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A outra classe de proteínas é chamada de proteínas periféricas, que não se estendem através da
membrana. Elas podem, ou não, estar fixadas nas extremidades de proteínas integrais, e ajudam no
transporte ou na comunicação. Os fosfolipídios são atraídos uns pelos outros, mas eles também estão
em constante movimento e ricocheteiam afastando-se um pouco uns dos outros. Os espaços criados
pela fluidez da membrana são incrivelmente pequenos, por isso ela continua sendo uma barreira
eficaz. Por esta razão, e pela capacidade das proteínas de ajudar no transporte através da membrana,
as membranas celulares são chamadas de semipermeáveis.
No ambiente celular, podem ser encontradas cinco grandes categorias de moléculas. Algumas dessas
moléculas conseguem atravessar a membrana, já outras precisam da ajuda de outras moléculas ou
processos para isso. Uma forma de fazer a distinção entre essas categorias de moléculas é baseando-
se na forma como elas reagem à água. Moléculas hidrofílicas (que gostam de água) conseguem formar
ligações com a água e com outras moléculas hidrofílicas. Elas são chamadas de moléculas polares. O
oposto pode ser dito para moléculas hidrofóbicas (que têm medo de água), que são chamadas de
moléculas apolares. Os cinco tipos são:
Moléculas pequenas apolares (ex: oxigênio e dióxido de carbono): podem passar pela bicamada
lipídica. Fazem isso comprimindo-se através das bicamadas fosfolipídica. Elas não necessitam de
proteínas para o transporte e podem atravessar a membrana difundindo-se rapidamente.
Moléculas pequenas polares (ex: água): estas têm um pouco mais de dificuldade para atravessar a
membrana que o tipo de molécula acima. Lembre-se de que o interior da bicamada fosfolipídica é
composto por caudas hidrofóbicas. Não será fácil para as moléculas de água passarem, mas ainda
assim elas conseguirão atravessar sem a ajuda de proteínas. Este é um processo um pouco mais lento.
Há também a presença de proteínas chamadas aquaporinas, que permitem a passagem da água pela
membrana.
Moléculas grandes apolares (ex: anéis de carbono): estes anéis podem atravessar a membrana, mas
também será um processo lento.
Moléculas grandes polares (ex: açúcar simples - glicose) e íons: a carga de um íon e o tamanho e a
carga de grandes moléculas polares dificultam muito sua passagem pela região apolar da membrana
fosfolipídica sem ajuda.
2) A membrana do neurônio é constituída de proteínas que podem formar canais iônicos, canais
iônicos ativados por ligantes e receptores acoplados à proteína G. Considerando as imagens A e
B a seguir, descreva os eventos representados pelos números indicados.
Canais iônicos dependentes de ligantes são canais iônicos que podem abrir em resposta à ligação de
um ligante. Para formar um canal, este tipo de receptor de membrana celular tem uma região
intramembranal com um canal hidrofílico (atraído pela água) no meio dele. O canal permite que íons
atravessem a membrana sem precisar tocar o núcleo hidrofóbico da camada fosfolipídica, e os ions
que passam por ele são selecionados segundo o tamanho e características especificas da molécula.
Quando um ligante se liga à região extracelular do canal, a estrutura da proteína se modifica de uma
forma tal que íons de um tipo específico, tais, podem passar. Em alguns casos, o inverso é verdade: o
canal é normalmente aberto, e a ligação com o ligante faz com que ele feche. Alterações nos níveis de
íons dentro da célula podem mudar a atividade de outras moléculas, como enzimas de ligação iônica
e canais sensíveis à voltagem, para produzir uma resposta. Neurônios, ou células nervosas, possuem
canais dependentes de ligantes que são ligados por neurotransmissores que se conectam ao sitio de
ativação, fazendo a mudança estrutural proteica, permitindo a passagem dos ions do meio extracelular
para a intracelular.
Transporte ativo
Durante o transporte ativo, as substâncias se movem contra o gradiente de concentração, de uma área de baixa
concentração para uma área de alta concentração. Este processo é “ativo” porque ele requer o uso de energia
(geralmente na forma de ATP). É o oposto do transporte passivo. O transporte ativo requer a ajuda de proteínas
carreadoras, que mudam de forma quando ocorre a hidrólise de ATP.
Erros comuns e conceitos equivocados
Transporte ativo não é a mesma coisa que difusão facilitada. Tanto o transporte ativo quanto a difusão facilitada
usam proteínas para auxiliar no transporte. No entanto, o transporte ativo atua contra o gradiente de
concentração, movendo as substâncias de áreas de baixa concentração para áreas de alta concentração. Além
disso, os tipos de proteínas que eles usam são diferentes.
O transporte ativo usa proteínas carreadoras, e não proteínas de canal. Essas proteínas carreadoras são diferentes
daquelas vistas na difusão facilitada, pois elas precisam de ATP para alterar sua forma. As proteínas de canal não
são usadas no transporte ativo porque as substâncias só podem se mover através destas seguindo o gradiente
de concentração.
Receptores acoplados à proteína G (GPCRs) são uma grande família de receptores de membrana
plasmática que compartilham uma estrutura e um método de sinalização comuns. Todos os membros
da família GPCR têm sete diferentes segmentos de proteínas que atravessam a membrana, e
transmitem sinais no interior da célula através de um tipo de proteína chamada de proteína G. GPCRs
são heterogêneos e se ligam a diversos tipos de ligantes. Uma classe particularmente interessante de
GPCRs é o dos receptores odoríferos (perfume). Existem cerca de 800800800 deles nos seres
humanos e cada um se liga a uma "molécula de odor" própria. Proteínas G são de diferentes tipos,
mas todos eles se ligam ao nucleotídeo guanosina trifosfato (GTP), o qual podem quebrar (hidrolizar)
para formar o GDP. Uma proteína G ligada ao GTP está ativa, ou "ativada", enquanto que uma proteína
G que está ligada ao GDP está inativa, ou "desativada". As proteínas G que se associam com GPCRs são
compostas por três subunidades, conhecidas como proteínas G heterotriméricas. Quando elas estão
conectadas a um receptor inativo, estão sob a forma "desativada" (ligada ao GDP).
A sequência de eventos
A ligação ao sitio de ativação na proteína GPCR, no entanto, muda a figura: o GPCR é ativado e faz com
que a proteína G mude de GDP para GTP. A proteína G agora ativa separa-se em duas partes (uma
chamada subunidade α, a outro composto por duas subunidades β e γ), que são liberadas do GPCR.
As subunidades podem interagir com outras proteínas, acionando uma via de sinalização que leva a
uma resposta. Eventualmente, a subunidade α hidrolizará GTP de volta a GDP, nesse momento a
proteína G se torna inativa. A proteína G inativa remonta-se como uma unidade de três peças
associada com o GPCR. A sinalização celular usando os receptores acoplados à proteína G é um ciclo,
que pode se repetir várias vezes em resposta ao ligante.
3) Avaliando a sequência dos eventos na imagem, explique as informações das caixas enumeradas
de 1 a 10, iniciando com a síntese do neurotransmissor até sua liberação no terminal.
Os neurônios se comunicam com seus tecidos-alvo por
meio de sinapses, onde são liberadas substâncias
químicas chamadas neurotransmissores (ligantes). Essa
comunicação é mediada por substâncias químicas, em
um processo denominado neurotransmissão química e
ocorre dentro das sinapses químicas.
Cada sinapse consiste em:
O neurotransmissor liberado na fenda sináptica atua por um período muito curto, apenas alguns
minutos ou mesmo segundos. Ele é destruído por enzimas, como a acetilcolina esterase, ou é
reabsorvido no botão terminal do neurônio pré-sináptico por mecanismos de recaptação e, em
seguida, reciclado. Os neurotransmissores mais conhecidos responsáveis por essa ação excitatória
rápida, mas de curta duração, são a acetilcolina, a norepinefrina e a epinefrina, enquanto o GABA é
o principal neurotransmissor inibitório.
PEPS E PIPS
Quando um neurotransmissor se liga ao seu receptor em uma célula receptora, ele faz com que
canais iônicos se abram ou se fechem. Isto pode produzir uma mudança localizada no potencial
da membrana— a tensão através da membrana — da célula receptora.
Em alguns casos, a alteração torna a célula alvo mais propensa a disparar seu próprio potencial de
ação. Neste caso, a mudança no potencial de membrana é chamada de potencial excitatório pós-
sináptico, ou PEPS.
Em outros casos, a mudança torna a célula alvo menos propensa a disparar um potencial de ação e é
chamada de potencial inibitório pós-sináptico, ou PIPS.
4) Uma propriedade –chave das células musculares cardíacas é a habilidade de uma única fibra muscular
executar contrações graduadas, nas quais a fibra varia a quantidade de força que gera. (Lembre-se que
a contração de uma fibra no músculo esquelético, independentemente do seu comprimento é tudo ou
nada). A força gerada pelo músculo cardíaco é proporcional ao número de ligações cruzadas que estão
ativas.
Na figura acima, estão sinalizadas as fases do potencial de ação da célula muscular do ventrículo cardíaco
e correntes iônicas associadas ao sódio (INa+), o cálcio (ICa++) e o potássio (IK+).
Explique as fases do potencial de ação no musculo cardíaco e o fluxo de íons que ocorre durante cada fase
(0, 1, 2, 3 e 4)
PS (COMEÇA COM A FASE 0)
Fase 0 (despolarizando): Os canais rápidos de sódio se abrem. Quando a célula cardíaca é estimulada
e se despolariza, o potencial de membrana fica mais positivo. Os canais de sódio ativados por voltagem
(canais rápidos de sódio) abrem e permitem que o sódio flua rapidamente para dentro da célula e a
despolarize. O potencial de membrana alcança cerca de + 20 milivolts antes dos canais de sódio
encerrarem.
5)Quando se ausculta o coração com o estetoscópio, não se ouve a abertura das válvulas, pois
esse é um processo que se desenvolve com relativa lentidão e que normalmente não produz sons.
Entretanto, quando as válvulas se fecham, os folhetos das válvulas e os líquidos circundantes
vibram, sob a influência dos diferenciais abruptos de pressão que se desenvolvem, originando
sons que se propagam em todas as direções pelo tórax. Explique a relação das bulhas cardíacas
com o bombeamento cardíaco nas imagens 1 e 2.
Quando os ventrículos se contraem, (cheios com aproximadamente 120 mls de sangue no período de
volume diastólico final) ouve-se primeiro o som produzido pelo fechamento das válvulas
atrioventriculares (tricúspide na direita, e bicúspide ou mitral na esquerda), que impendem o refluxo
de sangue dos ventrículos para os átrios A vibração é de timbre grave e é relativamente longa e
contínua, sendo conhecida como a primeira bulha cardíaca. Quando as válvulas aórtica e pulmonar se
fecham após o sangue ter sido ejetado do ventrículo para dentro das semilunares, ouve-se um estalido
rápido, porque essas válvulas (aórtica e pulmonar) se fecham rapidamente impedindo o refluxo de
sangue delas de volta para o ventrículo, e as estruturas circundantes vibram por breve período. Esse
som é chamado de segunda bulha cardíaca.
1) A pressão capilar (Pc) é a que tende a forçar o liquido para fora através da membrana capilar.
2) A pressão do liquido intersticial (Pli), tenderá a forçar o liquido para dentro da membrana capilar
quando for positiva, mas para fora quando a Pli for negativa.
Se a soma dessas forças – a pressão efetiva de filtração – for positiva, ocorrerá filtração de líquidos
pelos capilares. Se a soma for negativa, ocorrerá absorção de liquido. A pressão efetiva de filtração
(PEF) é calculada por: PEF = Pc – Pli – Pp + Pli
A intensidade da filtração de liquido no tecido também é determinada pelo número e pelo tamanho
dos poros em cada capilar, bem como pelo número de capilares pelos quais o sangue flui. Esses fatores
são, em geral, expressos como coeficiente de filtração capilar (Kf). O Kf é, portanto, uma medida da
capacidade das membranas capilares de filtrar água sob dada PEF e é usualmente expresso por
mL/min por mmHg da PEF. A intensidade/velocidade da filtração e liquido capilar, é, então, determinada
por Filtração = Kf x PEF
Resultante média
Filtração: 28,3 mmHg
Reabsorção: 28,0 mmHg
Total: 0,3 mmHg.
FORÇAS DE STARLING
As forças de Starling são as responsáveis pelo movimento de fluido entre os compartimentos. Entre
as forças de Starling existe a pressão hidrostática e a pressão oncótica. A pressão hidrostática é uma
força exercida pelos líquidos que tende a expulsar o líquido, desde o capilar para o interstício. A
pressão oncótica é uma força que atrai água para o compartimento, por meio principalmente da
albumina, nas vênulas. Ambas as pressões existem nos dois compartimentos: intravascular e
intersticial. A resultante entre elas é que determina se o líquido irá entrar ou sair de cada
compartimento. Na primeira metade do capilar, a resultante dessas forças faz com que o líquido tenda
a extravasar para o interstício, processo chamado de ultrafiltração. Na segunda metade do capilar, a
resultante das pressões é tal que o líquido tende a voltar para o interior do vaso – reabsorção. O
principal objetivo do deslocamento de fluido pela parede capilar é o de levar nutrientes aos tecidos e
dele retirar produtos do metabolismo da célula – como o CO2.
As fibras simpáticas (em azul) se originam nos segmentos T11-L2 da medida espinhal e seguem pelo
plexo mesentérico superior IMP e nervo hipogástrico ou através da cadeia paravertebral para constituir
o nervo pélvico na base da bexiga e a uretra.
1) Volume corrente: É o volume obtido numa respiração normal, ou seja, quando você respira
normalmente, sem forçar. O volume que entra e sai do pulmão a cada inspiração e expiração,
respectivamente, é o volume corrente (500 Ml)
7) Capacidade vital representa o maior volume de ar mobilizado em uma expiração. É igual ao volume
de reserva inspiratório + o volume corrente + o volume de reserva expiratório (4600 mL)
8) Capacidade pulmonar total é a quantidade de ar nos pulmões após uma inspiração máxima, com o
maior esforço. É igual a capacidade vital mais o volume residual (5800 mL)
12) A respiração é o fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões. Uma vez que o ar atinge os alvéolos,
os gases individuais, como oxigênio e o CO2, difundem-se do espaço alveolar para a corrente sanguínea.
Considerando o exposto, faça o que se pede a seguir.
Descreva o processo de troca gasoso ao nível pulmonar e capilar, indicando as pressões e os tipos de
transporte.
Por outro lado, a PCO2 é mais elevada nos tecidos do que no sangue
capilar sistêmico devido à produção elevada de CO2 durante o
metabolismo celular. A PCO2 intracelular em uma pessoa em repouso
é cerca de 4 mmHg comparada a PCO2 arterial, que gira em torno de
40 mmHg. Essa diferença faz o CO2 se difundir para fora das células,
em direção aos capilares. A difusão ocorre até o equilíbrio, fazendo a
PCO2 média do sangue venoso sistêmico girar em torno de 46 mmHg.
Sangue Venoso