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ROMANOS 1.

18-32
DIA:13/01/2019

Culto igreja Batista da Trindade

Introdução
Bom, Paulo escreve a carta aos Romanos possivelmente em Corinto
durante a sua terceira viagem missionária no ano 57 d.C , enquanto estava
hospedado na casa de Gaio, a quem Paulo tinha batizado (Rm16.23 1 Co
1.14)
É interessante comentar que a igreja de Roma não foi fundada por Paulo.
Existem várias hipóteses, e eu fico com que essa igreja foi estabelecida
pelos judeus ou prosélitos de Roma, convertidos na Festa do Pentecostes
em Jerusalém no ano 30 d.C., os quais retornaram à capital do império para
plantar a igreja (At 2.10).
Em Roma estava o maior centro judaico do mundo antigo. Havia mais de
treze comunidades sinagogais na cidade. Era possível ter um contato
intenso com Jerusalém. As pessoas viajavam para lá e para cá como
comerciantes, artesãos e também como peregrinos devotos.
As famosas estradas romanas facilitaram sobremodo a mobilização das
pessoas e a rápida expansão do evangelho. A via Apia, a via Cornélia, a via
Aurélia e a via Valéria eram algumas das estradas que cruzavam o império.
Vinte rodovias principais partiam do “Marco Miliário de Ouro” em Roma,
cada uma delas com numerosos ramos, de modo que as várias partes do
império se uniam por uma gigantesca rede de artérias.
Confessando sua fé, deram origem a um movimento cristão muito vivo.
Roma foi importantíssima para o crescimento do evangelho.
A igreja em Roma era conhecida pela sua fé, e Paulo nos diz isso em
Romanos 1.8, ele dá graças a Deus, por intermédio de Jesus Cristo, pois a
fé deles era anunciada em todo mundo.
E Paulo tinha interesses pelos irmãos de Roma, a exemplo disso ele nos
fala nos versículos 9 e 10 o quanto os mencionava e orava a Deus pelos
irmãos.
A importância da Carta
Paulo se preocupava com a igreja de Romanos e também sabia dos perigos
e tentações que Roma traria a igreja, uma cidade onde as havia muitas
oportunidades.
Acredito que a carta de Romanos influenciou muitos irmãos naquela igreja,
e continua influenciando.
Vale lembrarmos da importância desta carta para nós cristãos.
Romanos tem transformado homens na história, O pastor inglês John Stott
vai falar de sua relação de amor e ódio com Romanos, por causa dos
prazerosos/dolorosos desafios pessoais do livro. Foi a exposição
devastadora do pecado e da culpa universais do ser humano, que Paulo faz
em Romanos 1.18-3.20, que me resgatou daquele tipo de evangelismo
superficial, preocupado apenas com as “necessidades percebidas” das
pessoas.
Mas a quinhentos anos antes de John Stott ser impactado por Romanos,
Martinho Lutero foi transformado por Romanos, onde ele captou o sentido
de Romanos 1.17, o Justo viverá pela fé.
João Calvino vai nos dizer que Romanos é a porta de entrada para todos os
tesouros mais escondidos das Escrituras.

Vamos começar?
Enquanto o mundo traça estratégias de vários tipos para alcançarmos o
sucesso em 2019, ou até igrejas pensando sobre isso, Paulo nos mostra o
caminho que devemos seguir para o sucesso de nossa vida espiritual.
Antes de começar a exposição de Romanos 1.18-32 é necessário voltarmos
um pouco.
É importante entender a relação que existe entre está seção (“ira de Deus”)
e a anterior (“O evangelho de Deus”).
Nos versículos 16-20 o apostolo desenvolve um argumento muito lógico,
referindo-se, sucessivamente, ao poder de Deus (16), à justiça de Deus
(17), à ira de Deus (18) e à glória de Deus na criação (19-20).
Além disso, cada uma destas afirmações está ligada à anterior pela
conjunção grega gar ou dioti, que significa “pois” ou “porque”.
A fim de entendermos melhor os estágios desse argumento, vamos
entabular (criar) um diálogo com Paulo:

Paulo: Não me envergonho do evangelho (16a)


Nós: Por que não, Paulo?
Paulo: Porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer
(16b)
Nós: Mas, como assim?
Paulo: Porque a justiça de Deus (isto é a maneira como Deus justifica os
pecadores) se revela no evangelho (17)
Nós: Mas, qual a necessidade disso?
Paulo: Porque a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e
injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça (18).
Nós: Mas, Paulo, como é que as pessoas suprimiram a verdade?
Paulo: Porque o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles...
Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus ... têm sido
vistos claramente (19-20)
Se olharmos de forma inversa, olha que interessante.
Primeiro, Deus revela sua glória (seu eterno poder e sua natureza divina)
através de sua criação (19-20)
Segundo, Ele revela sua ira contra o pecado daqueles que suprimem o
conhecimento que têm a respeito do criador (18).
Terceiro, ele revela sua justiça (a justa forma pela qual Deus justifica os
pecadores diante dele) no evangelho (17)
Quarto, Ele revela o seu poder nos crentes ao salva-los (16).

A ira
Os homens são culpados é o que Paulo começa a nos dizer em Romanos
1.18-32 e vai falando sobre isso até Romanos 3.20
No verso 18 vemos que a ira de Deus se revela... que ira seria essa? Seria
essa a ira que Paulo cita no capitulo 2.5 de Romanos: Mas, segundo a
teimosia do seu coração que não se arrepende, acumulas ira sobre ti no dia
da ira e da revelação do justo julgamento de Deus.
Não é sobre essa ira que Paulo quer falar, essa será revelada no futuro sim,
e Paulo chama o dia do juízo de “ o dia da ira ... de Deus.
Mas Paulo que nos dizer de outro tipo de revelação da ira de Deus, o qual
Paulo se dedica em Romanos 1.18 até 3.20.
Ela é revelada (agora no presente) do céu (v.18). E ele começa a explicar
repetindo três vezes o terrível refrão Deus os entregou (24,26,28).
Quando ouvimos falar da ira de Deus o que imaginamos ou pensamos
sobre?
John Stott, vai nos dizer que geralmente pensamos em “relâmpagos caindo
do céu, cataclismos terrestres e majestade flamejante”.
Gostaria de te dizer que não é isso, a ira de Deus é o antagonismo (a
oposição) estabelecido e perfeitamente justo de Deus contra o mal.
Ela dirige-se contra que tem conhecimento da verdade de Deus através da
ordem criada, mas que deliberadamente a suprime para poder seguir o seu
próprio caminho, voltado para si mesmo.
Ela age silenciosamente e invisivelmente, não conseguimos percebe-la.
John Ziesler, vai nos dizer que ela “opera, não pela intervenção de Deus,
mas justamente pela sua não-intervenção, deixando homens e mulheres
seguirem o seu próprio caminho”
Tim Keller, vai nos escrever em um de seus livros e foi algo que eu
guardei, a seguinte frase: “A pior coisa que pode acontecer para um homem
é Deus o entregar as suas próprias paixões”.
O que eu quero dizer com isso?
Estamos invertendo as coisas, damos mais valor as coisas criadas do que o
criador, e o resultado disso é o nosso Deus nos entregar as nossas paixões,
desejos, sonhos, objetivos.
A resposta para os problemas do homem
Somos seres criados para adoração, e quando não adoramos a Deus nosso
criador, não deixamos de adorar, apenas trocamos o objeto da adoração.
Nos versos 21-24, 25-26 e 27-32, Paulo nos mostra essa nossa adoração
pelas coisas que não são Deus, mas também nos mostra como Deus age.
Se queres, então vai, ele nos entrega.
Uma excelente palavra para pensarmos num começo de ano, onde traçamos
vários objetivos, temos vários desejos.
Será que não estamos fazendo o que Paulo está descrevendo, será que não
adoramos mais a nossa vida profissional, nossos bens...

Os Gentios (n estão sob condenação (1:18-32). Eles receberam no


princípio, uma revelação de Deus (vers.19,20), mas rejeitaram-na (v. 21).
Esta rejeição da luz conduziu à ignorância espiritual (v. 22); a ignorância
espiritual conduziu à idolatria (vers. 23-25, e a idolatria conduziu à
corrupção moral (vers. 26-32).

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