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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Teorias Administrativas – Teoria Clássica�������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Conceito de Administração�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Funções Básicas da Empresa������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Princípios Gerais de Administração para Fayol�����������������������������������������������������������������������������������������3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Teorias Administrativas – Teoria Clássica


Enquanto Taylor e outros engenheiros desenvolviam a Administração Científica nos Estados
Unidos, em 1916, surgiu na França, estendendo-se rapidamente pela Europa, a Teoria Clássica
da Administração. Se a Administração Científica se caracterizava pela ênfase na tarefa realizada
pelo operário, a Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria
possuir para ser eficiente. Na realidade, o objetivo de ambas as teorias era o mesmo: a busca da
eficiência das organizações. Segundo a Administração Científica, essa eficiência era alcançada por
meio da racionalização do trabalho do operário e do somatório das eficiências individuais.
A Teoria Clássica, ao contrário, partia do todo organizacional e da sua estrutura para garantir efi-
ciência a todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos (seções, departamentos, etc.) ou pessoas (ocu-
pantes de cargos e executores de tarefas). A microabordagem no nível individual de cada operário
com relação à tarefa é enormemente ampliada no nível da organização como um todo em relação à
sua estrutura organizacional. A preocupação com a estrutura da organização como um todo consti-
tui, sem dúvida, uma substancial ampliação do objeto de estudo da Teoria Geral da Administração
(TGA). O engenheiro francês Fayol, fundador da Teoria Clássica da Administração, partiu de uma
abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica e es-
trutural que rapidamente suplantou a abordagem analítica e concreta de Taylor.
Henry Fayol, ao lado de Taylor, foi um dos mais proeminentes estudiosos da Administração. A
maioria de suas propostas é utilizada ainda hoje, por isso ele é considerado o Pai da Administração
Moderna.
Maximiamo (2009, p. 38) relata que:
• A Administração é uma função distinta das demais funções, como finanças, produção e
distribuição.
• A Administração é um processo de planejamento, organização, comando, coordenação e
controle [...].
• O sistema da Administração pode ser ensinado e aprendido.
A abordagem normativa e prescritiva da Teoria Clássica é visualizada por meio dos princí-
pios de Administração, uma espécie de receituário de como o administrador deve proceder em
determinadas situações.
Conceito de Administração
Para conceituar Administração, os autores utilizam o conceito de elementos da Administração
(ou funções do Administrador), que formam o chamado processo administrativo.
Fayol define o ato de administrar como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. As
funções administrativas envolvem os elementos da Administração, isto é, as funções do administra-
dor.
Para Fayol, a função administrativa é a mais importante e deve ser dividida em: previsão, organi-
zação, comando, coordenação e controle, detalhadas por Silva (2008, p. 135):
• Previsão: tentativa de avaliar o futuro por meio de um plano e fazer provisões para realizar
esse plano (essa função deu origem à função de planejamento). A previsão comporta três
aspectos: projeção (o futuro é uma continuação do passado); predição (o futuro não é conti-
nuação do passado, por fatores fora do controle da empresa); e planejamento (o futuro não é
continuação do passado, mas por fatores sob controle da empresa).
• Organização: mobilização dos recursos humanos e materiais para transformar o plano em
ação.
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• Comando: estabelecimento de orientações para os empregados e obtenção das coisas feitas.


• Coordenação: obtenção da unificação e harmonia de todas as atividades e esforços.
• Controle: verificação de que as coisas aconteçam em conformidade com as regras estabele-
cidas e expressas pelo comando.
Esses são os elementos da Administração que constituem o chamado processo administrativo
– são localizáveis no trabalho do administrador em qualquer nível ou área de atividade da empresa.
Em outros termos, tanto o diretor, o gerente, o chefe, como o supervisor – cada qual em seu
respectivo nível – desempenham atividades de previsão, organização, comando, coordenação e
controle, como atividades administrativas essenciais.
Esta função evoluiu e atualmente e conhecida como PODC (Planejamento, Organização,
Direção e Controle), sendo um dos conceitos teóricos mais importantes da Administração.
Funções Básicas da Empresa
Segundo Chiavenato (2003), Fayol, em seu livro “Administração Geral e Industrial”, apresenta
seis funções básicas que considera essenciais a toda empresa, que são as funções:
1) Funções técnicas – relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa.
2) Funções comerciais – relacionadas com a compra, venda e permutação.
3) Funções financeiras – relacionadas com a procura e gerência de capitais.
4) Funções de segurança – relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas.
5) Funções contábeis – relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
6) Funções administrativas – relacionadas com a integração das outras cinco funções. As funções
administrativas coordenam as demais funções da empresa, pairando acima delas.

A função administrativa, segundo Fayol, reparte-se por todos os níveis da hierarquia da empresa,
não sendo privativa da alta cúpula. Há, contudo, uma proporcionalidade em relação às demais. À
medida que se sobe na hierarquia, mais importante ela se torna.
Princípios Gerais de Administração para Fayol
Como toda ciência, a Administração deve se basear em leis ou princípios. Fayol definiu os Princí-
pios Gerais de Administração, sistematizando-os sem muita originalidade, porquanto os coletou de
diversos autores de sua época. Fayol adota a denominação princípio, afastando dela qualquer ideia de
rigidez, pois nada existe de rígido ou absoluto em matéria administrativa. Tudo em Administração é
questão de medida, ponderação e bom senso. Os princípios são universais e maleáveis e se adaptam a
qualquer tempo, lugar ou circunstância.

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Os 14 Princípios Gerais da Administração, segundo Fayol, são:


1) Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a efi-
ciência.
2) Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar obe-
diência. A responsabilidade é uma consequência natural da autoridade e significa o dever de
prestar contas. Ambas devem estar equilibradas entre si.
3) Disciplina: depende de obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos acordos
estabelecidos.
4) Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o princípio
da autoridade única.
5) Unidade de direção: uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que tenham o
mesmo objetivo.
6) Subordinação dos interesses individuais aos gerais: os interesses gerais da empresa devem se
sobrepor aos interesses particulares das pessoas.
7) Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a
organização em termos de retribuição.
8) Centralização: refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização.
9) Cadeia escalar: linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo em função do
princípio do comando.
10) Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana.
11) Equidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.
12) Estabilidade do pessoal: a rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da organiza-
ção. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer no cargo, tanto melhor para a empresa.
13) Iniciativa: capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu sucesso.
14) Espírito de equipe: a harmonia e a união entre as pessoas são grandes forças para a organização.

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Exercícios
01. Henri Fayol (1841 – 1925) foi um dos teóricos clássicos e fundador da Teoria Clássica da
Administração. Levantou questionamentos em seus estudos, nas indústrias da época, de-
senvolvendo uma abordagem conhecida por gestão administrativa, tornando possível ver a
Administração como disciplina e profissão (...). Para Fayol, a Administração é constituída
dos elementos: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar, que compõem o que
se chama de processo administrativo. Estes elementos são proporcionais aos níveis hierár-
quicos existentes na empresa, não sendo privativos da alta cúpula. Nesse sentido, conforme
o observado por Fayol, é correto afirmar que:
a) As funções administrativas são departamentos dentro da empresa com atribuições e
relações entre si.
b) Na medida em que nos direcionamos para a parte mais baixa da escala hierárquica, mais
aumenta a proporção das outras funções não administrativas da empresa.
c) Cabe somente à direção desempenhar a atividade de organizar a empresa.
d) A divisão da organização em níveis hierárquicos permite que as funções administrativas
mais importantes se concentrem no plano estratégico da empresa.
e) Em uma organização, o agrupamento de atividades se processa em um único sentido e as
funções seguem o mesmo fluxo.
02. Com relação à Escola Clássica da Administração, pode-se afirmar, EXCETO:
a) Seu foco foi na divisão das tarefas e racionalização dos tempos e movimentos.
b) Foi a primeira a separar as funções do administrador das funções dos que não têm subordi-
nados e são responsáveis pela execução das atividades.
c) Sua ênfase é a estrutura organizacional.
d) Enumerou catorze princípios de organização.
e) A departamentalização é uma das contribuições importante dessa teoria.
03. Como toda ciência, a Administração deve basear-se em leis ou em princípios. Segundo
Chiavenato (2012), Fayol definiu os “Princípios Gerais de Administração”. Todas as alter-
nativas abaixo se referem a alguns desses princípios gerais de Fayol, EXCETO:
a) Autoridade e responsabilidade.
b) Disciplina.
c) Unidade de comando.
d) Cadeia escalar
e) Descentralização.
Gabarito
01 - B
02 - A
03 - E

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