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João Marcos
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Trata-se de um caso que agita a sociedade numa altura em que se discutem os prós e os
contras de eventuais mexidas no Código Penal.
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by VOA
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É tão visível quanto o debate em torno do assunto, que já deu lugar a manifestações,
pelo que o caso da menina, levantado na Rádio Benguela, ganha mais relevância.
A adolescente diz que teve de desembolsar 15 mil kwanzas, quase 100 dólares ao
câmbio oficial, e que não conhece o enfermeiro a quem a mãe terá confiado o trabalho.
"Estou a me sentir muito mal, já não consigo mais fazer nada. A minha mãe disse para
tirar porque o moço é mais velho’’, explica a rapariga.
Uma fonte do Hospital de Benguela revelou que situações do género são frequentes na
maior unidade hospitalar da província, que recebe raparigas que se limitam a ingerir
comprimidos, ignorando a curetagem (raspagem).
Agora a contas com a PGR, após ter ficado em prisão preventiva durante algumas horas,
a cidadã Rosalina Teresa, mãe da menina, indicou que o pai tem idade muito superior à
da sua filha.
"Em Angola quer-se despenalizar porque a razão última é diminuir a natalidade. Fiquei
surpreso quando soube da manifestação. O que se passa é que os países chamados
desenvolvidos, que às vezes nem são, acham que os outros, que eles chamam de menos
desenvolvidos, não devem crescer’’, salienta o bispo, apoiado em princípios bíblicos.
Uma posição pessoal manifestada antes de a Associação dos Médicos de Angola ter
repudiado a lei que proíbe na totalidade o aborto, através da revisão do Código Penal,
salientando que a mesma levaria à perda de vidas humanas de forma desnecessária e
irresponsável.