1
Resposta: alternativa “b”.

Questão 4

O resultado de (2 . 17)
6

2 3
é:
(17 )
a) 8 b) 32 c) 16 d) 64 e) 81

Resolução:
26 . 176
Como (2 . 17)6 = 26 . 176, temos a fração , que é 26 = 64.
176
Resposta: alternativa “d”.

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2.1. Equações exponenciais

Os exercícios sobre equações exponenciais lidam basicamente


com as propriedades das potências e equações de primeiro e se-
gundo graus.
A tabela a seguir mostra as potências mais comuns. É importan-
te se habituar a ela. Potências comuns como 3, 9, 27 e 81 devem ser
lidas de imediato como 31, 32, 33 e 34. Isso facilita muito a resolução
dos exercícios.

Potências comuns em exercícios

Bases Expoentes

. 2 3 4 5 6 7 8 9 10

2 4 8 16 32 64 128 256 512 1 024

3 9 27 81 243 729 2 187 6 561

5 25 125 625 3 125 15 625

6 36 216 1 296 7 776

7 49 343 2 401

Toda equação do tipo ax = y é denominada equação exponencial.


Nela, a é a base, x é o expoente e y é o resultado de ax. Apesar
de existirem equações com estrutura mais complexa, todas seguem
esse padrão.

Exemplo 1:
Vamos resolver: 3x = 81.
Resolução:
Sabemos que 81 = 34. Logo: 3x = 34 "x = 4.
O processo para a resolução é:
yy Igualar as bases.
yy Igualar os expoentes.
Resposta: x = 4.

Exemplo 2:
a) 2x = 8
Como 8 é 23, logo 2x = 23 " x = 3.

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b) 82x+1 = 3∙ 4x–1
Note que 8 e 4 são potências de 2. Como a raiz é um expoente fracioná-
rio, temos:
(23)2x+1 = ((22)x–1)¹∕³
23.(2x+1) = (22x–2)¹∕³
26x+3 = 2.(2x–2) .¹∕³ " 2x – 2
6x + 3 = ———
3
18x + 9 = 2x – 2
16x = –11
x = –11 ——
16

2.2. Gráfico da função exponencial

A função exponencial segue o padrão y = ax, 1 ∙ a > 0.


Observe que a base a não pode ser negativa. Também não há senti-
do em determinar a = 1, pois 1 elevado a qualquer número é igual a 1.
O gráfico da função exponencial y = 2x tem a seguinte forma:

y
8

6
Observe os valores que a função
5 assume para:

4 x = –2, x = –1, x = 0, x = 1, x = 2
e x = 3.
3
O gráfico não intersecta o eixo x;
2
apenas se aproxima.
1
Este tipo de curva recebe o nome
0 de assintótica. A função é crescen-
-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
x
-1 te, pois para um aumento de x há

-2
um aumento de y. Toda função ex-
ponencial com base > 1 é crescente.
-3

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Função exponencial e o comportamento de acordo com a base a

Base a Comportamento Gráfico

1,5

a>1 1
Crescente
Se a base a é maior que 1
0,5

-1 -0,5 0 0,5 1

0<a<1 2
Decrescente
Se a base a está entre 0 e 1
1

-2 -1 0 1 2

Exemplo:
1 x
Vamos construir o gráfico de y = e—o .
2
Resolução:
Como a base está entre 0 e 1, essa função é decrescente.
Uma característica das funções exponenciais é que elas sempre inter-
sectam o eixo y no ponto (0,1), pois qualquer número diferente de zero
elevado a zero é igual a 1:
a0 = 1, 6 a ∈ IR* (o conjunto dos reais com o asterisco representa IR – {0})

Vamos fazer uma pequena tabela para nos orientar:

x y
x –2 2
y = b—l = b—l = b—l = 22 = 4
1 1 2
–2
2 2 1
4
x –1 1
y = b—l = b—l = b—l = 21 = 2
1 1 2
–1 3
2 2 1
0
y = b—l = 1
1 2
0
2
1
x 1
y = b—l = b—l = —
1 1 1
1
2 2 2
-2 -1 0 1 2
x 2
y = b—l = b—l = —
1 1 1
2
2 2 4

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Observe que, à medida que x aumenta, y diminui. Isso caracteriza uma


função decrescente.

3. Logaritmo

Dados dois números reais positivos a e b, com a ∙ 1, chamamos


de logaritmo de b na base a o expoente x, ao qual se deve elevar a
base a, de modo que a potência ax seja igual a b.
Em logab = x + ax = b,
yy a é a base do logaritmo
yy b é o logaritmando
yy x é o logaritmo

O logaritmo com base 10 é conhecido como logaritmo decimal:


log10b = x ou logb = x. Já o logaritmo com base e é conhecido como
logaritmo neperiano ou logaritmo natural: logeb = x ou ln b = x, em
que e = 2,71 é o número neperiano.

3.1. Equação logarítmica

Decompondo o 9 da equação exponencial 3x = 9, temos:


3x = 32 " x = 2

Aqui, o logaritmo é uma equação exponencial, que, por sua vez, é


uma aplicação das propriedades das potências. Utilizando a notação
logarítmica, o exemplo acima será representado da seguinte forma:
log39 = 2 ou logaritmo de 9 na base 3 é igual a 2

E na correspondência entre logaritmo e equação exponencial, temos:


log39 = 2 + 32 = 9

Propriedades dos logaritmos


Veja na página a seguir uma tabela com as propriedades dos
logaritmos.

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Propriedades dos logaritmos Comentários

logxa · b = logxa + logxb

Exemplo:
P1 log24 · 8 = log24 + log28 Esse exemplo ilustra a propriedade.
log232 = 2 + 3
5=5

logxa/b = logx a – logx b


Não esqueça que o logaritmo é uma
Exemplo: equação exponencial:
P2 8 log2 2 = x
log2— = log2 8 – log2 4
4
é o mesmo que
log22 = 3 – 2 2x = 2 " x = 1
1=1

logx an = n logx a Nessa propriedade, o número a


é multiplicado por ele mesmo n
P3 Exemplo: vezes. Isso corresponde a aplicar a
log2 43 = 3 log2 4 = 3 · 2 = 6 propriedade P1 n vezes.

logy a
logxa = ———
logy x Essa é a propriedade de mudança de
Exemplo: base. Nesse exemplo, temos 16 na
P4 log216 base 4, que é 2.
log416 = —— — No termo da direita, log216 = 4, pois
log24
4 24 = 16 e log24 = 2, pois 22 = 4.
—=2
2

log10a = log a Quando se usa a base 10, o termo


P5 Exemplo: indicador da base não precisa ser
log10100 = log100 = 2 mostrado. Note que 102 = 100.

logea = In a O número e, chamado de número


de Euler – cujo valor aproximado é
P6 Exemplo: 2,71828... –, é um número irracional,
In e = 1 sendo a base dos logaritmos
Pois e1 = e neperianos ou naturais.

Questão 1 | Vunesp |

Se log 8 = 0,903 e log 70 = 1,845, então log 14 é igual a:

Resolução:
Não está explícito no exercício, mas esses logaritmos são decimais. Observe a
propriedade P5.
É importante ver de imediato que 8 = 23 e que 14 = 2 · 7. Estamos procurando
log 14, que é log 2 · 7 = log 2 + log 7 (P1).

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yy Primeiro determinamos log 2:


Se 8 = 23 " log 8 = log 23 " log 8 = 3 log 2 (P3)
3 log 2 = log 8
log 2 = (log 8)/3
log 2 = 0,903/3
log 2 = 0,301

yy Agora, vamos determinar log 7:


log 70 = log 7 · 10
log 70 = log 7 + log 10
log 70 = log 7 + 1
log 70 = log 7 + 1 = 1,845
log 7 = 0,845

yy Finalmente, achamos log 14:


log 14 = log 2 · 7 = log 2 + log 7 = 0,301 + 0,845 = 1,146
Resposta: log 14 = 1,146.

4. Função logarítmica

A função logarítmica é toda função do tipo: y = logax, 1 ∙ a > 0 (a base


deve ser positiva e diferente de 1), em que y é o logaritmo, a é a base e x
é o logaritmando. Veja exemplos de gráfico de função logarítmica:

Base Função Gráfico

Função: y = log1 x 3
2

0<a<1 2
Note que a função passa pelo
Se a base a está
ponto (1,0). 1
entre 0 e 1
A função é decrescente
A função não toca o eixo y -2 -1 0 1 2
-1

y = log x
-1 -0,5 0 0,5 1
a>1 Note que a função passa pelo
-0,5
Se a base a é ponto (1,0).
maior que 1 A função é crescente -1
A função não toca o eixo y

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Equações e inequações
As equações e inequações são temas associados a uma parte im-
portante da Matemática, que é a álgebra, a ciência dos cálculos e das
grandezas abstratas.
Por meio de equações e inequações, procuramos resolver proble-
mas dos quais desconhecemos uma ou mais informações.

1. Equações

São sentenças matemáticas abertas, expressas por uma igualdade.


Veja:
yy 2x – 4 = 0 -> O valor desconhecido x é denominado incógnita.
yy y2 – 4y – 7 = 0 -> O valor desconhecido y é denominado incógnita.

Veremos adiante diversos tipos de equação, cada qual com suas


peculiaridades. No entanto, existem algumas características comuns
a todas elas. Destaquemos algumas:

yy Toda equação tem pelo menos uma incógnita.


yy Toda equação deve ter um símbolo de igualdade. 
yy Raiz é o nome dado à solução de uma equação.
yy Solução é um número que, substituindo a incógnita, transforma
a equação numa igualdade numérica verdadeira. Cabe ressaltar
que nem toda equação tem uma solução!
yy Uma equação somente terá solução se a raiz pertencer a seu
domínio.
yy Duas equações são consideradas equivalentes quando as raízes
da primeira são soluções da segunda e vice-versa.

Inicialmente, iremos considerar as equações de


primeiro grau com uma incógnita.
Vejamos alguns exemplos:

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yy x + 1 = 6
yy 2x – 4 = x + 6
yy 5x + 3x + x = 10 – x

Vamos definir alguns nomes que são recorrentes quando o


assunto é equação.

Exemplo 1:
2x + 2 = 10 + x.
Nessa equação, temos as seguintes características:
yy Incógnita: x
yy Primeiro membro: 2x + 2
yy Segundo membro: 10 + x
yy Dois termos com a incógnita x: 2x e x
yy Dois termos independentes da incógnita x: 2 e 10
yy Raiz ou solução igual a 8 pois: 2 ∙ (8) + 2 = 10 + (8) e
yy 18 = 18 (igualdade numérica verdadeira)
Esse tipo de equação, em geral, está relacionado com itens que exigem
certa habilidade para a transformação das informações de um texto
de problema em equação.

Exemplo 2:
São oferecidas três modalidades de curso em uma escola
– sonoplastia, iluminação e cenotécnica. As vagas foram
distribuídas da seguinte forma: metade para sonoplastia, um
quarto para iluminação e 10 vagas para cenotécnica. Quantas vagas
foram oferecidas pela escola?

Resolução:
x representa o número total de vagas oferecidas

x
yy — " vagas destinadas para sonoplastia
2

x " vagas destinadas para iluminação


yy —
4

yy 10 " vagas destinadas para cenotécnica

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Assim:

x x
x = — + — + 10 Exercício proposto equacionado.
2 4

4x 2x + x + 40 Por meio do MMC (mínimo múltiplo comum) ou de


— = —————
4 4 frações equivalentes.

Denominadores são simplificados (equação equivalente


4x = 2x + x + 40
à primeira).

4x – 2x – x = 40 Agrupamento de termos semelhantes.

x = 40 Raiz ou solução.

Resposta: Foram oferecidas 40 vagas pela escola.

Em geral, uma equação de primeiro grau com uma incógnita pode


ser representada da seguinte forma: ax + b = 0, em que:
yy a e b são as constantes da equação;
yy x é a incógnita da equação;
yy a sempre deve ser diferente de zero (a ≠ 0).

A raiz dessa equação é obtida por meio do seguinte procedimento:


ax + b = 0
ax = – b
b
x=–—
a

2. E
 quações de primeiro grau
com duas incógnitas

Inicialmente, é importante dizer que o termo incógnita, apesar de


continuar válido, será substituído por variável, conceito mais ade-
quado às características desse tipo de equação.
Em geral, uma equação de primeiro grau com duas variáveis pode
ser representada da seguinte forma: ax + by = c, em que:
yy a e b são números diferentes de zero (a ≠ 0 e b ≠ 0);
yy c é termo independente de x e y;
yy x e y são variáveis (ou incógnitas).

As equações de primeiro grau com esse formato possuem infini-


tas soluções.

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Observe o exemplo: 5x – y = –1.


Se as variáveis x e y assumem valores determinados, encontra-
mos igualdades numéricas verdadeiras.

Alguns exemplos de solução:


yy x = 0 e y = 1 " 5x – y = –1
5 · (0) – (1) = –1
0 – 1 = –1
–1 = –1

yy x = 1 e y = 6 " 5x – y = –1
5 ⋅ (1) – (6) = –1
5 – 6 = –1
–1 = –1

Em outras palavras, os pares (0,1) e (1,6) são possíveis soluções


para a equação 5x – y = –1. Isso acontece porque no plano cartesiano
a equação pode ser representada por uma reta. E todos os pontos
sobre essa reta serão considerados soluções para a equação. Veja o
gráfico a seguir:

valores assumidos
pela variável y

0
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 valores assumidos
-1
pela variável x

Observe que existem outras soluções para a equação do exem-


plo, representada pelo gráfico e indo até mesmo além dos limites
nele estabelecidos.
Em geral, para obter uma única solução para esse tipo de equação,
é necessário combiná-la com outra equação, formando o que se co-
nhece como sistemas de equações.

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3. E
 quações de segundo grau

São toda sentença matemática do tipo ax² + bx + c = 0, com a, b e c


pertencentes ao conjunto dos números reais e a ≠ 0.
Uma equação de grau dois pode ter nenhuma, uma (ou duas
iguais) ou duas soluções diferentes no conjunto dos números reais.
Para definir o número de raízes de uma equação de segundo grau,
iremos recorrer ao discriminante ∆ = b2 – 4ac.
O discriminante, em geral representado pela letra grega Δ (delta),
é uma fórmula matemática que auxilia a determinar o número de
raízes da equação.
yy Caso Δ > 0, há duas raízes distintas.
yy Caso Δ = 0, há uma raiz dupla (ou duas raízes idênticas).
yy Caso Δ < 0, não há raízes no conjunto dos números reais.

Para encontrarmos as soluções de uma equação de segundo grau,


podemos recorrer à fórmula de Bhaskara, por meio da qual as solu-
ções são definidas a partir exclusivamente dos coeficientes da pró-
pria equação de segundo grau.

–b ± √ b2 – 4ac
x = ———————
2a

Exemplo:
Resolva a equação de segundo grau x2 + 5x + 4 = 0.
Calculando o discriminante:
Δ = b² – 4ac
Δ = (5)² – 4 · (1) · (4)
Δ = 25 – 16
Δ=9
Agora, vamos determinar as raízes:

–5 ± √ 9
x = ————
2 ∙ (1)
–5 ± 3
x = ————
2

As raízes são:
–5 + 3 –5 – 3
x1 = ———— e x2 = ————
2 2

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x1 = –1 e x2 = – 4
Resposta: S = { –1, – 4}.

As duas fórmulas a seguir também são úteis, pois fornecem infor-


mações importantes em relação à soma e ao produto das raízes de
uma equação de segundo grau:

–b + √ ∆ –b – √ ∆ –2b –b
yy x1 + x2 = ———— + ———— " —— " —
2a 2a 2a a

c A demonstração desta fórmula é semelhante à da


yy x1 ∙ x2 = — anterior. Como exercício, tente demonstrá-la.
a

b c
Assim, temos: S = – — e P = —
a a

Note que essas fórmulas fornecem como resultado a soma (S) e o


produto (P) das raízes de uma equação de segundo grau.
Enfatizando, mesmo sem conhecer as raízes da equação, é possí-
vel determinar os valores da soma e da multiplicação entre elas, a
partir, exclusivamente, dos coeficientes a, b e c.

3.1. Equações completas e incompletas

Uma equação do tipo ax² + bx + c = 0 será considerada completa


se b e c forem diferentes de zero. Caso contrário, teremos uma equa-
ção incompleta. E não se pode esquecer que, por definição, a precisa
ser diferente de zero.
No caso das equações incompletas, o método de solução pode ser
diferente, bastando isolar a incógnita ou transformar a equação em
fatores. Veja alguns exemplos:

Exemplo:
Resolva a equação incompleta de segundo grau x2 – 4 = 0.
x2 – 4 = 0
x2 = 4
x = ±√ 4
x=±2
Resposta: S = {–2, 2}.

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3.2. Fatoração de uma equação de segundo grau

A forma fatorada de uma equação de segundo grau é a seguinte:


a ∙ (x – x1) ∙ (x – x2) = 0
Essa forma é muito útil na resolução de alguns casos de equação
de segundo grau.

Exemplo:
Resolva a equação completa de segundo grau x2 + 4x + 3 = 0.
As duas equações, a seguir, são iguais, mas uma está na forma fatorada
e a outra não.

x2 + 4x + 3 = 0 (x + 3) ∙ (x + 1) = 0
(equação não fatorada) (equação fatorada)

Resolução por Bhaskara Resolução

Δ = (4)2 – 4 ∙ (1) ∙ (3) Perceba que dois fatores multiplicados resultam


Δ=4 em zero; logo, um dos fatores é igual a zero.
–4 ± √ 4
x = ————
2 ∙ (1) x1 + 3 = 0 ou x2 + 1 = 0
–4 – 2 –4 + 2
x1 = ——— x2 = ———
2 2 x1 = –3 x2 = –1
x1 = –3 x2 = –1

Resposta: S = { –1, –3}. Resposta: S = { –1, – 3}.

4. Inequações

Existem muitas diferenças entre equações e inequações, mas


uma se mostra fundamental: enquanto as equações distinguem-se
pelo símbolo de igualdade, as inequações caracterizam-se pelo sím-
bolo de desigualdade.
Resumindo, inequações são sentenças matemáticas abertas, ex-
pressas por uma desigualdade.
> maior que
Veja na tabela os símbolos de de-
< menor que
sigualdade utilizados na composição
das inequações: ≥ maior ou igual a
≤ menor ou igual a
≠ diferente de

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O objetivo das inequações é apurar o conjunto de todas as solu-


ções possíveis para tornar a sentença verdadeira.

4.1. Inequações de primeiro grau

Podem ser representadas da seguinte forma: ax + b > 0.

Exemplo:
Resolva a inequação de primeiro grau 2x – 10 > 0 .
2x – 10 > 0

2x > 10
10
x> —
2
x>5
S = {x ∈ IR | x > 5}
Representação gráfica

Inequação produto

Trata-se de uma desigualdade em que um dos membros se en-


contra na forma fatorada. O exemplo a seguir dá ideia de uma ine-
quação produto e de como resolvê-la:
f (x) ∙ g (x) < 0

Exemplo:
Resolva a inequação produto ( x – 5) ∙ (x – 2) < 0.
(x – 5) ∙ (x – 2) < 0
14243 14243
fator A fator B

Resolvendo o primeiro fator:


x1 – 5 = 0
x1 = 5
Resolvendo o segundo fator:
x2 – 2 = 0
x2 = 2

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Analisamos cada fator


– – +
isoladamente, como no
seguinte esquema: 5
Fator A
– + +
Fator B
2
+ – +
Fator A x Fator B
2 5

Em seguida, fazemos a análise dos sinais para cada intervalo (produto de


sinais iguais é positivo: (-) ∙ (-) = (+) e (+) ∙ (+) = (+); produto de sinais diferen-
tes é negativo: (-) ∙ (+) = (-) e (+) ∙ (-) = (-)). Como o exercício solicita apenas
valores menores que zero, a solução é a que segue.
Resposta: S = {x ∈ IR | 2 < x < 5}

Inequação quociente

Trata-se de uma desigualdade em que um dos membros é um


quociente. O exemplo a seguir dá ideia de uma inequação quociente
e de como resolvê-la:
f (x)
—— < 0 com a condição de que g(x) ∙ 0.
g (x)

Exemplo:
x–3
Resolva a inequação quociente ——— ≤ 0
x–6

f(x) x–3
——— ≤ 0
g(x) x–6

Condição de existência: x – 6 ∙ 0. Logo, x ∙ 6.


Inicialmente, devemos levar em consideração cada uma das fun-
ções isoladamente.
Resolvendo o numerador:
x1 – 3 = 0
– + +
x1 = 3
3
f (x)
Resolvendo o denominador: – – +
x2 – 6 ∙ 0 g(x)
6
x2 ∙ 6 + – +
f(x)
3 6 g(x)

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Em seguida, fazemos a análise dos sinais para cada intervalo (produto


de sinais iguais é positivo: (-) ∙ (-) = (+) e (+) ∙ (+) = (+); produto de sinais dife-
rentes é negativo: (-) ∙ (+) = (-) e (+) ∙ (-) = (-)). Como o exercício solicita os
valores menores ou iguais a zero, a solução é a que segue.
Resposta: S = {x ∈ IR | 3 ≤ x < 6}

4.2. Inequações de segundo grau

De certa forma, este assunto já foi introduzido no exemplo da


página 71, quando tratamos da inequação produto. Agora vamos re-
tomar o exemplo e abordá-lo de outra perspectiva:
(x – 5) ∙ (x – 2) < 0
14243 14243
fator A fator B

Perceba que, se desenvolvermos o produto entre os fatores A e B,


encontraremos a seguinte inequação de segundo grau:
x2 – 7x + 10 < 0
Agora, igualamos a expressão a zero para determinarmos as raí-
zes da equação:
x2 – 7x + 10 = 0
Por meio da fórmula de Bhaskara, determinamos as raízes:
∆ = (– 7)2 – 4 ∙ (1) ∙ (10)
∆=9
–(–7) ± √ 9
x = ——————
2 ∙ (1)

7–3 7+3
x1 = ——— " 2 x2 = ——— " 5
2 2

A concavidade da parábola está voltada para cima, pois o coefi-


ciente que acompanha o termo quadrático é positivo, isto é, a > 0.
Agora que obtivemos essas informações, vamos formular a res-
posta do exercício.

+ – +
2 5

Resposta: S = {x ∈ IR | 2 < x < 5}

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Triângulo
O estudo dos triângulos é, certamente, um dos principais
assuntos da geometria. Ele propicia ferramentas que nos permitem
transitar em diversas áreas do conhecimento, variando desde coisas
simples no âmbito da Matemática, como a ampliação de uma
figura, até a composição de lentes e espelhos de telescópios para a
observação de corpos celestes.
O triângulo é definido, basicamente, como um polígono de três
lados. Mas também podemos defini-lo como uma figura geométrica
plana, limitada por três retas que concorrem, duas a duas, em três
pontos distintos, formando três ângulos internos e três lados.
Todo triângulo possui ângulos, lados, vértices, alturas, medianas e
bissetrizes. A soma das medidas de seus ângulos internos é sempre
igual a 180º.

1. Triângulos congruentes

Em geometria plana, dizemos que dois triângulos são congruentes


quando têm os lados e os ângulos respectivamente congruentes.
Uma forma prática de identificar a congruência de triângulos é
pela ideia de superposição, ou seja, quando existe coincidência de
todos os lados e todos os ângulos, simultânea e respectivamente.

2. Semelhança de triângulos

Dois triângulos são considerados semelhantes somente quando


possuem os três ângulos ordenadamente congruentes e os lados
homólogos proporcionais.
Em outras palavras, a semelhança de triângulos aborda o
conceito de que existem triângulos com a mesma forma, mas não
necessariamente com o mesmo tamanho.
Os critérios a seguir determinam a semelhança de triângulos.

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2.1. Caso L.L.L. (lado, lado, lado)

Dois triângulos que têm os três pares de lados 15


9
correspondentes sobre a mesma proporção são 3 5
semelhantes. 7 21
O mais difícil, nesse caso, é identificar a corres- triângulo I triângulo II
pondência entre os lados dos triângulos, de forma
a garantir a proporção entre os lados homólogos.

triângulo I 9 15 21

triângulo lI 3 5 7

9 15 21
Ou seja, — = — = — = 3
3 5 7

O valor 3 é chamado de constante de proporcionalidade.

2.2. Caso A.A. (ângulo, ângulo)

Dois triângulos com dois pares de ângulos con-


gruentes são semelhantes.
Nesse caso, nada sabemos a respeito dos lados
desses triângulos, pois conhecemos apenas dois
pares de ângulos congruentes. Mesmo assim, é pos-
sível afirmar que os lados dos dois triângulos são
b a b a
proporcionais, à medida que esses triângulos são
semelhantes. triângulo I triângulo II

2.3. Caso L.A.L. (lado, ângulo, lado)

Dois triângulos I e II são semelhantes se dois la-


dos do triângulo I forem respectivamente proporcio-
2
nais a dois lados do triângulo II e se o ângulo com-
1 b b
preendido entre os dois lados do triângulo I também
for congruente ao ângulo compreendido entre os 2 4
dois lados do triângulo II. triângulo I triângulo II

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3. R
 elações métricas num
triângulo retângulo

Observe que na figura a seguir há três triângulos retângulos.


A

b c
h

n m
C B
D
144444444444444424444444444444443
a
Nomenclatura:
CB = a " hipotenusa
CA = b " cateto b
CD = n " projeção do cateto b
BA = c " cateto c
DB = m " projeção do cateto c
AD = h " altura

A partir da existência desses três triângulos retângulos, vamos


compará-los, de modo a tentar estabelecer a semelhança entre eles.
Para facilitar o entendimento, consideremos os triângulos
separadamente.
A

b c
I

a b
C B
a
A A

x
y
b c
h h
II III
a b
C B
n D D m

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A semelhança entre os triângulos I e II é de verificação imedia-


ta, devido ao critério A.A. (ângulo, ângulo). Da mesma forma, fica
evidente que os triângulos I e III são semelhantes, utilizando-se as
mesmas regras.
Para demonstrarmos que o triângulo II e o triângulo III são seme-
lhantes entre si, basta utilizarmos a regra da geometria plana se-
gundo a qual a soma das medidas dos ângulos internos de qualquer
triângulo é sempre igual a 180º.

Semelhança entre os triângulos I e II

Triângulo I a b c a b c
—=—= —
Triângulo II b n h b n h

yy b2 = a ∙ n " O quadrado da medida do cateto (b) é igual ao pro-


duto da medida da hipotenusa (a) pela medida da projeção do
cateto b (n).
yy b ∙ c = a ∙ h " O produto das medidas dos catetos (b e c) é igual ao
produto das medidas da hipotenusa (a) pela medida
da altura (h).

Semelhança entre os triângulos I e III

Triângulo I a b c a b c
—=—= —
Triângulo III c h m c h m

yy c2 = a ∙ m " O quadrado da medida do cateto (c) é


igual ao produto da medida da hipotenusa (a) pela
medida da projeção do cateto c (m).

Semelhança entre os triângulos II e III

Triângulo II b n h b n h
—=—= —
Triângulo III c h m c h m

yy h2 = m ∙ n " O quadrado da medida da altura (h)


é igual ao produto da medida da projeção do cateto
b (n) pela medida da projeção do cateto c (m).

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Finalmente, é possível apresentar e justificar uma das mais


importantes relações métricas de um triângulo retângulo, o Teorema
de Pitágoras.

c
a
a2 + b2 = c2
b

Num triângulo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é


igual à soma dos quadrados das medidas dos catetos.
b2 = a ⋅ n
c2 = a ⋅ m
b2 + c2 = a ⋅ n + a ⋅ m
b2 + c2 = (n + m)a
b2 + c2 = a ⋅ a
b2 + c2 = a2

Portanto, fica demonstrado o Teorema de Pitágoras.

Exemplo 1:
Calcular a diagonal de um quadrado de lado a.
Resolução:
Utilizando o Teorema de Pitágoras, temos:

d a

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d2 = a2 + a2
d2 = 2a2
Levamos em consideração
d = ± √ 2a2 apenas a solução positiva.
d = a√ 2

Exemplo 2:
Calcular a altura de um triângulo equilátero, cujo lado tem medida igual a L.
A

L
h

C D L B
2
Resolução:
Nesse exemplo, também recorreremos ao Teorema de Pitágoras:
2

L2 = h2 + f—p
L
2
L2
L2 = h2 + —
4
L2
L2 – — = h2
4
4L2 L2
— – — = h2
4 4
3L2
— = h2
4
3L2 Levamos em consideração
h=± —
4 apenas a solução positiva.
L√ 3
h = ———
2

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7. Física - Ciências da natureza e suas tecnologias
8. Português II - Linguagens, códigos e suas tecnologias e redação
9. Matemática II - Matemática e suas tecnologias
10. História Geral - Ciências humanas e suas tecnologias
11. Geografia II - Ciências humanas e suas tecnologias
12. Inglês - Linguagens, códigos e suas tecnologias

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