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Apresentação
Estudar a dignidade da pessoa humana é analisar um tributo, um valor humano, que existe e o
diferencia de todas as demais espécies do planeta.
Para a filosofia kantiana, considerada um grande marco racional na definição de dignidade humana,
a dignidade não se trata de um atributo divino, mas uma capacidade racional e autônoma de cada
sujeito, fundamentada na liberdade, racionalidade e moralidade, sendo, portanto, o atributo maior e
o que o difere dos demais seres vivos, considerando-o fim em si mesmo (KANT, 2001, p. 77).
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá o conteúdo e a natureza jurídica da dignidade humana,
a posição da dignidade da pessoa humana na Constituição Federal de 1988, bem como o uso da
dignidade da pessoa humana pela jurisprudência do STF. Dessa forma, o estudo que será analisado
contribuirá para a realização de um aprendizado dinâmico de suma relevância às relações humanas
e às relações interpessoais, extremamente valiosas ao estudo do direito, estimulando o raciocínio
crítico e a reflexão como cidadão e como profissional, identificando e compreendendo a dignidade
humana como um importante fundamento no ordenamento jurídico brasileiro e no dia a dia da vida
em sociedade.
Bons estudos.
Nesse sentido, como profissional da área qual conselho você daria para Serena?
Infográfico
A dignidade da pessoa humana é um fundamento da Constituição Federal e um importante
princípio do ordenamento jurídico brasileiro, vez que tal princípio irradia suas diretrizes a todo o
ordenamento jurídico brasileiro.
Leia mais no capítulo A dignidade da pessoa humana, que faz parte do livro Direitos humanos e é a
base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
DIREITOS
HUMANOS
Fernanda
Franklin Seixas
Dignidade da
pessoa humana
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Estudar a dignidade da pessoa humana é analisar um atributo próprio
do ser humano que existe e o diferencia de todas as demais espécies do
planeta. Para a filosofia kantiana, considerada um grande marco racional
na definição de dignidade humana, a dignidade não se trata de um
atributo divino, mas consiste na capacidade racional e autônoma de cada
sujeito, fundamentada na liberdade, na racionalidade e na moralidade
(KANT, 2001). É, portanto, o atributo maior e o que difere o ser humano
dos demais seres vivos, considerando-o um fim em si mesmo.
Neste capítulo, você vai estudar o conceito e a natureza jurídica da
dignidade humana, identificando-a na Constituição Federal de 1988
e explorando o seu uso pela jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-
deral (STF). Dessa forma, esse estudo contribuirá para a realização de
um aprendizado dinâmico de suma relevância às relações humanas e
às relações interpessoais, extremamente valiosas ao estudo do Direito,
estimulando o raciocínio crítico e a reflexão como cidadão e como pro-
fissional, identificando e compreendendo a dignidade humana como um
importante fundamento no ordenamento jurídico brasileiro e no dia a
dia da vida em sociedade.
2 Dignidade da pessoa humana
No reino dos fins tudo tem ou um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa
tem um preço, pode-se pôr em vez dela qualquer outra como equivalente;
mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e, portanto, não permite
equivalente, então tem ela dignidade.
EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. BENE-
FÍCIO DE PENSÃO POR MORTE. UNIÃO HOMOAFETIVA. LEGITIMI-
DADE CONSTITUCIONAL DO RECONHECIMENTO E QUALIFICA-
ÇÃO DA UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO COMO
ENTIDADE FAMILIAR. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DAS REGRAS
E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS VÁLIDAS PARA A UNIÃO ESTÁVEL
HETEROAFETIVA. DESPROVIMENTO DO RECURSO.
Decisão
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto
do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o
Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli.
1ª Turma, 18.9.2012 (BRASIL, 2012, documento on-line).
Leituras recomendadas
BOBBIO, N. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
DALLARI, D. A. Elementos de teoria geral do Estado. 17. ed. São Paulo: Saraiva. 1993.
DOUZINAS, C. O fim dos direitos humanos. São Leopoldo: Unisinos, 2009.
ORGANIZAÇÃO DA NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos.
2009. Disponível em: <http://www.onu.org.br/img/2014/09/DUDH.pdf>. Acesso
em: 5 jul. 2018.
SILVA, J. A. Curso de Direito Constitucional Positivo. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2000.
ZARCA, Y. C. A invenção do sujeito de direito. Porto Alegre: L&PM, 1997. (Filosofia Política
Nova série, v. I).
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Dica do professor
O Neoconstitucionalismo ou Pós-positivismo Jurídico constitui o fenômeno de interpretar o
ordenamento jurídico consubstanciado na Constituição Federal, reconhecendo e interpretando o
direito a partir da valorização da dignidade humana e dos direitos fundamentais, sendo esse o tema
da nossa Dica do Professor.
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Exercícios
B) trata-se de um princípio que inspira apenas as lides vinculadas ao art. 4.o da Constituição
Federal.
B) não está previsto na Constituição Federal, constando apenas no Pacto de São José da Costa
Rica, possuindo esse tratado grande centralidade no reconhecimento dos direitos humanos e
tendo reflexo na atuação dos países que se encontram em grave crise financeira.
E) está previsto na Constituição Federal, mas não é norma de vinculação obrigatória, devendo
ser ainda definido pela legislação ordinária.
A) Soberania, pois, perante o Estado Soberano, todos são iguais perante a lei.
C) Dignidade da pessoa humana, pois a dignidade é o que diferencia o ser humano das outras
espécies vivas e, como tal, deve ser tratado sem distinção.
E) Dignidade da pessoa humana, pois, como princípio humano, no plano internacional, tem
eficácia imediata, independentemente da adesão do Estado a algum tratado internacional,
trantando a todos de forma igualitária ao redor do planeta.
Na prática
Independentemente das discussões sobre a natureza dos direitos humanos, a dignidade passa a
constituir, para os seres humanos, um valor, formando a justificação moral dos direitos humanos e
dos direitos fundamentais, convertendo-se, diante da necessidade de proteção, em princípio
jurídico em diversos tratados e declarações internacionais, como na Declaração Universal dos
Direitos Humanos.
Por unanimidade, o STF decidiu dar provimento ao Recurso extraordinário n.° 59.2581/RS,
entendendo lícito ao judiciário impor à administração pública obrigação de fazer, consistente na
promoção de medidas ou execução de obras emergenciais em estabelecimentos prisionais para
concretizar o princípio da dignidade humana e outros princípios fundamentais.
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