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1.

Introdução
Primeiramente, o contexto da teoria clássica foi o da rápida industrialização e das
mudanças nas relações de trabalho decorrentes disso. Do mesmo modo, tivemos a
rápida urbanização e novas tecnologias de transporte e comunicação.

Decerto, foi esse o mesmo contexto que norteou o estudo de Taylor e a sua
Administração Científica.
Entretanto, o foco de Fayol foi na estrutura, na visão do gerente! Por outro lado, Taylor
estava mais preocupado com a execução das tarefas, com o “chão de fábrica”[1].
Deste modo, Fayol tinha uma visão mais ampla do trabalho de “administrar” uma
organização. Nesse sentido, o objectivo dele era aumentar a eficiência das empresas
através de uma melhor forma de administrá-las.

1.1. Objectivo geral


Compreender a abordagem organizativa de Henry Fayol;

1.2. Objectivos específicos


Falar da Abordagem organizativa de Henry Fayol;

Descrever Abordagem organizativa de Henry Fayol; e


Capitulo II: referencial Teórico
2. Teoria Clássica da Administração
A Teoria Clássica da Administração, escola de pensamento administrativo idealizada a
partir da década de 1910, foi desenvolvida por Jules Henry Fayol, engenheiro de Minas
francês, nascido em 1841 em Constantinopla, actual Istambul, na Turquia.
O foco da Teoria Clássica era o de aumentar a eficiência da empresa através de sua
organização e da aplicação de princípios gerais da administração em bases científicas.
Desde cedo Fayol estudou como organizar o quadro de pessoal, buscando definir as
responsabilidades em todos os níveis organizacionais, desde a sua cúpula
administrativa, buscando separar os conhecimentos tecnológicos das habilidades
administrativas. Preocupou-se muito com a função administrativa da direcção, pois
acreditava que a habilidade administrativa era a mais importante que se requeria da
direcção da empresa. Segundo Fayol “Um líder que seja um bom administrador, mas
tecnicamente medíocre, é, geralmente, muito mais útil à empresa do que se ele fosse um
técnico brilhante porém um administrador medíocre”. Fayol concluiu que é possível
ensinar a administração e em 1908 publicou sua obra, “Os Princípios da
Administração”, na qual listou 14 princípios, que ao mesmo definiram os cinco
elementos primários do processo administrativo, usados até hoje: planeamento,
organização, direcção, coordenação e controle.

2.1. Objectivo e Origem da teoria Clássica


Na Teoria Clássica de Fayol e seus seguidores a ênfase é posta na estrutura da
organização. O objectivo é buscar a maior produtividade do trabalho, maior eficiência
do trabalhador e da empresa.
A Teoria Clássica da Administração partiu de uma abordagem sintética, global e
universal da empresa, com uma visão anatómica e estrutural, enquanto na
Administração Científica a abordagem era, fundamentalmente operacional
“homem/máquina”.
Segundo Fayol, a Administração não se refere apenas ao topo da organização: existe
uma proporcionalidade da função administrativa, que não é privativa da alta cúpula,
mas, ao contrário, se distribui por todos os níveis hierárquicos. Segundo ele, tudo em
Administração é questão de medida, de ponderação e de bom senso. Os princípios que
regulam a empresa devem ser flexíveis e maleáveis, e não rígidos.
A teoria clássica concede a organização como se fosse uma estrutura, em termos de
forma e organização das partes que a constituem, além do inter-relacionamento entre
essas partes.

2.2 Características da teoria clássica


A Teoria Clássica caracterizou-se basicamente pelo seu enfoque prescritivo e
normativo, pois prescreve os elementos da administração (funções do administrador) e
os princípios gerais que o administrador deve adoptar em sua actividade. Esse enfoque
prescritivo e normativo sobre como o administrador deve proceder no trabalho constitui
o filão da Teoria Clássica.

2.3 Estruturação científica do modelo clássico


Hierarquia - cada funcionário tem competências bem definidas na divisão
hierárquica do trabalho e ‘e responsável perante o seu superior pelo seu
desempenho.
Continuidade – o emprego constitui uma ocupação a tempo integral, com um
sistema de carreira, o qual oferece perspectivas de avanços regulares.
Impersonalidade – o trabalho é efectuado de acordo com regras, sem
arbitrariedade de favorecimento e cada decisão deve constar de despacho ou acta
sob forma escrita.
Expertise – os funcionários são recrutados de harmonia com o mérito e treinados
para as suas funções (ROCHA, 2010:112).

2.4. Princípios gerais da Administração segundo Fayol


Divisão do trabalho: Consiste na especialização das tarefas e das pessoas para
aumentar a eficiência. A designação de tarefas específicas para cada indivíduo,
resultando na especialização das funções e separação dos poderes.
Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da
fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a
produtividade.
Autoridade e responsabilidade: Autoridade é o direito de dar ordens e o poder
de esperar obediência e a Responsabilidade é uma consequência natural da
autoridade. Ambas devem estar equilibradas entre si. Autoridade é todo direito
dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas.
Responsabilidade é a contrapartida da autoridade, a sanção (recompensa ou
penalidade) que acompanha o exercício do poder. Deve-se levar em conta o
direito de dar ordens e exigir obediência, chegando a um bom equilíbrio entre
autoridade e responsabilidade.
Disciplina: Depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e
respeito aos acordos estabelecidos. O respeito aos acordos estabelecidos entre a
empresa e seus agentes. Necessidade de estabelecer regras de conduta e de
trabalho válidas para todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos
na organização.

Unidade de comando: Cada empregado deve receber ordens de apenas um


superior. É o princípio da autoridade única. O respeito aos acordos estabelecidos
entre a empresa e seus agentes. Necessidade de estabelecer regras de conduta e
de trabalho válidas para todos os funcionários.
Unidade de direcção: Uma cabeça e um plano para cada grupo de actividades
que tenham o mesmo objectivo. Um só chefe e um só programa para um
conjunto de operações que visam ao mesmo objectivo. O controlo único é
possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de actividades com os
mesmos objectivos.
Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais: Os interesses
gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares. Um só chefe e um só
programa para um conjunto de operações que visam ao mesmo objectivo. O
controlo único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de
actividades com os mesmos objectivos.
Remuneração do pessoal - Deve haver justa e garantida satisfação para os
empregados e para a organização em termos de retribuição de forma equitativa e
com base tanto em factos externos quanto internos. Deve ser suficiente para
garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização.
Centralização - Refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da
organização. O equilíbrio entre a concentração de poderes de decisão no chefe,
sua capacidade de enfrentar suas responsabilidades e a iniciativa dos
subordinados. As actividades vitais da organização e sua autoridade devem ser
centralizadas.
Cadeia escalar - É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais
baixo. É o princípio do comando, ou hierarquia, a série dos chefes desde o
primeiro até o ultimo escalão, dando-se aos subordinados de chefes diferentes a
autonomia para estabelecer relações directas.
Ordem - Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material
e humana. Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar para
cada coisa e cada coisa em seu lugar.
Amabilidade e justiça - para alcançar lealdade do pessoal o tratamento das
pessoas com benevolência e justiça, não excluindo a energia e o rigor quando
necessário. A justiça equidade deve prevalecer em toda organização,
justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa.
Estabilidade e duração (num cargo) do pessoal - A rotação têm um impacto
negativo sobre a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa
permanecer num cargo, tanto melhor. Estabilidade do pessoal, a manutenção das
equipes como forma de promover seu desenvolvimento. Uma rotatividade alta
tem consequências negativas sobre desempenho da empresa e a moral dos
funcionários.
Iniciativa - A capacidade de visualizar um plano e assegurar seu sucesso. Deve
ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo.
Iniciativa, que faz aumentar o zelo e actividade dos agentes.
Espírito de equipa - Harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a
organização. O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro
da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de
classe, para que defendam seus propósitos1.

1
Fonte: http://www.economia.esalq.usp.br/intranet/uploadfiles/3474.docx
3. Conclusão
A realização do presente trabalho, levou o grupo a compreender que para gerir um
Empresa é sempre necessário olhar para vários fenómenos reguladores do
comportamento humano de indivíduos que realizam diferentes actividades. Percebemos
ainda que para que haja maior produtividade do trabalho e eficiência dos trabalhadores e
Empresa deve haver boa relação na estrutura hierárquica da Empresa.
Também concluímos que, apesar das críticas, a Teoria Clássica é ainda a abordagem
mais utilizada pelos iniciantes em Administração, pois permite uma visão simples, clara
e ordenada. Tem também a sua utilidade no mundo de hoje, e ela é indispensável na
compreensão das bases da moderna Administração.
4. Bibliografia
ANDRADE. Rui. O. B & AMBONI. Nério. Teoria Geral da Administração: 2a Ed, Rio
de Janeiro, 2011
ROCHA, J.A. Oliveira. Gestão pública: teorias e Modelos e prática. Escolar Editora,
Braga, 2010.

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