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HUMANOS
Fernanda
Franklin Seixas
Dignidade da
pessoa humana
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Estudar a dignidade da pessoa humana é analisar um atributo próprio
do ser humano que existe e o diferencia de todas as demais espécies do
planeta. Para a filosofia kantiana, considerada um grande marco racional
na definição de dignidade humana, a dignidade não se trata de um
atributo divino, mas consiste na capacidade racional e autônoma de cada
sujeito, fundamentada na liberdade, na racionalidade e na moralidade
(KANT, 2001). É, portanto, o atributo maior e o que difere o ser humano
dos demais seres vivos, considerando-o um fim em si mesmo.
Neste capítulo, você vai estudar o conceito e a natureza jurídica da
dignidade humana, identificando-a na Constituição Federal de 1988
e explorando o seu uso pela jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-
deral (STF). Dessa forma, esse estudo contribuirá para a realização de
um aprendizado dinâmico de suma relevância às relações humanas e
às relações interpessoais, extremamente valiosas ao estudo do Direito,
estimulando o raciocínio crítico e a reflexão como cidadão e como pro-
fissional, identificando e compreendendo a dignidade humana como um
importante fundamento no ordenamento jurídico brasileiro e no dia a
dia da vida em sociedade.
2 Dignidade da pessoa humana
No reino dos fins tudo tem ou um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa
tem um preço, pode-se pôr em vez dela qualquer outra como equivalente;
mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e, portanto, não permite
equivalente, então tem ela dignidade.
EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. BENE-
FÍCIO DE PENSÃO POR MORTE. UNIÃO HOMOAFETIVA. LEGITIMI-
DADE CONSTITUCIONAL DO RECONHECIMENTO E QUALIFICA-
ÇÃO DA UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO COMO
ENTIDADE FAMILIAR. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DAS REGRAS
E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS VÁLIDAS PARA A UNIÃO ESTÁVEL
HETEROAFETIVA. DESPROVIMENTO DO RECURSO.
Decisão
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto
do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o
Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli.
1ª Turma, 18.9.2012 (BRASIL, 2012, documento on-line).
Leituras recomendadas
BOBBIO, N. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
DALLARI, D. A. Elementos de teoria geral do Estado. 17. ed. São Paulo: Saraiva. 1993.
DOUZINAS, C. O fim dos direitos humanos. São Leopoldo: Unisinos, 2009.
ORGANIZAÇÃO DA NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos.
2009. Disponível em: <http://www.onu.org.br/img/2014/09/DUDH.pdf>. Acesso
em: 5 jul. 2018.
SILVA, J. A. Curso de Direito Constitucional Positivo. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2000.
ZARCA, Y. C. A invenção do sujeito de direito. Porto Alegre: L&PM, 1997. (Filosofia Política
Nova série, v. I).
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.