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Prof. Dr. Fabrı́cio Simões (IFBA) Processamento Digital de Sinais - ENG420 22 de julho de 2016 1 / 42
Processamento Digital de Sinais - ENG420

Prof. Dr. Fabrı́cio Simões

IFBA

22 de julho de 2016

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Parte I

Conceitos Básicos

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Conceitos Básicos

Sinal : Função (ou uma grandeza fı́sica) de uma ou mais variáveis que
transporta algum tipo de informação.

Exemplos
Sinal de voz, de vı́deo, de um sensor, sinal de recepção e de transmissão,
sinal dos sensores de pressão, de temperatura, sinais médicos, entre outros.

Processamento de Sinais é a disciplina que estuda como os sinais se


relacionam e, principalmente, como manipular os sinais de forma a se
obter um resultado desejado (Nalon, 2014).
Processamento de Sinais é a representação, transformação e a
manipulação de sinais e da informação que os sinais contém
(Oppenheim, 2012)

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Sinais Discretos
Os sinais discretos (ou sinais de tempo discreto) são representados
matematicamente como uma sequência de números. (Oppenheim, 2012).
Exemplo : x[n] = {. . . , x[−2], x[−1], x[0], x[1], x[2], . . .}

Essa sequência pode ser obtida a partir da amostragem de um sinal


analógico, conforme
x[n] = x(nT ) = x(t)|t=nT

x(t) Conversão x[n] = x(nT )

X(ω) C/D Xd(ω)

Tempo de Amostragem (T)

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Conversão Analógico-Digital

Etapas: Amostragem (Sample and Hold), Quantização e Codificação.

x(t) Sample and xo (t) Quantização / bits


Hold (S/H) Codificação

Sample and Hold

x(t) xo (t) bits

1 0 1 1 0 1 1 1

t T t T t

Cada amostra = palavra digital;


Sequência digital : 1011 0111;
Representação Matemática: Sinal discreto x(T ) x(2T ).
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Quantização e Codificação.

O valor das amostras de sinal na saı́da do circuito Sample and Hold


são aproximadas para um conjunto finito de L valores, chamados de
nı́veis de quantização.

4 amostras do sinal xo(t) sinal quantizado

1,45 V 1,4 V

1,36 V
Quantização
−0,91 V
(Aproximação) −0,9 V

−0,85 V −0,8 V

L Nı́veis de Quantização : {...; 1,4V; -0,9V; -0,8V; ...}.


Código Binário : {(10), (11) e (01) }

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Conversores A/D - Comerciais

Relação sinal-ruı́do de quantização

L2 q 2 /4
SNRq = = 3L2 ,
q 2 /12
considerando a potência de pico do sinal analógico.

Padrões Comerciais:

Padrão Comercial Freq. de Amostragem Nbits Nı́veis de Quantiz.


CD 44100 Hz 16 65536
Voz 8000 Hz 8 256
Arduino 9600 Hz 10 1024
DSP Texas C6416 96000 Hz 16 65536

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Parte II

Transformada de Fourier DTFT

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A ideia da Transformada

Transformar : Mudar o domı́nio da variável.

Transformada Direta

T [.]

f (x) Laplace, Fourier, Z, Wavelet, ...


G(y)

Transformada Inversa

T −1[.]

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Mas, vamos começar com a Série de Fourier
Considere o sinal periódico abaixo com perı́odo N
x(nT )

n
N amostras

A sua Série de Fourier é dada por


N−1
X
x(nT ) = cmd e jmωo nT
m=0
E os coeficientes cmd dados por
N−1
1 X
cmd = x(nT )e −jmωo nT
N
n=0

Como a série de Fourier pode ser aplicada a sinais não-periódicos ?


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Efeito do Aumento do Valor de N

Considerando o aumento do perı́odo N, qual o efeito sobre o sinal ?

x(nT )

n
N amostras

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Efeito do Aumento do Valor de N

Considerando o aumento do perı́odo N, qual o efeito sobre o sinal ?

x(nT )

n
N amostras

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Efeito do Aumento do Valor de N

Considerando o aumento do perı́odo N, qual o efeito sobre o sinal ?

x(nT )

n
N amostras

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Efeito do Aumento do Valor de N

Considerando o aumento do perı́odo N, qual o efeito sobre o sinal ?

x(nT )

n
N =∞

Fazendo N → ∞, o sinal x(nT ) torna-se não periódico.

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Qual o Efeito sobre a Série de Fourier ?
Os coeficientes cmd estão associados a frequência mωo . Por isso, considere
a equação
N−1
1 X
cmd = x(nT )e −jmωo nT
N
n=0

Multiplicando ambos os lados da equação por N, temos


(N−1)/2
X
Ncmd = x(nT )e −jmωo nT
n=−(N−1)/2

Definindo Ncmd como a função Xd (mωo ), obtém-se


(N−1)/2
X
Xd (mωo ) = x(nT )e −jmωo nT (1)
n=−(N−1)/2

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Obtendo a Transformada Direta de Fourier

Sabendo que

, ωo =
NT
quando N → ∞ e ωo → dω, a equação
(N−1)/2
X
Xd (mωo ) = x(nT )e −jmωo nT
n=−(N−1)/2

torna-se a Transformada Direta de Fourier



X
Xd (ω) = x(nT )e −jωnT
n=−∞

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Transformada de Fourier: Exercı́cio

Determine a Transformada de Fourier do sinal x(nT ) = anT u(nT ),


0 < a < 1.
Gráfico de |Xd (ω)|.

1.8

1.6
Espectro

1.4

1.2

0.8

-3 -2 -1 0 1 2 3
Frequencia

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Comportamento da Função Xd (ω)

Periodicidade
 

Xd (ω) = Xd ω±k
T

1.8

1.6
Espectro

1.4

1.2

0.8

-5 0 5
Frequencia

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Obtendo a Transformada Inversa de Fourier

A seguir, considere a equação de sı́ntese do sinal x(nT ) a partir dos


coeficientes cmd
N−1
X
x(nT ) = cmd e jmωo nT , (2)
m=0
Xd (mωo )
em que cmd = N , ou seja:
N−1
1 X
x(nT ) = Xd (mωo )e jmωo nT
N
m=0

e como N = ωo T , a equação é reescrita como
N−1
T X
x(nT ) = Xd (mωo )e jmωo nT ωo .

m=0

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Obtendo a Transformada Inversa de Fourier
Quando N → ∞, ωo → dω. Portanto,

N−1 Z ∞
T X T
x(nT ) = lim Xd (mωo )e jmωo nT ωo = Xd (ω)e jωnT dω
N→∞ 2π 2π 0
m=0

Mas, como Xd (ω) se repete a cada 2π/T , então x(nT ) é calculado no


intervalo de Nyquist, obtendo a Transformada Inversa de Fourier

Z 2π/T
T
x(nT ) = Xd (ω)e jωnT dω
2π 0

ou
Z π/T
T
x(nT ) = Xd (ω)e jωnT dω
2π −π/T
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Propriedades da Transformada de Fourier

Linearidade
F
ax(nT ) + by (nT ) ↔ aXd (ω) + bYd (ω)

Deslocamento no Tempo e na Frequência


F
x((n ± no )T ) ↔ e ±jωno T Xd (ω)

F
y (nT ) = x(nT )e ±jωo nT ↔ Yd (ω) = Xd (ω ∓ ωo )

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Propriedades da Transformada de Fourier

Reflexão no Tempo
F
x(nT ) ↔ Xd (ω)

F
x(−nT ) ↔ Xd∗ (ω)

Teorema da Convolução
F
x(nT ) ⊗ h(nT ) ↔ Xd (ω)Hd (ω)

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Propriedades da Transformada de Fourier

Produto no Tempo
 
F Xd (ω) ⊗ Yd (ω)
x(nT )y (nT ) ↔
2π/T

Teorema de Parseval

X Z π/T
T
Ex = |x(nT )|2 = |Xd (ω)|2 dω
n=−∞
2π −π/T

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Propriedade e Critério de Convergência da Trasformada de
Fourier

Periodicidade
 

Xd (ω) = Xd ω±k
T

Convergência da Transformada de Fourier



X
|x(nT )| < ∞
n=−∞

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Exercı́cios

1 Determine a Transformada de Fourier dos sinais abaixo:

1 x[n] = δ[n − no ]

2 Sabendo que F[x(nT ) = k] = k 2π


T δ(ω), determine a Transformada de
Fourier de
x(nT ) = ke jmωo nT
3 x(nT ) = cos(ωo nT )

4 x(nT ) = [anT u(nT )] cos(ωo nT )

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Transformada de Fourier de um Sinal Periódico
Considere a Série de Fourier
N−1
X
x(nT ) = cmd e jmωo nT
m=0

Aplicando Transformada de Fourier sobre x(nT )


"N−1 # N−1
X X h i
Xd (ω) = F cmd e jmωo nT = cmd F e jmωo nT ,
m=0 m=0
Obtém-se : N−1
2π X
Xd (ω) = cmd δ(ω − mωo ),
T
m=0
no qual
N−1
1 X
cmd = x(nT )e −jmωo nT
N
n=0

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Exercı́cio

Qual a Transformada de Fourier do sinal abaixo ?

x(nT )

1
... ...

-8 -4 4 8 n

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Parte III

Amostragem

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Amostragem de Sinais Contı́nuo no Tempo
1 Uma sequência de amostras é obtida a partir de sinais contı́nuos no
tempo de acordo com a relação

x[n] = x(nT ) = x(t)|t=nT ,


no qual T é o tempo de amostragem e ωa = 2π/T , frequência de
amostragem.
2 Representação Ideal do Conversor Contı́nuo-Discreto.

x(t) Conversão x[n] = x(nT )

X(ω) C/D Xd(ω)

Tempo de Amostragem (T)

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Sinal xs (t)

Sinal xs (t) - representação no tempo contı́nuo de um sinal discreto.

Figura: Oppenheim. Discrete Time Signal Processing.

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Qual a relação entre X (ω) e Xd (ω) ?

Inicialmente, considere o sinal xs (t)



X
xs (t) = x(t)r (t) = x(t) δ(t − nT )
n=−∞

X
xs (t) = x(t)δ(t − nT )
n=−∞

Representação Contı́nuo do Sinal x(nT ).



X
xs (t) = x(nT )δ(t − nT )
n=−∞

De acordo com a equação, xs (t) é uma representação contı́nua no


tempo do sinal discreto x(nT ).

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Relação entre Xs (ω) e Xd (ω) ?

Aplicando a Transformada de Fourier para sinais contı́nuos sobre


xs (t), obtém-se
" ∞ #
X
Xs (ω) = F[xs (t)] = F x(nT )δ(t − nT )
n=−∞

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Relação entre Xs (ω) e Xd (ω) ?

Aplicando a Transformada de Fourier para sinais contı́nuos sobre


xs (t), obtém-se
" ∞ #
X
Xs (ω) = F[xs (t)] = F x(nT )δ(t − nT )
n=−∞

X
Xs (ω) = x(nT )F [δ(t − nT )]
n=−∞

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Relação entre Xs (ω) e Xd (ω) ?

Aplicando a Transformada de Fourier para sinais contı́nuos sobre


xs (t), obtém-se
" ∞ #
X
Xs (ω) = F[xs (t)] = F x(nT )δ(t − nT )
n=−∞

X
Xs (ω) = x(nT )F [δ(t − nT )]
n=−∞

X
Xs (ω) = x(nT )e −jωnT = Fd [x(nT )]
n=−∞

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Relação entre Xs (ω) e Xd (ω) ?

Aplicando a Transformada de Fourier para sinais contı́nuos sobre


xs (t), obtém-se
" ∞ #
X
Xs (ω) = F[xs (t)] = F x(nT )δ(t − nT )
n=−∞

X
Xs (ω) = x(nT )F [δ(t − nT )]
n=−∞

X
Xs (ω) = x(nT )e −jωnT = Fd [x(nT )]
n=−∞

O termo em vermelho da equação anterior corresponde a


Transformada de Fourier do sinal x(nT ), ou seja

Xs (ω) = Xd (ω)
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Relação entre X (ω) e Xd (ω)

Mas, qual a relação entre X (ω) e Xs (ω) ?


Considere xs (t) = x(t)r (t) e aplique Transformada de Fourier.

Xs (ω) = F [x(t)r (t)] = Xd (ω)

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Relação entre X (ω) e Xd (ω)

Mas, qual a relação entre X (ω) e Xs (ω) ?


Considere xs (t) = x(t)r (t) e aplique Transformada de Fourier.

Xs (ω) = F [x(t)r (t)] = Xd (ω)



X (ω) ~ R(ω) 2π X
Xd (ω) = , R(ω) = δ(ω − kωa ).
2π T
k=−∞

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Relação entre X (ω) e Xd (ω)

Mas, qual a relação entre X (ω) e Xs (ω) ?


Considere xs (t) = x(t)r (t) e aplique Transformada de Fourier.

Xs (ω) = F [x(t)r (t)] = Xd (ω)



X (ω) ~ R(ω) 2π X
Xd (ω) = , R(ω) = δ(ω − kωa ).
2π T
k=−∞

Resolvendo a convolução, obtém-se



1 X
Xd (ω) = X (ω − kωa )
T
k=−∞

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Representação Gráfica entre Xd (ω) e X (ω)
1 Para compreender o comportamento da equação

1 X
Xd (ω) = X (ω − kωa ),
T
k=−∞

considere um sinal x(t) cuja Transformada de Fourier é mostrada


abaixo
X(ω)

−ωmax ωmax ω

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Relação entre as Frequências de Amostragem (ωa ) e
Máxima do Sinal (ωmax )

1 Para ωa > 2ωmax .

Xd(ω)

1/T 1/T
1/T
... ...

−ωa −ωmax ωmax ωa ω

−π/T π/T
Intervalo de Nyquist

2 Critério de Análise: Preservação do espectro original de x(t).

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Relação entre as Frequências de Amostragem (ωa ) e
Máxima do Sinal (ωmax )
Para ωa < 2ωmax .

Xd(ω)

111111111
000000000
1/T
000000000
111111111 111111111
000000000
1/T

000000000
111111111 000000000
111111111
1/T

000000000
111111111
... 000000000
111111111
000000000
111111111 ...
000000000
111111111
000000000
111111111 000000000
111111111
000000000
111111111
−ωa −ωmax ωmax ωa ω

aliasing

Devido ao aliasing, o espectro de frequência original do sinal não é


preservado.
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Teorema da Amostragem

Um sinal contı́nuo x(t) limitado em banda somente pode ser


recuperado a partir de suas amostras se a frequência de amostragem
ωa for no mı́nimo igual ao dobro da frequência máxima ωmax .

ωa ≥ 2ωmax

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Filtro Anti-Alias
Se o sinal contı́nuo x(t) não for limitado em banda é necessário usar
um filtro Anti-Alias;
Filtro Anti-Alias é usado para limitar a largura de banda do sinal
contı́nuo x(t) e assegurar o cumprimento do teorema da Amostragem.

x(t) Filtro x̂(t) x̂(nT ) = x̂[n]


C/D
Anti-Alias

T
|Hanti(ω)|


 1 se |ω| < ωc1 ≤ π/T ;
Hanti(ω) = 
 0 se |ω| ≥ ωc1.
ω
ωc1

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Recuperação do Sinal: Conversor D/C Ideal

Conversão
x[n] = x(nT ) xr (t)
D/C

Tempo de Amostragem (T)

Conversor Discreto / Contı́nuo Ideal

Conversor xr (t) = hr (t) ∗ xs(t)


Sequência / Trem Hr (jω)
x(nT ) = x[n] de Impulso xs(t) xr (t) xs(t) = P∞
n=−∞ x(nT )δ(t − nT )

Estágio 1 Estágio 2
T

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Conversor D/C : Análise no Domı́nio da Frequência
Influência da resposta em frequência do filtro de recuperação
Xd(ω) = Xs(ω) Hr (ω)

1/T T 1/T
1/T
... ...

−ωa −ωc −ωmax ωmax ωc ωa ω

−π/T π/T
ωa − ωmax

Equações da resposta em frequência do filtro Hr (ω) e do sinal


recuperado Xr (ω). 
T se |ω| ≤ ωc ;
Hr (ω) =
0 se |ω| > ωc .

Xr (ω) = Hr (ω)Xs (ω)


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Processamento Discreto de Sinais Contı́nuos

Sistema Discreto Hr (ω)


Xd(ω) Yd(ω) yr (t)
x(t) Conversão Hd(ω)
Conversão
X(ω) C/D D/C Yr (ω)

x[n] = x(nT ) y[n] = y(nT )


T T

Qual a relação entre X (ω) e Yr (ω) ?

Analisando a partir da saı́da yr (t).

Yr (ω) = Hr (ω)Yd (ω)

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Processamento Discreto de Sinais Contı́nuos

O sistema discreto tem resposta em frequência Hd (ω), ou seja

Yr (ω) = Hr (ω)Hd (ω)Xd (ω)


Xd (ω) depende de X (ω) conforme a equação

1 X
Xd (ω) = X (ω − kωa )
T
k=−∞

Considerando o filtro ideal Hr (ω) = T p/ |ω| ≤ ωc . A equação


anterior é reescrita como

Yr (ω) = Hd (ω)X (ω)

Os sinais contı́nuos x(t) e y (t) são modificados pelo sistema Hd (ω).

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Exemplo

Determine a frequência de amostragem ωa ;


Esboce Yr (ω) sem o sistema Hd (ω);
Esboce Yr (ω) com o sistema Hd (ω).

Sistema Discreto Hr (ω)


Xd(f ) Yd(f ) yr (t)
x(t) Conversão Hd(ω)
Conversão
X(f ) C/D D/C Yr (f )

x[n] = x(nT ) y[n] = y(nT )


X(ω) Hd(ω)
1 T T
1

-2000 2000 ω -1000 1000 ω

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