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Facape - Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina

Curso: Direito
Disciplina: Antropologia
Professor: Genivaldo

Joseane Ferreira Lima

Antropologia e o Direito na legitimação do Racismo e no combate ao mesmo


O racismo tem sido um assunto que está nos dias atuais sempre em alta, ou
seja, temos visto o preconceito racial voltando à tona, a discriminação terrível
por parte de alguns em uma era ou em uma época onde não se deveria mais
existir, pois o tempo da escravidão, o tempo onde eram separadas essas
classes já passou.
A antropologia e o direito chegaram em tempos certos para tratarem desse
assunto e com base na lei aplicar as sanções nas pessoas que ainda são
racistas e discriminam qualquer tipo de pessoa.
A cultura tenta de certa forma mostra que somos iguais como seres humanos e
mesmo que tenhamos gostos, tradições diferentes uns dos outros, nosso
respeito pelo ser humano tem que está acima de tudo.
Os direitos humanos também tem tido uma grande força quando incluiu na sua
elaboração a dignidade da pessoa humana.

Petrolina
2021
Crítica Sobre Relativização Da Coisa Julgada

No campo do Direito, a garantia jurídica ocupa um espaço de destaque.


Isso se justifica tendo em vista que essa garantia traz estabilidade e segurança
aos processos, aos negócios jurídicos e até às relações internacionais, como
no caso do Exequatur à carta rogatória. Ela possibilita, portanto, uma
segurança Jurídica de fundamental importância para a confiabilidade no
sistema jurídico.

Tamanha é a imprescindibilidade da segurança jurídica e o prezar pela


confiabilidade no sistema que a nossa Carta Magna, em seu art. 5°, postula o
seguinte:
Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:
Inciso XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada.

Resta nítido, dessa forma, a inadmissibilidade da relativização da coisa


julgada, com o intuito de preservar a efetividade do sistema jurídico. Isso
porque a fácil relativização da coisa julgada levaria a um ordenamento que não
comprimiria seu próprio fim, isto é, não seria capaz de pacificar os conflitos
caso, a todo momento, tais conflitos voltassem a serem discutidos, mesmo que
sem fatos e fundamentos novos, não garantindo, de maneira definitiva, direitos
e deveres.

Onde os operadores do Direito se firmariam, se não na constituição e no


Direito Positivado? Se nada disso tem firmeza ou segurança, para onde ir?
Como entender que um processo finalizado, “transitado em julgado”, “coisa
julgada”, ainda não está finalizado, como se dirigir, para onde orientar as ações
se tudo pode recomeçar.
De acordo com o inciso XXXVI supracitado, não apenas a coisa julgada,
mas também o direito adquirido e o ato jurídico perfeito têm garantia de não
serem prejudicados. Ora, se a coisa julgada for relativizada, todo o Art. 5º
perde a confiabilidade, o que seria um desastre jurídico. E não somente o Art.
5º, mas até mesmo os direitos e garantias individuais previsto no Art. 60 § 4º,
IV, CF, pois o cidadão que vai ao pleito com o intuito de garantir suas
pretensões jurídicas, a todo momento poderia ver seu direito sendo reformado
por novas decisões.

Nesse sentido, a relativização da coisa julgada acarretaria uma série de


dificuldades na seara da justiça, ocasionando em instabilidade, insegurança,
inconstitucionalidade, desgaste da máquina pública em processos
intermináveis, falta de confiança nas decisões, falta de legalidade sobre quem
poderá determinar a relativização e quais os casos ou processos que serão
passiveis de relativização da coisa julgada.

Portanto, nenhuma proposta para relativizar a coisa julgada poderá, a


priori, ser acolhida pela câmara ou pelo senado, por se tratar de matéria
claramente inconstitucional, vez que a facilitação da relativização da coisa
julgada abalaria completamente a imutabilidade da situação jurídica que de
boa-fé foi realizada dentro dos parâmetros legais, e desmoronaria o princípio
da segurança jurídica.

Ora, uma vez que a coisa julgada é a qualidade conferida à sentença


judicial contra a qual não cabem mais recursos, não podemos entender que tal
decisão torna a coisa imutável e indiscutível se tal decisão é relativizada. Logo,
deixa de ser coisa julgada e o processo ainda não terminou ou ainda será
discutido em um novo procedimento.

Sobre isso, insta salientar, ainda, o que dispõe o nosso CPC/2015 sobre
o assunto:

CAPÍTULO VIII - SEÇÃO V – Da Coisa Julgada


Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que
torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita
a recurso.
Art. 508. Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-
se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas
que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição
do pedido.

Diante do exposto, necessário se faz uma nova definição da coisa


julgada, ou uma nova denominação do que se chama hoje relativização da
coisa julgada, pois uma vez relativizada deixa de ser coisa julgada.

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