Você está na página 1de 38

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

GRADUAÇÃO EM ENGENNHARIA MECÂNICA

Daniel Kagan Mendes


Leonardo Ribeiro da Silva
Rodrigo Macedo Lima

CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA DE ALUMINETOS DE FERRO DO TIPO Fe3Al


ATRAVÉS DE TRATAMENTOS TÉRMICOS

Trabalho de Conclusão de Curso

SÃO PAULO
2022
Daniel Kagan Mendes
Leonardo Ribeiro da Silva
Rodrigo Macedo Lima

CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA DE ALUMINETOS DE FERRO DO TIPO Fe3Al


ATRAVÉS DE TRATAMENTOS TÉRMICOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Banca Examinadora da Universidade São
Judas Tadeu, como parte dos requisitos ne-
cessários para obtenção do título de Gradua-
ção em Engenharia Mecânica.

Orientador: Igor Colado Porto Martins

SÃO PAULO
2022
Dedicatória. . .
O único lugar onde o sucesso vem antes do tra-
balho é no dicionário.
Resumo

Assim como o título, o resumo e o abstract do seu trabalho é a porta de entrada para
o leitor, além de dar uma visão geral do seu trabalho, deve despertar o interesse do mesmo.
Como o resumo e abstract possui uma quantidade de texto limitada, muitas pessoas tem
dificuldade em elaborar um texto conciso e interessante. Desta forma, vamos apresentar
uma técnica para facilitar a elaboração do resumo e o abstract que consiste em dividi-los
em cinco partes: contexto, objetivo, método, resultados e conclusão. Para mais informações
acesse nosso post sobre Abstract: https://blog.fastformat.co/5-passos-resumo-e-o-abstract/
Palavras-chave: Abstract. Resumo. ABNT.
Abstract

Assim como o título, o resumo e o abstract do seu trabalho é a porta de entrada para
o leitor, além de dar uma visão geral do seu trabalho, deve despertar o interesse do mesmo.
Como o resumo e abstract possui uma quantidade de texto limitada, muitas pessoas tem
dificuldade em elaborar um texto conciso e interessante. Desta forma, vamos apresentar
uma técnica para facilitar a elaboração do resumo e o abstract que consiste em dividi-los
em cinco partes: contexto, objetivo, método, resultados e conclusão. Para mais informações
acesse nosso post sobre Abstract: https://blog.fastformat.co/5-passos-resumo-e-o-abstract/
Keywords: Abstract. Resumo. ABNT.
Lista de ilustrações

Figura 1 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Figura 2 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Figura 3 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Figura 4 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Figura 5 – Forno de Alta Temperatura da Universidade São Judas Tadeu - Mooca. . 25
Figura 6 – Materiais Base Fe3Al e Fe3AlCr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Figura 7 – Serra Policorte da Universidade São Judas Tadeu . . . . . . . . . . . . 27
Figura 8 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Figura 9 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Figura 10 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Figura 11 – Hoster e nivelamento das peças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Lista de tabelas

Tabela 1 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Sumário

1 INTRODUÇÃO (corrigido Léo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10


1.1 Objetivos Gerais (corrigido Rodrigo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.2 Objetivos Específicos (corrigido Rodrigo) . . . . . . . . . . . . . . . 11

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.1 Ligas metálicas (Corrigido Daniel) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.2 Aplicação de ligas metálicas (Corrigido Daniel) . . . . . . . . . . . . 12
2.3 Tipos de ligas metálicas (Daniel) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.3.1 Ligas Metálicas Ferrosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.3.2 Ligas Metálicas não Ferrosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.4 Intermetálicos (corrigir e incluir informações Léo) . . . . . . . . . . . 13
2.5 Aluminetos de Ferro (corrigir leo rodrigao) . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.5.1 Comportamento Mecânico de Fe3Al e Fe Al. . . . . . . . . . . . . . . 15
2.5.2 Ductilidade e Comportamento Deslizante (propriedades fisicas?) . . . 16
2.5.3 Resistência à Corrosão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.6 Diagrama de Fases (Daniel) (adicionar mais informação) (léo) . . . . 18
2.7 Tratamentos Térmicos (Daniel) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.7.1 Solubilização (Daniel) OK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.7.2 Recozimento (rodrigao)(ok) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.7.3 Envelhecimento (Daniel) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.8 Metalografia ?? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

3 MATERIAIS E MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.1 Material . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.2 Método . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.2.1 Corte dos materiais (daniel) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.2.2 Tratamento térmico de solubilização e envelhecimento (daniel conti-
nuar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.2.3 Embutimento (rodrigo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.2.4 Lixamento (rodrigo). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.2.5 Metalografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.2.6 Durezas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.1 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.2 Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
10

1 INTRODUÇÃO (corrigido Léo)

Com o advento dos anos 50, houve um crescimento exponencial, por parte da
comunidade científica, no que se refere a procura de materiais metálicos e derivados. Sob
tal perspectiva, foi possível concluir que propriedades como elevada resistência mecânica,
baixa densidade e de comportamento não convencional em situações de alta temperatura e
alta corrosividade são capazes de apresentar soluções tecnológicas e até mesmo de baixo
custo de produção. Além disso, no que diz respeito ao desenvolvimento de materiais para
aplicações já consagradas no mercado como, por exemplo, alguns aços inoxidáveis, ligas
de cobre (Cu), de Titânio (Ti) e de Níquel (Ni), entre outros, caracterizam-se como eventuais
substitutos para criação dos chamados aluminetos de ferro. (BORGES, 2010; RAMIREZ,
2019; CALIXTO, 2010)
Os aluminetos de ferro, das bases Fe3Al e FeAl, são materiais da classe dos
intermetálicos ordenados, cujos compostos ou ligas de fases são formadas por dois, ou mais
elementos metálicos. Tais elementos metálicos com átomos de uma fase que ocupam pontos
específicos da rede cristalina de outra fase. (CALIXTO, 2010) Eles possuem propriedades
únicas com potenciais de desenvolvimento de novos materiais para uso estrutural, nos quais
estão relacionadas na capacidade dos aluminetos de ferro formarem escalas de proteção de
óxido de alumínio em ambientes oxidantes a temperaturas elevadas. (ZWILSKY; LANGER,
1992)
Além da excelente resistência à corrosão, os aluminetos oferecem baixo custo
de material, baixa densidade e conservação de elementos estratégicos. Entretanto, os
principais inconvenientes dos aluminetos são sua baixa ductilidade e resistência à fratura
à temperatura ambiente e sua baixa resistência a temperaturas acima de 600 °C (1110
°F). Recentemente, esforços consideráveis têm sido dedicados a compreender e melhorar
suas propriedades mecânicas através do controle da estrutura dos grãos, adições de ligas
e processamento de materiais. (ZWILSKY; LANGER, 1992)
O interesse pelos compostos intermetálicos e pelos aluminetos de ferro em particular,
não é novo. É neste contexto que o presente trabalho visa dar continuidade aos estudos
realizados até então por (RAMIREZ, 2019), nos quais foram determinados, os processos
de fundição dos compostos xxx, a fim de obter resultados importantes na substituição de
ligas mais nobres e com um poder de produção menor para diversas aplicações, muito
importantes e utilizadas até os dias atuais, descritas nos próximos capítulos.

1.1 Objetivos Gerais (corrigido Rodrigo)

O objetivo geral deste estudo consiste em realizar a caracterização microestrutural de


um alumineto de ferro com as bases Fe28Al e Fe28Al6Cr. Deverá ser realizado o tratamento
térmico dos mesmos a fim de melhorar suas características mecânicas. A ideia disso é que
Capítulo 1. INTRODUÇÃO (corrigido Léo) 11

obtenha as mesmas propriedades de ligas metálicas mais nobres como, por exemplo, as de
Titânio (Ti), porém com custos menores. A base deste estudo consiste na representação
da microestrutura e análise de durezas dos materiais para validação e compreensão dos
resultados.
Serão testados os processos térmicos em diferentes corpos de prova, para verificar
através das medições de dureza e metalografia do material, a eficácia dos tratamentos
térmicos determinados. Através destes testes, é esperado que as ligas melhorem suas
condições estruturais, além também de reduzir sua fragilidade e melhorar sua usinabilidade.
Com isso será possível obter uma liga de boas propriedades e baixo custo, o que é muito
visado pelo mercado.

1.2 Objetivos Específicos (corrigido Rodrigo)

Através dos materiais e equipamentos disponíveis na Universidade São Judas Tadeu


(USJT) e no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares de São Paulo (IPEN-SP), e com
base nos estudos prévios sobre o tema, será possível aplicar estes conceitos já estudados
nestas ligas intermetálicas e assim, como objetivos específicos:

• Analisar a micro estrutura do material ;

• Aplicar as técnicas de tratamentos térmicos estudados (solubilização e envelheci-


mento);

• Realizar ensaios de dureza para avaliar a resistência de penetração;

• Realizar a metalografia dos materiais;

• Realizar o comparativo entre os resultados iniciais e com os pós-tratamentos térmi-


cos;

• Por fim, comparar com outras ligas de mesmas propriedades, como o Titânio, de
modo a definir seus pontos positivos quanto aos resultados obtidos.
12

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Ligas metálicas (Corrigido Daniel)

As ligas metálicas podem ser definidas como uma mistura de dois ou mais elementos,
dos quais um deles obrigatoriamente necessita ser um metal. Elas são desenvolvidas por
meio do aquecimento de seus elementos, chegando até seus pontos de fusão, formando
então uma mistura homogênea, sendo posteriormente resfriada até sua solidificação.
Existem diversos processos industriais para obtenção de uma liga metálica como,
por exemplo, a compressão, cujos elementos que possuem altos pontos de fusão, são
submetidos a altas pressões, facilitando sua fundição. Neste processo, os elementos
químicos são adicionados em um forno ou caldeira, nos quais a temperatura é elevada até
o ponto de fusão desses materiais.
A indústria utiliza atualmente o processo eletrolítico, em menor escala devido a sua
complexidade, além de altos custos para obtenção de uma liga metálica.
As ligas metálicas apresentam diversas características essenciais para a indústria
tais como, resistência a corrosão, condutividade térmica, temperatura de fusão, resistência
mecânica (FULCO; BISPO; SANCHEZ, ; GULHÁEU, 1977; UFPR, 2017).

2.2 Aplicação de ligas metálicas (Corrigido Daniel)

A primeira liga metálica foi desenvolvida por volta de cinco mil anos atrás, conhecida
historicamente como a Idade do Bronze. Na ocasião, foi desenvolvida inicialmente uma
liga de bronze, constituída de cobre (Cu) e estanho (Sn). As civilizações desta época
fabricavam diversos utensílios com esta mistura metálica. A liga de bronze era muito comum
em questões de utilização devido às características de boa resistência mecânica e de
ductilidade.
As ligas metálicas estão amplamente difundidas em nossos cotidianos. Desde um
objeto simples, como uma torneira de bronze, até peças de alta complexidade, como uma
turbina de avião, fabricada com ligas de titânio (Ti). Elas possuem ampla aplicação na
indústria, utilizadas em larga escala para diversos processos industriais. A alta utilização
dessas ligas se deve as propriedades singulares.
Pode-se citar alguns exemplos para estas aplicações como, por exemplo, o uso
do latão para a fabricação de diversos instrumentos musicais, tubos e torneiras, devido
sua alta maleabilidade. Há também o aço inoxidável, utilizado em diversas estruturas
com características de proteção contra corrosões. A amálgama, amplamente usada em
obturações dentarias. O bronze usado na produção de estátuas, sinos, moedas entre outros,
devido à alta resistência ao desgaste por fricção. O aço usado em diversas construções e
estruturas, pois resiste a alta força de tração, característica essencial para diversos projetos
e construções, como pontes, prédios, andaimes, entre outros (GULHÁEU, 1977; FULCO;
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 13

BISPO; SANCHEZ, ; UFPR, 2017).

2.3 Tipos de ligas metálicas (Daniel)

Atualmente, as ligas metálicas estão divididas em duas familias: ferrosas e não


ferrosas, com características únicas para determinadas aplicações.

2.3.1 Ligas Metálicas Ferrosas

Ligas metálicas ferrosas são ligas que apresentam o elemento ferro (Fe) como
o principal constituinte, onde apresentam maior facilidade a corrosão. Elas podem ser
divididas em três tipos:

• Aços com baixa concentração de carbono: Com concentração pequena de 0,25%


de carbono em sua composição, e como consequência, ligas dúcteis e alta capaci-
dade de soldagem (MAGALHAES, 2021; UFPR, 2017).

• Aços com média de concentração de carbono: Com concentração entre 0,25% e


0,60% de carbono em sua composição, possuindo resistência mecânica elevada e
resistência a abrasão e tenacidade (MAGALHAES, 2021; UFPR, 2017).

• Aços com alta concentração de carbono: Com concentração de 0,60% até 1,40%
de carbono em sua composição, tornando-se uma liga resistente, porém frágil dentre
todos o menos dúctil. Alguns exemplos desse tipo de liga de aços: ferro fundido e
aços (ferro (Fe) e Carbono (C)) (MAGALHAES, 2021; UFPR, 2017).

2.3.2 Ligas Metálicas não Ferrosas

Ligas metálicas não ferrosas são ligas que não apresentam o elemento ferro (Fe).
Neste caso, apresentam melhor resistência a corrosão, resistência ao desgaste, condução
térmica, além de peso reduzido para determinadas ligas. Alguns exemplos deste tipo de liga
são: ligas de bronze, cobre, magnésio, titânio, alumínio e latão, entre outras (MAGALHAES,
2021; UFPR, 2017).

2.4 Intermetálicos (corrigir e incluir informações Léo)

Os intermetálicos são compostos formando uma liga geralmente, constituídos por


dois ou mais elementos metálicos, resultando em uma forte ligação de átomos e relações
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 14

bem definidas formadas por ligações metálicas ou covalentes.(KOTTCAMP; LANGER, 1992)


Essas ligações podem sofrer influências conforme modificações do sistema, resultando em
variações microestruturais nas suas características de tenacidade e ductilidade. Compostos
com baixa densidade e boa resistência mecânica, corrosão e oxidação, são de grande
procura para as indústrias, aumentando a vida útil e reduzindo custos de manutenção de
vários sistemas, principalmente em ambientes específicos de corrosão (CALIXTO, 2010).
Sua estrutura cristalina é composta por ordenamento de longo alcance ocupando
posições específicas e únicas na estrutura cristalina, a força de ligação dos átomos é
dessemelhante a de átomos semelhantes, e seu ordenamento pode variar no intervalo
da temperatura de fusão até temperaturas mais baixas (ADEVA, 1999). Grande parte dos
metais da tabela periódica se cristalizam em estruturas CFC (Cúbicas de Faces Centra-
das), CCC (Cúbicas de Corpo Centrado) ou HC (Hexagonal Compactas). Sendo assim,
é possível formar estruturas com diversas propriedades físicas, a fim de serem utilizadas
nas mais modernas aplicações, substituindo os aços, latões entre outras ligas na indústria.
(PÖTTGEN; JOHRENDT, 2014)

Figura 1 – Legenda

123

2.5 Aluminetos de Ferro (corrigir leo rodrigao)

São intermetálicos de grande energia de ligação entre seus átomos, que faz com que
seus átomos se desloquem menos com isso uma maior resistência a deformações plásticas
em altas temperaturas. Por essa característica o interesse de aplicações estruturais em
altas temperaturas tem aumentando a visibilidade desta liga, podendo substituir ligas com
elementos como cobalto, cromo e níquel. (RAMIREZ, 2019)
Sua densidade reduzida em relação a aços inoxidáveis e sua resistência a corrosão
são características desta liga, podendo oferecer melhor relação ente peso e resistência, e
também é um material mais abundante na natureza, resultando em um material mais barato.
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 15

Essa liga possui melhor resistência a sulfetação comparando com ligas de níquel ou ferro e
boa resistividade elétrica que escala com a temperatura.(S.C.DEEVI; V.K.SIKKA, 1996)
continuar. . .

2.5.1 Comportamento Mecânico de Fe3Al e Fe Al.

Os aluminetos mostram baixa ductilidade e fratura frágil à temperatura ambiente e


seu modo de fratura depende da concentração de alumínio. Os aluminetos contendo menos
de 40 a.% de Al exibem principalmente fratura de clivagem transgranular, enquanto aqueles
com mais de 40% de Al mostram essencialmente fratura intergranular frágil. O modo de
fratura é também sensível a outros parâmetros como o tamanho do grão e as impurezas.
FeAl (25 a.% Al) foi reportado a fratura intergranular quando contém excesso de carbono.
Além disso, algumas ligas de Fe Al com menos de 40% de Al apresentam fratura do limite
do grão quando preparadas por técnicas P/M e contaminadas com oxigênio (Ref 128).
As propriedades mecânicas dos aluminetos de ferro têm sido caracterizadas como
funções da temperatura de teste e composição da liga em vários estudos Em geral, a
resistência de cedência não é sensível a temperaturas abaixo de 600 a 650 °C (1110 a 1200
°F); acima dessa faixa de temperatura, a resistência mostra uma queda acentuada com a
temperatura. Para materiais intermediários e de grão grosso, os aluminetos com menos de
40% Al geralmente mostram um pequeno aumento na resistência de escoamento com a
temperatura, com a resistência atingindo um pico a temperaturas de cerca de 550 a 650
°C (1020 a 1200 °F). Para os aluminetos com níveis mais altos de alumínio, o aumento na
força de escoamento é suprimido, possivelmente devido ao deslizamento dos limites de
grão a temperaturas elevadas.
A resistência de cedência de FeAl que contém aproximadamente 25 a.% Al é
bastante elevada (550 a 700 MPa, ou 80 a 100 ksi) devido à baixa mobilidade dos des-
locamentos individuais e ao reforço das partículas devido à presença de uma fase bcc
desordenada. A resistência diminui com o aumento da concentração de alumínio e atinge
um teor mínimo de alumínio de cerca de 30%. Com o aumento adicional da concentração
de alumínio, a resistência mostra um aumento moderado. Ao contrário do Ni Al, o alumineto
de Fe Al mostra um aumento substancial na resistência e dureza, quando se aproxima de
uma composição estequiométrica (Fig. 12). A causa para este comportamento diferente
não é bem compreendida atualmente.
O comportamento de fadiga e crescimento de fissuras da Fe Al ligas foram estudadas
como funções de concentração de alumínio (23,7 a 28,7 a.% Al) e temperatura de teste (20
a 600 °C, ou 70 a 1110 °F). À temperatura ambiente, a liga hiperstoíquimica com 28,7% de
Al tem melhor resistência à fadiga que a liga hipostoíquimica com 23,7% de Al. As melhores
propriedades de fadiga das ligas de alumínio superior têm sido atribuídas à presença de
superdislocações, que fazem com que a iniciação de fissuras seja mais difícil do que na liga
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 16

hipostoi-hiométrica

2.5.2 Ductilidade e Comportamento Deslizante (propriedades fisicas?)

Em termos de ductilidade, os aluminetos com menos de 40% de Al têm um alon-


gamento de tensão à temperatura ambiente de cerca de 2 a 4% para materiais de grãos
grossos (ou seja, materiais com granulometria de 150 a 200 μm) (Ref. 28). O alongamento
aumenta para 6 a 8% quando a estrutura do grão é refinada (Ref 134, 135), indicando o
efeito do tamanho do grão sobre a ductilidade. Um estudo recente constatou que a ductili-
dade do FeAl com 40% de Al foi substancialmente melhorada pela liga mecânica (Ref 136);
a liga mecânica provavelmente reduziu o tamanho do grão, reduzindo assim a tendência à
fratura intergranular frágil. A ductilidade dos aluminetos com até 30% de Al aumenta com a
temperatura de teste e atinge mais de 40% a 600 °C (1110 °F). Aluminetos com mais de
35% de Al mostram uma diminuição na ductilidade acima de 600 °C (1110 °F) e atingem
uma ductilidade mínima em torno de 750 °C (1380 °F). Acredita-se que a diminuição da
ductilidade seja causada pela cavitação na região limite do grão quando os aluminetos são
testados sob tensão (Ref 127, 128).
Os aluminetos, como o ferro e os aços, escorregam por deslocamentos à temperatura
ambiente. No entanto, o deslizamento muda para {100} tipo a temperaturas elevadas. A
transição depende da concentração de alumínio, com uma tendência geral de diminuição da
temperatura de transição com aumento do nível de alumínio. Por exemplo, foi reportada uma
temperatura de transição de cerca de 1000 °C (1830 °F) para a liga Al 35%; a temperatura
de transição foi inferior a 400 °C (750 °F) para a liga Al 50% (Ref 137). Não há nenhuma
mudança brusca na ductilidade em torno da temperatura de transição.
Embriaguez Ambiental. Durante mais de 40 anos, sabe-se que os aluminetos de
ferro são frágeis à temperatura ambiente; no entanto, a principal causa da fragilidade
só recentemente foi identificada. Os pesquisadores descobriram que os aluminetos são
intrinsecamente bastante dúcteis e que a fraca ductilidade comumente observada nos testes
de ar é devida a um efeito extrínseco - fragilização ambiental (Ref. 28, 29). Os dados na Fig.
18 e na Tabela 2 indicam o efeito do ambiente de ensaio sobre as propriedades de tracção
do FeAl (36,5% Al) e do Fe3 Al (28% Al). A resistência à tração não é sensível ao ambiente,
mas a resistência à tração final é geralmente correlacionada com a ductilidade de tração,
que depende fortemente do ambiente de teste. Os Aluminetos testados no ar tiveram uma
ductilidade de 2 a 4%. FeAl testado em oxigênio seco teve uma ductilidade de 17,6%, e Fe3
Al testado em vácuo e oxigênio seco teve uma ductilidade de 12 a 13%. O teste de vapor de
água confirmou a baixa ductilidade encontrada nos testes de ar, indicando que a umidade
no ar é o agente embalsamador.
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 17

Figura 2 – Legenda

Espera-se que a fragilização envolva a seguinte reação química em superfícies


metálicas: 2Al + 3H2 O Al2 O3 + 6H+ + 6eA reação do vapor de água com átomos de
alumínio nas pontas das fissuras resulta na formação de hidrogênio atômico que se propaga
para o metal e provoca a propagação da fissura. O facto de a resistência ao escoamento
(Tabela 2) ser insensível à ductilidade e ao ambiente de ensaio é consistente com os
mecanismos de fragilização por hidrogénio observados em outras ligas intermetálicas
ordenadas (Ref 139, 140, 141, 142, 143, 144, 145, 146, 147). O hidrogénio molecular causa
muito menos fragilização nos aluminetos, possivelmente devido à sua menor atividade em
comparação com a do hidrogênio atômico produzido a partir da reação de vapor de água.
(limite de escoamento procurar fonte ***)

Um recente desenho de liga de Fe3Al mostrou que a ductilidade do alumineto prepa-


rado por fusão e fundição e fabricado por laminação a quente pode ser substancialmente
melhorada aumentando o conteúdo de alumínio de 25 para 28 ou 30 a.% e adicionando
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 18

cromo a um nível de 2 a 6%. O aumento na concentração de alumínio diminui drastica-


mente a resistência ao escoamento do alumineto. O efeito benéfico do cromo pode vir da
modificação da composição da superfície e da redução do vapor de água e da reação do
átomo de alumínio, ou seja, da redução da fragilização ambiental

2.5.3 Resistência à Corrosão.

Outras propriedades dos aluminetos de ferro, incluindo a soldabilidade e a resistência


à corrosão, foram caracterizadas de forma limitada. Fe3 Al é soldável com controle cuidadoso
dos parâmetros de soldagem e pequenas adições de ligas. As adições de TiB2 promovem
rachaduras quentes e são prejudiciais à soldabilidade de Fe3 Al aluminetos. Soldas sólidas
foram alcançadas em Fe3 Al ligas que utilizam tanto feixe de elétrons quanto tungstênio
gasoso são processos de soldagem. Os aluminetos de ferro são altamente resistentes à
oxidação e sulfidação a temperaturas elevadas (Ref 123, 124, 125, 126). Esta resistência
deriva da capacidade dos aluminetos de formar escalas altamente protetoras Al2 O3 . A
resistência à oxidação geralmente aumenta com o aumento do conteúdo de alumínio; os
principais produtos são α-Al2 O3 e quantidades vestigiais de óxidos de ferro quando os
aluminetos são oxidados a temperaturas acima de 900 °C (1650 °F) (Ref 123). A oxidação
cíclica da liga Fe-40Al com até 1 a.% Hf, Zr e B produziu pouca degradação a temperaturas
de até 1000 °C (1830 °F) (ZWILSKY; LANGER, 1992) (C.DEEVI, 2021).

2.6 Diagrama de Fases (Daniel) (adicionar mais informação) (léo)

O diagrama de fases relaciona a composição química do material, temperatura,


pressão e quantidade de fases. Existe uma correlação importante entre a propriedade
mecânica e microestrutura.
A microestrutura de uma liga esta diretamente associada as características do seu
diagrama de fases, pois, este oferece diversos dados, tais como, ponto de fusão e fundição,
cristalização,pressão, composição química (porcentagem de um elemento químico na liga
metalica) entre outros. Estas características estão correlacionadas a forma da microestrutura
do material.
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 19

Figura 3 – Legenda

2.7 Tratamentos Térmicos (Daniel)

O tratamento térmico pode ser definido como uma série de procedimentos de


aquecimento ou resfriamento, em aços ou ligas metálicas. O tratamento térmico geralmente,
é aplicado em um metal ou liga metálica,com o objetivo de alterar alguma propriedade do
material metálico, como por exemplo: remoção de tensões, modificar a dureza (possibilitando
melhorias durante a usinagem), alterar as propriedades mecânicas (resistência, ductilidade,
entre outras), microestrutura definida, entre outros.
O tratamento térmico pode ser influenciado por diversos fatores, entre eles: veloci-
dade de resfriamento, temperatura atmosférica, modelo de forno utilizado, entre outros.
O tratamento térmico geralmente, é aplicado em um metal ou liga metálica, quando
se quer mudar alguma propriedade do material metálico, como por exemplo: remoção
de tensões, modificar a dureza (possibilitando melhorias durante a usinagem), alterar as
propriedades mecânicas (resistência, ductilidade, entre outras), microestrutura definida,
entre outros
O tratamento térmico igualmente, auxilia em diversas características quando aplicado,
por exexmplo:

• Aumento na resistência mecânica

• Redução do desgaste

• Maior usinabilidade
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 20

Existem diversas categorias de tratamentos térmicos para os metais e ligas metáli-


cas, os mais comuns são: recozimento, normalização, austêmpera, martêmpera, têmpera,
revenido, cementação, carnonitretação e nitretação.
As características citadas anteriormente sobre a utilidade do tratamento térmico em
metais e ligas metálicas, e importante para a industrial, pois, geralmente quando aplicado
o tratamento térmico a peça em questão obtêm uma vida útil maior e pode ser usada em
aplicações especificas como na engenharia, medicina entre outros.

2.7.1 Solubilização (Daniel) OK

A solubilização é um tratamento térmico geralmente realizado em ligas de alumínio,


este tratamento térmico tem como objetivos, diminuir a dureza do material e solubilizar
segundas fases que apresentam efeitos indesejáveis no material. (VALLE, 2010).
A solubilização é realizada quando a liga é submetida a temperaturas elevadas,
próximo ao ponto de fusão da liga , tornando possível a migração de átomos, e consequen-
temente isto proporcionará a dissolução completa depois de um certo tempo de permanência
no forno nesta temperatura elevada, eliminando as fases secundárias presentes antes do
tratamento térmico.
Segundo (Philipson, 2002), o tratamento térmico de solubilização pode ser definido
como o aquecimento da liga a uma temperatura elevada, com o objetivo da dissolução dos
precipitados endurecedores. Para realizar este tratamento térmico a temperatura máxima
não pode ultrapassar o ponto de fusão do metal ou liga metálica, pois isto pode comprometer
a integridade estrutural do material e seu acabamento, logo tronando o material inapropriado
para alguns usos específicos.
Neste tipo de tratamento o alumínio é solubilizado em temperaturas em torno de
500 ºC, durante o processo, alguns elementos de liga são redissolvidos para produzir uma
solução sólida rica em soluto. O objetivo deste processo é maximizar a concentração de
elementos de 25 endurecimento, entre eles, cobre, zinco, magnésio e/ou silício na solução
sólida (ROSSI, 2004).
Segundo (Freitas 2014), a concentração e a taxa de dissolução desses elementos
cresce conforme a temperatura aumenta. Como consequência as temperaturas para a
solubilização são geralmente próximas à temperatura de fusão da liga.
Segundo (Philipson 2002), a partir do instante em que os elementos de liga ocupam
as posições do reticulado do alumínio na solução sólida supersaturada, haverá um período
em que essa situação se manterá, antes que os elementos de liga comecem a ser rejeitados,
com base na cinética de movimentação dos átomos, em temperaturas baixas. Em geral,
esse período de incubação dura de algumas horas a alguns dias, dependendo da quantidade
e do tipo do elemento de liga dissolvido.
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 21

(Rossi, 2004) diz que o período de incubação pode ser prolongado mantendo-se
as peças em baixa temperatura, após a solubilização (-20ºC a -15ºC), esse expediente é
bastante utilizado na indústria aeronáutica, na conformação de peças fabricadas em ligas
de alta resistência após solubilização, pois isso permite que um lote grande de material seja
tratado de 26 uma só vez e depois conformado à medida que for necessário, sem interferir
na produtividade da operação, a Figura 11 (a) (b) (c) mostra o processo de resfriamento da
solubilização.
A temperatura aplicada para cada tipo de liga que esteja sendo trabalhada e diferente,
então é feito um resfriamento por meio da água, para que se possa prevenir temporariamente
a precipitação dos elementos da liga. Importante também é o tempo de transferência do meio
de aquecimento para o resfriamento; caso seja demorado, pode ocorrer uma solubilização
incompleta, que refletirá num resultado insatisfatório (PHILIPSON, 2002).
Segundo (Freitas, 2014), o propósito do resfriamento é evitar a formação da fase
de equilíbrio durante o resfriamento e a obtenção da maior quantidade possível destes
elementos em solução sólida em baixa temperatura. A obtenção de alta resistência é
dependente das altas taxas de extração de calor. Entretanto, a taxa de resfriamento não
deve ser muito elevada. A fim de evitar distorções e tensões residuais nos componentes
tratados. (RODRIGUES, 2015)

2.7.2 Recozimento (rodrigao)(ok)

O processo de recozimento é aplicado nessa liga com objetivo de reformular a


estrutura cristalina do material e torna-la mais dúctil. O recozimento foi realizado em alta
temperatura para uma recristalização total do metal, com isso o material se torná mais
dúctil já que as ligas de ferro alumínio possuem uma característica de durezas elevadas
e proporcionalmente fragilidade elevada tornando a liga difícil de trabalhar. As ligas de
ferro alumínio possuem uma resistência a temperatura também elevada, por isso sendo
necessárias temperaturas superiores a 600 °C ou 700°C, temperaturas essas que possuem
grande queda de resistência mecânica, uma característica do material.(RODRIGUES, 2015)
A liga pesquisada foi submetida a uma temperatura de 1050 °C a 1070 °C com base
na temperatura de fusão do material, onde a temperatura de recozimento atingiu entre 70 e
80% da temperatura de fusão. Com isso conseguimos atingir toda a estrutura cristalina e
reorganizar a mesma, agitando e rearranjando as discordâncias do material e garantindo
configurações mais estáveis. Esses rearranjos de discordâncias reduzem as tensões macro
e micro criadas no encruamento .(CHIAVERINI, 2008)
Ao atingir altas temperaturas no material atingimos a recristalização, um fenômeno
de nucleação sendo o surgimento de novas estruturas idênticas aos grãos originais que
atingi a estabilidade conforme o tempo de exposição. Com o tempo de exposição a altas
temperaturas há uma expansão nos grãos com o acúmulo de energia da recristalização,
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 22

obtendo grãos mais grosseiros, resultando na diminuição de resistência mecânica e dureza


do material. (RODRIGUES, 2015)
O processo de resfriamento do material também é uma etapa importante para o
recozimento, onde a técnica errada de resfriamento pode ocasionar trincas no material
e até o endurecimento do material, o objetivo oposto do nosso estudo. Um resfriamento
drástico pode ter grandes consequências nas tensões residuais do material, a saída para
evitar o aumento das tensões é o aquecimento e resfriamento lento do material. Como se
trata de temperaturas de 1000 °C optamos por um resfriamento a óleo obtendo uma curva
de resfriamento constante e menos agressivo. (RODRIGUES, 2015)

2.7.3 Envelhecimento (Daniel)

Verran (2005) diz que este tratamento visa proporcionar a precipitação de consti-
tuintes dissolvidos na matriz de solução sólida durante o tratamento de solubilização na
forma de partículas muito pequenas, que proporciona o aumento da dureza do material.
Os requisitos principais para ocorrer o endurecimento são: o precipitado formado deve ser
coerente com a matriz; 27 a liga não deve trincar durante a operação de resfriamento na
solubilização; solubilidade sólida decrescente de uma fase com a queda de temperatura;
ter uma matriz dúctil.
De acordo com (Bradaschia, 1988), após o processo de solubilização, a liga está
fora de equilíbrio, isto é, a solução sólida obtida está supersaturada com o soluto e apresenta
força motriz para gerar a precipitação de outras fases durante o processo de envelhecimento.
O primeiro precipitado a ser nucleado no processo de envelhecimento é chamado de zona de
Guinier e Preston (GP), coerente com a matriz, portanto, possui baixa energia de interface.
Este precipitado minimiza a energia de deformação, adquirindo a forma de disco.
Segundo (Rossi, 2004), quando as zonas de GP se formam, a dureza aumenta
em virtude de tensões necessárias para movimentar as discordâncias através das zonas
coerentes que geram a deformação e tensão no reticulado cristalino. A dureza continua a
aumentar com a formação dos precipitados θ”, porque agora as discordâncias se deslocam
através de uma matriz altamente deformada pelos precipitados coerentes. Com a formação
de θ’, o espaçamento entre os precipitados torna-se maior, de maneira que as discordâncias
são capazes de passar entre eles e a dureza começa a diminuir. A máxima dureza é obtida
com a combinação dos precipitados θ” e θ’. Com mais tempo no envelhecimento, a distância
entre os precipitados aumenta, fazendo com que as contornem mais facilmente e a dureza
diminua. A Figura 12 mostra esse mecanismo.
Segundo (Rossi, 2004), o endurecimento por envelhecimento ocorre porque existe
interação entre os campos de tensão associados às discordâncias e aos precipitados
(assim como existe uma atração magnética entre um ímã e uma peça de aço). Garantida-
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 23

mente existe uma “neutralização” dos efeitos dos campos de tensão entre discordância e
precipitado, diminuindo a energia interna do sistema.
Philipson (2002) diz que no início do envelhecimento ocorre a migração progressiva
dos elementos de liga em solução sólida para zonas GP e para os precipitados. A fração
volumétrica de precipitados aumenta com o tempo de tratamento e, quanto mais “carregada”
a liga, maior a quantidade de precipitados formados.
Uma vez que quase todo o elemento de liga está fora da solução sólida, a fração
volumétrica de precipitados permanece constante, após isso os precipitados menores
irão se dissolver, “alimentando” os maiores. Isso diminui a quantidade de precipitados por
unidade de volume e aumenta a distância entre eles.
De acordo com Freitas (2014), a partir da associação desses dois processos durante
o tratamento do material, chega-se à configuração simplificada da curva de envelhecimento
que se conhece na figura 13 a seguir.
De acordo com Bradaschia (1988), do início do tratamento até o pico de dureza, o
mecanismo predominante é o de “corte de precipitados”. Como o número de precipitados
por unidade de volume aumenta e eles estão muito próximos, a tensão para “curvar” as 29
discordâncias é mais alta do que para “cortá-las”; com o aumento da fração de precipitados
ocorrerá um endurecimento progressivo, até que a maior parte dos elementos de liga esteja
combinada na forma de precipitados.
Freitas (2014) diz que no pico de dureza em diante ocorre a formação de precipitados
não coerentes em função da dissolução dos coerentes. Nesse ponto passa a predominar o
mecanismo em que as discordâncias passam a se “curvar” entre dois precipitados e passar
por eles, com a formação de um anel de discordância ao redor dos precipitados. Esse
mecanismo passa a ser predominante e, como nesse estágio do tratamento a distância
entre precipitados aumenta progressivamente, ocorre o amolecimento do material, causado
pelo sobre envelhecimento.(RODRIGUES, 2015)

2.8 Metalografia ??
24

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Neste presente trabalho, foi criado um plano de atuação para a utilização de dois
intermetálicos: o Fe3Al (1) e Fe3AlCr (2), ambos em seus estados naturais de pós-fundição,
realizados por (RAMIREZ, 2019). O plano para o tratamento térmico dessas ligas, consiste
em duas fases de aquecimento.
No primeiro momento, foi realizado a exposição dos compostos base à temperaturas
de recozimento (em torno de 1025°C), por períodos diferentes, através do processo de
solubilização. Após isso, foi aplicado o processo de envelhecimento desses materiais, abaixo
da temperatura de formação (cerca de 745°C), e por períodos de tempo distintos. Por fim,
foram retirados amostras de cada material, de acordo com sua forma de trabalho, a fim
de parametrizar este estudo e analisar a evolução da liga após os tratamentos térmicos,
através dos estudos de metalografia e ensaios de dureza dos compostos, com indicados na
imagem a seguir.
Figura 4 – Legenda

3.1 Material

As ligas Fe28Al6 e Fe28Al6Cr possuem um potencial industrial muito relevante para


o mercado, devido a suas características de resistência a corrosão, quando expostas à
elementos oxidantes em temperaturas altas, além de sua dureza elevada, podendo ser
um substituto financeiramente atraente. Em comparação com superligas, sua densidade
é menor, comparado à aços inoxidáveis. Ademais, possui uma alta resistência elétrica
que escala com a temperatura e uma boa resistência a corrosão em ambientes úmidos e
aquosos (C.DEEVI, 2021).
Após a fundição do material, sua dureza tornou-se um obstáculo na usinabilidade,
por conta de sua baixa ductibilidade em temperatura ambiente. A causa desse fenômeno
Capítulo 3. MATERIAIS E MÉTODOS 25

ocorre devido à interação do alumínio com o vapor de oxigênio da atmosfera, deixando o


material mais frágil pela formação de átomos de hidrogênio. O baixo custo dos aluminetos de
ferro e sua resistência em até 600 °C se torna interessante para aplicações estruturais. No
entanto, sua fragilidade e perda significativa de resistência mecânica à temperatura acima
de 600 °C torna o material instável para uso nessas aplicações. (S.C.DEEVI; V.K.SIKKA,
1996)
Os tratamentos térmicos realizados nos corpos de prova foram gerados em um
forno elétrico de indução com serpentinas, isoladas com placas condutoras da marca
MetalTrend, com capacidade de até CC litros a uma temperatura máxima de até 1200 C°, e
com uma curva de aquecimento de 10 °C / min . Foi adicionado ao forno um termopar de
(MATERIALX) atrelado a um multímetro de alta precisão para acompanhar as mudanças de
temperatura. Devido ao tamanho do forno, os corpos de prova foram criados ao nível de
escala laboratorial, apenas para estudos prévios. (voltar)

Figura 5 – Forno de Alta Temperatura da Universidade São Judas Tadeu - Mooca.

Fonte: Autoria Própria

Foi feito a tipagem dos corpos de prova de acordo com o (citar tabela), na qual o
composto Fe3Al ficou com as tipagens A e B e o Fe3AlCr ficou com as tipagens C e D
Capítulo 3. MATERIAIS E MÉTODOS 26

conforme a imagem abaixo.

Figura 6 – Materiais Base Fe3Al e Fe3AlCr

Fonte: Autoria Própria

Foi utilizado para o corte do material, uma serra policorte a jato d’agua, com capacidade
de X RPM de giro e utilização de discos especiais de Y, como indicados abaixo. Foram
necessários a utilização de 6 discos devido ao alto atrito entre o disco e o material, além
do material em questão. ( arumaar)
Capítulo 3. MATERIAIS E MÉTODOS 27

Figura 7 – Serra Policorte da Universidade São Judas Tadeu

Fonte: Autoria Própria

(continua nao mexer)

3.2 Método

Os métodos do estudo foi discutido com nosso orientador, com base nos dados
do trabalho da (RAMIREZ, 2019) foi definido o plano de ação para o tratamento térmico.
Seguimos com o método de recozimento aliado a uma solubilização do material e um
envelhecimento, com base na temperatura de fusão da liga em questão (1450 a 1470 °C)
com objetivo obter uma melhor micro estrutura. Separamos o procedimento em quatro
Capítulo 3. MATERIAIS E MÉTODOS 28

etapas onde a primeira é cortar um pedaço de cada meterial para ter uma referência inicial.

Figura 8 – Legenda

O segundo passo do experimento trata-se de realizar a curva de aquecimento do


forno - ou calibragem - para melhor adequar as perdas de temperaturas, devido à abertura
e o termostato do forno, para garantir o grau de recozimento esteja sempre no mesma
margem de temperatura, para não interferir no processo. O terceiro passo é expor os quatro
materiais à temperatura de 1070 °C - temperatura definida, devido à curva de calor do forno,
a variação de temperatura do termostato e, principalmente pela temperatura de solubilização
previamente definida com a variação de 70 a 80% da temperatura de fusão do material
?? ?? -, onde essa temperatura possui um grau de segurança que nos permite manter a
temperatura sempre ideal para o recozimento.
Capítulo 3. MATERIAIS E MÉTODOS 29

Figura 9 – Legenda

Os corpos de prova A e C são expostos há temperatura de solubilização durante


uma hora e os corpos de prova B e D expostos ao período de duas horas. Após atingido os
períodos, são inseridos a uma tempera a óleo para( esclarecer com o igordao)
Capítulo 3. MATERIAIS E MÉTODOS 30

Figura 10 – Legenda

Após concluído o terceiro passo e as peças se encontram em temperatura ambiente,


utilizamos a policorte para retirar, mas uma amostra de cada corpo de prova. Conforme (5)
foi realizado um teste de usinagem, onde se constatou que o material encontrava-se menos
rígido.
O quarto passo é realizar o envelhecimento do material onde neste caso a tempera-
tura de 745°C para corpos de prova A e C são expostos á temperatura de envelhecimento
durante uma hora e os corpos de prova B e D expostos ao período de duas horas.
esclarecer formular com prof

Nosso estudo para melhoria do material parte de um tratamento térmico na liga, com
o intuito de refinar a granulação bruta da liga e as diferentes tensões internas influenciando
na interação do alumínio com a atmosfera melhorando o grão. O tratamento escolhido foi o
recozimento onde agitamos os átomos do material seguido de uma tempera a óleo para
que o material resfrie uniformemente evitando uma queda acentuada na temperatura, o
objetivo é reorganizar os grãos e em teoria reduzir a rigidez do contorno de grão, deixando
as ligações mais homogêneas. O procedimento também solubiliza a segunda fase do
material
Nossos corpos de provas são formados por duas pelas de Fe28Al6 e duas de
Fe28Al6Cr para o experimento.

3.2.1 Corte dos materiais (daniel)

Antes de realizar o tratamento térmico de solubilização, foi retirado de cada material


(A, B, C e D) uma amostra abaixo, através de uma serra policorte. As amostras têm cerca de
Capítulo 3. MATERIAIS E MÉTODOS 31

0.4 mm de espessura. Essas amostras serão analisadas, para verificar se houve alteração
referente a sua dureza e também sua microestrutura. Portanto, podemos verificar se o
tratamento térmico realizado anteriormente, trouxe os efeitos esperados para a liga de
aluminetos.

3.2.2 Tratamento térmico de solubilização e envelhecimento (daniel continuar)

Para o tratamento térmico de solubilização, o forno foi previamente aquecido a uma


temperatura de 780 °C. Após atingir a temperatura citada anteriormente, as amostras A, B,
C, e D foram inseridas no forno para o início do tratamento térmico de solubilização.
Após 1 hora as amostras A e B foram retiradas do forno, e resfriadas gradualmente
na temperatura ambiente. Posteriormente as amostras C e D foram retiradas após 2 horas
do forno, e também foram resfriadas gradualmente à temperatura ambiente. Este processo
pode ser observado na tabela abaixo:

Tabela 1 – Legenda

Amostra Composição Temperatura Duração (hora) Resfriamento

A Fe28Al 780°C 1 Temp.Ambiente

B Fe28Al 780°C 1 Temp.Ambiente

C Fe28Al6Cr 780°C 2 Temp.Ambiente

D Fe28Al6Cr 780°C 2 Temp.Ambiente

3.2.3 Embutimento (rodrigo)

Apos a realização do tratamento térmico de solubilização, foi retirado de cada material


uma amostra com cerca de 0.4 mm de espessura. Estas amostras serão utilizadas para a
realização do embutimento.
O embutimento das amostras, visa facilitar o manuseio das peças e facilitar o poli-
mento das amostras evitando arestas que podem acabar cortando as lixas. O embutimento
foi realizado em cada amostra, posicionadas na prensa de embutimento com a face do corte
longitudinal para baixo, então é adicionado a resina de polimerização rápida (baquelite), e
então prensado para obter as peças embutidas.
Após o embutimento de todas as peças, foi necessário o desbaste dos cantos das
peças embutidas para melhor aproveitamento do lixamento e evitar risco de rasgar as lixas
durante o processo.
Capítulo 3. MATERIAIS E MÉTODOS 32

3.2.4 Lixamento (rodrigo).

Após conclusão o processo de embutimento, as peças foram separadas conforme o


plano inicial do projeto (referenciar a tabela do leo). A etapa de lixamento e preparação
metalográfica foi dirigida no IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares). As
amostras foram niveladas e firmadas no hoster para os passes, realizado em uma politriz
semiautomática modelo Ecomet 3 e uma Buehler Automet 250. A etapa de polimento
metalográfico realizada primeiramente com pano White label - marca Allied Tech, utilizável
na faixa de polimento de 1 μm, com suspensão monocristal de diamante (1 μm) - Marca
Metadi II, e uma segunda etapa de polimento com pano Polishing Cloth Zeta – Marca ATM,
com faixa de polimento de 0,25 μm e uma mistura de sílica pars sílica (0,02 μm). Entre cada
etapa de lixamento e polimento as amostras foram lavadas com detergente neutro e secas
com álcool etílico e ar quente. Para preparação das amostras foram utilizadas a sequência
de lixas abaixo:

Grana Tempo Pressão


Passos Abrasivo RPM Lubrificante
(μm) (s) (lbf)

1 240 80 540 12 200 Água

2 360 35 540 12 200 Água

3 400 22 540 12 200 Água

4 600 15 540 12 200 Água

5 1200 8 540 12 200 Água

Detergente
6 Pasta de diamante 1 720 3 10
neutro

7 Sílica Coloidal 0,02 720 3 10


Capítulo 3. MATERIAIS E MÉTODOS 33

Figura 11 – Hoster e nivelamento das peças

Após lixamento e polimento as amostas sofreram ataque químico, composto por 25


mL de ácido acético, 15 mL de HNO3, 15 HCl e 5 mL de água.

3.2.5 Metalografia

3.2.6 Durezas
34

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Resultados

4.2 Discussão
35

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
36

Referências

ADEVA, P. Materiales Intermetálicos para Aplicaciones Estructurales a Autas Temperaturas.


REVISTA DE LA ASOCIACIÓN ESPAÑOLA DE CIENTÍFICOS, Spanish National Research
Council, Madrid - España, v. 1, p. 573 – 579, Janeiro 1999.

BORGES, D. F. L. Processamento e caracterização de Aluminetos de Ferro obtidos a


partir de matéria-prima reciclada. 2010. 93 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia dos
Materiais) — Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

CALIXTO, A. DESENVOLVIMENTO “IN SITU” DE INTERMETÁLICOS Fe-Al EM SUPER-


FÍCIES DE AÇO CARBONO ATRAVÉS DA APLICAÇÃO POR ASPERSÃO TÉRMICA
DE PÓS DE FERRO E ALUMÍNIO MISTURADOS: Curitiba: , 2010. 2010. 100 p. Tese
(Doutorado em Engenharia Mecânica) — UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ.

C.DEEVI, S. Advanced Intermetallic Iron Aluminide Coatings for High Temperature Applicati-
ons. Progress in Materials Science. Progress in Materials Science, volume 118, p. 23 –
100, may 2021.

CHIAVERINI, V. Tratamento térmico de ligas metálicas. 2008.

FULCO, R. R.; BISPO, H. S.; SANCHEZ, H. H. Trabalho de Química: Ligas Metálicas. Dis-
ponível em: https://www:maxwell:vrac:puc-rio:br/1676/1676:PDF. Acesso em: 20/10/2022.

GULHÁEU, A. Metais e suas Ligas: Tomo 1. 1. ed. Moscou: EDITORIAL MIR MOSCU,
1977. v. 1. 391 p.

KOTTCAMP, J. E. H.; LANGER, E. L. ASM Metals HANDBOOK: Alloy Phase Diagrams. 10.
ed. Washington, USA: ASM International, 1992. v. 3. 1741 p.

MAGALHAES, A. G. de. Ligas não Ferrosas de Engenharia: Principais aplicações, trata-


mentos e propriedades mecânicas. 1. ed. Porto: Quântica Editora – Conteúdos Especia-
lizados, LTDA., 2021. v. 1. 102 p. Disponível em: https://www:booki:pt/userfiles/files/loja/
preview/9789899017559:pdf. Acesso em: 24/11/2022.

PÖTTGEN, R.; JOHRENDT, D. Intermetallics: Synthesis, Structure, Function. 1. ed. Berlin,


Alemanha: De Gruyter, 2014. v. 1. 294 p.

RAMIREZ, B. N. ESTUDO DA FUNDIÇÃO EM ALUMINETOS DE FERRO. 2019. 266 p.


Tese (DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA METALÚRGICA E DE MATERIAIS) — ESCOLA
POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.

RODRIGUES, G. L. EFEITOS DOS TRATAMENTOS TÉRMICOS EM LIGAS DE ALUMÍNIO.


2015. 39 p. Monografia (Graduação em Engenharia Mecânica) — UniRV – Universidade de
Rio Verde, Rio Verde.

S.C.DEEVI; V.K.SIKKA. Nickel and iron aluminides: an overview on properties, processing,


and applications. Intermetallics Volume 4, Issue 5, 1996, Pages 357-375, volume 4, n.
issue 5, p. 357 – 375, may 1996.

UFPR. Ligas Metálicas não ferrosas. 2017. Universidade Federal do Paraná - UFPR.
Disponível em: http://ftp:demec:ufpr:br/disciplinas/TM233/Arquivos%20FTP%202020/
Aula%20Fundi%C3%A7%C3%A3o%20Alum%C3%ADnio; %20Cobre; %20Inox/Ligas%
20Met%C3%A1licas%20N%C3%A3o%20Ferrosas:pdf. Acesso em: 21/11/2022.
Referências 37

ZWILSKY, K. M.; LANGER, E. L. ASM Metals HANDBOOK: Properties and Selection: Non-
ferrous Alloys and Special-Purpose Materials. 10. ed. Washington, USA: ASM International,
1992. v. 2. 3470 p.

Você também pode gostar