Você está na página 1de 2

1) O que o relativismo tem a dizer sobre as noções de verdade universal e objetividade na

ética?
O relativismo cultural afirma que não há tal coisa como verdade universal na ética. Há somente os
vários códigos culturais e nada mais. O relativismo cultural desafia a nossa crença na objetividade
e na universalidade da verdade moral.

2) O que significa dizer que uma ação é “correta”, segundo o relativismo?


Significa que se o código moral de uma sociedade diz que uma certa ação é correta, então aquela
ação é correta, ao menos dentro daquela sociedade.

3) O texto apresenta uma resposta (um contra-argumento) à crítica de que relativistas não
poderiam criticar nazistas. Qual é este contra-argumento?
Entendido com propriedade, o relativismo cultural sustenta que as normas de uma cultura reinam
supremas dentro dos limites da cultura. Assim, uma vez que os soldados alemães entraram na
sociedade polonesa, eles se tornaram sujeitos às normas da sociedade polonesa – normas que,
obviamente, excluíam a carnificina de poloneses inocentes. Como afirma o velho ditado, “em Roma,
como os romanos”. Relativistas culturais concordam.

4) O argumento relativista abaixo é comum. O que há de errado com ele?


“Culturas diferentes têm códigos morais diferentes. Portanto, não há verdade objetiva na
moralidade. Certo e errado são somente questões de opinião, e opiniões variam de uma
cultura para outra”
Ele é errado porque para um argumento ser sólido, as suas premissas têm de ser verdadeiras e a
conclusão tem que se seguir logicamente delas.
Aqui, o problema é que a conclusão não se segue das premissas – isto é, mesmo que a premissa
seja verdadeira, a conclusão ainda assim pode ser falsa.

Esse tipo de conclusão não se segue logicamente daquele tipo de premissa. Na terminologia
filosófica, isso significa que o argumento é inválido.

5) O argumento abaixo, se levado a sério, tem três consequências absurdas (que constituem,
portanto, bons motivos para rejeitar o relativismo). Quais são elas?

“A noção de correto está nos modos de pensar de um povo. Não é exterior a eles, de uma
origem independente, trazida para testá-los. Nos modos de pensar de um povo, qualquer
que seja esse pensar, ele é correto”.
1. Nós não poderíamos mais dizer que os costumes das outras sociedades são moralmente
inferiores aos nossos.
2. Nós não poderíamos mais criticar o código de nossa própria sociedade.
3. A ideia do progresso moral é posta em dúvida.

6) O texto fornece três exemplos de valores que são partilhados por todas as culturas. Quais
são eles? Por que eles são necessários, inevitáveis (por que a falta deles seria incompatível
com a própria existência da sociedade)?
Eles são: Proteção dos descendentes; Coibição da mentira; e Proibição do assassinato.
Porque assim seria extremamente difícil viver em sociedade, senão impossível. Sociedades não
podem existir sem comunicação entre seus membros, a sociedade se tornaria impossível, e no
caso da proteção dos descendentes, eles não irão sobreviver e os membros velhos do grupo não
serão substituídos, por fim, o grupo pode extinguir-se. E no homicídio toda sociedade em
qualquer escala ampla colapsaria.
7) A análise da mutilação genital feminina indica uma referência, um critério, que poderia ser
usado para julgar qualquer prática social. Que critério é este?
O critério de que sempre interessa se uma prática promove ou impede o bem-estar das pessoas
afetadas por ela.

8) A princípio, pode parecer que “tolerar”, é o mesmo que “não julgar”. Por que essa
interpretação é equivocada?
Porque tolerar não significa julgue que tal atitude seja correta ou não. Se nós não pensássemos
que algumas coisas são melhores do que outras, então não haveria nada para tolerarmos.

9) O texto acaba por rejeitar o relativismo como uma teoria se baseia em um argumento falho,
que tem consequências implausíveis e que sugere mais desacordo moral do que realmente
existe. Ele aponta, porém, duas lições importantes que podemos aprender com o
relativismo. Quais são elas?
(1) Questionar a própria cultura: muito do que parece absolutamente certo pode ser só um jeito
muito particular nosso de cuidar de um valor importante. Outras culturas tem outras estratégias.
(2)Manter a mente aberta: nossos sentimentos não são necessariamente indicação do que é
verdadeiramente certo ou errado.

Você também pode gostar