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INTERPRETAÇÃO
No período analisado, a empresa aumentou os créditos com clientes e os investimentos em estoques, o que
reduziu suas disponibilidades. A redução da proporção da conta disponível em relação ao total do ativo prejudica a
liquidez da empresa. Por outro lado, o ativo não circulante aumentou consideravelmente devido à conta intangível. Isso
significa que a empresa adquiriu direitos que poderão ser explorados no longo prazo.
O aumento do passivo circulante, especialmente a conta empréstimos, reforça que há um problema de liquidez,
pois a empresa tem pouca disponibilidade de recursos para arcar com obrigações de curto prazo. A conta
financiamentos (passivo não circulante) aumentou também, embora em menor proporção.
As receitas da empresa aumentaram em 15,27% no período. Embora houve alguns fatos negativos, como o
aumento dos custos e das despesas de vendas, a empresa conseguiu transformar uma parcela maior de sua receita em
lucro, o qual aumentou 36,22% no período. Isto ocorre principalmente porque a empresa reduziu despesas com
depreciação e amortização, provavelmente devido ao término da depreciação de alguns bens, mas também devido ao
melhor planejamento tributário, pois houve redução dos impostos sobre as vendas e sobre o lucro.
Tanto a margem bruta quanto a margem líquida aumentaram no segundo ano e caíram no terceiro, de forma que a
margem bruta voltou praticamente ao patamar inicial, enquanto a margem líquida manteve-se um pouco mais elevada
do que no primeiro ano analisado. Isso significa que a empresa conseguiu transformar uma parcela maior de suas
receitas em lucro líquido. O ROA e o ROE diminuíram ao longo do período analisado. No entanto, mantém-se altos:
9,62% e 23,99%, respectivamente, em 2017. O fato de o ROE ter se mantido mais alto do que o ROA (mais do que o
dobro) evidencia que a empresa gera alavancagem financeira a partir do uso de capitais de terceiros.