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Fique atento, pois nem sempre a fronteira entre um e outro é muito clara para os menos
experientes
Você já deve ter ouvido falar ou mesmo sido convidado a participar de algum esquema de
venda de produtos ou serviços por terceiros, sem o contato direto com a empresa, mas sim
através de revendedores. A tática é polêmica e, em alguns casos, pode ser enquadrada como
pirâmide financeira, que não é legalizada no Brasil e pode gerar muitos prejuízos para os
associados.
Apesar dos indícios de pirâmide, muitas empresas justificam estratégias do tipo como
marketing multinível, que é legalizado e movimenta cerca de R$ 50 bilhões por ano, segundo a
Fundação Getúlio Vargas (FGV).
No caso da pirâmide, não há serviços ou produtos repassados para quem está do lado de fora,
o que impossibilita o lucro e o crescimento do sistema. Ou seja, a sustentação do negócio se dá
apenas pelo investimento dos novos participantes e não pelo lucro de venda. A lógica é
simples: os que investem inicialmente — e que estão no topo da pirâmide — podem lucrar, já
que os novatos — a base — vão continuar a investir pequenas quantias no processo, que
automaticamente repassa o valor para os membros do topo. A base, por sua vez, não receberá
retorno algum, uma vez que não haverá mais investimento de lugar nenhum e, assim, a
empresa não terá como bancar a base, que sempre é maior que o topo.
Pirâmide e os malefícios
Mas fique atento, pois nem sempre a fronteira entre um e outro é muito clara para os menos
experientes no mercado.
Definições
Em linhas gerais, pirâmide é um esquema de marketing multinível sem lastro real – quando o
serviço ou produto oferecido ou não existe de fato ou não é a fonte principal dos recursos
obtidos pela empresa.
Há quem afirme que não existe modelo de marketing de multinível sustentável. Eles apontam
números mostrando que a grande maioria dos revendedores nunca consegue lucrar de fato e
argumentam que a internet teria tornado obsoleta a ideia de divulgar e distribuir um produto
por esse sistema. Mas, pelo menos por enquanto, as agências regulatórias ainda usam a
diferenciação.
História
Há controvérsias sobre quando surgiu o conceito de marketing multinível, mas seu primeiro
empreendedor de destaque foi o americano Carl Rehnborg. Ele viveu na China nos anos 20,
onde começou a formular suas ideias sobre a ligação entre nutrição e saúde, e quando voltou
aos Estados Unidos, criou uma linha de suplementos nutricionais que batizou de Nutrilite.
Para vender seus produtos, ele formou uma rede de revendedores e entrou na mira da agência
do governo americano responsável pela segurança da comida e de medicamentos, que o
impediu de alardear curas milagrosas. Carl Rich DeVos e Jay Van Andel estavam distribuindo a
marca havia 10 anos quando fundaram a Amway em 1959.
A empresa vende produtos da Nutrilite até hoje, apesar de ter diversificado seu portfólio para
produtos de limpeza e beleza. Em 1979, a Comissão Federal de Comércio ordenou que a
Amway parasse com a fixação de preços, mas concluiu que ela não promovia um esquema de
pirâmide porque não cobrava taxa de entrada e exigia que os produtos fossem vendidos para
consumidores finais e não só dentro da rede de revendedores.
Herbalife
Famosa pelo selo “Quer emagrecer? Pergunte-me como”, a Herbalife é outra empresa com
décadas de história que continua tendo que justificar a validade do seu modelo de negócios.
A polêmica ressurgiu no final do ano passado, quando o bilionário Bill Akman iniciou uma
campanha pública para provar que a empresa é uma pirâmide e levar o valor de suas ações a
zero.
Outros investidores organizaram um contra-ataque e por enquanto, a empresa tem disparado
na bolsa e não está sendo investigada. Por meio de sua assessoria, a Herbalife informa que é
associada da ABEVD e que não há ganhos só com recrutamento: é preciso que a venda do
produto efetivamente aconteça.
Se você está questionando se algum negócio que você conhece é uma pirâmide, vale
responder este questionário. Na dúvida, basta uma regra simples: se parece bom demais para
ser verdade, a chance maior é que seja mesmo.
Muitas pessoas ainda olham para o marketing multinível com um esquema de pirâmide
financeira, possivelmente pelo não entendimento da diferença entre Pirâmide e Marketing
Multinível, muitas pessoas se referem a ambos como sendo a mesma coisa.
Modelo Comercial
Nos Estados Unidos, uma forma de diferenciar os dois sistemas é a chamada regra dos 70%. Se
a empresa tem 70% ou mais de seu rendimento advindo dos produtos, é marketing de rede,
senão é pirâmide.
No Brasil, particularmente, esse problema é bem acentuado. Felizmente, existem vários órgãos
competentes de fiscalização. A WFDSA – World Federation of Direct Selling Associations e as
Associações de Vendas Diretas têm demonstrado, com os códigos mundiais de conduta, o
compromisso de seus membros com práticas justas e éticas no mercado.
O esquema de Pirâmide tem vida curta, e os que por último ingressarem, praticamente não
possuirão nenhuma chance de recuperar seus investimentos ou de se beneficiarem com o
esquema. As pessoas recrutadas adquirem estes produtos sem perspectivas de revenda ou
possibilidade de devolução do valor pago por eles.
O marketing multinível da certo desde 1941, mas para você ter sucesso neste trabalho há um
caminho a seguir. O seu sucesso no MMN tem um preço: fazer o que realmente importa. O
que realmente importa e vender produtos, patrocinar novos distribuidores e treinar estas
pessoas.
Por isso, é muito comum que diversos fabricantes assumam a responsabilidade por capacitar
os membros da rede para que obtenham o melhor desempenho possível.
Dado esse contexto, é correto afirmar que o modelo multinível, então, desenvolve com
agilidade uma infraestrutura composta por diversos canais, sendo muito mais leve e funcional
do que o formato tradicional.
Hoje em dia, isso tende a ter muito mais eficiência, já que podemos contar com recursos para
expandir as conexões entre si, seja por intermédio de redes sociais, e-mails ou aplicativos de
mensagens instantâneas.
Vale destacar, ainda que o MMN tem um papel fundamental na fomentação do conceito de
empreendedorismo, seja promovendo as vendas de pequenos fabricantes que não contam
com muito capital para investir na publicidade de sua marca, seja melhorando a qualidade de
vida de indivíduos que têm boas habilidades de comunicação e vendas e articulação de times
de revendedores.
Por fim, pode-se dizer que esse formato de trabalhar com vendas diretas promove o
desenvolvimento social de toda uma comunidade na qual os meios tradicionais não podem
alcançar, aumentando o fluxo de circulação de dinheiro nas compras e vendas entre os
próprios integrantes da comunidade.
Isso significa que o produto comercializado pela rede é decorrente de uma demanda obscura e
de baixa qualidade/funcionalidade e, em muitos casos, acaba ficando esquecido, já que não é
o foco da provisão financeira do negócio.
Uma vez que essa organização não é replicável e sustentável, pois seus revendedores não
conseguem permanecer na pirâmide recrutando novos membros por muito tempo, é comum
que o modelo seja desfeito e a fraude exposta, como vemos com frequência na mídia.
MMN Pirâmide
X
Qualquer um pode ganhar mais dinheiro que O patrocinado nunca ganha mais dinheiro
o seu patrocinador; que o seu patrocinador;
Totalmente Legal – Controlado por uma Ilegais desde a sua origem – Controlado por
pessoa jurídica – CNPJ e pagam impostos; Pessoas Físicas e não pagam impostos;
Idéia – As pessoas ganham de acordo com Idéia – Todos irão ganhar grandes fortunas
a produtividade; sem fazer muito esforço;
Retorno a curto, médio e longo prazo, Alguns poucos ganham e muitos não
depende da dedicação. ganham nada.
Em esquemas de pirâmide é muito comum a utilização de eventos para falar sobre o formato,
mas na realidade os integrantes não fornecem informações precisas sobre o funcionamento, e
passam a maior parte do tempo falando apenas sobre como ascenderam ao sucesso financeiro
exponencialmente em um curto período.
Para facilitar, separamos algumas perguntas que você deve fazer para identificar a diferença
entre Pirâmide e Marketing Multinível e, é claro, diferenciar esquemas fraudulentos de
verdadeiras oportunidades de negócios.
o índice de lucratividade da rede está dentro do razoável de acordo com qualquer negócio, ou
apresenta resultados exorbitantes e rápidos (sendo na prática, provavelmente, irreais)?;
como o dinheiro entra na rede? Pelo recrutamento de novos membros? Ou pela venda de
produtos a consumidores fora da rede?
é cobrado algum valor desproporcional para se tornar um revendedor ou fazer adesão à rede?
há uma política sobre a recompra de produtos caso o revendedor queira sair da rede?
Como você pode conferir neste artigo, a diferença entre Pirâmide e Marketing Multinível,
apesar de parecer pequena, está não apenas nos detalhes, mas principalmente nos meios
como o dinheiro é captado.
Lembre-se que qualquer promessa para se ganhar “dinheiro fácil” deve ser imediatamente
questionada. No Marketing Multinível há um grande potencial de ganhos, porém é preciso
trabalhar duro e investir em suas habilidades profissionais.
Ou seja, para conquistar lucro no marketing multinível é preciso se empenhar e buscar ampliar
a rede de vendas, para assim aumentar a quantidade de produtos comercializados e
consequentemente a remuneração.
O sistema piramidal é considerado ilegal, pois, muitas vezes, há promessa de dinheiro fácil e
quantias exorbitantes, mas quem realmente ganha são os primeiros a entrarem no negócio, já
que não há esforço para ampliar a rede de vendas.
No marketing multinível todos os envolvidos no negócio podem ganhar, independentemente
do tempo de entrada na empresa. Para alcançar lucros altos, no entanto, é preciso ampliar a
rede de vendedores, oferecer treinamentos e oportunidades como incentivos.
Apesar de não existir uma lei no Brasil que regulamente o marketing multinível, a ABEVD conta
com seus rigorosos Códigos de Ética. Estes instrumentos de trabalho são a base para as
relações entre empresas e empreendedores e é por meio deles que os direitos dos envolvidos
nos negócios são garantidos.
O que é pirâmide?