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Curso profissional técnico de contabilidade

Ano letivo 2020/2021


Disciplina: Direito das Organizações ( DORG )
UFCD 0575 – Imposto sobre o rendimento de pessoas singulares -
IRS

Trabalho realizado por:


Gabriela Coelho Nº01
Professora: Alzira Figueiredo Lara Ferreira Nº10
Leandro Barbosa Nº11

Paços de Ferreira, 2021


Curso profissional técnico de contabilidade
Ano letivo 2020/2021
Disciplina: Direito das Organizações ( DORG )
UFCD 0575 – Imposto sobre o rendimento de pessoas singulares - IRS

Trabalho realizado por:

Gabriela Coelho Nº01

Professora: Alzira Figueiredo Lara Ferreira Nº10

Leandro Barbosa Nº11

Paços de Ferreira, 2021


Índice

Introdução 4
As características do IRS (Imposto sobre o rendimento de pessoas singulares) 5
Indicar o que determina a incidência real- regras fixadas ( artigos 1º a 12º do
CIRS) 5
Rendimento Coletável Global 6
Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais 8
Obrigações acessórias 9
Identificação no CIRS 10
Identificação das obrigações declarativas 10
Conclusão 11
Webgrafia 12
Bibliografia: 13
Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito das disciplina de DORG (Direitos das
Organizações) e tem como objetivo o estudo mais aprofundado sobre a UFCD 0575 –
Imposto sobre o rendimento de pessoas singulares - IRS.

Nele vamos abordar 7 tópicos, nos quais: o estudo das características do IRS, a
incidência real,rendimento coletável global, encargos não dedutíveis para efeitos
fiscais,obrigações acessórias, identificação no CIRS e a identificação das obrigações
declarativas.
Na proposta de trabalho foi-nos pedido pela professora que cada elemento do
grupo escolhesse um dos tópicos dados e trabalhasse cada um deles de forma a
aprofundar o seu conhecimento relativamente ao imposto sobre valor acrescentado, e
assim o trabalho foi dividido pelos elementos do grupo da seguinte forma: a Lara
Ferreira o ponto e a conclusão, a Ana Gabriela o ponto 1.4 , a capa, subcapa e
introdução ,e por fim o Leandro Barbosa que ficou encarregado do ponto 1.1 e 1.2 e a
da formatação.
As características do IRS (Imposto sobre o rendimento de pessoas
singulares)

O IRS é a sigla para Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares. Por outras
palavras, é o imposto que tributa o rendimento dos cidadãos, salvo algumas exceções
previstas na lei.Quanto às suas características, o IRS é:

Direto: Incide imediatamente sobre o rendimento e é atribuído diretamente a uma


pessoa (contribuinte)

● De base mundial: Aplica-se à totalidade dos rendimentos dos residentes em Portugal,


independentemente do lugar onde forem obtidos, e além disso sobre os não residentes
pelos rendimentos obtidos em Portugal.
● Pessoal: Tem em conta a circunstância económica e social do tributário e do seu
agregado familiar. Por exemplo, o cálculo do imposto é afetado pelo estado civil,
número de dependentes, património, grau de deficiência (se existir), entre outros
fatores.
● Periódico: Tem uma natureza anual, uma vez que incide sobre o valor dos rendimentos
obtidos entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, depois de efetuadas as correspondentes
deduções e abatimentos.
● Declarativo: É determinado com base nas informações que constam na declaração de
rendimentos, que cada contribuinte tem o dever de entregar anualmente.

Progressivo (por escalões): Quanto mais elevado o escalão de rendimento sujeito a


imposto, maior a taxa, mas só até um determinado nível (como mostra a tabela indicada
no destaque “Como se calcula o imposto”). Ou seja, quem ganha mais paga uma taxa de
imposto superior.
Indicar o que determina a incidência real- regras fixadas ( artigos 1º a
12º do CIRS)

O artigo 1º do Código do Imposto sobre o rendimento singular (CIRS) estabelece a


incidência real ou IRS. Define o que fica sujeito a imposto, ou seja, concretiza a
realidade sujeita a imposto.

O IRS é um conjunto sobre o rendimento, prevendo-se seis categorias de rendimentos,


em regras autónomas entre si, mas que comportam, nalguns casos, elementos de
preponderância e elementos de articulação.

Existe uma categoria com natureza residual, na qual se encontram abrangidos


incrementos patrimoniais não contemplados noutras categorias.

● Categoria A- Rendimentos do trabalho dependente;


● Categoria B- Rendimento empresariais e profissionais;
● Categoria E- Rendimentos de capitais;
● Categoria F- Rendimentos prediais;
● Categoria G- Incrementos patrimoniais;
● Categoria H- Pensões.

O IRS visa a diminuição das desigualdades mediante a redistribuição ( direta ou


indireta) de rendimentos e será único e progressivo, tendo em conta as necessidades e
rendimentos do agregado familiar.

Os impostos progressivos são aqueles em que a coleta de imposto cresce mais do que
proporcionalmente em relação à matéria coletável. A taxa de imposto aumenta
consoante o aumento do nível de rendimento.
Rendimento Coletável Global

O rendimento coletável é o que resulta do englobamento dos rendimentos das várias


categorias auferidos em cada ano, depois de feitas as deduções e os abatimentos
previstos.

Englobar rendimentos em IRS mais não é do que juntar vários rendimentos num mesmo
bolo para serem tributados à mesma taxa.

Este corresponde ao valor do resultado da subtração, ao rendimento global (bruto) do


sujeito passivo ou agregado familiar, da soma de todas as deduções específicas, das
perdas a recuperar e dos abatimentos.

Uma vez subtraídas estas deduções encontramos o valor recebido pelos contribuintes ao
qual se aplicam as taxas de imposto. Este cálculo permite chegar ao montante a pagar de
IRS.

Nas situações de contitularidade, o englobamento faz-se nos seguintes termos:

● Tratando-se de rendimentos da categoria B, cada co-titular engloba a parte do


rendimento que lhe couber, na produção das respetivas quotas;

● Tratando-se de rendimentos das restantes categorias, cada co titular engloba os


rendimentos ilíquidos e as deduções legalmente admitidas, na proporção das
respectivas quotas.

Não são englobados para efeitos da sua tributação:

● Os rendimentos auferidos por sujeitos passivos não residentes em território portugues;

● Os rendimentos auferidos por residentes em território portugues, sujeitos às taxas;

● liberatórias e taxas especiais, sem prejuízo da opção pelo englobamento neles previsto.
Exemplo:

A Antónia é diretora fiscal da empresa XPTO Ldª, com o vencimento líquido de 2700€.

Para a agregação da empresa desconta 500€ anuais.

Resolução:

Rendimento Bruto: 2700 x 14= 37800€

Dedução Específicos: 75% x 12 x 475= 4275€

Rendimento Líquido: 37800- 4275= 33525€

Dedução Específicos: 33525-500= 33025€


Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais

Alguns encargos que embora tenham sido contabilizados como gastos na contabilidade
do sujeito passivo, terão de ser desconsiderados.Esses encargos são:

● Despesas não documentadas: despesas que não foram documentadas no papel ou no


e-fatura, ou o número de contribuinte não está presente ou invalido.
● Imposto sobre Rendimento de Pessoas Coletivas:o IRS, as tributações autónomas, e
outros impostos que de forma direta ou indireta incidem sobre os lucros, entram no
grupo dos encargos não dedutíveis para efeitos fiscais.
● Encargos resultantes de atividades ilícitas:qualquer encargo que resulte de uma
atividade ilícita ou que viole a legislação penal portuguesa, não pode entrar nos
encargos para dedução para efeitos fiscais.
● Penalizações e coimas: são as multas, coimas e demais encargos, incluindo os juros
compensatórios e moratórios, pela prática de infrações de qualquer natureza.

Obrigações acessórias

Obrigações acessórias são documentos que contêm informações das empresas que
devem ser gerados e enviados todos os meses, a cada três, ou uma vez ao ano,
dependendo do que precisa ser declarado.

As obrigações acessórias são aí identificadas como as que “visam possibilitar o


apuramento de imposto",mencionando-se a título exemplificativo a obrigatoriedade de
apresentação de declarações, a prestação de informação contabilística e fiscal,a
obrigação de exibição de documentos, as obrigações contabilísticas ou de
escrituração,bem com a prestação de informações.

Obrigações em sede de IRS:


● Obrigações declarativas;

● Obrigações contabilísticas e de escrituração;

● Outras obrigações acessórias;

● A obrigatoriedade de emissão e fatura.


● Deveres de informação.

Identificação no CIRS

No CIRS a obrigatoriedade de emissão de recibos e faturas (art. 115.º) e da


autonomização de uma obrigação para com determinados sujeitos passivos
referenciados, estes devem apresentar anualmente ,uma declaração de modelo
oficial,relativa aos rendimentos do ano anterior e a outros elementos informativos
importantes para a sua situação tributária, que devem ser integrados.
Identificação das obrigações declarativas

● Antes de introduzir qualquer atividade capaz de produzir rendimentos da categoria B,


deve o sujeito passivo exibir a respectiva declaração de início num serviço de finanças,
em impresso de modelo oficial.
● Após verificarem-se alterações de algum dos elementos constantes da declaração de
início de atividade, o sujeito passivo entregar em qualquer serviço de finanças, no
prazo de 15 dias a contar da alteração, se outro prazo não for previsto neste Código, a
respetiva declaração de alterações, em impresso de modelo oficial.
● Depois do cessar a atividade, o sujeito passivo, deve no prazo de 30 dias, entregar a
respectiva declaração num serviço de finanças, em impresso de modelo oficial.
● Quando o serviço de finanças receptor tenha os meios informáticos adequados, às
declarações referidas nos números anteriores podem ser substituídas pela declaração
verbal, efetuada pelo sujeito passivo, de todos os elementos necessários ao registo e
início de atividade, à alteração de dados constantes daquele registo e à cessação de
atividade, sendo estes imediatamente introduzidos no sistema informático e
confirmados pelo declarante, após a sua impressão em documento tipificado.
● O documento tipificado nas condições referidas no número anterior substitui, para
todos os efeitos legais, as declarações referidas nos nº 1 a 3.
● O documento comprovativo do início de atividade, das alterações ou da cessação é o
documento tipificado, consoante os casos, processado depois da confirmação dos
dados do declarante, autenticado com a assinatura do funcionário receptor e com
aposição de vinheta do técnico oficial de contas que assume a responsabilidade fiscal
do sujeito passivo a que respeitam as declarações, quando seja adotada contabilidade
organizada.
● As declarações referidas nº 1 a 3 podem ser enviadas por transmissão eletrónica de
dados.
● Estão dispensados de apresentação da declaração de início de atividade os sujeitos
passivos que apenas aufiram, na categoria B, subsídios ou subvenções no âmbito da
PAC de montante anual inferior a quatro vezes o valor do IAS.
Conclusão

O objetivo principal no desenvolvimento deste trabalho, consiste na elaboração de


um estudo mais aprofundado sobre o IRS.

Para isso usamos várias e estratégias e metodologias estudadas e aulas de forma a


aplicar conhecimentos para realizar o estudo das características do IRS, a incidência
real,rendimento coletável global, encargos não dedutíveis para efeitos fiscais,obrigações
acessórias, identificação no CIRS e a identificação das obrigações declarativas. Ao
longo da realização das mesmas foram se revelando algumas dificuldades, entre
elas,encontrar algumas informações e realizar o caso prático.

Terminando assim, todos esperamos que realizemos todos os nossos objetivos


com a realização deste trabalho, não só em relação a nota final mas também a
informação adquirida em relação ao tema, e que com isso nos ajude futuramente.
Webgrafia

● https://www.e-konomista.pt/
● https://www.portaldasfinancas.gov.pt/at/html/index.html
● https://e-loan.pt/minhas-financas/irs/definicao-irs/

Bibliografia

● Manual fornecido pela professora relativamente a UFCD 0575 – Imposto sobre


o rendimento de pessoas singulares - IRS.

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