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PROAGRI

1. FASE DA PROJECTIZAÇÃO

Durante muitos anos, o desenvolvimento do sector agrícola em


Moçambique foi baseado em projectos, quase que exclusivamente
dependents da ajuda externa.

O Plano de Investimento Público consistia numa mera agregação de


projectos sem nenhuma coordenação entre si.

A fase de Projectização trouxe muitos problemas: (i) sobreposições entre


projectos, (ii) diferenças de abordagem e métodos, (iii) duplicação de
esforços, (iv) dificuldades na coordenação e gestão, (v) uso ineficiente de
recursos, (vi) actividades insustentáveis, entre outros constrangimentos.

2. FASE DO PRÉ-PROGRAMA

Objectivos: Desenhar um programa nacional integrado de


desenvolvimento agrícola de cinco anos (PROAGRI) e, simultâneamente
criar a capacidade institucional dentro do Ministério da Agricultura, com o
apoio do PNUD, da FAO e de outros doadores.

Em 1990/91, foram levadas a cabo as primeiras actividades concebidas


para resolver os problemas da projectização, com discussões internas
sobre as mudanças necessárias impostas pelo contexto politico
emergente. A profunda mudança ocorreu com o fim do conflito armado, em
Outubro de 1992, com a normalização da frequência de queda de chuvas
em 1993/4. Estes dois factores criaram condições para o regresso às
zonas de origem de milhares de Moçambicanos deslocados interna e
externamente.
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3. FORMULAÇÃO DO PROAGRI

A formulação do PROAGRI foi iniciada em 1994, com a formação de


gerupos de trabalho para preparar diagnósticos e propôr estratégias e
programas de investimento à nível sectorial.

No âmbito do Programa Quinquenal (1994-1999) do Governo saído das


primeiras eleições gerais multipartidárias, aprovou-se a política nacional da
agricultura e desenvolveram-se as estratégias subsectoriais
correspondents.

A partir de 1996, a formulação do PROAGRI passou a contra com o apoio


do Banco Mundial e da DANIDA, para além do PNUD e da FAO.

Os objectivos do processo de formulação do PROAGRI foram definidos


como sendo:

i) Criar um programa compreensivo e integrado para o


desenvolvimento harmonioso da agricultura;
ii) Estabelecer consensus e mecanismos de coordenação entre
vários doadores interessados pelo financiamento do
desenvolvimento no sector da agricultura;
iii) Estabelecer regras e mecanismos de gestão de programas e
projectos que induzam a transparência na utilização de
recursos financeiros, humanos e materiais.

4. COMPONENTES SUBSECTORIAIS DO PROAGRI

Componentes Principais: components que pela sua natureza alcançam


a maioria dos objectivos de um sector particular (Pecuária, Florestas e
Fauna Bravia);
Componentes Auxiliares: components cujas actividades apoiam os
vários sectores (Extensão, Investigação, Terras, Irrigação e
Desenvolvimento Institucional);
Componentes Suplementares: compponentes que apoiam a
implementação efectiva das components principais e auxiliaries (Finanças
Rurais, Pós-Colheita, e Consolidação de Orçamentos).
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5. ANÁLISE DO PROCESSO

i) Profundo sentido de titularidade do PROAGRI pelo MADER;

ii) Processo participativo;

iii) Partilha de pontos de vista sobre as funções do MADER;

iv) Consenso de que o melhor funcionamento do MADER é de


forma desconcentrada ou descentralizada, com o aumento do
processo decisório para os níveis provincial e distrital.

i) Falta de clareza conceptual e mudanças conceptuais


frequentes durante o processo;

ii) Insuficiente comunicação sobre o PROAGRI a todos os


stakeholders ;

iii) Fraca coordenação e harmonização do processo.

O PROAGRI TEM UM CONTRIBUTO IMPORTANTE NO


PARPA Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta.
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