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CURSO: FARMÁCIA

DISCIPLINA: HEMATOLOGIA
PROFESSORA: MARIANA DANTAS

ALUNA:

RELATÓRIO (VISITA AO HEMOCE)

FORTALEZA – CEARÁ
2022
A transfusão de sangue tem sido importante como suporte na realização de
muitos tratamentos, porém o uso de hemocomponentes tem sido reconhecido como
estratégia relevante para realização de vários procedimentos clínicos, além de
transplantes, quimioterapias e diversas cirurgias.
Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o desenvolvimento de
sistemas regulatórios institucionalmente estabelecidos na área de sangue com
mecanismos legítimos de fiscalização reconhecendo as atividades e produtos do
sangue como de alta vigilância.
A doação de sangue no Brasil é voluntária, mas por outro lado o Ministério da
Saúde (MS) desenvolveu a Política Nacional de Sangue e Hemoderivados,
determinando a obrigatoriedade de testes sorológicos e programas de controle de
qualidade de insumos utilizados em hemoterapia, o que introduziu avanços na
prática de transfusão e reduziu a transmissão de doenças. Não obstante, ainda há
riscos, relacionados ao período de janela imunológica do doador contaminado e à
incidência de Infecções na população.
O Ministério da Saúde preconiza que 3% da população brasileira doe sangue,
porém, diversidades regionais contribuem para que esse percentual de doações
oscile ora para cima, ora para baixo. No entanto, nem 2% da população brasileira
doa sangue. Tal fato aponta para a necessidade de desenvolvimento de uma cultura
voltada à doação e de estratégias eficientes de captação de doadores de sangue.
No Brasil, a regulamentação da Hemoterapia é realizada pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), através da Resolução da Diretoria
Colegiada (RDC) n° 153 de 14 junho de 2004, que normatizou e padronizou os
procedimentos hemoterápicos, incluindo procedimentos de coleta, processamento,
testagem, armazenamento, transporte e utilização, visando garantir a qualidade do
sangue. A hemorrede pública é responsável por 60% das transfusões realizadas no
País, ficando o restante dos procedimentos a cargo da rede privada ou conveniada
com o Sistema Único de Saúde (SUS).
O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará faz parte da rede de
unidades de saúde da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. A Hemorrede
Pública Estadual tem sua sede em Fortaleza, que coordena quatro Hemocentros
Regionais nos municípios de: Quixadá, Sobral, Iguatu e Crato, com um Hemonúcleo
em Juazeiro do Norte, com um ponto fixo de coleta de sangue no Instituto Dr. José
Frota e sessenta e quatro agências transfusionais localizadas nos hospitais
atendidos pela Hemorrede da capital e interior do Estado.
Cabe destacar que para a efetivação da doação do sangue, é preciso realizar
as etapas a seguir: Cadastro/Triagem; Coleta de sangue; Testes sorológicos;
Divisão de Hemocoponentes; Armazenamento do sangue; Liberação dos testes;
Distribuição.
Só é possível realizar a doação se a pessoa tiver idade entre 16 e 69 anos,
peso acima ou igual a 50kg, comparecer com documentos originais.

Figura 1 – (Sangue / Plasma / Plaquetas)

O fracionamento incide na etapa do cumprimento da triagem do sangue


doado em seus hemocomponentes, por exemplo: concentrado de hemácias,
plaquetas, plasma e criopreciptado. Os testes sorológicos realizados são: ABO e
RH, sífilis, hepatites B e C, hemocomponentes para HTLV, HIV e Vetores da doença
de Chagas, dentre outros.

Figura 2 – Equipe participante da visita ao HEMOCE


Figura 3 – (Verificação de Resultados;Teste NAT; Fluxograma)

Em casos que ocorra variações nos exames sorológicos e/ou NAT, o sujeito
doador é convidado para colher novas amostras.
Conclui-se que a visita técnica caracterizou-se por uma metodologia de
aprendizagem que aliou teoria e prática, relacionando-se aos assuntos estudados no
semestre, da disciplina de hematologia.
A visita foi de suma importância, visto que é de grande relevância obter
conhecimento e qualificação específica nessa questão transfusional, do qual
podemos trabalhar em diversas áreas, dentre elas: triagem do doador; análises
clínicas das amostras de sangue do doador e do receptor; controle de qualidade;
produção e dispensação de bolsas de sangue.
Deste modo, é necessária uma educação continuada e permanente, bem
como o treinamento periódico sobre a atuação nesta prática. É importante ressaltar
a relevância da realização de capacitações que desenvolvam conhecimentos,
habilidades. Como também a necessidade de investigação científica sobre a
temática abordada.

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