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Terapias Alternativas em

Estética e Cosmética
Material Teórico
Argiloterapia aplicada à Estética

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Me. Nathália Ruder Borçari

Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Argiloterapia aplicada à Estética

• Argiloterapia;
• Os Tipos de Argilas e suas Cores;
• Modo de Preparo, Cuidados e Contraindicações.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Introduzir os princípios fundamentais da argiloterapia;
• Proporcionar conhecimento apropriado da aplicabilidade da argiloterapia.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Argiloterapia aplicada à Estética

Argiloterapia
A técnica de argiloterapia corresponde ao uso de argila com fins terapêuticos
praticado na antiguidade. No Antigo Egito era muito comum para promover a con-
servação dos alimentos e o uso da terra. Além disso, uma das principais finalidades
do uso da argila, na antiguidade, era a medicinal (SUÁREZ et al., 2006).

A argila, mesmo há milhares de anos, já era utilizada para tratamentos de pele.


Cleópatra, rainha egípcia, se utilizava de máscaras de argila para conservar a pele
do rosto (DENAVERRE, 1975). Acredita-se que a mulher de Nero, imperador ro-
mano, desenvolveu a máscara facial para conservar a pele contra a ação do sol e
agressões diárias à base de argila (ZAGUE et al., 2007).

As argilas são materiais encontrados na terra (origem terrosa) que apresentam


em sua constituição partículas cristalinas e grânulos muito finos, formadas quimica-
mente por alumínio, ferro, magnésio, entre outros elementos (BONOTTO, 2009;
SANTOS, 1989).

Os elementos cristalinos presentes nas argilas manifestam-se energeticamente


nas mais diversas formas, uma vez que possuem carga elétrica, luz, pressão e ca-
lor. Essas energias influenciam o corpo humano, modificando seus padrões vibra-
cionais, o que lhes confere características próprias para sua utilização (LOPES e
MEDEIROS, 2014).

A emissão dessas ondas energéticas age sobre o sistema nervoso central e sobre
as emoções, além de equilibrar os padrões eletroquímicos do ser humano. Esses
minerais, em contato com a pele, resultam em alterações químicas no metabolismo
humano (LOPES e MEDEIROS, 2014).

Os efeitos terapêuticos causados pela aplicação das argilas são muitos. Elas
apresentam propriedades antisséptica, analgésica, desintoxicante, mineralizante,
anti-inflamatória, bactericida e cicatrizante, além de equilibrar o indivíduo energeti-
camente (MEDEIROS, 2013).

Seus diversos tipos trazem diversos benefícios, como alívio e tratamento em con-
tusões, esforço físico excessivo, má postura, patologias degenerativas, processos in-
flamatórios, lesões superficiais, revitalização do corpo, processos dérmicos e diges-
tivos, distúrbios circulatórios e linfáticos, desequilíbrios geniturinários e respiratórios,
quadros de estresse, problemas cardíacos e traumas musculares (MEDEIROS, 2013).

Os Tipos de Argilas e suas Cores


A partir do nosso solo, é possível extrair a argila e se utilizar de suas proprie-
dades terapêuticas. A riqueza e fertilidade da nossa terra permitem a formação de
diversos tipos de argilas com composições e cores diferentes, contribuindo para a
diferenciação entre si, cada uma com as suas particularidades no que diz respeito
aos seus fins terapêuticos (MEDEIROS, 2013).

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A variedade de cores das argilas resulta das características climáticas e ambien-
tais, do pH do solo, da presença de impurezas e de metais ativos e reativos, entre
outros fatores, durante as suas formações (LOPES e MEDEIROS, 2014).

As diversas cores das argilas são resultantes das várias ondas eletromagnéticas
constituintes da luz. Ao aplicar uma argila de cor específica em determinado ponto
da pele, haverá uma ressonância de frequências, ou seja, o organismo humano
receberá influências energéticas da frequência emitida pela argila, desencadeando
diversos efeitos terapêuticos, como a produção de diversos hormônios. Ao receber
este estímulo gerado pelo uso da argila, o organismo retorna ao equilíbrio ener-
gético, restabelecendo as funções do órgão estimulado (PÉREZ e GÓMEZ, 2001).

Os nossos órgãos possuem frequências saudáveis e adequadas ao seu correto


funcionamento, portanto o processo de doença se dá devido a alterações dessas
frequências. Assim, a argiloterapia é uma prática muito adequada, uma vez que é
capaz de alterar ou manter as vibrações do corpo em uma frequência que resulta
em bem-estar (AMBER, 1992).

Visto isso, para a aplicabilidade das argilas, tendo em conta que há diversos
tipos e finalidades, é muito importante que o profissional seja qualificado e tenha
conhecimento suficiente para a identificação da argila mais apropriada para cada
condição, considerando sua cor e seus benefícios.

Veremos a seguir os tipos de argila e quais são seus efeitos terapêuticos, inclusi-
ve voltados para o uso estético.

Argila vermelha
Cada cor provoca uma sensação, um efeito diferente no organismo humano.
Uma terapia que estuda especificamente os efeitos da cor e se utiliza dos benefícios
causados por cada uma delas é a cromoterapia.

A argila vermelha, para a cromoterapia, é a cor que representa o elemento fogo,


o calor, o impulso, o que estimula a coragem e a força de vontade, despertando uma
ação (BONDS, 1999).

O vermelho estimula os músculos e as articulações enrijecidas, regula o fluxo


sanguíneo e vascular, a corrente sanguínea, o fluido da medula espinhal, o sistema
nervoso simpático, através do seu movimento, e auxilia na liberação das conges-
tões mucosas (AMBER, 1992; BONDS, 1999).

Na estética, por conta de sua ação reguladora do fluxo sanguíneo, ela garante
conforto e suavidade para peles sensíveis ou acometidas por telangiectasias, vários
pequenos vasos sanguíneos na pele e rosácea. Além de atuar na flacidez e ativar a
microcirculação (AMORIM e PIAZZA, 2015).

A argila vermelha deve ser evitada em condições de inflamação, febre, hiper-


tensão, pessoas nervosas, estressadas e irritadas, uma vez que essas condições se
relacionam com o excesso de energia, movimento e calor (AMBER, 1992).

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UNIDADE Argiloterapia aplicada à Estética

Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images

Além do efeito da cor, a argila vermelha apresenta minerais específicos, como óxi-
do de magnésio, sódio, óxido de ferro, óxido de cobre, óxido de potássio, ferro, co-
bre e cromo (GOPINATH et al., 2003), que promovem diversos efeitos terapêuticos.

Esta argila, por estimular a circulação sanguínea e os músculos, é muito utilizada


para ajudar na tosse, ativa o metabolismo, auxiliando no emagrecimento, e estimu-
la as pessoas preguiçosas. É muito utilizada para tratar lesões na pele, como pápu-
la, bolhas ou descamações causadas por desintoxicação, uma vez que promove o
efeito de drenagem e oxigenação da pele (HUARD, 2007).

O efeito especial de drenagem permite que esta argila seja muito utilizada na es-
tética facial em máscaras de rejuvenescimento, suavizando as linhas de expressão e
aumentando o brilho da pele. Em tratamento de estética corporal, ela pode ser em-
pregada na drenagem linfática por estimular as reduções de medidas e o movimento
dos fluidos, potencializando a drenagem (HUARD, 2007; MEDEIROS, 2013).

Argila amarela
A cor amarela, na cromoterapia, é considerada a cor da terra fértil, considera-
da a cor da eternidade. É uma cor que, quando utilizada na região intestinal, pro-
move a digestão de algum alimento que não foi digerido por completo ou alguma
emoção mal resolvida, atuando de forma muito eficaz nos problemas emocionais
(AMBER, 1992).

Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images

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Muitos dos seus efeitos se dão pela sua composição, com suas respectivas estru-
turas cristalinas: cálcio, cobre, manganês, ferro, magnésio e potássio (GOPINATH
et al., 2003).

É muito comum se utilizar do amarelo para remoção de toxinas, prisão de ven-


tre, constipação, auxiliando no controle de peso (CORVO e BONDS, 1997).

O cuidado que deve se tomar diz respeito à indicação desta argila. Geralmente,
não se recomenda o uso da argila amarela em casos de delírios, diarreia, febre,
inflamações agudas, nevralgias e palpitações do coração (AMBER, 1992).

A aplicação desta argila na estética pode contribuir imensamente para a elimina-


ção de toxinas, auxiliando na circulação sanguínea, ativando o sistema linfático, au-
xiliando na diminuição do edema e da celulite (hidrolipodistrofia ginoide) (CORVO
e BONDS, 1997).

De acordo com o Periódico de Documentação Profissional em Estética (2004), a


argila amarela exerce papel importante na nutrição e na reconstituição celular, re-
tardando o processo de envelhecimento precoce, nutrindo, hidratando e tonifican-
do a pele. É muito indicada para peles pós-verão, uma vez que auxilia na remoção
de manchas por exposição excessiva ao sol (AMORIM e PIAZZA, 2015).

Argila verde
A cor verde simboliza a cor da esperança, mas na cromoterapia ela simboliza
mais do que isso. Esta cor, por ser calmante, auxilia no alívio das emoções negati-
vas, no estresse mental, estimula a clareza mental e permite julgamentos corretos.
Por conta desses benefícios, é uma cor de argila muito utilizada para pessoas que
estão cansadas, sofrem com insônia ou irritabilidade, dores de cabeça e para aque-
les que são indecisos, favorecendo a tomada de decisão (CORVO e BONDS, 1997;
BONDS, 1999).

Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images

Na composição da argila verde, destacam-se os elementos óxido de sódio, zin-


co, monóxido de potássio, óxido de alumínio, magnésio, manganês, cobre, alumí-
nio, silício, molibdênio, óxido de titânio, lítio, sódio e potássio (GOPINATH et al.,
2003). Esta composição estimula alguns efeitos biológicos, como o controle da
pressão sanguínea e problemas hepáticos (CORVO e BONDS, 1997).

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A argila verde é uma das mais empregadas nas clínicas por ser uma cor neutra, mas
vai muito além disso, uma vez que trata distúrbios respiratórios, inflamatórios crônicos,
como dores cervicais, lombares, bursites e processos ulcerativos (MEDEIROS, 2013).

Na estética, a argila verde apresenta efeitos muito importantes, uma vez que me-
lhora a circulação sanguínea e linfática. Ela tem um efeito desintoxicante, promove
um efeito adstringente capaz de controlar a oleosidade da pele e do cabelo e é
considerada um esfoliante natural, sendo muito indicada para tratamentos de pele
acneica (Periódico de Documentação Profissional em Estética, 2004; MEDEIROS,
2013). Por apresentar grande eficiência no tratamento para a flacidez, é muito
recomendada para o tratamento da hidrolipodistrofia ginoide (celulite) (AMORIM e
PIAZZA, 2015).

Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images

A argila verde é muito utilizada para tratamento capilar contra a queda de cabelo, calvície
Explor

e a oleosidade. Veja no link a seguir uma ótima aplicabilidade desta argila no tratamento
capilar: https://youtu.be/9dV5vaJV2xw.

Argila branca
A cor branca também é uma cor muito conhecida por simbolizar a paz e a pu-
reza. Por ser uma cor luminosa, é considerada a cor que esclarece o que estava
obscuro e estimula a tranquilidade (BONDS, 1999). Proveniente da transformação
de rochas lavadas da água da chuva, sua coloração deve-se à ausência de alguns
compostos (AMORIM e PIAZZA, 2015).

Figura 5
Fonte: iStock/Getty Images

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Diversas estruturas compõem a argila branca, como o alumínio, óxido de mag-
nésio, óxido de cálcio, enxofre, ferro, boro, potássio, cálcio, silício e óxido de
enxofre. Pela cor branca representar todas as cores em uma só, suas funções fisio-
lógicas são as mesmas citadas anteriormente nas argilas verde, vermelha e amarela
(GOPINATH et al., 2003).

Por apresentar em sua composição o alumínio, umas das principais proprieda-


des dessa argila é a característica cicatrizante (AMORIM e PIAZZA, 2015).

Esta argila é considerada suave, portanto ameniza diversos efeitos. A presença


do óxido de silício em sua constituição química estimula a pele para a produção de
colágeno e elastina, conferindo uma pele mais resistente, tonificada e, portanto,
conferindo um aspecto harmônico (TUROVELSKY, 2005).

Além dos benefícios estéticos vistos acima, por auxiliar no aporte sanguíneo e de
oxigênio, facilitando a circulação e nutrindo a pele (TUROVELSKY, 2005; AMORIM
e PIAZZA, 2015), ela também promove a suavização de rugas, linhas de expressão,
promove o clareamento de manchas causadas pela exposição ao sol (MEDEIROS,
2013), controla o processo acneico e o tônus da pele (AMORIM e PIAZZA, 2015).

Você Sabia? Importante!

O uso da argiloterapia pode ser enriquecido com os efeitos dos óleos essenciais, produtos
muito utilizados na aromaterapia. Os óleos essenciais extraídos das plantas produzem
diversos efeitos terapêuticos que podem ser combinados com os efeitos específicos de
cada argila. Podemos preparar uma máscara de argila branca que controla oleosidade e
é um tonificante da pele misturando a argila ao óleo essencial de lavanda, por exemplo,
pois atua nas linhas de expressão e serve como tônico para limpar a pele do excesso de
poluição, maquiagem e, principalmente, da oleosidade.

Argila rosa
Na cromoterapia, o rosa permite o relaxamento do corpo físico, além de nos
preparar para reagir. É considerada a cor do apoio e do se sentir preenchido (BON-
DS, 1999). Esta cor harmoniza conflitos entre razão e emoção, autovalorização,
trazendo conforto, coragem e foco (HUARD, 2007).

Figura 6
Fonte: iStock/Getty Images

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Ela é composta por elementos como o óxido ferroso III, sódio e óxido de co-
bre. Por ser constituída de duas cores, a vermelha e a branca, seus efeitos fisio-
lógicos compreendem os mesmos promovidos pela argila vermelha (GOPINATH
et al., 2003).

Essa mistura da argila rosa confere propriedade de tonificação da pele, promo-


vendo elasticidade, realçando o brilho da pele e a maciez, além de ser emoliente,
relaxante e antioxidante (MEDEIROS, 2013), muito recomendada para peles secas
e sensíveis (AMORIM e PIAZZA, 2015).

Argila cinza
A cor cinza é uma cor que ajuda no controle das explosões emocionais, na es-
tabilização emocional, emprestando força para a pessoa que se sente vulnerável a
modificar uma situação desesperadora (BONDS, 1999).

A argila cinza é formada por estruturas como a sílica e óxido de zinco, os


­mesmos elementos que compõem a argila verde e, portanto, apresentam as mes-
mas ações fisiológicas, como auxiliar no controle da pressão sanguínea, proble-
mas hepáticos e distúrbios respiratórios (CORVO e BONDS, 1997; GOPINATH
et al., 2003).

Figura 7
Fonte: iStock/Getty Images

A argila cinza contribui no combate de radicais livres e auxilia no tratamento de dis-


túrbios tireoidianos e do sistema reprodutor masculino e feminino (MEDEIROS, 2013).

A respeito de cuidados estéticos, a argila cinza é comumente usada para con-


trolar a seborreia em tratamentos capilares e tem um efeito descongestionante,
favorecendo a reconstituição da pele (HUARD, 2007).

Argila preta
O preto tem um simbolismo muito resistente, compreendido pelo seu aspecto
frio e negativo. A vibração desta cor preta indica um fim, mas é dela que tudo re-
começa (BONDS, 1999).

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Os elementos que compõem esta argila são o alumínio, titânio, magnésio, zinco,
ferro e enxofre (GOPINATH et al., 2003).

Figura 8
Fonte: iStock/Getty Images

Proveniente da mistura de materiais orgânicos com água, a argila preta apre-


senta efeitos adstringentes, anti-inflamatórios, descongestionantes e cicatrizantes,
é antisséptica e ativa a circulação sanguínea (MEDEIROS, 2013).

A argila preta tem uma textura aparentemente gordurosa, deve-se acrescentar


água aos poucos por diluir com facilidade (MEDEIROS, 2013).

Em Síntese Importante!

Para a escolha da cor de argila correta, devem-se reconhecer, inicialmente, os aspectos


da pele e as características de cada tipo de argila. Somente desta forma a argila correta
será escolhida, alcançado um efeito terapêutico e estético mais adequado.

Modo de Preparo, Cuidados


e Contraindicações
O preparo da argila consiste na sua mistura com água para aplicação diretamen-
te na pele. No universo estético, em algumas disfunções, como acne e dermatite
seborreica, recomenda-se o uso de água quente, uma vez que propicia a perspira-
ção, perda normal de suor fora da prática de exercícios, permitindo a eliminação
de substâncias como ureia, cloro, sódio e potássio, ativando a troca metabólica e a
excreção de resíduos pelo corpo (ZAGUE et. al., 2007).

Para o modo de preparo da argila, seja para uso facial ou corporal, são funda-
mentais alguns passos, como é possível observar a seguir, para a boa eficácia do
tratamento, lembrando que algumas modificações podem ser necessárias confor-
me a composição química e as recomendações do fabricante.

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UNIDADE Argiloterapia aplicada à Estética

1. Colocar a argila em um recipiente de vidro;


2. Adicionar lentamente água mineral misturando com colher de madeira ou
plástico até formar uma pasta homogênea;
3. Higienizar a pele;
4. Aplicar na área desejada com os dedos ou pincel;
5. Deixar agir por 15 a 30 minutos (seja facial ou corporal);
6. Remover com água.

As argilas, independentemente de qualquer cor, devem ser conservadas em am-


bientes claros, frescos e secos.

Mesmo a argila não sendo perigosa, al-


guns cuidados devem ser tomados. É muito O uso diário da argila não é reco-
mendado, uma vez que provoca o
comum as pessoas realizarem a autoaplica- ressecamento, lesões e/ou hiper-
ção da argila na sua rotina, mas é sempre pigmentação da pele.
recomendado que a argiloterapia seja realiza-
da por profissionais capacitados para aplicar a argila, considerando as principais
queixas do paciente, bem como reconhecer as contraindicações.

Vimos que há algumas contraindicações por conta da composição química de


determinadas argilas, mas de uma maneira geral esta técnica é contraindicada para
pessoas hipertensas, com condição acentuada de constipação e após sessões de
raios-X (AMORIM e PIAZZA, 2015).

Querido(a) aluno(a), gostou desta viagem? Como foi conhecer os tipos de argilas
e seus diversos benefícios terapêuticos e estéticos?

Acredito que foi possível observar que o profissional dedicado ao uso da argilote-
rapia precisa estar capacitado para que os melhores resultados sejam concretizados.

Agora estamos chegando na reta final dessa longa viagem. Faremos nossa últi-
ma decolagem para nos aventurarmos em áreas ricas pela natureza e o que ela tem
de melhor a nos oferecer. Preparados? Venham comigo nessa!

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
Máscara anti-idade de argila branca WNF – Óleos essenciais
https://youtu.be/MMqysyqPEac
Programa Você Bonita – Benefícios da argila para a pele
https://youtu.be/2kyy09JD2Q4

Leitura
Uso da argila no tratamento preventivo da acne na adolescência
Maier, M. C; Rene, M.; Lubi, N. Uso da argila no tratamento preventivo da acne
na adolescência. 2017. Acesso em: 9 jan. 2019.
https://goo.gl/RzmMnc
Saiba como usar argila no rosto e cabelo, seus tipos e benefícios
Saiba como usar argila no rosto e cabelo, seus tipos e benefícios. Acesso em: 9
jan. 2019.
https://goo.gl/dsY2MC

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Referências
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AMORIM, M. I; PIAZZA, F. C. P. Uso das argilas na estética facial e corporal.


Universidade do Vale do Itajaí, 2015. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/
pdf/monthana%20imai%20de%20amorim.pdf>. Acesso em: 09 jan. 2019.

BONDS, L. V. A cura pelas cores. Tradução de Marilene Tombini. Rio de Janeiro:


Bertrand Brasil, 1999.

BONOTTO, D. M. Geoquímica do urânio aplicada às águas minerais. São


Paulo: UNESP, 2009.

CORVO, J; BONDS, L. V. O poder de cura da Cromozonoterapia: e como


ela pode ajudar você. Tradução de Rosa Maria de Freitas Fernandes. São Paulo:
Copyright, 1997.

DENAVERRE, M. Face masks. In: DENAVERRE, M. The chemistry and


­manufacture of cosmetics. 32 ed. Orlando: Continental Press, 1975.

GOPINATH, T. R; CRUZ, V. C. A; FREITE, J. A. Estudo comparativo da com-


posição química e as variedades das argilas bentoníticas da região da Boa Vista,
Paraíba. Revista de Geologia, vol. 16, nº 1, 35-18, 2003.

HUARD, L. A argila ao serviço do corpo. Portugal: Europa-America, 2007.

LOPES, L. F. M; MEDEIROS, G. M. S. Argilas medicinais: potencial simbólico


e propriedades terapêuticas das argilas em suas diversas cores. 2014. Disponí­vel
em: <http://www.nucleogra.com.br/wp-content/uploads/2014/03/Argilas-
Medicinais-Potencial-Simbolico-e-Propriedades.pdf>. Acesso em: 9 jan. 2019.

MEDEIROS, G. M. S. O poder da argila medicinal: princípios teóricos, procedi-


mentos terapêuticos e relatos de experiências clínicas. Blumenau: Nova Letra, 2013.

PÉREZ, A. R; GÓMEZ, J. A. A. Uso terapéutico del color como método tradicio-


nal. Instituto Superior de Ciencias Médicas de La Habana, Facultad Hospital
Docente General Calixto García. Havana, Cuba. Rev Cubana Enfermer, 2001;
17(3)163-67. Disponível em: <http://www.bvs.sld.cu/revistas/enf/vol17_3_01/
enf04301.htm>. Acesso em: 9 jan. 2019.

Periódico de Documentação Profissional em Estética. Vida e Estética. Rio de


Janeiro-RJ: Editores Luiz Fernando Lomba e Luiz Marcos Lomba, 2004.

SANTOS, P. S. Ciência e tecnologia de argilas. 2. ed São Paulo: Edgar


Blücher, 1989.

SUÁREZ, M.; VICENTE, M. A.; RIVES, V.; SÁNCHEZ, M. J. Materiales arcillosos­:


de la geología a las nuevas aplicaciones. Salamanca: Verona, 2006. Disponí-
vel em: <http://www.fundacionbilbilis.es/pdf/peloides2006lopezgalindo.pdf>.
Acesso em: 9 jan. 2019.

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TUROVELSKY, H. Les nouvelles estéthique: os tratamentos estéticos para um
rosto luminoso e silhueta perfeita. Buenos Aires, 2005.

ZAGUE, V; SANTOS, V. A; BABY, A. R; VELASCO, M. V. R. Argilas: natureza


das máscaras faciais. Cosmetics & Toiletries. São Paulo, v. 19, jul. – ago., 2007.

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