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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

COMUNICAÇÃO VISUAL

DISCENTE: Wedsley Melo


DOCENTE: Profa. Dra. Erickaline Lima

FICHAMENTO DO TEXTO: VARIAÇÃO NOS ESTILOS DE APRENDIZAGEM:


INVESTIGANDO AS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS NA SALA DE AULA

A proposta principal defender a existência de diferentes estilos de


aprendizagem, por isso se o estilo de ensino do professor for semelhante ao
estilo de aprendizado dos alunos, a probabilidade de aproveitamento da
aprendizagem é mais significativa.
Baseado em Drunn e Griggs (1995) é apresentado um modelo de estilo
de aprendizagem que identifica que os alunos são influenciados pelo ambiente,
emotividade, preferencias sociológicas, características fisiológicas e inclinação
de processamento, como cinco principais fatores. Todos esses fatores se
referem a como os alunos conseguem aprender da melhor maneira, levando
em consideração suas percepções, momento do dia em que estão mais
dispostos, e dinâmica de aula. Entendendo essas particularidades dos alunos o
professor pode agir de forma mais adequada para cada caso e grupo.
Ainda é citado Lopes Silva e Magno (2005) que apresenta a importância
de se elaborar estratégias para o ensino usando o exemplo da aprendizagem
de línguas estrangeiras, Felder (2002) que sustenta que define quatro estilos
de aprendizagem: ativo X reflexivo, racional X intuitivo, visual X verbal e
sequencial X global, Joy Reid (1995) apresentando seis estilos: visual, auditivo,
tátil, sinestésico, grupal e individual.
Para sustentar a existência de diferentes estilos de aprendizagem traz-
se dados de uma pesquisa que foi realizada por três autores do texto, cada
professora aplicou o instrumento de pesquisa que se tratou de um questionário
retirado do livro Preferencias Perceptuais em Estilos de Aprendizagem” e se
tratava de 30 perguntas.
O primeiro grupo de pessoas com quem e fez a pesquisa priorizaram o
aprendizado por recursos visuais, o segundo grupo possuía uma aprendizagem
com preferencia sinestésica o terceiro grupo destacaram-se pela preferencia
em auditivo, visual e sinestésico, mas com menor preferência ao estilo grupal.
Assim notou-se que apesar da diferença não existe uma variação muito
grande entre eles, a não ser no que diz respeito ao grupal e individual. Dito isto,
o papel do professor nesses casos é desenvolver modos diversificados de
aprendizagem que englobem e engajem todos os tipos de alunos e suas
preferencias em relação ao estilo de aprendizagem.
1 – “Quanto mais o estilo de aprendizado dos alunos se assemelha ao
estilo de ensino dos professores, maiores também se tornam o nível de
aproveitamento do aluno e os patamares de aprendizagem alcançados.” (Pág.
1) – Para uma melhor aplicação e desenvolvimento do conhecimento é
melhor que a forma de ensinar esteja em sintonia com a forma de
aprender do aluno.
2 – “Dunn (1998) concluiu que os alunos têm melhor desempenho
quando os seus professores ensinam de acordo com os estilos de
aprendizagem dos alunos.” (Pág. 2) – Isso tem a ver com a elaboração do
currículo, que deve ser desenvolvido pensando no aprendiz.
3 – “...muitos estímulos visuais podem atrapalhar as pessoas deste
estilo, assim como ruídos de fundo podem dificultar o processamento de
informações relacionado ao outro estilo. (Pág. 3) Diante dos estilos de
aprendizagens existentes, existem situações que também podem
atrapalhar mesmo que esteja situado na linha de aprendizado, por isso a
pratica precisa ser bem pensada, para que não gere um efeito contrário.
4 – “...aplique um questionário para que perceba que tipo de tarefas os
alunos preferem e para criar estratégias de sala de aula.” (Pág.5) A forma
sugerida no texto para se descobrir o estilo dos alunos e justamente
conversando com eles, buscando saber deles mesmos como se sentem
melhor em relação ao ensino.
5 - “...Os alunos aprendem predominantemente de uma forma ou outra,
mas isso não quer dizer que não possam se beneficiar de atividades diferentes
das de suas preferências ou desenvolver outros modos de aprendizagem.”

A existência de diversos estilos de aprendizagem atesta e existência de


diversidade na composição duma sala de aula. Para Silva (2006) a
multiplicidade de estilo de aprendizagem está intimamente ligada as formas
particulares que cada individuo possui para adquirir o conhecimento. Muito se
discorre sobre porque existe essa multiplicidade sendo considerado aspectos
de hereditariedade, educação, local onde vive, personalidade e as próprias
interações do indivíduo com o ambiente.
Transpondo esse pensamento para a minha área de estudo, que a
pedagogia, é possível fazer possível fazer associação com o pensamento de
Paulo Freire em “pedagogia do oprimido”, “Não há saber mais ou saber menos:
há saberes diferentes” (Freire, 1987, p. 68). Da mesma forma, entendendo a
multiculturalidade que se existe numa sala de aula, com uma diversidade de
alunos com experiências semelhantes e totalmente distintas e formas distintas
de aprender como resultado do meio em que vivem, admite-se também a
existência de múltiplas formas de aprender.
Referencias:

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1987.
SILVA, D. M. da. O impacto dos estilos de aprendizagem no ensino de
contabilidade na FEA-RP/USP. 2006. 172f. Dissertação (Mestrado de Contabilidade) -
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de Ribeirão
Preto FEARP/USP, São Paulo, 2006.

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