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Ao analisar os exemplos, percebemos que as frases de (4) a (6) não são boas. Por isso,
podemos pensar quais são os motivos que fazem com que as frases de (1) a (3) sejam bem
formadas e as de (4) a (6) não? Podemos ver que existem palavras que devem vir na frente de
outras, e outras que devem vir depois. Essa é uma característica importante de nossa língua e
precisamos pensar sobre ela. Dessa maneira, iremos estudar que palavras podem ser divididas
em dez classes de acordo com o seu comportamento, porque elas se comportam de maneiras
diferentes.
Ao olhar os exemplos, podemos ver que pobre criança tem um significado diferente
de criança pobre, assim como último objetivo significa algo diferente de objetivo último.
“Pobre criança” quer dizer que a pessoa é “coitadinha”, mas “criança pobre” quer dizer que
ela não tem muito dinheiro. Por isso, percebe-se que a mudança na ordem das palavras pode
provocar uma alteração de sentido.
A classe dos substantivos
Provavelmente, você já deve ter estudado esse assunto em vários anos da sua vida
escolar. Por conta disso, imagino que se eu te pedisse para definir o que é um substantivo,
você conseguiria me dizer, certo?
Acredito que diria que o substantivo são palavras que nomeiam os seres, já que é
assim que geralmente aprendemos na escola, mas será que isso é realmente verdade? Se eu te
perguntar o que é um ser, consegue me dar exemplos?
Sem dúvidas, todos concordariam que “gato” nomeia um ser, assim como “menino”.
Mas o que acontece com “pôr-do-sol”, “universo”, “teoria” e “sabonete”? Aqui certamente
teríamos respostas diferentes; e acredito que em certos casos, como o de teoria, a maioria
negaria que se trata de um ser. No entanto, “teoria” é um substantivo, de acordo com as
nossas gramáticas.
Seguindo-se, temos um outro problema nesta caracterização, que acontece quando
estamos diante dos exemplos abaixo:
Exemplo:
a) Entre o viver e o sobreviver, eu prefiro o primeiro.
b) Os milhões já foram gastos.
c) Acho que ele já tem uns quarenta anos.
d) Uma cliente reclamou do atendimento.
Nessas frases, os artigos “uns”, “o” e “os” são os determinantes que transformam as
palavras “viver”, “sobreviver”, “primeiro” e “milhões” em substantivos.
Exemplo:
a) Duas garotas aparentavam estar bem felizes.
b) Sete atletas atingiram a meta.
3) Pronomes:
Possessivos: Meu, minha, teu, tua, seu. sua, nossa, nosso, vosso, vossa.
Demonstrativos: Este, estes, esse, esses, esta, estas, essa, essas, isso, aquele, aqueles, aquela,
aquelas, aquilo.
Indefinidos: Alguém, Algo, algum, alguma, nada, ninguém, outrem, pouco/a, todo/a,, muito,
etc.
Interrogativos: Quem, que, o que, qual, quanto.
Relativos: que, quem, onde, o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas, quanto,
quantos, quantas.
Exemplo:
a) Estes estudantes foram muito bem na prova.
O pronome “estes” indica que os amigos estão perto de quem está falando.
b) Aquela casa é mais barata.
O pronome “aquela” indica que a casa está longe das pessoas que estão conversando.
c) Meu colega vai telefonar às oito.
O pronome “meu” acrescenta ao "colega" a ideia de posse.
d) Quantos livros tu lestes?
Exemplos
a) Os pobres colegas perderam a prova de recuperação.
b) Eu sempre prefiro consultar um médico amigo.