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SÃO PAULO
2022
Daniel Kagan Mendes
Leonardo Ribeiro da Silva
Rodrigo Macedo Lima
SÃO PAULO
2022
Dedicatória. . .
O único lugar onde o sucesso vem antes do tra-
balho é no dicionário.
Resumo
Assim como o título, o resumo e o abstract do seu trabalho é a porta de entrada para
o leitor, além de dar uma visão geral do seu trabalho, deve despertar o interesse do mesmo.
Como o resumo e abstract possui uma quantidade de texto limitada, muitas pessoas tem
dificuldade em elaborar um texto conciso e interessante. Desta forma, vamos apresentar
uma técnica para facilitar a elaboração do resumo e o abstract que consiste em dividi-los
em cinco partes: contexto, objetivo, método, resultados e conclusão. Para mais informações
acesse nosso post sobre Abstract: https://blog.fastformat.co/5-passos-resumo-e-o-abstract/
Palavras-chave: Abstract. Resumo. ABNT.
Abstract
Assim como o título, o resumo e o abstract do seu trabalho é a porta de entrada para
o leitor, além de dar uma visão geral do seu trabalho, deve despertar o interesse do mesmo.
Como o resumo e abstract possui uma quantidade de texto limitada, muitas pessoas tem
dificuldade em elaborar um texto conciso e interessante. Desta forma, vamos apresentar
uma técnica para facilitar a elaboração do resumo e o abstract que consiste em dividi-los
em cinco partes: contexto, objetivo, método, resultados e conclusão. Para mais informações
acesse nosso post sobre Abstract: https://blog.fastformat.co/5-passos-resumo-e-o-abstract/
Keywords: Abstract. Resumo. ABNT.
Lista de ilustrações
Figura 1 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Figura 2 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Figura 3 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Figura 4 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Figura 5 – Forno de Alta Temperatura da Universidade São Judas Tadeu - Mooca. . 25
Figura 6 – Materiais Base Fe3Al e Fe3AlCr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Figura 7 – Serra Policorte da Universidade São Judas Tadeu . . . . . . . . . . . . 27
Figura 8 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Figura 9 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Figura 10 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Figura 11 – Hoster e nivelamento das peças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Lista de tabelas
Tabela 1 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Sumário
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.1 Ligas metálicas (Corrigido Daniel) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.2 Aplicação de ligas metálicas (Corrigido Daniel) . . . . . . . . . . . . 12
2.3 Tipos de ligas metálicas (Daniel) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.3.1 Ligas Metálicas Ferrosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.3.2 Ligas Metálicas não Ferrosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.4 Intermetálicos (corrigir e incluir informações Léo) . . . . . . . . . . . 13
2.5 Aluminetos de Ferro (corrigir leo rodrigao) . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.5.1 Comportamento Mecânico de Fe3Al e Fe Al. . . . . . . . . . . . . . . 15
2.5.2 Ductilidade e Comportamento Deslizante (propriedades fisicas?) . . . 16
2.5.3 Resistência à Corrosão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.6 Diagrama de Fases (Daniel) (adicionar mais informação) (léo) . . . . 18
2.7 Tratamentos Térmicos (Daniel) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.7.1 Solubilização (Daniel) OK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.7.2 Recozimento (rodrigao)(ok) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.7.3 Envelhecimento (Daniel) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.8 Metalografia ?? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3 MATERIAIS E MÉTODOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.1 Material . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.2 Método . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.2.1 Corte dos materiais (daniel) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.2.2 Tratamento térmico de solubilização e envelhecimento (daniel conti-
nuar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.2.3 Embutimento (rodrigo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.2.4 Lixamento (rodrigo). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.2.5 Metalografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.2.6 Durezas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.1 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.2 Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
10
Com o advento dos anos 50, houve um crescimento exponencial, por parte da
comunidade científica, no que se refere a procura de materiais metálicos e derivados. Sob
tal perspectiva, foi possível concluir que propriedades como elevada resistência mecânica,
baixa densidade e de comportamento não convencional em situações de alta temperatura e
alta corrosividade são capazes de apresentar soluções tecnológicas e até mesmo de baixo
custo de produção. Além disso, no que diz respeito ao desenvolvimento de materiais para
aplicações já consagradas no mercado como, por exemplo, alguns aços inoxidáveis, ligas
de cobre (Cu), de Titânio (Ti) e de Níquel (Ni), entre outros, caracterizam-se como eventuais
substitutos para criação dos chamados aluminetos de ferro. (BORGES, 2010; RAMIREZ,
2019; CALIXTO, 2010)
Os aluminetos de ferro, das bases Fe3Al e FeAl, são materiais da classe dos
intermetálicos ordenados, cujos compostos ou ligas de fases são formadas por dois, ou mais
elementos metálicos. Tais elementos metálicos com átomos de uma fase que ocupam pontos
específicos da rede cristalina de outra fase. (CALIXTO, 2010) Eles possuem propriedades
únicas com potenciais de desenvolvimento de novos materiais para uso estrutural, nos quais
estão relacionadas na capacidade dos aluminetos de ferro formarem escalas de proteção de
óxido de alumínio em ambientes oxidantes a temperaturas elevadas. (ZWILSKY; LANGER,
1992)
Além da excelente resistência à corrosão, os aluminetos oferecem baixo custo
de material, baixa densidade e conservação de elementos estratégicos. Entretanto, os
principais inconvenientes dos aluminetos são sua baixa ductilidade e resistência à fratura
à temperatura ambiente e sua baixa resistência a temperaturas acima de 600 °C (1110
°F). Recentemente, esforços consideráveis têm sido dedicados a compreender e melhorar
suas propriedades mecânicas através do controle da estrutura dos grãos, adições de ligas
e processamento de materiais. (ZWILSKY; LANGER, 1992)
O interesse pelos compostos intermetálicos e pelos aluminetos de ferro em particular,
não é novo. É neste contexto que o presente trabalho visa dar continuidade aos estudos
realizados até então por (RAMIREZ, 2019), nos quais foram determinados, os processos
de fundição dos compostos xxx, a fim de obter resultados importantes na substituição de
ligas mais nobres e com um poder de produção menor para diversas aplicações, muito
importantes e utilizadas até os dias atuais, descritas nos próximos capítulos.
obtenha as mesmas propriedades de ligas metálicas mais nobres como, por exemplo, as de
Titânio (Ti), porém com custos menores. A base deste estudo consiste na representação
da microestrutura e análise de durezas dos materiais para validação e compreensão dos
resultados.
Serão testados os processos térmicos em diferentes corpos de prova, para verificar
através das medições de dureza e metalografia do material, a eficácia dos tratamentos
térmicos determinados. Através destes testes, é esperado que as ligas melhorem suas
condições estruturais, além também de reduzir sua fragilidade e melhorar sua usinabilidade.
Com isso será possível obter uma liga de boas propriedades e baixo custo, o que é muito
visado pelo mercado.
• Por fim, comparar com outras ligas de mesmas propriedades, como o Titânio, de
modo a definir seus pontos positivos quanto aos resultados obtidos.
12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
As ligas metálicas podem ser definidas como uma mistura de dois ou mais elementos,
dos quais um deles obrigatoriamente necessita ser um metal. Elas são desenvolvidas por
meio do aquecimento de seus elementos, chegando até seus pontos de fusão, formando
então uma mistura homogênea, sendo posteriormente resfriada até sua solidificação.
Existem diversos processos industriais para obtenção de uma liga metálica como,
por exemplo, a compressão, cujos elementos que possuem altos pontos de fusão, são
submetidos a altas pressões, facilitando sua fundição. Neste processo, os elementos
químicos são adicionados em um forno ou caldeira, nos quais a temperatura é elevada até
o ponto de fusão desses materiais.
A indústria utiliza atualmente o processo eletrolítico, em menor escala devido a sua
complexidade, além de altos custos para obtenção de uma liga metálica.
As ligas metálicas apresentam diversas características essenciais para a indústria
tais como, resistência a corrosão, condutividade térmica, temperatura de fusão, resistência
mecânica (FULCO; BISPO; SANCHEZ, ; GULHÁEU, 1977; UFPR, 2017).
A primeira liga metálica foi desenvolvida por volta de cinco mil anos atrás, conhecida
historicamente como a Idade do Bronze. Na ocasião, foi desenvolvida inicialmente uma
liga de bronze, constituída de cobre (Cu) e estanho (Sn). As civilizações desta época
fabricavam diversos utensílios com esta mistura metálica. A liga de bronze era muito comum
em questões de utilização devido às características de boa resistência mecânica e de
ductilidade.
As ligas metálicas estão amplamente difundidas em nossos cotidianos. Desde um
objeto simples, como uma torneira de bronze, até peças de alta complexidade, como uma
turbina de avião, fabricada com ligas de titânio (Ti). Elas possuem ampla aplicação na
indústria, utilizadas em larga escala para diversos processos industriais. A alta utilização
dessas ligas se deve as propriedades singulares.
Pode-se citar alguns exemplos para estas aplicações como, por exemplo, o uso
do latão para a fabricação de diversos instrumentos musicais, tubos e torneiras, devido
sua alta maleabilidade. Há também o aço inoxidável, utilizado em diversas estruturas
com características de proteção contra corrosões. A amálgama, amplamente usada em
obturações dentarias. O bronze usado na produção de estátuas, sinos, moedas entre outros,
devido à alta resistência ao desgaste por fricção. O aço usado em diversas construções e
estruturas, pois resiste a alta força de tração, característica essencial para diversos projetos
e construções, como pontes, prédios, andaimes, entre outros (GULHÁEU, 1977; FULCO;
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 13
Ligas metálicas ferrosas são ligas que apresentam o elemento ferro (Fe) como
o principal constituinte, onde apresentam maior facilidade a corrosão. Elas podem ser
divididas em três tipos:
• Aços com alta concentração de carbono: Com concentração de 0,60% até 1,40%
de carbono em sua composição, tornando-se uma liga resistente, porém frágil dentre
todos o menos dúctil. Alguns exemplos desse tipo de liga de aços: ferro fundido e
aços (ferro (Fe) e Carbono (C)) (MAGALHAES, 2021; UFPR, 2017).
Ligas metálicas não ferrosas são ligas que não apresentam o elemento ferro (Fe).
Neste caso, apresentam melhor resistência a corrosão, resistência ao desgaste, condução
térmica, além de peso reduzido para determinadas ligas. Alguns exemplos deste tipo de liga
são: ligas de bronze, cobre, magnésio, titânio, alumínio e latão, entre outras (MAGALHAES,
2021; UFPR, 2017).
Figura 1 – Legenda
123
São intermetálicos de grande energia de ligação entre seus átomos, que faz com que
seus átomos se desloquem menos com isso uma maior resistência a deformações plásticas
em altas temperaturas. Por essa característica o interesse de aplicações estruturais em
altas temperaturas tem aumentando a visibilidade desta liga, podendo substituir ligas com
elementos como cobalto, cromo e níquel. (RAMIREZ, 2019)
Sua densidade reduzida em relação a aços inoxidáveis e sua resistência a corrosão
são características desta liga, podendo oferecer melhor relação ente peso e resistência, e
também é um material mais abundante na natureza, resultando em um material mais barato.
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 15
Essa liga possui melhor resistência a sulfetação comparando com ligas de níquel ou ferro e
boa resistividade elétrica que escala com a temperatura.(S.C.DEEVI; V.K.SIKKA, 1996)
continuar. . .
hipostoi-hiométrica
Figura 2 – Legenda
Figura 3 – Legenda
• Redução do desgaste
• Maior usinabilidade
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 20
(Rossi, 2004) diz que o período de incubação pode ser prolongado mantendo-se
as peças em baixa temperatura, após a solubilização (-20ºC a -15ºC), esse expediente é
bastante utilizado na indústria aeronáutica, na conformação de peças fabricadas em ligas
de alta resistência após solubilização, pois isso permite que um lote grande de material seja
tratado de 26 uma só vez e depois conformado à medida que for necessário, sem interferir
na produtividade da operação, a Figura 11 (a) (b) (c) mostra o processo de resfriamento da
solubilização.
A temperatura aplicada para cada tipo de liga que esteja sendo trabalhada e diferente,
então é feito um resfriamento por meio da água, para que se possa prevenir temporariamente
a precipitação dos elementos da liga. Importante também é o tempo de transferência do meio
de aquecimento para o resfriamento; caso seja demorado, pode ocorrer uma solubilização
incompleta, que refletirá num resultado insatisfatório (PHILIPSON, 2002).
Segundo (Freitas, 2014), o propósito do resfriamento é evitar a formação da fase
de equilíbrio durante o resfriamento e a obtenção da maior quantidade possível destes
elementos em solução sólida em baixa temperatura. A obtenção de alta resistência é
dependente das altas taxas de extração de calor. Entretanto, a taxa de resfriamento não
deve ser muito elevada. A fim de evitar distorções e tensões residuais nos componentes
tratados. (RODRIGUES, 2015)
Verran (2005) diz que este tratamento visa proporcionar a precipitação de consti-
tuintes dissolvidos na matriz de solução sólida durante o tratamento de solubilização na
forma de partículas muito pequenas, que proporciona o aumento da dureza do material.
Os requisitos principais para ocorrer o endurecimento são: o precipitado formado deve ser
coerente com a matriz; 27 a liga não deve trincar durante a operação de resfriamento na
solubilização; solubilidade sólida decrescente de uma fase com a queda de temperatura;
ter uma matriz dúctil.
De acordo com (Bradaschia, 1988), após o processo de solubilização, a liga está
fora de equilíbrio, isto é, a solução sólida obtida está supersaturada com o soluto e apresenta
força motriz para gerar a precipitação de outras fases durante o processo de envelhecimento.
O primeiro precipitado a ser nucleado no processo de envelhecimento é chamado de zona de
Guinier e Preston (GP), coerente com a matriz, portanto, possui baixa energia de interface.
Este precipitado minimiza a energia de deformação, adquirindo a forma de disco.
Segundo (Rossi, 2004), quando as zonas de GP se formam, a dureza aumenta
em virtude de tensões necessárias para movimentar as discordâncias através das zonas
coerentes que geram a deformação e tensão no reticulado cristalino. A dureza continua a
aumentar com a formação dos precipitados θ”, porque agora as discordâncias se deslocam
através de uma matriz altamente deformada pelos precipitados coerentes. Com a formação
de θ’, o espaçamento entre os precipitados torna-se maior, de maneira que as discordâncias
são capazes de passar entre eles e a dureza começa a diminuir. A máxima dureza é obtida
com a combinação dos precipitados θ” e θ’. Com mais tempo no envelhecimento, a distância
entre os precipitados aumenta, fazendo com que as contornem mais facilmente e a dureza
diminua. A Figura 12 mostra esse mecanismo.
Segundo (Rossi, 2004), o endurecimento por envelhecimento ocorre porque existe
interação entre os campos de tensão associados às discordâncias e aos precipitados
(assim como existe uma atração magnética entre um ímã e uma peça de aço). Garantida-
Capítulo 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 23
mente existe uma “neutralização” dos efeitos dos campos de tensão entre discordância e
precipitado, diminuindo a energia interna do sistema.
Philipson (2002) diz que no início do envelhecimento ocorre a migração progressiva
dos elementos de liga em solução sólida para zonas GP e para os precipitados. A fração
volumétrica de precipitados aumenta com o tempo de tratamento e, quanto mais “carregada”
a liga, maior a quantidade de precipitados formados.
Uma vez que quase todo o elemento de liga está fora da solução sólida, a fração
volumétrica de precipitados permanece constante, após isso os precipitados menores
irão se dissolver, “alimentando” os maiores. Isso diminui a quantidade de precipitados por
unidade de volume e aumenta a distância entre eles.
De acordo com Freitas (2014), a partir da associação desses dois processos durante
o tratamento do material, chega-se à configuração simplificada da curva de envelhecimento
que se conhece na figura 13 a seguir.
De acordo com Bradaschia (1988), do início do tratamento até o pico de dureza, o
mecanismo predominante é o de “corte de precipitados”. Como o número de precipitados
por unidade de volume aumenta e eles estão muito próximos, a tensão para “curvar” as 29
discordâncias é mais alta do que para “cortá-las”; com o aumento da fração de precipitados
ocorrerá um endurecimento progressivo, até que a maior parte dos elementos de liga esteja
combinada na forma de precipitados.
Freitas (2014) diz que no pico de dureza em diante ocorre a formação de precipitados
não coerentes em função da dissolução dos coerentes. Nesse ponto passa a predominar o
mecanismo em que as discordâncias passam a se “curvar” entre dois precipitados e passar
por eles, com a formação de um anel de discordância ao redor dos precipitados. Esse
mecanismo passa a ser predominante e, como nesse estágio do tratamento a distância
entre precipitados aumenta progressivamente, ocorre o amolecimento do material, causado
pelo sobre envelhecimento.(RODRIGUES, 2015)
2.8 Metalografia ??
24
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Neste presente trabalho, foi criado um plano de atuação para a utilização de dois
intermetálicos: o Fe3Al (1) e Fe3AlCr (2), ambos em seus estados naturais de pós-fundição,
realizados por (RAMIREZ, 2019). O plano para o tratamento térmico dessas ligas, consiste
em duas fases de aquecimento.
No primeiro momento, foi realizado a exposição dos compostos base à temperaturas
de recozimento (em torno de 1025°C), por períodos diferentes, através do processo de
solubilização. Após isso, foi aplicado o processo de envelhecimento desses materiais, abaixo
da temperatura de formação (cerca de 745°C), e por períodos de tempo distintos. Por fim,
foram retirados amostras de cada material, de acordo com sua forma de trabalho, a fim
de parametrizar este estudo e analisar a evolução da liga após os tratamentos térmicos,
através dos estudos de metalografia e ensaios de dureza dos compostos, com indicados na
imagem a seguir.
Figura 4 – Legenda
3.1 Material
Foi feito a tipagem dos corpos de prova de acordo com o (citar tabela), na qual o
composto Fe3Al ficou com as tipagens A e B e o Fe3AlCr ficou com as tipagens C e D
Capítulo 3. MATERIAIS E MÉTODOS 26
Foi utilizado para o corte do material, uma serra policorte a jato d’agua, com capacidade
de X RPM de giro e utilização de discos especiais de Y, como indicados abaixo. Foram
necessários a utilização de 6 discos devido ao alto atrito entre o disco e o material, além
do material em questão. ( arumaar)
Capítulo 3. MATERIAIS E MÉTODOS 27
3.2 Método
Os métodos do estudo foi discutido com nosso orientador, com base nos dados
do trabalho da (RAMIREZ, 2019) foi definido o plano de ação para o tratamento térmico.
Seguimos com o método de recozimento aliado a uma solubilização do material e um
envelhecimento, com base na temperatura de fusão da liga em questão (1450 a 1470 °C)
com objetivo obter uma melhor micro estrutura. Separamos o procedimento em quatro
Capítulo 3. MATERIAIS E MÉTODOS 28
etapas onde a primeira é cortar um pedaço de cada meterial para ter uma referência inicial.
Figura 8 – Legenda
Figura 9 – Legenda
Figura 10 – Legenda
Nosso estudo para melhoria do material parte de um tratamento térmico na liga, com
o intuito de refinar a granulação bruta da liga e as diferentes tensões internas influenciando
na interação do alumínio com a atmosfera melhorando o grão. O tratamento escolhido foi o
recozimento onde agitamos os átomos do material seguido de uma tempera a óleo para
que o material resfrie uniformemente evitando uma queda acentuada na temperatura, o
objetivo é reorganizar os grãos e em teoria reduzir a rigidez do contorno de grão, deixando
as ligações mais homogêneas. O procedimento também solubiliza a segunda fase do
material
Nossos corpos de provas são formados por duas pelas de Fe28Al6 e duas de
Fe28Al6Cr para o experimento.
0.4 mm de espessura. Essas amostras serão analisadas, para verificar se houve alteração
referente a sua dureza e também sua microestrutura. Portanto, podemos verificar se o
tratamento térmico realizado anteriormente, trouxe os efeitos esperados para a liga de
aluminetos.
Tabela 1 – Legenda
Detergente
6 Pasta de diamante 1 720 3 10
neutro
3.2.5 Metalografia
3.2.6 Durezas
34
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Resultados
4.2 Discussão
35
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
36
Referências
C.DEEVI, S. Advanced Intermetallic Iron Aluminide Coatings for High Temperature Applicati-
ons. Progress in Materials Science. Progress in Materials Science, volume 118, p. 23 –
100, may 2021.
FULCO, R. R.; BISPO, H. S.; SANCHEZ, H. H. Trabalho de Química: Ligas Metálicas. Dis-
ponível em: https://www:maxwell:vrac:puc-rio:br/1676/1676:PDF. Acesso em: 20/10/2022.
GULHÁEU, A. Metais e suas Ligas: Tomo 1. 1. ed. Moscou: EDITORIAL MIR MOSCU,
1977. v. 1. 391 p.
KOTTCAMP, J. E. H.; LANGER, E. L. ASM Metals HANDBOOK: Alloy Phase Diagrams. 10.
ed. Washington, USA: ASM International, 1992. v. 3. 1741 p.
UFPR. Ligas Metálicas não ferrosas. 2017. Universidade Federal do Paraná - UFPR.
Disponível em: http://ftp:demec:ufpr:br/disciplinas/TM233/Arquivos%20FTP%202020/
Aula%20Fundi%C3%A7%C3%A3o%20Alum%C3%ADnio; %20Cobre; %20Inox/Ligas%
20Met%C3%A1licas%20N%C3%A3o%20Ferrosas:pdf. Acesso em: 21/11/2022.
Referências 37
ZWILSKY, K. M.; LANGER, E. L. ASM Metals HANDBOOK: Properties and Selection: Non-
ferrous Alloys and Special-Purpose Materials. 10. ed. Washington, USA: ASM International,
1992. v. 2. 3470 p.